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Aula manejo de leitões

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Manejo de Leitões 
A biossegurança é a mesma que a da granja de avicultura, a questão do isolamento dos galpões, 
isolamento da granja, colocar as árvores em volta, fazer o isolamento físico entre galpões, entre as 
categorias. Na suinocultura se trabalha com o ciclo completo. 
 O que é ciclo completo? Tem-se animal na reprodução, maternidade, creche, crescimento e terminação. 
Reprodução e maternidade são os únicos locais que se tem ida e volta. Da creche para frente se tem fluxo 
unidirecional. 
O fluxo unidirecional serve para evitar o crescimento de microrganismos patogênicos. 
Quando o animal vai passar de um galpão para outro se faz o vazio sanitário (de 3 a 10 dias), com limpeza 
e desinfecção do local. 
O que vai determinar quantos animais irá sair é a terminação. A saída de animais é que vai determinar 
todos os outros fluxos anteriores e quantos galpões eu vou ter. Porque se eu tenho animais saindo a cada 
15 dias, eu tenho que ter animal parindo a cada 15 dias para encher o galpão de desmame. Se a saída de 
animais é a cada 30 dias, eu tenho que ter animais parindo a cada 30 dias. Então toda estrutura da 
propriedade é feita em função dos contratos que se tem para agregar. Toda questão reprodutiva é 
programada em cima da saída dos animais. 
Os cuidados sanitários são: biossegurança, isolamento da granja, controle de entrada de pessoas e 
animais, rodolúvio, pedilúvio, animais que chegam ficam em quarentena, limpeza e desinfecção do local, 
respeitar sempre o vazio sanitário... Com esses cuidados diminui-se muito a quantidade e variedade de 
vacinas. O programa de vacinação deve ser adequado e realizado de acordo com a necessidade do local, 
e em relação à epidemiologia. 
Antes do parto 
Cuidados pré-parto: 
 Marrã (leitoas)- jovens 
 Porcas- adultas 
Os cuidados que se deve ter com esses animais em reprodução são: 
 ECC (escore de condição corporal), verificar se o animal está acima ou abaixo do peso, só se 
consegue ajustar o animal ao peso adequando quando ela ainda não está gestante ou no inicio da 
gestação, depois o animal tem tanta demanda para o filhote que está crescendo dentro do 
abdômen, que ela não tem espaço para comer muito. Só se consegue fazer esse ajuste pré-
gestação. 
 Flushing: até o dia da ovulação (cio) se faz uma super alimentação. Quando se utiliza o flushing, 
ocorre uma super ovulação que vai resultar no aumento ta leiteiga (quantidade de filhotes). 
Quanto maior o número de folículos ovulados, maior será o número de embriões, maior número de 
fetos e maior número de filhotes paridos. E isso é muito importante, porque a fêmea é avaliada pelo 
número de filhotes que parir ao ano, que é a principal variável econômica. Descarta-se a matriz 
quando se aumenta o número de filhotes não terminados, isso indica que a eficiência dessa matriz 
está caindo. 
A gestação da porca dura 114 dias ou 3 meses 3 semanas e 3 dias. Então a cada ano se consegue 
que esse animal tenha 2,4 partos/ano, se ela tem 10 filhotes em cada parto, ela vai terminar o ano 
parindo 24 filhotes por ano, e isso é um valor razoável, se ela abaixar esse número ao ano, ela vai dar 
uma menos economicidade. Por quê? A fêmea come muito, cerca de 2,5 
kg/dia esse valor vai ser multiplicado pelo número de animais e pelos dias do ano, então é muita 
coisa. Quando esse animal está em lactação consome cerce de 6kg/dia, e ela fica em lactação entre 
21 e 35 dias. 
Quem vai pagar esse valor da comida desse animal é o filhote. E essa variável trabalha os índices 
zootécnicos: vai trabalhar a fertilidade da fêmea, o período de serviço (período puerperal + período de 
cobertura), número de filhotes que essa matriz pariu, número de animais que morreram. Todos esses 
pontos são importantes na avaliação da fêmea. 
 
