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Projeto de Máquinas Aula 5 • Fratura por fadiga (Tensões variadas de flexão na raiz do dente). • Fadiga Superficial das superfícies dos dentes. (crateração). Consideradas: Falhas Uma vez definida a forma de calcular as tensões, resta o cálculo da resistência com a qual a tensão vai ser comparada. Simplificando, a resistência à fadiga por flexão no pé do dente Sn pode ser calculada por: Fadiga no pé do dente O valor de Sn’ é dado pelo ensaio de flexão alternada (ensaio Moore). Pode ser dado por metade do valor do limite de resistência à tração Su Para aços esse valor é de 1400 Mpa. Acima desse valor aconselha-se a usar 700 MPa Fadiga no pé do dente O valor de CL que é um fator de vida, por trata-se de flexão sempre será considerado como 1,0. O valor CG leva em consideração o tamanho do dente e admite os valores: • 1,0 para módulos menores que 5,0 e; • 0,85 para módulos maiores Fadiga no pé do dente CS é o coeficiente de acabamento superficial (determinado pelo gráfico) Fadiga no pé do dente O valor de CS é um fator que leva em conta o acabamento superficial e a dureza superficial. Deve-se verificar se realmente a medição de dureza está sendo realizada na região correta ou em uma região imediatamente abaixo que pode apresentar valores conflitantes. Geralmente se utiliza o valor 1,0 Fadiga no pé do dente O valor de Kr é o fator de confiabilidade (tabelado) Fadiga no pé do dente O valor de Kr é um valor que define a probabilidade de falha com que se deseja trabalhar. É a medida de confiabilidade de seu projeto Fadiga no pé do dente O valor de Kt ou Kl é um valor que leva em consideração a temperatura do conjunto e só é considerado para temperaturas superiores a 70°C. Ele é calculado por: Fadiga no pé do dente O valor de Kms é um fator dependente do sentido em que os dentes trabalham: Se trabalhar nos dois sentidos o valor Kms = 1,0 Se trabalhar sempre no mesmo sentido o valor Kms = 1,4 Fadiga no pé do dente A tensão atuante no pé do dente deve ser menor ou igual à tensão admissível do material indicado. Pois se isto não ocorrer haverá falha do material devido ao sub- dimensionamento. Para o correto dimensionamento da engrenagem podemos seguir um método de cálculo Dimensionamento Engrenagens Retas- ( Informações preliminares) Dados conhecidos: Razão de engrenamento, potência e velocidade, ou torque e velocidade. Dados desconhecidos: Øs do pinhão, passo diametral, largura da face, materiais e coeficientes de segurança. Decisões de projeto: Precisão de engrenamento, fabricação (qualidade), temperatura operacional e confiabilidade. Dimensionamento 1) Determinar carga tangencial nos dentes. (Torque conhecido no eixo e raio de referencia suposto para pinhão e engrenagem). 2) Calcular Tensão Flexão com tamanho do dente suposto (antes da tensão na superfície). Aumento de dureza afeta mais a resistência ao desgaste da superfície que a flexão. Seqüência calculo: Dimensionamento 3) Escolher Material (tentativa) e Calcular resistência a Fadiga de Flexão. 4) Calculo coeficiente de segurança (ajuste de parâmetros para atingir o desejável). 5) Calcular tensão superfície e resistência á fadiga de superfície . Seqüência calculo: Dimensionamento 6) Calculo coeficiente de segurança contra desgaste (ajuste de parâmetros e/ou dureza para atingir o desejável). 7) Estratégia: Cálculo Seguro para falha de flexão serem maiores que CS contra desgaste. Seqüência calculo: Dimensionamento Engrenagens cilíndricas de dentes retos normalmente são empregadas com relações de redução de até 3 por par. A potência dissipada pelo atrito aumenta proporcionalmente ao número de pares em contato em uma redução. Determinação do módulo O calor gerado dessa perda deve ser retirado do sistema, sob pena de que um aumento significativo na temperatura comprometa o lubrificante e causa falhas prematuras. Determinação do módulo É necessário primeiro obter a força tangencial e depois a força total no contato. A força no contato F é a razão entre a força tangencial e o cosseno do ângulo de pressão. A força Fr é o produto entre a força Ft e a tangente do ângulo de pressão. Determinação do módulo Para engrenagens trabalhando em um só sentido, um dos lados do dente estará sempre em tração quando os dentes estiverem em contato. O outro lado estará sempre em