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TRABALHO DE CAMPO Ae Nok Park – 5946154 Elen Yagi – 8966072 Eliana Kim – 8965982 Eric Huang – 8965881 Flá via Ozawa – 7208543 Ivie Porto – 8561279 Fernando Talietta - 8582828 Fundamentos de Excelê ncia em Operaç õ es 1 A empresa A empresa escolhida “Complexo Têxtil 2000” (Complexo) é uma indústria de pequeno porte do setor tê xtil, localizada no parque industrial de Guarulhos-SP. Foi fundada no final da dé cada de 90 a partir de uma cisã o de uma empresa maior, e desde entã o vem realizando suas atividades com pouquíssimas mudanç as na á rea de operaç õ es em geral. O Complexo se especializou na fabricaç ã o de tecidos, mais especificamente malha e seus derivados. Seus clientes lhe entregam lotes de fios de diferentes tipos, e a empresa faz uso de seus processos fabris para transformar os fios em rolos de tecidos. A descriç ã o detalhada do processo produtivo se encontra mapeada no Anexo 5 e descrita a seguir: 1. Recebimento do pedido e do lote de fios do cliente pelo escritó rio. 2. Uma ficha de pedido é gerada, com todos os detalhes necessá rios para a produç ã o (tecido encomendado, quantidade, prazo, peculiaridades do cliente). 3. O engenheiro/té cnico recebe a ficha de produç ã o e decide quantas/quais má quinas serã o alocadas, quantos/quais tecelõ es (operadores de chã o de fá brica) irã o operar cada má quina, quantidade de turnos a serem trabalhados, etc. 4. O té cnico faz os ajustes necessá rios para todas as má quinas (detalhes de natureza té cnica), e entrega para cada tecelã o uma ficha de produç ã o com a proporç ã o adequada de diferentes fios e quantidade a ser produzida. 5. Cada tecelã o pega do estoque os fios necessá rios e dá início à produç ã o nas má quinas especificadas. Finalizado um rolo de tecido, retira-o da má quina e começ a outro, até terminar o seu turno. Ao fim do turno, pesa todos os rolos, anota na ficha de produç ã o, e armazena no estoque de tecidos prontos. 6. Repete esse processo até atingir a quantidade determinada na ficha, o que leva alguns dias, e entã o entrega a ficha para o té cnico responsá vel. 7. Caso haja algum problema grave nas má quinas durante a produç ã o, o té cnico é chamado para realizar a manutenç ã o. Os tecelõ es cuidam dos problemas simples como rompimento de fio ou quebra de agulha. 8. O té cnico confere a produç ã o e se aprovada, entrega as fichas e o pedido para o escritó rio para que seja feita o relató rio final. 9. Relató rio final e o pedido de pagamento sã o entregues ao cliente e este vem buscar o produto solicitado. O pagamento em si é feito semanas depois. Resumo Teó rico MASP O MASP é um mé todo prescritivo, racional, estruturado e sistemá tico para o desenvolvimento de um processo de melhoria num ambiente organizacional, visando resolver problemas e obter resultados maximizados. 2 O objetivo do MASP é eliminar problemas potenciais ou reais do processo de uma organizaç ã o. Para isso, foca na aná lise das causas do problema e, para cada uma das causas, gera um plano de aç ã o. O MASP é composto por oito etapas, que sã o divididas da seguinte forma: 1. Identificaç ã o do problema 2. Observaç ã o 3. Aná lise 4. Planejamento da aç ã o 5. Aç ã o 6. Verificaç ã o 7. Padronizaç ã o 8. Conclusã o As oito etapas sã o subdivididas em passos, que caracterizam o MASP e o distinguem de outros mé todos de soluç ã o de problemas. A primeira etapa consiste na identificaç ã o do problema. Possui duas finalidades principais: selecionar um tó pico dentre muitas alternativas, e aplicar crité rios que garantam a importâ ncia do problema. Os passos sã o escolher o problema, analisar o histó rico do problema, mostrar perdas atuais e ganhos possíveis, fazer aná lise de Pareto e nomear responsá veis. A segunda etapa é a observaç ã o, para investigar os aspectos específicos do problema com visã o ampla e a partir de vá rios pontos de vista (CAMPOS, 2004). O principal ponto dessa etapa é a coleta de informaç õ es que podem ser úteis para um processo de aná lise, que será realizado posteriormente. Depois, a etapa da aná lise é feita para determinar as principais causas do problema. A aná lise é composta por duas grandes partes: a identificaç ã o de hipó teses e o teste das hipó teses para a confirmaç ã o das causas. Para manter o cará ter