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Estratégia de Capacidade EAD 0763 Aula 3 Livro Texto – Cap.3 Adriana Marotti Agenda da aula 1 2 Aula expositiva: Estratégia de Capacidade Estudo de caso 2 Capítulo 3- Estratégia de Capacidade https://www.youtube.com/watch?v=BtR2okYzIDE O sedã de quatro lugares estará à venda em quatro cidades do Japão a partir do próximo dia 15. No final de 2015, chegará aos Estados Unidos e à Europa, conforme revelou a fabricante durante a apresentação do veículo, ocorrida simultaneamente em Tóquio (Japão) e Newport Beach (EUA). https://www.youtube.com/watch?v=BtR2okYzIDE O sedã de quatro lugares estará à venda em quatro cidades do Japão a partir do próximo dia 15. No final de 2015, chegará aos Estados Unidos e à Europa, conforme revelou a fabricante durante a apresentação do veículo, ocorrida simultaneamente em Tóquio (Japão) e Newport Beach (EUA). Para 2017, a expectativa é acumular 3 mil unidades, rompendo a barreira das "dezenas de milhares" nos anos 2020. A Toyota já tem 1,5 mil encomendas do Mirai, mais que o dobro do planejado Desafio Gestor de uma grande empresa No planejamento estratégico anual, ficou definido que a empresa irá expandir as suas atividades para América do Norte. A sua missão é projetar as operações desta nova planta. Por onde começar? Vamos construir um roadmap para abordar o problema Construir o conceito de capacidade Compreender os diferentes níveis de capacidade O número de locais (quantos lugares separados uma operação deveria ter?) Quando mudar a capacidade? Quanto mudar a capacidade? Onde? (Localização) Vamos construir um roadmap para abordar o problema: o que é capacidade? A estratégia de capacidade define a sua escala global, a localização, o número e o tamanho dos diferentes locais entre os quais a sua capacidade é distribuída. Estratégia de Capacidade A capacidade de uma operação define o seu nível potencial de atividade produtiva. A estratégia de operações é o conjunto de decisões a respeito da configuração e mudança da capacidade global das operações, a fim de alcançar um nível específico de potencial de produção Planejamento e Controle da Capacidade - Definição É a tarefa de determinar a capacidade efetiva da operação produtiva, de forma que ela possa responder à demanda. O que é o planejamento e controle de capacidade? Fornecimento de produtos e serviços Recursos da operação produtiva Demanda por produtos e serviços Consumidores da operação produtiva Planejamento e Controle de capacidade produtiva Conciliação da capacidade agregada da produção com sua demanda agregada Nesta disciplina, iremos nos concentrar no planejamento da capacidade (estabelecer planos)! Slack et al. (2002) Natureza do Planejamento e Controle Planejamento: é um plano que formaliza o que se pretende que aconteça em determinado momento futuro (ações, objetivos e metas). Não garante que um evento vá realmente acontecer; é uma declaração de intenção de que aconteça. Qual a diferença entre planejamento e controle? Controle: monitorar resultados e fazer os ajustes que permitam que a operação atinja os objetivos que o plano estabeleceu, mesmo que os pressupostos assumidos pelo plano não se confirmem. Mudança da demanda Quebra inesperada de equipamentos Falta de mão de obra Fornecedores não cumprirem prazos de entrega Falta de utilidades (ex: energia elétrica; água) Slack et al. (2002) Capacidade da Operação – Definição e Mensuração O volume máximo potencial de atividade de agregação de valor que pode ser atingido por uma unidade produtiva, sob condições normais de operação. O que é a Capacidade da Operação? Exemplos: 100.000 automóveis / ano (montadora) 500 lugares / espetáculo (teatro) 800.000 litros / ano (indústria química) 100 megawatts / hora (hidrelétrica) 15.000 estudantes / ano (universidade) Corrêa e Corrêa (2008) Capacidade da Operação – Definição e Mensuração O problema principal com a medição da capacidade é a complexidade da maior parte dos processos produtivos. Somente quando a produção é altamente padronizada e repetitiva é fácil definir a capacidade em termos de volume / output de produção (atendimento/processamento). Exemplos; Se uma fábrica de televisores produzir somente um modelo básico, a capacidade semanal pode ser descrita como 2.000 televisores do modelo A. Um passeio rápido em um parque temático pode ser projetado para processar lotes de 60 pessoas a cada 3 minutos. Logo, o parque tem a capacidade de “processar” (ou atender) 1.200 pessoas por hora. Como se mede a Capacidade da Operação? Slack et al. (2002) Capacidade da Operação – Definição e Mensuração Entretanto, para muitas operações a definição de capacidade não é tão óbvia. Quando uma gama muito mais ampla de produtos apresenta demandas variáveis para o processo (maior complexidade), as medidas de volume de produção são menos úteis. Nesse caso, medidas baseadas nos meios / insumos / inputs são freqüentemente usadas para definir capacidade. SLACK et al. (2002) Como se mede a Capacidade da Operação? Capacidade da Operação – Definição e Mensuração Como se