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Apostila Análise Técnica

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CURSO 
LIGA DE MERCADO FINANCEIRO FEA USP 
 
 
 
INTRODUÇÃO À ANÁLISE TÉCNICA 
 
 
 
 
 
 
 PARCEIROS 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO À ANALISE TÉCNICA 
Índice 
 
1 – Introdução ........................................................................................................................................ 
1.1 – História ........................................................................................................................... 
1.2 – Análise Técnica X Análise Fundamentalista .............................................................. 
1.3 – Importância .................................................................................................................... 
2 – Indicadores Técnicos e Gráficos ................................................................................................... 
2.1 – Tipos de Tendências ..................................................................................................... 
2.1.1 – Extensão das Tendências ............................................................................. 
2.1.2 – Linhas das Tendências ................................................................................. 
2.1.3 – Canais ............................................................................................................. 
2.2 – Gráficos .......................................................................................................................... 
2.2.1 – Propriedades do Gráfico ............................................................................... 
2.2.2 – Tipos de Gráficos .......................................................................................... 
2.3 – Suporte e Resistência ................................................................................................... 
2.4 – Padrões de Continuação .............................................................................................. 
2.4.1 – Canais de Preços ........................................................................................... 
2.5 - Sinais de Reversão ........................................................................................................ 
3 – Indicadores de Negociação Matemática ....................................................................................... 
3.1 – Média Móvel ................................................................................................................... 
3.1.1 Média Móvel Simples (SMA) ............................................................................ 
3.1.2 Média Móvel Exponencial (EMA) ..................................................................... 
3.1.3 – MACD (Método das Médias Móveis) ............................................................ 
3.1.4 – Bandas de Bollinger ...................................................................................... 
3.1.5 – Índice de Força Relativa (RSI) ...................................................................... 
4 – Análise de Fibonacci e Teoria da Onda de Elliott ........................................................................ 
4.1 – Teoria da Onda de Elliott .............................................................................................. 
4.2 – Análise de Fibonacci ..................................................................................................... 
5 - Conclusão ....................................................................................................................................... 
1 – Introdução 
Segundo o autor John J. Murphy “Análise técnica é o estudo dos 
movimentos do mercado, principalmente pelo uso de gráficos, com o propósito 
de prever futuras tendências no preço”. Este estudo engloba três principais 
componentes: Preço, Volume e taxa de juros (usada somente para opções e 
futuros). 
 
Desta maneira, a análise técnica se fundamenta em três premissas 
principais: 
 
1. Os movimentos do mercado já descontam tudo: todos os fatores 
que afetam um ativo são imediatamente descontados pelo mercado e 
refletidos no preço do ativo, (análises fundamentalistas, conjunturas 
políticas, psicológicas, entre outros), portanto, a única coisa na qual 
o investidor precisa, de fato, reter sua atenção, é o preço. Deve-se 
ter em vista que a base da análise técnica não é meramente os 
planos dos gráficos, mas sim as forças do mercado que nestes se 
expressam. 
 Se o preço está subindo, é porque a demanda está mais forte 
que a oferta, de modo que os fundamentos estão em alta. 
 Se o preço está caindo, é porque a oferta está mais forte que a 
demanda, de modo que os fundamentos estão em baixa. 
 
2. Preços se movem em tendências: As forças de mercado definem 
uma direção para a qual os preços seguem. Desta maneira pode-se 
operar a favor ou contra a tendência, embora de modo geral os 
analistas técnicos operem a favor, por isso identificar uma tendência 
no início de sua formação é excelente para a realização de operações. 
Os indicadores de análise técnica são utilizados, por exemplo, para 
que seja possível identificar o começo de uma tendência e segui-la, 
bem como perceber os sinais de uma reversão para deixá-la. 
 
3. A história se repete: Os padrões de gráficos refletem a situação 
psicológica do mercado. Como os padrões se mostraram uma boa 
forma de predição do passado, utiliza-se hoje para prever os preços 
no futuro. Acredita-se que ocorrerá uma repetição do passado. 
 
1.1 – História 
As origens da análise técnica moderna estão nos trabalhos de Charles 
Dow no início do século XX. Dow junto com Edward D. Jones publicava um 
informativo financeiro que mais tarde seria o "The Wall Street Journal". 
Através do jornal, Dow apresentava suas observações sobre o comportamento 
do mercado. O conjunto desses textos seria posteriormente reunido, gerando o 
que pode ser considerado o início da análise técnica: a teoria de Dow; algo que 
aprofundaremos posteriormente. 
1.2 – Análise Técnica X Análise Fundamentalista 
A análise técnica possui grande flexibilidade, de modo que pode ser 
utilizada no estudo de diversos mercados. Se em um dado momento um 
mercado não expressa volatilidade nos preços, não apresenta uma tendência 
bem definida, outros mercados apresentarão, assim, o analista gráfico poderá 
tirar proveito de algum mercado (ações, ouro, prata, câmbio e etc). Esta forma 
de análise também permite uma visão ampla sobre o mercado, ao invés de 
focalizar em um único nicho. 
Além do mais, a análise técnica apresenta um ponto de vista que, 
normalmente, é complementado pela análise fundamentalista. Esta estuda os 
fundamentos econômico-financeiros de uma empresa, setor, dado econômico, 
commodity ou uma moeda e suas projeções para o futuro, como fusões, 
aquisições etc. Contudo, prolongar-se na análise fundamentalista foge aos 
objetivos deste material. 
As duas escolas têm por objetivo determinar o que comprar/vender e 
quando comprar/vender. Contudo, utilizam abordagens claramente diferentes 
para atingir esse objetivo. 
 