objetivo, a identificaç ã o de hipó teses deve utilizar ferramentas de qualidade, informaç õ es, fatos e dados. Os passos incluem o levantamento de dados, escolha das hipó teses possíveis, coleta de dados, aná lise e confirmaç ã o das hipó teses e teste de consistê ncia da causa fundamental. A pró xima etapa é o planejamento da aç ã o. Segundo Ishikawa (1986), a descoberta de anomalias será inútil se nã o forem tomadas medidas corretivas. Assim, a etapa consiste em determinar as estraté gias para excluir as causas do problema e transformar a estraté gia em aç ã o (HOSOTANI, 1995). É possível que exista um conjunto de soluç õ es possíveis, portanto, as aç õ es que eliminam as causas devem ser priorizadas, evitando que o problema ocorra novamente. Seus passos sã o a elaboraç ã o da estraté gia de aç ã o, a elaboraç ã o do plano de aç ã o e a negociaç ã o do plano de aç ã o. Apó s o planejamento da aç ã o vem o desenvolvimento das atividades e tarefas previstas no plano. Para a execuç ã o desta etapa primeiramente é necessá rio que haja a comunicaç ã o do plano para as pessoas envolvidas para depois executar as aç õ es propriamente ditas e por 3 fim o acompanhamento do que foi feito. Nesta etapa é essencial que seja criado um mé todo de comparaç ã o entre os resultados obtidos antes e depois da implementaç ã o das aç õ es planejadas na etapa anterior e que seja estabelecida uma rotina de acompanhamento visando evitar a reincidê ncia do problema. A etapa de verificaç ã o consiste na coleta de dados sobre as causas, o problema e outros aspectos para analisar as variaç õ es tanto positivas como negativas e julgar a efetividade das aç õ es tomadas. Segundo Hosotani (1992) esta é a etapa que possibilita um aumento da autoestima e crescimento pessoal decorrentes da excitaç ã o devido à soluç ã o do problema. Esta etapa representa a fase de averiguaç ã o e nã o se pode considerar como resolvido o problema sem que as aç õ es estejam completamente implementadas. A sé tima etapa, a de padronizaç ã o, é a de instituiç ã o das aç õ es como novos mé todos de trabalho apó s a aprovaç ã o das medidas comprovadas como satisfató rias no alcance dos objetivos. Segundo Kume (1992), a padronizaç ã o tem por objetivo evitar que ocorram duas situaç õ es, a primeira é o retorno gradativo à situaç ã o anterior à s mudanç as e a segunda é a ocorrê ncia do problema quando novos funcioná rios forem responsá veis pela execuç ã o das tarefas. As ferramentas empregadas nesta tarefa envolvem a criaç ã o de comunicados, reuniõ es, manuais de treinamento e um sistema de verificaç ã o de cumprimento do padrã o. Elas asseguram que os novos padrõ es sejam transmitidos a todos os envolvidos, que os funcioná rios estejam aptos a executar os novos procedimentos e evitam que um problema resolvido reapareç a devido à degeneraç ã o no acompanhamento do cumprimento das novas ordens. Por ú ltimo, a etapa de conclusã o, fecha o mé todo de aná lise e soluç ã o de problemas revendo todo o processo e planejando os trabalhos futuros. Este balanç o de aprendizado é essencial para que as liç õ es aprendidas possam ser aplicadas em novas oportunidades de melhoria. Nesta etapa sã o feitas a aná lise dos resultados, o planejamento do ataque aos problemas remanescentese a reflexã o sobre as atividades da soluç ã o de problemas tendo por objetivo a busca da situaç ã o ideal permanentemente, a reavaliaç ã o dos itens pendentes e uma reflexã o sobre o pró prio processo de soluç ã o de problema. PDCA Um dos mé todos que torna possível o controle dos processos é o ciclo PDCA. O mé todo gerencial do ciclo PDCA consta de quatro fases bá sicas de controle: planejar, executar, verificar a atuar corretivamente (CAMPOS, 1994). Esse ciclo pode ser utilizado para a manutenção e melhoria das “diretrizes de controle” de um processo. Quando ele é utilizado para a melhoria do nível de controle, o processo nã o é repetitivo e consta com uma meta quantificada que é o novo “nível de controle” pretendido. Ao conjugar os dois tipos de gerenciamento, manutenç ã o e melhorias, é possível fazer com que melhorias contínuas ocorram (CAMPOS, 1994). 