mede a Capacidade da Operação? Slack et al. (2002) Capacidade da Operação – Definição e Mensuração A capacidade também depende da Utilização e da Eficiência; Slack et al. (2002) Como se mede a Capacidade da Operação? A capacidade teórica (também chamada de nominal) de uma operação não é exatamente a quantidade de saídas (outputs) que a operação consegue gerar. A quantidade de saídas efetivas que a operação consegue gerar depende de duas medidas que refletem como a operação está de fato fazendo uso do total máximo de saídas que "teoricamente" poderiam ser geradas. Essas medidas são a utilização e a eficiência. Capacidade da Operação – Definição e Mensuração A capacidade também depende da Utilização e da Eficiência; Como se mede a Capacidade da Operação? Slack et al. (2002) Capacidade de projeto (nominal) Perdas planejadas Capacidade efetiva Perdas que podem ser evitadas Produção real Utilização = volume de produção real Capacidade de projeto Eficiência = volume de produção real Capacidade efetiva Capacidade da Operação – Definição e Mensuração Slack et al. (2002) Exemplo: Suponha que um fabricante de papel fotográfico tenha uma planta com capacidade de projeto (teórica / nominal) de 200 metros quadrados por minuto e que a planta opera 24 horas por dia, 7 dias por semana (168 horas por semana). A capacidade nominal é 200 x 60 x 24 x 7 = 2,016 milhões de metros quadrados por semana. Os registros para uma semana de produção mostram os seguintes tempos de produção perdidos: 1 Mudanças de produto (setups) 20 h 2 Manutenção preventiva regular 16 h 3 Nenhum trabalho programado 8 h 4 Amostragem de qualidade 8 h 5 Tempos de troca de turnos 7 h 6 Paradas para manutenção 18 h 7 Investigação de falhas de qualidade 20 h 8 Falta de estoque de material de cobertura 8 h 9 Faltas do pessoal 6 h 10 Espera pelos rolos de papel 6 h Capacidade da Operação – Definição e Mensuração Slack et al. (2002) Exemplo: Na última semana, o volume de produção real (capacidade) foi somente 582.000 metros quadrados. Calcule a Eficiência e a Utilização da planta. As cinco primeiras categorias de produção perdida ocorrem como conseqüência de incidentes razoavelmente inevitáveis, planejados, e totalizam 59 horas. As cinco últimas categorias não são perdas planejadas; podem ser evitadas e totalizam 58 horas. 1 Mudanças de produto (setups) 20 h 2 Manutenção preventiva regular 16 h 3 Nenhum trabalho programado 8 h 4 Amostragem de qualidade 8 h 5 Tempos de troca de turnos 7 h 6 Paradas para manutenção 18 h 7 Investigação de falhas de qualidade 20 h 8 Falta de estoque de material de cobertura 8 h 9 Faltas do pessoal 6 h 10 Espera pelos rolos de papel 6 h 59 horas de perdas planejadas 58 horas de perdas evitáveis Capacidade da Operação– Definição e Mensuração A capacidade também depende da Utilização e da Eficiência; Como se mede a Capacidade da Operação? Slack et al. (2002) Capacidade de projeto (nominal) 168 horas/ semana Perdas planejadas: 59 h Capacidade efetiva: 109 h Perdas que podem ser evitadas: 58 h Produção real: 51 h Utilização = volume de produção real Capacidade de projeto = 51 = 0,304 = 30,4% 168 Eficiência = volume de produção real Capacidade efetiva = 51 = 0,468 = 46,8% 109 Capacidade da Operação – Definição e Mensuração A capacidade também depende do recurso / atividade / processo Gargalo Como se mede a Capacidade da Operação? Slack et al. (2002) Gargalo representa a capacidade máxima da operação! Vamos construir um roadmap para abordar o problema: três níveis de capacidade Decisões estratégicas Meses-semanas Meses-semanas Anos-meses Decisões a respeito da provisão Ponto de partida Varáveis-chave Questões importantes Vamos construir um roadmap para abordar o problema: três níveis de capacidade Decisões estratégicas Escala tempo Anos-meses Decisões a respeito da provisão De prédios e instalações Tecnologias de processo Ponto de partida da decisão Mercados prováveis a serem servidos no futuro Configuração da capacidade atual Questões importantes Qual é a capacidade que nós precisamos no total? Como a capacidade deveria ser distribuída? Onde a capacidade deveria estar localizada Vamos construir um roadmap para abordar o problema: três níveis de capacidade Decisões de capacidade a médio prazo Escala tempo Meses semanas Decisões a respeito da provisão do número de pessoas agregadas Do grau dos recursos subcontratados Ponto de partida da decisão Negócio-atual Questões importantes Até que ponto mantemos o nível de capacidade? Deveríamos mudar os níveis de capacidade da equipe conforme a demanda? Vamos construir um roadmap para abordar o problema: três níveis de capacidade Decisões de capacidade a curto prazo Escala tempo Semanas-horas-minutos Decisões a respeito da provisão Da equipe individual dentro da operação Ponto de partida da decisão Demanda atual Capacidade atual Questões importantes Quais recursos vão ser alocados para quais tarefas? Recursos de operações Requisitos de mercado Estrutura de custo do incremento da capacidade Economias de escala Flexibilidade de provisão da capacidade Disponibilidade de