As características principais da análise fundamentalista são: 
 Tenta medir o valor intrínseco de um ativo, ou seja, determinar um 
valor adequado que reflita a situação da empresa no presente e as 
expectativas futuras. 
 O valor intrínseco inclui fatores difíceis de quantificar, como o 
posicionamento da empresa no mercado. 
 Estuda as questões relativas à economia e perspectivas do segmento ao 
qual a empresa pertence. 
 Avalia como ocorre o gerenciamento da empresa. 
 
As características da análise técnica são: 
 Analisar os dados gerados pelastransações como preço e volume. 
 Utilizar os gráficos na busca de padrões. 
 Visualizar a ação dos componentes emocionais presentes no mercado. 
 Analisar as tendências e busca determinar alvos (até onde os preços irão 
se movimentar). 
 
Há algumas críticas à análise técnica, como a possibilidade de esta poder 
ser em seu cerne uma profecia autorrealizável. Por exemplo, os investidores ao 
perceberem um determinado padrão nos gráficos, apostam que o preço de 
uma determinada empresa irá subir, com o aumento de demanda, os preços 
de fato sobem, a situação inversa também pode ocorrer. 
É fundamental ter em mente também que a análise técnica não é uma 
ferramenta com eficácia absoluta. Seus indicadores podem levar a um caminho 
errado. A utilização desta ferramenta aumenta a probabilidade de acerto com 
relação às tendências, porém não apresenta certezas concretas para o 
analista. Desta maneira, é fundamental que o analista técnico possua 
estratégias e marcas de Stop Gain (Parar de ganhar, marca para retirar os 
lucros) e Stop Loss (Parar de perder, marca para retirar com prejuízo). 
 
1.3 – Importância 
 A análise técnica funciona porque o mercado corresponde à soma dos 
desejos, medos e expectativas das pessoas. O valor de um ativo reflete o 
encontro entre os que acreditam que o ativo irá se valorizar (compra) e 
aqueles que pensam o contrário (venda). Essas manifestações aparecem nos 
gráficos. 
As pessoas lembram-se dos valores em que ganharam ou perderam 
dinheiro. Dessa maneira, começa a formação de zonas de preços difíceis de 
ultrapassar, são as chamadas regiões de suporte e resistência como veremos 
ao longo da apostila. De modo semelhante, as tendências são formadas e a 
análise técnica oferece ferramentas que possibilitam medir a força da 
tendência e mesmo sua provável extensão. 
Outro fator importante é a crescente popularidade da análise técnica. 
Conforme ela ganha mais adeptos, mais pessoas passam a utilizar suas teorias 
e a perceber, simultaneamente, padrões de compra e venda o que acaba por 
impulsionar o movimento de preço. 
Não podemos esquecer ainda o dinamismo da análise técnica. Durante o 
dia surgem diversas oportunidades de negócios, pois o mercado se repete e os 
mesmos padrões que uma pessoa observa em um gráfico de nível diário pode 
aparecer diversas vezes ao longo de um único pregão. 
2 – Indicadores Técnicos e Gráficos 
2.1 – Tipos de Tendências 
 A tendência é o conceito mais importante numa análise técnica e um 
forte indicador técnico. Uma tendência designa a direção geral de um 
movimento de Mercado. É importante identificar tendências para poder 
negociar com elas e não contra elas. 
 
Uma tendência pode ser: 
 Ascendente – designada por tendência de ascensão; o Mercado tem 
tendência para subir. 
 Descendente – designada por tendência para baixo; o Mercado tem 
tendência para descer. 
 Estacionária / Horizontal – designada por "Mercado estagnado" ou 
"estacionário”; o mercado não tem tendência para subir nem para 
descer. 
2.1.1 – Extensão das Tendências 
 Uma tendência de qualquer direção pode ser classificada de acordo com 
a sua extensão: 
 Tendência de curto prazo; normalmente, não dura mais do que três 
semanas. 
 Tendência intermediária; dura normalmente entre três semanas e vários 
meses. 
 Tendência principal ou de longo prazo; dura pelo menos um ano ou 
mais. É constituída por várias tendências intermediárias, que se 
deslocam frequentemente na direção oposta à Tendência Principal. 
2.1.2 – Linhas das Tendências 
 Uma linha de tendência é uma simples técnica de representação gráfica 
que consiste em ligar os máximos significativos (topos) ou os mínimos 
significativos (pontos mínimos) que representam as tendências no mercado. 
Estas linhas são utilizadas para apresentar de maneira clara a tendência e 
também para ajudar a identificar as inversões de tendências. 
Uma linha de tendência pode ser classificada como: 
 Linha de tendência ascendente 
 Linha de tendência descendente 
 Linha de tendência estacionária 
Exemplo: 
 
No gráfico abaixo, está representada uma tendência ascendente a longo prazo 
no EURUSD, juntamente com uma linha de tendência ascendente. 
 