4 Alé m disso, o ciclo PDCA pode ser utilizado també m para manter resultados e melhorar os resultados. Para manter resultados, nas etapas do PDCA é necessá rio definir os itens de controle a serem controlados e sua faixa-padrã o aceitá vel, a execuç ã o das tarefas conforme os procedimentos-padrã o e ao fim, verificar os itens de controle e revisá -los caso necessá rio. E para melhorar os resultados, é feito o “método de solução de problemas” ou “QC story” (CAMPOS, 1994). A seguir consta a explicaç ã o de cada elemento do ciclo: P – Plan (Planejar) Nesta etapa, a situaç ã o ou processo é estudada, identificam-se os problemas, e é feito um trabalho de reconhecimento da importâ ncia de cada um deles. Em seguida, investigam se as características específicas do problema; de modo a identificar as causas fundamentais bem como possíveis formas de resolvê -los. Para tanto, sã o levados em consideraç ã o as necessidades e expectativas dos clientes, internos e externos. Com base nisso, é elaborado um plano de aç õ es para bloquear as causas fundamentais dos problemas. També m sã o determinados os objetivos de melhoramento e a forma como tais melhoramentos serã o medidos; em outras palavras, sã o estabelecidas metas de melhorias. O ciclo PDCA mostra que o planejar consta sempre de duas partes insepará veis: (a) definir metas (fins) e (b) apó s isso definir os mé todos necessá rios para atingir a meta, a partir da aná lise de processo (CAMPOS, 1994). D –Do (Agir) Com o plano de aç ã o em mã os, deve ser feita a sua implantaç ã o; ainda de forma experimental. Todos os melhoramentos obtidos devem ser medidos e seus resultados registrados. C – Check (Verificaç ã o) Nesta fase, partindo dos resultado obtidos o planejamento, etapa P – Plan volta a ser analisado, buscando analisar a efetividade do plano de aç ã o. Uma forma de se verificar isso é por meio da questã o: A meta foi atingida? Caso tenha, as medidas surtiram efeitos; caso contrá rio, é necessá rio voltar à etapa P – Plan, e por meio dos dados observados, fazer uma nova aná lise de outras possíveis causas do problema, e suas soluç õ es; criando assim um novo plano de aç ã o que deve ser novamente implantado, e repetir os passos, até que se constate que o plano de aç õ es foi completamente efetivo e as causas dos problemas foram bloqueados. Alé m da preocupaç ã o em bloquear as causas dos problemas, nesta etapa també m é importante monitorar se novos problemas nã o surgem, e també m se os mé todos de mediç ã o definidos estã o sendo eficientes no acompanhamento da execuç ã o do plano de aç ã o. 5 A – Act (Agir) Por fim, o plano é implantado de forma definitiva, já incluindo todas as modificaç õ es feitas nas etapas anteriores; e passa a ser um padrã o para determinada operaç ã o. Isto ocorre visando a prevenç ã o contra o reaparecimento do problema. Alé m disso, é feita uma recapitulaç ã o de todo o processo de soluç ã o dos problemas para servirem como referê ncia para futuros trabalhos de resoluç ã o de problemas nas operaç õ es. Ao fim desse ciclo, reinicia-se novamente a partir das melhoras anteriormente obtidas. 6 Definiç ã o do problema Problemas da empresa A empresa apresentou alguns problemas dentre os quais deveríamos selecionar o problema a ser analisado: Layout – Resultado do crescimento desorganizado da empresa; Atrasos de entregas; Falta de padrã o de qualidade dos produtos dos fornecedores - Os lotes de fornecedores nã o apresentam nenhum tipo de padronizaç ã o, sendo assim, com frequê ncia lotes defeituosos sã o aceitos; Quebra de agulhas - Com frequê ncia as má quinas apresentam quebras nas agulhas demandando tempo e recursos financeiros. A empresa já possui um registro dos incidentes ocorridos, no entanto, este problema ainda nã o foi abordado de maneira sistemá tica de modo a ser solucionado; Dados os problemas, é necessá rio que um seja escolhido para ser estudado neste trabalho. Com base na aná lise feita, concluiu-se que o layout seria um problema que envolveria a mudanç a de má quinas de grande porte, o que torna sua alteraç ã o mais resistente por parte dos gestores, alé m de nã o ser um problema que envolve o enfoque na produç ã o. A falta de qualidade pode ser abordada parcialmente com a criaç ã o de padrõ es de qualidade de fornecimento, mas a origem dos defeitos está localizada fora da empresa. Os atrasos de entregas podem possuir muitas fontes de origens dispersas e nã o documentadas, sendo algumas delas já ocasionadas por outros problemas acima mencionados, como a quebra de agulhas ou qualidade dos fornecedores. Selecionamos o problema da quebra de agulhas devido à alta ocorrê ncia deste e à sua relevâ ncia para a empresa, à documentaç ã o realizada com dados referentes a cada agulha, má quina e turno, à abertura da empresa de modo a nos fornecer dados relacionados a este problema e à probabilidade de que a empresa acate à soluç ã o proposta pelo grupo. Alé m disso, analisar este problema nos permite utilizar as ferramentas de aná lise e aplicaç ã o dos conhecimentos adquiridos em aula de maneira mais efetiva devido à presenç a de dados organizados. 