capital Nível de demanda da previsão Consequências do suprimento excessivo ou insuficiente Mudanças na demanda futura Incerteza sobre a demanda futura Nível global capacidade Vamos construir um roadmap para abordar o problema: três níveis de capacidade Fatores que influenciam o nível global da capacidade Fatores que influenciam o nível global da capacidade: requisitos de mercado Demanda prevista A incerteza da demanda futura Ponto de partida para definir o tamanho de uma operação. Nem sempre um negócio vai decidir investir num nível de capacidade igual a expectativa de demanda futura. A incerteza inerente a qualquer estimativa; mais difícil para novos mercados (ou para um produto novo) Mudanças na demanda – demanda a longo prazo ou curto prazo Escala de tempo sobre a qual a demanda está sendo prevista ->> relacionada com economias de escala e com adição ou subtração de incrementos de capacidade Demanda no longo prazo mais baixa do que a demanda no curto prazo Demanda no curto prazo mais baixa do que a demanda no longo prazo Mudanças na demanda – demanda a longo prazo ou curto prazo Exemplo Exemplo Recursos de operações Requisitos de mercado Estrutura de custo do incremento da capacidade Economias de escala Flexibilidade de provisão da capacidade Disponibilidade de capital Nível de demanda da previsão Consequências do suprimento excessivo ou insuficiente Mudanças na demanda futura Incerteza sobre a demanda futura Vamos construir um roadmap para abordar o problema: três níveis de capacidade Fatores que influenciam o nível global da capacidade Vamos tentar compreender agora o lado dos recursos de operações... Nível global capacidade Vamos construir um roadmap para abordar o problema: três níveis de capacidade Fatores que influenciam o nível global da capacidade A estrutura de custo dos incrementos de capacidade Estabelece a relação entre capacidade de uma operação, o volume de produção que ela está realmente produzindo e sua lucratividade. Cada unidade adicional de capacidade representa uma ruptura nos custos fixos (aumento do prédio) Vamos construir um roadmap para abordar o problema: três níveis de capacidade Fatores que influenciam o nível global da capacidade Economia de escala Fatores que acompanham a redução dos custos conforme o volume aumenta são frequentemente chamados de economia de escala. Tendência de os custos de capital e de operação reduzirem à medida que aumenta o incremento de capacidade Vamos construir um roadmap para abordar o problema: três níveis de capacidade Fatores que influenciam o nível global da capacidade Flexibilidade da provisão da demanda O comprometimento com um investimento num nível de capacidade específico pode ser gerenciado para, mais tarde, facilitar a expansão. Em geral, a forma das expansões depende do tipo de operação. Corrêa e Corrêa (2008) e Slack et al. (2002) Gestão Estratégica da Capacidade Vamos construir um roadmap para abordar o problema: três níveis de capacidade Número e o tamanho dos locais Recursos de operações Requisitos de mercado Economia de escala Custos de suprimentos Nível de serviço requerido Distribuição geográfica da demanda Número e tamanho dos locais Vamos construir um roadmap para abordar o problema: três níveis de capacidade Mudança da capacidade Recursos de operações Requisitos de mercado Lead time da mudança da capacidade Economias de escala Atividade do concorrente Nível de serviço requerido Momento da mudança da capacidade Habilidade de administrar a mudança Nível de previsão da demanda Incerteza da demanda futura Mudança da capacidade A capacidade se adianta à demanda – escolher o momento de introdução da capacidade de modo que haja sempre capacidade suficiente para atender à demanda prevista A capacidade se atrasa em relação à demanda – escolher o momento de introdução da capacidade de modo que a demanda é sempre maior ou igual à capacidade A capacidade de suavizar com os estoques – escolher o momento de introdução da capacidade de modo que a capacidade atual mais o estoque acumulado sempre possa suprir a demanda Mudar em grandes incrementos = minimizar os custos da mudança Mudar em pequenos incrementos = maior compasso entre a capacidade e a demanda (adequado para ambientes incertos) Outro aspecto de importante consideração é o instante em que se dá o incremento de capacidade. Corrêa e Corrêa (2008) e Slack et al. (2002) Gestão Estratégica da Capacidade O incremento pode antecipar-se ao aumento da demanda e pode seguir-se ao aumento da demanda: Outro aspecto de importante consideração é o instante em que se dá o incremento de capacidade. Corrêa e Corrêa (2008) e Slack et al. (2002) Gestão Estratégica da Capacidade O incremento pode antecipar-se ao aumento da demanda e pode seguir-se ao aumento da demanda: Outro aspecto de importante consideração é o instante em que se dá o incremento de capacidade. Corrêa e Corrêa (2008) e Slack et al. (2002) Gestão Estratégica da Capacidade O incremento pode seguir uma estratégia mista por meio de ajuste com estoque.
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