2.1.3 – Canais 
 Um canal de cotações é a adição de duas linhas de tendência paralelas 
que atuam com áreas fortes de suporte e de resistência. Uma linha de 
tendência liga uma série de cotações altas, enquanto a outra liga uma série de 
cotações baixas. Um canal pode dirigir-se para cima, para baixo ou ficar 
estacionário. Os corretores aguardam um determinado título para negociar 
entre os dois níveis de suporte e de resistência até que ele quebre além de um 
dos níveis. Eles utilizaram linhas de canal para indicarem o ponto onde podem 
colocar "ordem de lucro" e "Ordem de Limite de Perdas". 
Vale afirmar que o mercado acionário não se move de uma forma linear 
por um período prolongado, e sim é composto de “topos” e “fundos” que, pela 
sua direção, compõem uma tendência. A união dos topos ou dos fundos forma 
a linha de tendência. A linha de tendência mensura a velocidade de uma 
tendência, o chamado “zig-zag”. Formado pela linha de tendência e sua 
paralela, um canal delimita a área por onde o preço se deslocará. Seu 
rompimento mostra uma importante indicação de reversão da tendência. 
Há abaixo uma representação gráfica de um canal ascendente no Índice S&P 
500. 
 
Exemplo:
 
 
2.2 – Gráficos 
Um gráfico de preços é uma sequência de preços assinalada sobre um 
período de tempo específico. No gráfico, o eixo vertical representa a escala de 
preços enquanto o eixo horizontal representa o tempo. 
2.2.1 – Propriedades do Gráfico 
 Quando olhamos para um gráfico, existem vários fatores que devemos 
ter em conta, pois afetam a informação fornecida como, por exemplo, o 
período de tempo e a escala de preços usada. 
 Período de tempo: 
Cada barra, (ver “Tipos de Gráfico” a seguir) ou ponto num gráfico contém 
informação em relação a um determinado intervalo de tempo. O comprimento 
deste intervalo é o intervalo do gráfico. 
Decidir sobre que intervalo do gráfico deve utilizar depende do seu estilo de 
negociação e horizonte de investimento. Quem negocia durante o dia pode 
usar os intervalos do gráfico de 1 minuto, enquanto os swingers (os que têm 
negociações de vários dias a algumas semanas) costumam usar os intervalos 
que variam entre algumas horas e um dia. 
 Escala de Preços 
Existem dois métodos para exibir a escala de preços ao longo do eixo y: 
aritmético e logarítmico. 
Numa escala de preços aritmética, cada ponto do preço está separado pela 
mesma distância vertical independentemente do nível do preço. Cada unidade 
de medida é a mesma ao longo de toda a escala. Se uma ação avança de 10 
para 100 ao longo de um período de 6 meses, o movimento de 10 para 20 
(+100% de variação) irá aparecer à mesma distância que o movimento de 90 
para 100 (+11% de variação). Mesmo que este movimento seja o mesmo em 
termos absolutos, não é o mesmo em termos percentuais. 
Numa escala logarítmica, cada ponto do preço está separado por uma 
distância vertical que é igual em termos percentuais. Um avanço de 10 para 20 
representaria um aumento de 100%. Um avanço de 20 para 40 também seria 
100%, tal como um avanço de 40 para 80. Estes três avanços apareceriam 
como a mesma distância vertical numa escala logarítmica. 
 Volume 
 O volume é um indicador gráfico que apresenta o número de ações 
negociadas em um período especificado (por exemplo, 
minutos/horas/dias/semanas/meses, etc.) para um ativo em particular. A 
análise do volume é um elemento básico, contudo muito importante,da análise 
técnica. Ela fornece indícios a respeito da intensidade de movimentos 
relacionados ao preço. Além disso, o volume pode confirmar a força de uma 
tendência. 
Os gráficos de volume são uma ferramenta na qual são apresentados a 
quantidade de papeis negociados no período. O volume é uma ferramenta que 
ajuda a compreender melhor o comportamento do preço, a relevância de sua 
alteração. Normalmente grandes alterações de preço que são acompanhadas 
com grandes alterações do volume são alterações fortes que não devem se 
reverter tão rapidamente. Enquanto uma eventual tendência crescente ou 
decrescente das barras do volume pode indicar, adiantadamente, uma 
reversão na tendência do preço, muitas vezes o preço continua a subir mas o 
volume já é decrescente, porém o preço continua a subir, neste caso, o volume 
pode estar indicando uma perda da força compradora e uma iminente 
reversão. Movimentos rápidos mas com pouco volume em geral não têm 
sustentação e sua tendência se reverte facilmente. 
2.2.2 – Tipos de Gráficos 
 Existem três tipos principais de gráficos que são usados pelos 
negociadores, consoante às informações que estão à procura e os seus níveis 
de capacidade individual. Os tipos de gráficos são: o gráfico de linhas, o gráfico 
de barras e o gráfico de candlestick. 
 Gráfico de Linhas: 
 