7 Problema escolhido O problema a ser tratado neste trabalho é a taxa de quebra de agulhas acima do considerado aceitá vel. As agulhas utilizadas pelas má quinas sã o de muitos tipos, todos com aspectos semelhantes à Figura 2. A taxa de quebra de agulhas numa dada má quina exibe uma variaç ã o muito grande, variando entre os extremos 0 e pró ximo de 700 agulhas quebradas num mê s. Na maioria dos casos o número se manté m abaixo de 100. Esse problema resulta em duas consequê ncias de natureza distinta para a empresa. Primeiramente, cada agulha quebrada precisa ser reposta, o que gera custos adicionais. Sã o produtos cujo preç o oscila entre 0,77 e 1,46 dó lares, sempre importados da Á sia, Europa ou Estados Unidos, pois nã o há fornecedores nacionais. É um custo pequeno individualmente, mas que se torna relevante quando milhares de agulhas precisam ser repostas todo mê s. Alé m disso, com a cotaç ã o do dó lar no patamar de R$ 3,00, esse problema se tornou ainda mais urgente. A segunda consequê ncia é de natureza operacional. Cada vez que uma agulha quebra, a má quina automaticamente para de funcionar, e o tecelã o deve repor a agulha quebrada e recomeç ar manualmente a má quina para dar continuidade ao processo. Isso gera desperdício de tempo e exige um trabalho adicional, tornando o processo mais lento e ineficiente, o que pode até , em alguns casos, gerar atrasos na entrega. O responsá vel da empresa expressou o desejo de diminuir o número de agulhas quebrada para um valor mínimo possível de ser atingido. Hipóteses Nesta etapa inicial levantamos uma sé rie de hipó teses para as causas da quebra de agulhas. A seguir: Má qualidade das agulhas Modelo específico que acarreta alto índice de quebras Configuraç ã o das má quinas feita de maneira inadequada Peç as da má quina defeituosas Peç as da má quina desgastadas Funcioná rios inexperientes Tecidos inapropriados para o tipo de agulha 8 As hipó teses levantadas podem ser visualizadas mais facilmente e com mais detalhes através deste diagrama “espinha de peixe”: FIGURA 1 - ESPINHA DE PEIXE 9 Aná lise de Dados Com base nos dados fornecidos pela empresa quanto à quantidade de quebra de agulhas por má quinas, disponível no Anexo 1, foi desenvolvido o Diagrama de Pareto exibido no Grá fico 1 e disponível para melhor visualizaç ã o – visto que o grá fico omite parte dos ró tulos dos eixos – no Anexo 3. GRÁ FICO 1 Analisando-se o grá fico pode-se se categorizar quais má quinas apresentaram mais quebras no ano de 2014. Sendo assim, levantou-se a hipó tese de que as má quinas que mais apresentaram quebras foram as que utilizavam o mesmo tipo de agulha. Para verificar se havia um tipo específico de agulhas que apresentava mais quebras que os demais, foi calculada a soma de todas as quebras de agulhas – utilizando-se os dados disponíveis no Anexo 2 – e dividiu-se este valor pela quantidade de má quinas que utilizavam esse tipo de agulha. 0% 20% 40% 60% 80% 100% 120% 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 30 50 29 15 25 35 27 46 31 1 48 24 54 41 7 43 4 21 38 40 20 23 9 28 19 39 32 Q U E B R A S MÁ QUINAS Quebras Anuais 1 0 GRÁ FICO 2 Com estes dados foi feito outro Diagrama de Pareto para se analisar as mé dias de quebra de cada tipo de agulha em relaç ã o à quantidade utilizada (soma do número de má quinas que a utilizaram considerando-se todos os meses), como pode ser observado no Grá fico 2 – grá fico disponível para melhor visualizaç ã o no Anexo 3. Pode-se se perceber que as agulhas VO 7841G0022 e VO 7841 G0028, foram as que apresentaram maior índice de quebras por utilizaç ã o, seguidas pelo tipo de agulha VO 8441 G0018. Cada uma dessas agulhas apresentou uma mé dia de quebras de 