Como se melhora isso? Fazendo o flushing, que começa mais ou menos 15 dias antes da ovulação e 
vai acabar NIKIKI o animal mostrou cio, corta o flushing. Se não cortar o flushig no dia do cio 
(cobertura), vai ocorrer absorção embrião. 
 Síndrome da MMA (“manite”, mastite e agalaccia): síndrome multifatorial, que acomete muitos animais 
e em geral é por erro de manejo. 
Síndrome da Refugagem: filhotes nascem bem e derrepente perdem peso e morrem. Normalmente os 
animais não apresentam sintomas. 
Cuidados na gestação são sempre os cuidados nutricionais, em relação ao peso corporal e em relação 
ao flushig para que se consiga fazer uma super ovulação. 
Sintomas de cio: vulva hiperêmica, hiperplásica, micção frequente, vocalização, balança o rabinho... 
No momento do cio a fêmea ainda está maternidade, porque vai está o período puerperal (15 a 20 
dias). 
O suíno possui 2 reflexos bem característicos de cio, são ele: 
 RTM: reflexo de tolerância ao macho, ai do inicio ao final do cio. 
 RTH: reflexo de tolerância ao homem, se o homem apoiar na garupa da fêmea, ela não tem 
reação, fica parada. Isso ocorre sempre no pico do cio, ela não aceita o homem no inicio e 
nem no final do cio. 
Porca gestante, vai para o galpão de gestação, fica lá mais ou menos 114 dias, mais ou menos 2 
semanas antes do parto se leva a porca para a maternidade, onde ela vai mostrar os sinais de 
parto ( tetos inchados e o animal se afasta de outros, inquieto,secreção da vulva). 
O ideal é que o animal tenha números pares de tetos (ideal de 6 a 8 pares de tetos) 
O parto leva de 20 min a 2 hrs. 
Cuidados com os recém-nascidos: Secar o animal, estimular o sistema respiratório, limpar as 
mucosas, observar o animal, fazer corte e cura do umbigo, corte dos dentes e colocar o animal 
para mamar o colostro. 
O filhote de suíno escolhe o teto no qual vai mamar, entre 2/3 dias de vidas eles irão disputar quem 
vai ficar com os tetos produtivos e quem vai ficar com os menos produtivos, normalmente o filhote 
maior fica com o melhor teto e o filhote mais fraco fica com o pior teto. Na natura os mais fortes 
sobrevivem. O que se faz nesse caso é a TRANSFERENCIA DE LEITÕES, como se tem um lote 
de fêmeas parindo, se tiver muitos leitões leves, se troca os leitões, pegos os mais pesados e deixa 
com uma fêmea mais velha (maior capacidade de produção de leite), e pega os leitões mais leves 
e coloca em uma fêmea primípara. 
Sempre trabalhar com a questão do colostro fazendo com que o animal mame até 24 hrs para 
obter a imunidade passiva. 
As fêmeas precisam de ambiente frio e os filhotes precisam de calor. 
Em geram as baias de parição possuem tipo um corrimão que evita que a fêmea deite em cima do 
filhote, existe uma espaço entre o corrimão e parede que da chance de fuga ao leitãozinho. 
As fêmeas devem ser manejadas com calma, nas horas mais frescas do dia, sem que ocorra 
estresse do animal. 
Em geral as fêmeas mais novas possuem menor quantidade de anticorpos no colostro, até porque 
elas foram expostas a menor quantidade de patógenos do que as fêmeas mais velhas, que 
possuem mais imunidade passiva e variedades de anticorpos. Mas a fêmea mais nova tem uma 
capacidade enorme de produção em números de anticorpos , isso acaba sendo meio que 
contraditório. Têm-se mais anticorpos e uma variedade menor de doenças. E quanto maisse troca 
os animais, mais se eliminam os animais que tem maior variedade de anticorpos, porque as fêmeas 
jovens foram expostas a menos problemas, então trocar muito as reprodutoras, não é algo 
interessante, porque acaba diminuindo a variedade de anticorpos que se tem no rebanho. 
Termino do parto é caracterizado com a saída da placenta. Secam-se os animais, estimula a 
respiração, corta e cura o umbigo, é importante analisar os dentes (os caninos e incisivos nascem 
bem desenvolvidos) o ideal é cortar, pois esses dentes podem machucar a fêmeas e ela pode 
recursar o filhote. A transmissão de anticorpos não passa via placenta, então o colostro se torna 
extremamente importante para a imunidade passiva, os tetos “peitorais” são os que mais produzem 
leite e os tetos inguinais são os que menos produzem. 
As fêmeas mais velhas tendem a ter maior concentração de anticorpos, por isso à concentração 
deste no leite é maior, por isso se da à preferência os animais maiores ficarem mais fêmeas velhas. 
Caso o animal não tome o colostro a tendência é ter diarreia e morte. Se a fêmea não tem leite 
suficiente para todos os leitões pode fazer a substituição pelo leite comercial (mas nada substitui o 
colostro), pode fazer também a ordenha de um animal que pariu mais cedo. 
Pode ocorrer o nascimento de fetos mumificados ou natimortos. Dependendo do caso pode-se 
fazer a reanimação, mas geralmente são sempre animais mais fracos. 
Os filhotes devem ser mantidos em uma temperatura de 30° a 32°C. 
Caudectomia é utilizada para se evitar o canibalismo, que em geral é problema de estresse. Corta-
se 1/3 da cauda. Cauda e orelha são locais com pouca inervação. 
Aos 3 dias de vida se faz aplicação de ferro nos leitões, pois eles nascem com uma deficiência de 
ferro, e se não for feita essa aplicação o leitão acaba desenvolvendo uma anemia ferropriva, 
começa a perder peso, ficar apático, deixa de crescer, deixa de mamar e morre. Aplica-se na 
região do pescoço 200mg. 
 