 
Interpretação: 
 O gráfico de linhas é o tipo de gráfico mais básico. A linha exibida no 
gráfico liga os preços únicos ao longo de um período de tempo selecionado. O 
gráfico de linhas mais popular é o gráfico diário. Apesar de qualquer ponto no 
dia poder ser traçado, a maioria dos negociadores centra-se no preço de fecho, 
que consideram o mais importante. No entanto, isto apresenta um problema 
imediato. Ao usar um gráfico de linhas diário, não se pode ver a atividade do 
preço que ocorreu durante o resto do dia. 
Benefícios: 
Um gráfico de linhas dá ao negociador uma boa visão da variação do preço 
de um ativo durante um determinado período de tempo. 
 Gráfico de Barras 
 
 
 
 
Interpretação: 
Cada barra vertical representa um período de atividade do preço a partir da 
periodicidade escolhida, que poderá ser tão curta quanto 1 minuto para 
gráficos intra-diários, ou tão longa quanto vários anos para gráficos históricos. 
Num gráfico diário, a barra vertical representa um dia de negociação, da qual 
a: 
 parte superior da barra representa o preço mais elevado do mercado 
 parte inferior da barra representa o mais baixo 
 marca à esquerda na barra indica o preço de abertura 
 marca à direita na barra indica o preço de fecho 
Benefícios: 
Ao incluir as informações do preço de abertura, do mais alto, do mais baixo 
e de fecho, os gráficos de barras permitem uma análise mais detalhada do que 
os gráficos de linha padrão. 
 Gráfico de Candlestick 
 
 
Interpretação: 
 O gráfico de candlestick está muito relacionado com o gráfico de barras, 
uma vez que também representa os quatro maiores preços: alto, baixo, 
abertura e fecho. Cada candlestick representa um período à sua escolha. Os 
períodos que se seguem são oferecidos por um software de gráficos diferente: 
1 min, 15 min, 30 min, 1 hora, 2 horas, 4 horas, 8 horas, diário, semanal e 
mensal. 
Num gráfico diário, cada candlestick representa um intervalo de 
negociação de um dia e é apresentada como "aberta" ou "fechada": 
Uma candlestick aberta representa um fecho mais alto do que a abertura e é 
mostrado em azul. 
Uma candlestick fechada representa um fecho mais baixo do que a abertura 
e é mostrado em vermelho. 
Cada candlestick é composta por dois componentes, o corpo real e as 
sombras: 
 O corpo real é a parte mais larga da candlestick que representa a abertura e 
o fecho 
 As linhas finas por cima e por baixo do corpo real são as sombras que 
representam os extremos dos preços da sessão. A sombra superior (por cima 
do corpo real) mede o preço mais alto da sessão e a sombra menor (por baixo 
do corpo real) mede o preço mais baixo da sessão. 
Benefícios: 
 O gráfico de candlestick é o gráfico mais usado para análise técnica. Muitas 
estratégias de negociação são baseadas em padrões dos gráficos de 
candlestick. 
2.4 – Suporte e Resistência 
O suporte e a resistência são linhas que ilustram a divergência entre os 
compradores (altistas) e os vendedores (baixistas). 
Os níveis de suporte indicam a cotação para onde a maioria dos 
investidores pensa que as cotações vão subir. À medida que a cotação desce 
em direção do suporte e torna-se mais barata, os compradores estarão mais 
inclinados a comprar e os vendedores menos inclinados a vender. 
Os níveis de resistência indicam a cotação até a qual a maioria dos 
investidores acredita que as cotações vão descer. À medida que as cotações se 
deslocam para a zona de resistência e o preço aumenta, os vendedores 
estarão mais inclinados a vender e os compradores menos inclinados a 
comprar. 
Pode ver o gráfico abaixo, que representa o suporte e a resistência do 
EUR/JPY. 
 
 
 
 
À medida que a cotação de um título se desloca entre o nível de suporte e o 
de resistência, a tendência terá mais probabilidades de continuar. Uma quebra 
para além do nível de suporte ou de resistência pode ser o sinal de: 
 Uma aceleração de uma tendência 
 Uma inversão de uma tendência 
Quando um nível de resistência é quebrado, o seu papel é invertido e torna-
se num nível de suporte. De igual modo, quando um nível de suporte é 
quebrado, esse nível torna-se num nível de resistência. 
O gráfico abaixo representa uma aceleração da tendência do AUD/JPY, em que 
a resistência se torna num nível de suporte. 
 