259,06, 224,92 e 88,60, respectivamente. Verificando-se quais má quinas utilizaram as agulhas que mais quebraram em cada mê s, obteve-se a Tabela 1, a qual lista quais má quinas utilizaram, pelo menos em parte dos meses do ano de 2014, cada um desses trê s tipos de agulhas. VO 7841 G0022 VO 7841 G0028 VO 8441 G0018 6 1 8 13 2 11 31 5 16 12 54 14 15 0% 20% 40% 60% 80% 100% 120% 0 50 100 150 200 250 300 V O 7 8 4 1 G 0 0 2 2 V O 8 4 4 1 G 0 0 1 8 V O TA 6 1 5 8 G 0 3 D IS C O V O 7 8 5 0 G 0 0 4 V O 1 3 9 4 1 G 0 0 1 9 V O 7 5 4 8 G 0 0 2 P A V O 1 5 7 5 2 G 0 0 3 V O -L S 1 3 9 4 1 G 0 0 3 V O 1 3 9 5 2 G 0 0 1 9 V O -L S 6 5 4 1 G 0 0 3 2 D V O 9 2 5 2 G 0 0 4 W O 3 1 7 3 5 0 G 0 0 3 P 3 V O 1 3 9 4 1 G 0 0 1 7 V O -L S 9 2 5 2 G 0 0 4 V O 1 3 6 5 2 G 0 0 2 V O 1 3 6 5 2 G 0 0 4 V O 1 5 7 5 2 G 0 0 4 V O -L S 6 5 4 1 G 0 0 3 3 D V O 8 9 5 0 G 0 8 P A V O 9 2 5 2 S 0 0 4 S A M S U N G V O 7 5 4 8 S 0 0 2 S A M S U N G V O 1 3 6 5 2 G 0 0 3 P 3 V O 1 5 4 5 2 G 0 2 C IL D 2 4 V O 1 5 4 5 2 G 0 4 C IL D 2 4 V O 1 3 6 5 2 G 0 0 3 C IL D 2 4 V O 7 6 5 0 S 0 1 S A M S U N G V O 1 3 6 5 2 G 0 0 3 P 3 C 2 4 V O 1 3 6 4 1 G 0 0 4 V O 1 5 4 5 2 G 0 0 2 V O 1 5 4 5 2 G 0 0 3 Mé dia de Quebras por Utilizaç ã o 1 1 24 25 27 29 30 34 35 41 48 50 52 42 16 7 46 TABELA 1 – TIPOS DE AGULHA E QUAIS MÁ QUINAS AS UTILIZARAM EM 2014 Os dados da Tabela 1 foram usados como referê ncia para a construç ã o da Tabela 2, que lista as má quinas conforme o índice de quebras (do valor mais alto para o mais baixo) e destaca as má quinas que utilizam uma das trê s as agulhas que mais apresentam quebras. A cor é determinada conforme o tipo de agulha: VO 7841G0022 VO 7841 G0028 VO 8441 G0018 VO 7841 G0028 e VO 8441 G0018 – agulhas utilizadas na mesma máquina em meses diferentes TABELA 2 - LEGENDA DA TABELA 3 Conclui-se, portanto, que o problema está associado essencialmente a esses trê s tipos de agulhas, os quais estavam presentes nas 15 má quinas que apresentaram maior índice de quebras, alé m de outras má quinas com menor índice de quebras. 1 2 Máquinas com maior índice de quebras x Tipo de Agulha Utilizado 1º 30 2º 12 3º 50 4º 8 5º 29 6º 34 7º 15 8º 11 9º 25 10º 6 11º 35 12º 42 13º 27 14º 2 15º 46 16º 45 17º 31 18º 26 19º 1 20º 44 21º 48 22º 14 23º 24 24º 16 25º 54 26º 13 27º 41 28º 53 29º 7 30º 22 31º 43 32º 5 33º 4 34º 49 35º 21 36º 3 37º 38 38º 37 39º 40 40º 18 41º 20 42º 10 43º 23 44º 51 45º 9 1 3 46º 52 47º 28 48º 36 49º 19 50º 17 51º 39 52º 33 53º 32 54º 47 TABELA 3 - QUEBRAS POR MÁ QUINA (EM DESTAQUE MÁ QUINAS QUE UTILIZAM AS AGULHAS COM MAIOR ÍNDICE DE QUEBRA) 1 4 PDCA da empresa Para a aplicaç ã o da ferramenta PDCA foi escolhido analisar o processo de confecç ã o das malhas, especificadamente a produç ã o do tecido que é realizado a partir de má quinas operadas por té cnicos. Nessa etapa pudemos extrair alguns problemas e dentre eles o problema considerado mais relevante foi a excessiva quebra de agulhas. Para a aná lise foram utilizados dados a respeito da quebra de agulhas que relacionavam a quantidade de agulhas quebradas por má quina alé m do tipo de agulha utilizado. Resumindo, a conclusã o obtida a partir dessa aná lise foi que boa parte da quebra das agulhas estava relacionada à quebra de tipos específicos de agulhas, as agulhas VO 7841 G0022, a VO 7841 G0028 e a VO 8441 G0018. Alé m disso, a aná lise do diagrama de Pareto levantou as seguintes observaç õ es: a quebra de agulhas estava relacionada a determinadas má quinas. Nesta aná lise pudemos apontar que algumas má quinas detinham maiores quebras que as outras e que esse fato pode decorrer de alguma falha específica de determinadas má quinas. Devido a isso, o objetivo da aplicaç ã o do ciclo PDCA estará pautado em minar as principais causas que geram o problema. Como uma causa relevante para ele é a quebra de determinadas agulhas, é necessá rio trabalhar sobreelas a fim de garantir que a quebra diminua para padrõ es aceitá veis. A mé trica para verificar a eficá cia do plano é a reduç ã o da quebra de agulhas para, em mé dia, 50 agulhas por má quina ao mê s; outro indício seria a uniformidade na produtividade da má quina, sem picos nem quedas de produtividade; e també m uma reduç ã o no número de registro de paradas de má quinas devido à quebra de agulhas. Trabalhando sobre as possíveis causas para a quebra das agulhas, o plano de aç ã o formulado consiste em: Verificar fornecedores Obter contato com outros fornecedores da agulha em busca de outras opç õ es da mesma agulha. A agulha em questã o deverá ser de melhor qualidade, utilizando melhor material e com um nível de custo dentro do padrã o aceitá vel para a empresa. Verificar especificaç õ es da agulha para a má quina Analisar as especificaç õ es determinadas pelo fabricante para a má quina e verificar se há compatibilidade com a agulha utilizada. 