Marcação Australiana: 
 
Como a orelha é um corte comercial não se pode fazer tatuagem por causa da tinta e pelo fato do 
homem ver a numeração. 
O brinco não é utilizado pelo fato dos animais morderem e acabarem arrancando. 
Transferência de leitões: 
Pode ser transferência cruzada, pega os filhotes de uma e passa para outra. Troca os filhotes. 
Transferência unilateral, quando a fêmea tem muito filhote e pouco teto. Faz-se o aleitamento 
artificial (não é muito fácil, pelo número de matrizes que pariram) ou quem pariu pouco vai receber 
mais filhote. 
Aplicação de vitaminas lipossolúveis: A D e E. Pesquisas mostram que as aplicações de 
vitaminas lipossolúveis melhoram principalmente a sobrevivência do animal, melhoram a resposta 
imunológica, resposta fisiológica e o animal ganha mais peso. Mas ainda não existe consenso 
sobre isso, o que se observa é que esse fator depende mais dos cuidados no manejo e condições 
ambientais. 
Aplicação de glicose para reanimação do animal. 
Eliminação dos refugos ou eliminação dos leitões por peso inferior. Isso é algo natural na 
suinocultura, animal sempre vai ser mais fraco, sempre vai ser menor e vai ser fonte de 
contaminação para os animais sadios. A sobrevivência desses animais entre 700/1200 g, é 
razoável. Abaixo de 700g vai para descarte, pois é muito difícil esse animal sobreviver. Faz-se 
separação pelo bem da população. 
Fornecimento de água sempre. Começa na primeira semana de vida, porque quando ocorrer o 
desmame o animal já precisa saber beber água. 
A alimentação começa colocando uma ração molhada, normalmente os animais mais fracos pegam 
a ração mais cedo, pois eles possuem menos leite. E os mais fortes possuem mais fome, então 
quando vão crescendo o leite não é mais suficiente e ele acaba indo procurar a ração. 
Quanto mais cedo os animais começarem a procurar comida, mais cedo se faz o desmame mais 
rápido a fêmea vai voltar ao cio mais cedo. Se isso não ocorrer a fêmea não consegue ter 2,4 
partos ao ano. 
Água fresca sempre! Se a água estiver quente o animal não bebe, se a mãe não bebe água ela 
não dá leite. 
Aos 14 dias se faz castração desses animais. Pela legislação o animal precisa estar castrado no 
mínimo 72 dias antes do abate. Quanto mais novo o animal for castrado menos ele vai sentir, 
menor estresse. 
Animal inteiro tem um desempenho melhor, produz uma carne mais magra. Mas no suíno a 
Testosterona se acumula no tecido adiposo, como o suíno tem um tecido adiposo muito grande, 
esse fator vai influenciar no cozimento da carne (carne vai ter cheiro de urina).

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