 
 
A análise do suporte e da resistência é utilizada pelos corretores técnicos 
para tomar decisões de transação e verificar quando uma tendência está 
acelerando ou se invertendo. A consciência relativa a estes níveis importantes 
deve afetar a sua maneira de negociar e ajudá-lo a melhorar o seu 
desempenho de maneira significativa. 
2.4 – Padrões de Continuação 
Os padrões de continuação indicam uma pausa na tendência, que 
implica o fato que a direção anterior recomeça depois de um certo período. 
Observaremos os seguintes padrões: canais de preços, triângulos simétricos, 
bandeiras e bandeiras oblíquas. 
2.4.1 – Canais de Preços 
Um canal de preços é um padrão de continuação que está ligado por 
uma linha de tendência e uma linha de retorno. Um canal de preço pode subir 
(padrão ascendente), descer (padrão descendente) ou estabilizar (padrão de 
retângulo). Dependendo da inclinação do canal, cada uma das linhas serve de 
apoio ou de resistência. 
Um canal de preço ascendente é considerado em alta. Os 
negociadores pretenderão comprar quando os preços atingem o apoio da linha 
de tendência e obtêm lucros quando atinge a resistência da linha do túnel. 
 
 
 
 Um canal de preço descendente é considerado em baixa. Os corretores 
pretendem comprar quando os preços atingem a resistência da linha de 
tendência e obtêm lucros quando atinge o apoio da linha de retorno. 
 
 
 
 Os padrões de retângulo não estão em alta nem em baixa, pois refletem 
apenas uma pausa na tendência subjacente.
 
 
 
Para traçar um canal de preço em alta, é necessário ter pelo menos 
dois máximos-inferiores e dois paralelos, ou máximos-superiores. 
Inversamente, para traçar um canal de preço em baixa, são necessários dois 
mínimos-superiores e um paralelo, ou mínimos-inferiores. 
Apesar de os canais serem normalmente considerados padrões de 
continuação, existem algumas exceções quando ocorre uma tendência de 
inversão. Nesses casos, ospreços não conseguem atingir a linha de túnel antes 
de caírem no que pode ser um sinal antecipado de uma inversão iminente. 
Os canais também têm implicações quantitativas. Uma vez que a ação 
do preço quebra através da linha do canal, o preço percorre normalmente uma 
distância pelo menos igual à largura do canal. 
Visto que uma análise técnica tem tanto de arte como de ciência, há 
espaço para a flexibilidade. Mesmo se a linha de tendência exata é ideal, cabe 
a cada pessoa avaliar a pertinência e a colocação quer da linha de tendência 
principal, quer da linha do canal. Justamente por isso, uma linha de canal que 
é exatamente paralela à linha de tendência principal é ideal. 
2.5 – Sinais de Reversão 
Esses sinais indicam momentos de reversão da tendência, a tendência 
descendente se torna ascendente e vice-versa. Esses sinais são fundamentais 
na análise técnica, pois indicam o momento de entrada ou saída para um 
determinado ativo. Como os investidores normalmente buscam comprar no 
fundo e vender no topo, a identificação dos momentos de reversão é 
fundamentais para conseguir esse objetivo. Há diversos sinais que podem ser 
identificados em um gráfico, aqui falaremos alguns dos principais. Os sinais 
que indicam reversão de baixa para o começo de uma tendência de alta são 
chamados “bullish” como referência ao touro, em inglês “bull” que ataca de 
baixo para cima. Já os sinais que indicam reversão de alta para o começo de 
uma tendência de baixa, são chamados “bearish” como referência ao urso, em 
inglês “bear”, que ataca de cima para baixo. 
 Martelo 
É um sinal de fundo muito frequente, no qual aparece um candle (sua 
cor é indiferente) com formato semelhante ao de um martelo. Um martelo é 
caracterizado, por uma abertura e posterior queda, e uma melhora até o final 
do período, conseguindo um fechamento próximo da abertura. Neste sinal, o 
corpo do candle pode apresentar o tamanho de um terço do tamanho total 
dele, e é necessário confirmação com uma nova barra de alta no período 
seguinte com fechamento acima do martelo. Não deve haver pavio acima do 
corpo, se houver, muito pequeno, deve ocorrer após um movimento de baixa, 
por ser um sinal de fundo. 
 
 
 Homem Enforcado ou Hanging Man 
É uma figura idêntica ao martelo, porém indica uma região de topo, e a 
confirmação é dada no período seguinte, com fechamento abaixo da linha do 
enforcado. 
 
  Shooting Star 
Seu formato é muito parecido com o do martelo, porém invertido. Este 
sinal indica um topo, caracterizada por um mercado que se desenvolveu para 
cima após a abertura e voltou fechando próximo a este valor de início de 
negociação no período. Este sinal também deve ser confirmado com o próximo 
candle, que deve fechar abaixo da mínima do shooting star. Não apresenta 
pavio inferior, ou, se apresentar, muito pequeno. 
 
 
 Martelo invertido 
Seu formato é semelhante ao shooting star, porém aparece como um 
sinal de fundo. A confirmação deve ocorrer com um fechamento do próximo 
período superior ao seu máximo. Sua cor não é relevante.
 
 Estrelas 
São sinais frequentes de indefinição, possuem fechamento igual 
(formato chamado de doji) ou próximo da abertura (spinning top). 
Independente do sentido do movimento, alta ou baixa. Esses sinais 
representam uma igualdade de forças entre papéis comprados e vendidos 
dentro do período, e podem passar a representar mudanças de direção do 
mercado a partir de um novo fechamento acima de sua máxima (caso esteja 
em um fundo) ou abaixo de sua mínima (caso esteja em um topo). Os spinning 
tops e dojis possuem mesma funcionalidade, os dojis podem possuir nomes 
específicos quando apresentam sinal de topo (neste caso se chama estrela da 
noite) ou sinal de fundo (neste caso se chama estrela da manhã). 
 