1 5 Caso haja incompatibilidade, trocar para uma agulha que esteja dentro das especificaç õ es determinadas. Se há modelos substitutos para a agulha e que exerç am a mesma funç ã o Realizar uma pesquisa de mercado com a finalidade de encontrar outros tipos de agulhas que atendam à s especificaç õ es e apresentem maior durabilidade. Para isso, conciliar a qualidade com as especificaç õ es e preç o, montando uma tabela comparativa. Verificar o plano de manutenç ã o preventiva Avaliar se a frequê ncia das manutenç õ es está adequada ou mesmo se elas estã o sendo realizadas, e també m, se estã o sendo realizadas dentro das especificaç õ es determinadas pelo fabricante; se houverem. Caso nã o haja um processo de manutenç ã o especificado, buscar encontrar algum que atenda à s necessidades da empresa. As verificaç õ es podem incluir, para evitar uma troca no meio do ciclo de produç ã o, a substituiç ã o de agulhas já danificadas. Verificar peç as da má quina relacionada à s agulhas Pedir para um té cnico de a empresa verificar as 15 má quinas que detinham as maiores quebras de agulhas segundo os dados coletados e as aná lises feitas em busca de algum problema na má quina que possa comprometer a durabilidade das agulhas. Caso seja necessá rio, realizar a troca da peç a e verificar se há mudanç a na quebra de agulhas num determinado período. Verificar a conformidade das maté rias primas com as especificaç õ es das má quinas Conferir se existem restriç õ es das má quinas quanto a algum tipo específico de material (tipo de linha), e verificar se nas má quinas que mais apresentaram defeitos, algum tipo específico de linha foi utilizado com mais frequê ncia. També m foi elaborada uma tabela de verificaç ã o de forma a auxiliar o acompanhamento da evoluç ã o da aplicaç ã o do plano de aç ã o. Ela conté m itens de verificaç ã o, metas a serem atingidas, alé m de uma matriz que indica o grau de prioridade de cada projeto do plano de aç ã o. Nessa tabela, um responsá vel pelo acompanhamento pode realizar a anotaç ã o do cumprimento das metas estabelecidas, e assim determinar quais projetos do plano de aç ã o estã o sendo mais efetivos. 1 6 Sugestã o de cronograma e tabela de verificaç ã o do plano de aç ã o: SUGESTÃ O A sugestã o de atividades contê m as atividades a serem realizadas pela equipe listadas em ordem de prioridade em que as atividades 1 e 2 sã o as mais fundamentais. Na mesma tabela, há crité rios de qualidade estabelecidos que ser obedecidos dentro da prioridade estabelecida para cada atividade. Podemos ressaltar a existê ncia de mé todos de acompanhamento em que, no caso, seria utilizado o histó rico dos diferentes parâ metros de qualidade que devem ser aprimorados, auxiliando no estabelecimento das metas a serem cumpridas. Na segunda parte da tabela existem itens de verificaç ã o para as diferentes atividades que permitem o acompanhamento mê s a mê s do plano de aç ã o bem como metas a serem atingidas, que servem como parâ metro para classificar o andamento do plano. Em relaç ã o aos itens de verificaç ã o, o parâ metro de quebras de agulhas estabelecido como meta foi de 85 agulhas por mê s, valor baseado na mé dia de quebra das agulhas nã o contando as trê s com as maiores quebras, a VO 7841 G0022, a VO 7841 G0028 e a VO 8441 G0018, em que a mé dia obtida foi de, aproximadamente, 75 agulhas por mê s com desvio padrã o de 50,2. Como o desvio padrã o é um valor elevado, o grupo optou por estabelecer como meta um valor maior que a mé dia obtida atravé s dos dados, em que a meta cumprida 1 7 poderá ser decrescida progressivamente até que a mé dia de 75 agulhas possa ser alcanç ada pela empresa. A escolha de desconsiderar as quebras das trê s agulhas foi pelo seu elevado valor que nã o condiz com o das outras, em que isso poderia afetar o desempenho