compressão. Determinação do módulo Quando o sentido de trabalho é invertido, a tensão de flexão também muda de sinal. Em engrenagens intermediárias ou loucas, que transmitem potência entre outras engrenagens, os dentes sofrem tração e compressão em cada rotação do elemento. Determinação do módulo A expressão seguinte deve ser utilizada no dimensionamento de pinhões e engrenagens cilindricas de dentes retos com ângulo de pressão a=20° e número de dentes de até 40. Determinação do módulo Para Aço: Sinal + é utilizado em engrenamentos externos Sinal – é utilizado em engrenamentos internos (planetários) Dimensionamento Onde: 5,72.1011 Pa=N/m² – (em mm)=5,72.105 N/mm² b - Largura do dente [m],[mm] d0 - diâmetro primitivo [m],[mm] T - Torque ou momento torçor [N.m],[N.mm] ι - relação de transmissão Z2/Z1 [adimensional] φ - fator de serviço (Tabelado) [adimensional]. Padm-pressão admissível [Pa=N/m²],[N/mm²] Dimensionamento Pressão Admissível (Padm) Onde:HB-dureza Brinell [Pa=N/m²],[N/mm²] W-fator de durabilidade [adimensional] Dimensionamento 1N/mm²=1000000N/m² Dimensionamento Fator de Durabilidade (W) Onde: np- rotação [rpm] h - duração do par [horas] Dimensionamento Onde: σmáx -Tensão máxima na base do dente [Pa],[N/mm²] Ft - Força tangencial [N] q - Fator de forma (Tabelado) [adimensional] φ - Fator de serviço (Tabelado) [adimensional] m - Módulo normalizado [m],[mm] b - Largura do dente [m],[mm] Dimensionamento Engrenagens Retas- ( Informações preliminares) Fator de Forma (q) obtido em função do tipo de engrenamento e do número de dentes. Para um valor intermediário de dentes é necessário utilizar a interpolação Fator de forma Aplicação Serviço 10h/24h Agitadores 1-1,25/1,25-1,5 Alimentadores 1,25-1,75/1,5-2 Bombas 1-1,15/1,25-1,5 Transmissões 1-1,25/1,25-1,5 Eq. Ind. Polpa e Papel 1-1,75/1,25-3 Eq. Conversão de Madeira 1,25-1,75/1,5-2 Fator de serviço (j) Engrenagens Retas- ( Informações preliminares) Material MPa (N/mm²) FoFo cinzento 40 FoFo nodular 80 Aço fundido 90 SAE 1010/1020 90 SAE 1040/1050 120 SAE 4320/4340 170 SAE 8620/8640 200 Tensão admissível (σmat) Engrenagens Retas- ( Informações preliminares) Dimensionar o par ECDR acionada por motor de 11KW que atua com uma rotação de 1140 rpm. As engrenagens atuarão biapoiadas em eixos com carga uniforme e tempo de serviço máximo de 10h diárias. material SAE 4340. Considerar b/d0=0,25 a=20° Z1=12 dentes (pinhão) Z2=38 dentes (coroa) Exemplo Engrenagens Retas- ( Informações preliminares) A árvore do pinhão está acoplada ao eixo do motor e portanto, conclui-se que o torque no pinhão é o torque do motor. Torque no pinhão: T=P/w T=11000/((2.π.N)/60) T=92,14 Nm =92140Nmm Exemplo Engrenagens Retas- ( Informações preliminares) Relação de transmissão: i=Z2/Z1 i=38/12 i=3,16 Exemplo Engrenagens Retas- ( Informações preliminares) Fator de durabilidade: W= (60.np.h)/106 W= (60.1140. 104 )/106 W= 684 Exemplo Engrenagens Retas- ( Informações preliminares) Pressão admissível: Padm=(0,487.HB)/W 1/6 Padm=984.106 Pa = 984N/mm² Exemplo Engrenagens Retas- ( Informações preliminares) Fator de serviço: (Tabelado) O fator de serviço para eixo de transmissão, carga uniforme, para funcionamento de 10h diárias é = 1-1,25. Adotaremos 1,2. Exemplo Engrenagens Retas- ( Informações preliminares) Volume mínimo b.d0²=5,72.1011.((T/(Padm²)).((i+1)/(i+0,14)). j b.d0²=5,72.1011.((92,14/((984.106)²))).((3,16+1)/(3,16+0,14)). 1,2 b.d0²=5,72.1011.(9,51.10-17).1,26. 1,2 b.d0²=8,2248.10-5m³ b.d0²=82248 mm³ Exemplo Engrenagens Retas- ( Informações preliminares) Módulo do engrenamento: (Pinhão) b.d0²=82248 mm³ 1 b/d0=0,25 ® b=0,25. d0 2 Substituindo: 0,25. d0. d0².=82248 d0³=82248/0,25 d0=69 mm Exemplo Engrenagens Retas- ( Informações preliminares) Módulo do engrenamento: (Pinhão) m=d0/Z m=69/12 m=5,75 mm Valor de módulo que deve ser normalizado (Tabelado) mn=2,00-2,25-2,50-... Utilizaremos m=5 mm Exemplo Engrenagens Retas- ( Informações preliminares) Em função da normalização do módulo, existe a necessidade do redimensionamento do diâmetro primitivo, da largura, da resistência à flexão no pé do dente, do fator de forma, da tensão máxima atuante no pé do dente. Faça essas verificações e, se a tensão máxima atuante é superior à tensão admissível do material, proponha o redimensionamento. Exercício FIM
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