 
 
 
 
3 – Indicadores de Negociação Matemática 
Os métodos de transação matemática proporcionam uma visão objetiva 
da atividade das cotações. Eles ajudam a criar uma visão sobre a direção das 
cotações e uma sincronização, a diminuir o medo e a evitar um aumento 
excessivo do volume de negócios. Além disso, estes métodos tendem a 
apresentar sinais de movimentos de cotações anteriores à sua ocorrência no 
mercado. 
Os instrumentos utilizados pelos métodos de transação matemática são as 
médias móveis e os osciladores. (Os osciladores são instrumentos de transação 
que oferecem indicações do momento em que uma divisa é “sobrecomprada” 
ou “sobrevendida”). Apesar da existência de inúmeros indicadores 
matemáticos, vamos apresentar apenas os mais importantes. 
 Média Móvel Simples e Exponencial (SMA - EMA) 
 Método das Médias Móveis (MACD) 
 Bandas de Bollinger 
 O Sistema Parabólico, Stop-and-Reverse (SAR) 
 IFR (Índice de Força Relativa) 
3.1 – Média Móvel 
 Uma média móvel é uma média de um conjunto instável de cotações 
calculado durante um determinado número de períodos (5min, 15min, 60min, 
1 dia, 1 semana, etc). Uma média móvel facilita a visualização das tendências 
do Mercado à medida que retira - ou pelo menos minimiza - as interferências 
estatísticas diárias. É um instrumento comum na análise técnica e é utilizado 
como tal ou como um oscilador. 
Existem vários tipos de médias móveis, mas nós utilizamos apenas 
duas: a média móvel simples (SMA) e a média móvel exponencial (EMA). 
3.1.1 Média Móvel Simples (SMA) 
 Definição 
A média móvel simples é um meio aritmético de datar cotações. É calculado 
através da soma de cada cotação do intervalo e da divisão da soma pelo 
número de intervalos abrangidos pela média móvel. Por exemplo, ao adicionar 
as cotações de fecho de um instrumento relativamente aos últimos 25 dias e 
ao dividi-lo por 25, você obterá a média móvel de 25 dias. 
Apesar da cotação de fechamento diária ser a cotação mais comum 
utilizada para calcular médias móveis simples, a média pode também ter como 
base o nível médio ou uma média diária de cotações de fecho, altas e baixas. 
 Vantagens 
A média móvel é um instrumento de suavização que mostra a tendência 
básica do mercado. Trata-se de uma das melhores maneiras de medir a força 
de uma tendência a longo prazo e a probabilidade da sua inversão. Quando 
uma média móvel tem tendência para subir e a cotação está acima dela, a 
segurança está em alta. Inversamente, uma média móvel descendente com a 
cotação mais abaixo pode ser utilizada para assinalar uma tendência em baixa. 
 Reduções de cotações 
O seu sinal ocorre depois do começo do novo movimento, acontecimento ou 
tendência, não antes. Portanto, ele poderá levá-lo a fazer a transação com 
algum atraso. 
Ele é alvo de críticas por atribuir um peso igual a cada intervalo. Alguns 
analistas acreditam que deveria dar-se um peso mais importante à ação de 
cotação mais recente. 
 
 Exemplo 
É possível observar no gráfico abaixo o exemplo de duas médias móveis 
simples - 5 dias (vermelho), 20 dias (azul). 
 
 
3.1.2 Média Móvel Exponencial (EMA) 
A média móvel exponencial (EMA) é uma média ponderada de um dado 
relativo a um preço que dá mais peso ao ponto de informação mais recente. 
 Características 
A ponderação aplicada ao preço mais recente depende do período específico 
da média móvel. Quanto menor for o período da média móvel exponencial, 
mais peso terá a cotação mais recente. 
Uma Média Móvel Exponencial pode ser especificada de duas maneiras: 
como uma Média Móvel Exponencial baseada nas percentagens, em que o 
analista determina o peso da percentagem da cotação do último período, ou 
uma Média Móvel Exponencial baseada num período, em que o analista 
especifica a duração da Média Móvel Exponencial, e o peso de cada período écalculado através de uma fórmula. A segunda é a mais utilizada. 
 Principais Vantagens em comparação com a Média Móvel Simples 
(SMA) 
Devido ao facto de dar mais peso às observações mais recentes, a Média 
Móvel Exponencial permite que os corretores técnicos possam reagir de 
maneira mais rápida em relação às alterações de cotações recentes. 
Em oposição à Média Móvel Simples, cada cotação anterior na base de 
dados é utilizada para o cálculo da Média Móvel Exponencial. Enquanto o 
impacto de uma base de dados mais antiga diminui com o tempo, ele nunca 
desaparece completamente. Isto é verdadeiro independentemente do período 
específico da Média Móvel Exponencial. Os efeitos de dados anteriores 
diminuem rapidamente em relação às Médias Móveis Exponenciais menores do 
que para as maiores, mas, no entanto, nunca desaparecem completamente. 
 Exemplo 
Pode-se ver no gráfico abaixo a diferença entre Médias Móveis Simples (a 
vermelho) e as Médias Móveis Exponenciais (azul) calculadas durante um 
período de 20 dias. 
 