da empresa caso fossem consideradas. Alé m disso, é interessante que cada uma das atividades tenha um responsá vel para que possa ser feito um acompanhamento mais ativo delas. Continuando, outro item importante no Plano de Aç ã o é a definiç ã o de procedimentos-padrã o, fundamentais para a manutenç ã o dos resultados do processo. Entretanto, esse item apenas pode ser feito apó s a conclusã o de todo o ciclo do PDCA; de modo que neste trabalho, ficará apenas indicada a sua necessidade e importâ ncia. É muito importante que seja feito um treinamento dos funcioná rios, transmitindo a eles a importâ ncia de seguir os procedimentos apontados no plano. Paralelamente, os supervisores devem estar atentos ao cumprimento dos procedimentos por parte dos funcioná rios, bem como devem tomar notas e verificar na tabela o grau em que as metas estã o sendo atingidas. Alé m disso, é uma medida eficaz para que, no longo prazo, essas medidas penetrem nos há bitos da empresa contribuindo para a contínua reduç ã o dos problemas mencionados e també m na prevenç ã o de novos problemas. Podemos ainda citar o uso da ferramenta 5H1W, de estraté gia da qualidade total, que permite identificar elementos e características de cada um dos passos do Plano de Aç ã o. Estes seriam: What (O quê será feito), Why (Por que será feito), Who (Quem fará ), When (Quando será feito), Where (Onde será feito), How (Como será feito). No anexo, é possível encontrar as cinco etapas que foram definidas no Plano de Aç ã o, devidamente especificadas de acordo com as ferramentas. MASP A primeira etapa para a resoluç ã o de problemas atravé s do MASP é a identificaçã o do problema. Segundo a aná lise do diagrama de Pareto, o problema de maior importâ ncia para a empresa é a quebra excessiva de agulhas. A questã o foi escolhida porque a quebra de agulha afeta, direta ou indiretamente, todos os outros procedimentos, incluindo a confecç ã o de malhas e a entrega na data estabelecida para o consumidor. Assim, també m gera custos de manutenç ã o e reparo, e consequentemente, perdas para a empresa. Os dados histó ricos apresentados permitem concluir que a quebra de agulhas nã o possui um padrã o de 1 8 ocorrê ncia, mas ocorre constantemente e impede a maximizaç ã o do funcionamento dos equipamentos, interferindo no processo de produç ã o. Para a segunda etapa de observaç ã o, foram coletados dados histó ricos e atuais sobre a quantidade de agulhas quebradas por má quina e o tipo de agulha utilizada. A quebra de agulhas nã o apresenta nenhum padrã o específico de quantidade ou frequê ncia, ocorrendo de 1 a 635 quebras em diferentes má quinas em um mesmo mê s. Os gastos com a compra de novas agulhas també m variam muito de acordo com a agulha e com a má quina, de R$4,08 a R$1318,24 paradiferentes má quinas em um mesmo mê s. Segundo os relató rios, as principais agulhas envolvidas eram do modelo VO 7841 G0028 e VO 8441 G0018, com as má quinas 30, 12 e 50. Para a aná lise foram formuladas algumas hipó teses a respeito das causas da excessiva quebra de agulhas das má quinas. A causa do problema pode envolver a qualidade das agulhas, que já teriam vindo defeituosas, seriam mais frá geis do que outras opç õ es disponíveis no mercado ou estariam sendo mal armazenadas. També m há a possibilidade de incompatibilidade das agulhas com a má quina a que estã o associadas, ou com os pró prios fios utilizados para a produç ã o do tecido. Alé m disso, o desgaste ou mau funcionamento das má quinas poderia estar resultando na quebra das agulhas. Outra possível causa é o uso excessivo da agulha no equipamento, que estaria operando a uma frequê ncia acima da especificada pelos fabricantes. Por fim, o manuseio e a manutenç ã o das agulhas poderiam estar ocorrendo de forma incorreta, prejudicando seu funcionamento, e gerando a quebra. Por ser um problema frequente e sem padrã o, nã o foi escolhida apenas uma hipó tese mais prová vel, e todas as citadas acima foram aceitas como causas possíveis. O diagrama de Ishikawa (espinha de peixe) mostra visualmente suas relaç õ es e alguns de seus aspectos. A quarta etapa é formular um plano de aç ã o para bloquear as causas fundamentais. Como explicado anteriormente no PDCA, o plano consiste, basicamente, em verificar fornecedores para outras opç õ es de agulha, verificar especificaç õ es e compatibilidade da agulha para a má quina, verificar o plano de manutenç ã o preventiva dos equipamentos, verificar peç as da má quina relacionadas à s agulhas e verificar a conformidade das maté rias primas com as especificaç õ es das má quinas. Apó s o feito e comunicado o plano de aç ã o para todos os envolvidos ele foi posto em prá tica atravé s das aç õ es descritas no PDCA. Para verificar o impacto causado devido à implementaç ã o de aç õ es do plano, devem ser comparados os dados obtidos antes e apó s as medidas adotadas. Os principais mé todos 1 9 para verificar a eficá cia do plano sã o a estipulaç ã o de uma meta de quebras de 50 agulhas por má quina ao mê s e a maior proximidade possível de uma produç ã o uniforme da má quina ao longo de certo período. O impacto pode ser constatado com o auxilio do cronograma e tabela de verificaç ã o do plano de aç ã o (Figura 4). Depois de verificados e analisados os impactos decorrentes das aç õ es implementadas é possível modificar os mé todos de trabalho para que o desempenho da produç ã o da indústria seja otimizado. Como verificamos que o problema está associado a agulhas de dois tipos específicos de má quinas, VO 7841 G0022 e VO 8441 G0018, com mé dias de quebra semestrais destoantes da mé dia, deve-se dar um maior enfoque aos esforç os de mudanç a decorrentes da aplicaçã o do plano de aç ã o para elas. Alé m disso, deve ser elaborado um plano padrã o a ser aplicado periodicamente envolvendo as verificaç õ es descritas no PDCA para que seja evitado que ocorra novamente a situaç ã o que buscamos corrigir. Para fechamento do MASP focado na aná lise do problema de quebra de agulhas é feito um balanç o de aprendizado para que as liç õ es aprendidas possam ser aplicadas em outras situaç õ es. Alé m disso, o fechamento proporciona uma reavaliaç ã o dos itens pendentes contribuindo na busca da situaç ã o ideal. Anexo 4 Entrevista com um dos só cios da empresa (...) Grupo: Entã o esse problema das agulhas é um caso grave? Só cio: Nã o diria que é o mais grave, até porque se fosse já teríamos nos esforç ado para resolver logo esse problema. Mas é um problema chato que vem se arrastando por muito tempo sem uma soluç ã o decente. G: Qual que é exatamente o problema? S: De vez em quando durante o funcionamento das má quinas acontece de quebrar uma das trinta e poucas agulhas que a má quina está usando, e aí perde tempo para tirar e colocar de novo. Isso aí é normal, acontece, mas à s vezes passa de um nível aceitá vel para um nível que realmente atrapalha o trabalho. 2 0 G: També m custa para fazer a reposiç ã o né ? S: Sim, sim, isso aí é tudo importado da Europa, China... Cada agulha quebrada é dó lar a menos. E tem vezes que uma má quina consegue quebrar umas 700 agulhas num mê s só . É muito dinheiro. G: Você s já sabem qual que é a causa disso? S: A gente tem uma ideia, mas é tudo muito confuso, é um pouco de cada coisa. Vira e mexe eu vejo pessoal colocando de qualquer jeito para poder atingir a cota de produç ã o, ou ir embora mais cedo. Tem vezes que é da má quina mesmo, e tem que trocar umas peç as internas que estã o gastas. Cada caso é um caso. G: E a qualidade das agulhas? É uma possib... S: Nã o, acho que nã o... Sã o fornecedores confiá veis que todo mundo usa por aí. As agulhas sã o boas. G: Você s chegaram a pesquisar se tem tipos de agulhas que quebram mais que as outras, algo nessa linha? S: ...vou ter que ver com o Paulo (outro só cio). Nã o me lembro de a gente ter pesquisado nada assim... (...) 2 1 Anexo 5 - Processo Produtivo (Bizagi) 2 2 Bibliografia Campos, V. F. (2004). Gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia. Nova Lima: INDG Tecnologia e Serviç os Ltda. Campos, V. F. (s.d.). TQC: Controle de Qualidade Total (no estilo japonê s). Cô rrea, H. L., & Cô rrea, C. A. (2012). Administraçã o da produç ã o de operaç õ es: Manufatura e Serviç os; uma abordagem estraté gica. Sã o Paulo: Atlas. Hosotani, K. (1992). The QC Problem Soving Approach: Solving Workspace Problems the Japanese Way. Tokyo: 3A Corporation. Ishikawa, K. (1986). TQC - Total Quality Control: extraté gia e administraç ã o da qualidade. Sã o Paulo: IMC. Kume, H. (1992). Statistical methods for quality improvement. Tokyo: 3A Corporation.
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