3.1.3 – MACD (Método das Médias Móveis) 
O indicador das médias móveis (MACD) é utilizado para determinar 
tendências num momento preciso. 
 Cálculo 
Calcula-se a partir da subtração de uma média móvel exponencial (EMA) 
mais comprida a partir de uma média móvel exponencial mais curta. Os 
valores mais comuns utilizados para calcular o Método das Médias Móveis 
(MACD) são as médias móveis exponenciais de 12 e de 26 dias. 
Com base neste diferencial, calcula-se uma média móvel de 9 períodos, que 
se designa por "linha de sinal". 
MACD = [média móvel de 12 dias – média móvel de 26 dias] > INDICADOR 
PONDERADO EXPONENCIAL 
LINHA DE SINAL = MÉDIA MÓVEL (MACD) > INDICADOR PONDERADO DE 
MÉDIA 
 Interpretação 
Devido à suavização exponencial, o Indicador MACD detectará mais 
rapidamente as alterações das cotações do que a linha do sinal. Portanto, 
quando o Método das Médias Móveis (MACD) cruza a LINHA DE SINAL: a 
média móvel mais rápida (12 dias) é mais alta do que a taxa da mudança para 
uma média móvel mais lenta (26 dias). Isto é tipicamente um sinal longo, que 
indica que o preço vai provavelmente ter um momento ascendente. 
Inversamente, quando o Método das Médias Móveis (MACD) está abaixo da 
LINHA DE SINAL: trata-se do sinal curto, que prevê possivelmente uma 
inversão pendente. 
 Exemplo de um Método das Médias Móveis (MACD) 
É possível observar no gráfico abaixo um exemplo de um Método das 
Médias Móveis (MACD). O Indicador MACD está representado a verde e a Linha 
de Sinal a azul. 
 
3.1.4 – Bandas de Bollinger 
As Bandas de Bollinger foram nomeadas em homenagem ao seu autor, 
John Bollinger. É um indicador caracterizado por uma média móvel com duas 
bandas, uma superior e outra inferior que se situam respectivamente em N 
desvios padrões da média móvel. Seu autor, John Bollinger, começou a usar o 
desvio padrão dos períodos anteriores para calcular o desvio padrão acima e 
abaixo da média móvel. O desvio padrão é uma medida da variação do preço 
nos períodos calculados. Por exemplo, se o preço de uma ação ficou entre 15 e 
16 reais, e o de outra ficou entre 5 e 20 reais, o desvio padrão da segunda 
será maior que o da primeira, e as bandas de Bolinger da segunda, 
consequentemente, serão maiores que as da primeira. 
Ambas as bandas são calculadas com base em uma média móvel 
simples (MMS) (20 dias costuma ser o padrão, mas pode ser alterado): 
Banda Superior = Média Móvel Simples (20 dias) + (2 x Desvio Padrão 
de 20 dias) 
Banda Inferior = Média Móvel Simples (20 dias) – (2 x Desvio Padrão de 
20 dias) 
Na fórmula original se utiliza 2 desvios padrões, porém, o próprio 
Bollinger sugere algumas alterações. No Longo Prazo usar 2.1 desvios padrões 
com 50 períodos. No Curto Prazo: usar 1.9 desvios padrões com 10 períodos. 
Vale ressaltar que 68% dos eventos ocorrem dentro da medida do primeiro 
desvio padrão, e 95% dos eventos no intervalo de dois desvios padrão. 
 
 Desta forma as bandas de Bollinger ajudam a identificar alguns 
movimentos do mercado. Como os sinais de fundo em W. Os fundos em W 
são formados após uma tendência de baixa, seguida por duas reações. 
Primeiro uma nova baixa é formada, onde a mínima em geral está abaixo 
da banda inferior; ocorre um rebate em direção à banda do meio (a Média 
Móvel Simples); acontece outra baixa, onde a mínima está acima da banda 
inferior e então ocorre a confirmação com uma arrancada da segunda baixa, 
ocorrendo o rompimento de uma resistência. 
 As Bandas de Bollinger também podem ajudar a identificar os topos de 
M. Uma pernada de tendência de alta é formada, onde a máxima em geral está 
acima da banda superior; ocorre um rebate em direção a banda do meio (a 
Média Móvel Simples); ocorre uma nova máxima, onde a máxima 
está abaixo da banda superior e então padrão é confirmado com uma queda da 
segunda alta, ocorrendo o rompimento de uma resistência. 
 Os preços dos papéis costumam caminhar, como dito anteriormente, 
dentro das bandas, portanto um escape dos candles para fora destas bandas 
indica uma forte ação de compra ou de venda do papel em questão. 
3.1.5 – Índice de Força Relativa (RSI) 
O Índice de Força Relativa (RSI) foi concebido por J. Welles Wilder como 
um sistema para os sinais para intervenção reais num mercado em mutação. 
 Definição 
O Índice de Força Relativa baseia-se na diferença entre a média da cotação 
do fecho nos dias em alta versus a média da cotação de fecho nos dias em 
baixa, observado durante um período de 14 dias. Esta informação é depois 
convertida em um valor que varia de 0 a 100. 
Quando o ganho médio é maior do que a perda média, o Índice de Força 
Relativa (RSI) sobe, e quando a perda média é superior ao ganho médio, 
desce. 
 
 Interpretação 
O Índice de Força Relativa (RSI) é normalmente utilizado para confirmar 
uma tendência existente. Uma tendência em alta é confirmada quando o Índice 
está acima de 50 e uma tendência em baixa quando está abaixo de 50. 
Ele também indica situações em que o Mercado é “sobrecomprador” ou 
“sobrevendido” através da monitorização dos níveis específicos (normalmente 
"30" e "70") que indicam as futuras inversões. 
Uma condição de “sobrecompra” (Índice de Força Relativa acima de 70) 
significa que quase não há compradores no Mercado e, por isso, as cotações 
têm mais tendência para descer e as que foram previamente compradas 
obterão lucros através da venda. 
Uma condição de “sobrevenda” (Índice de Força Relativa abaixo de 30) é a 
situação exatamente oposta. 
 
 Exemplo de RSI 
Podemos ver em vermelho, no gráfico abaixo, o Índice de Força Relativa no 
par GBPUSD. 
 
 
4 – Análise de Fibonacci e Teoria da Onda de Elliott 
4.1 – Teoria da Onda de Elliott 
 
 Ralph Nelson Elliott indicou três aspectos importantes do movimento dos 
preços na sua teoria: padrão, rácio e tempo. O padrão refere-se aos padrões 
de onda ou formações, enquanto o rácio (a relação entre números, 
especialmente as séries Fibonacci) é útil para medir as ondas. Para utilizar esta 
teoria nos negócios cotidianos, o corretor determina a onda principal, ou 
super-ciclo, avança e depois vende ou abrevia a posição quando o padrão 
quebra a continuidade e uma inversão é iminente. 
 O Padrão de Cinco Ondas 
Na sua forma mais básica, a Teoria de Onda de Elliot afirma que todas as 
ações no Mercado seguem um ritmo repetitivo de cinco ondas na direção da 
tendência principal seguida por três ondas corretivas (um movimento "5-3"). 
As ondas de avanço estão indicadas por 1-2-3-4-5 e as ondas de recuo 
estão indicadas por a-b-c. Na fase das ondas de avanço, as ondas 1, 3, e 5 são"ondas de impulso" e movem-se na direção da tendência, enquanto as ondas 2 
e 4 são designadas por "ondas corretivas". Depois do avanço de cinco ondas 
estar completo, inicia-se uma onda de correção indicada por a-b-c. Na fase das 
ondas corretivas, as ondas 'a' e 'c' movem-se na direção do recuo, enquanto a 
onda 'b' se desloca na direção oposta. 
 
 
 
Nota: no gráfico apresentado descreve-se uma melhoria, pelo que as ondas 
de avanço estão a mover-se para cima. Num declínio, as ondas descendentes 
apresentam-se na forma 1-2-3-4-5, sendo as ondas ascendentes 
representadas por a-b-c. 
 Ciclos de ondas 
Quando um recuo de três ondas está completo, dá-se início a um outro 
avanço de cinco ondas e assim em diante, até ser induzida uma inversão. É 
possível ver então que cada avanço de cinco ondas pode ser identificado como 
uma só onda de avanço. De forma similar, quando vista a partir de uma 
perspectiva mais ampla, e vice-versa, cada onda pode ser dividida em ondas 
menores. 
A Teoria da Onda de Elliot classifica as ondas de acordo com a extensão do 
ciclo, que varia de um “Grande Super-Ciclo”, que duram várias décadas, para 
um grau menor, que abrange apenas algumas horas. No entanto, o ciclo de 
oito ondas continua constante. 
Nota: As duas ondas maiores, aqui indicadas por 1 e 2, podem ser subdivididas 
em oito ondas mais pequenas, que podem, por sua vez, ser subdivididas em 
34 ondas ainda mais pequenas. As duas ondas maiores, 1 e 2, são apenas as 
primeiras ondas num grande avanço de cinco ondas. A onda 3 do grau 
imediatamente mais elevado está prestes a começar. As 34 ondas que 
constituem um ciclo podem ser divididas no grau imediatamente menor, que 
pode resultar em 144 ondas. 
4.2 – Análise de Fibonacci 
Os números de Fibonacci fornecem a base matemática para a Teoria da 
Onda de Elliot. Enquanto as relações de Fibonacci têm sido adaptadas aos 
vários indicadores técnicos, a sua utilização máxima nos estudos técnicos 
continua a ser a medição das ondas corretivas. 
 Características da Série Fibonacci 
A sequência de números Fibonacci faz-se com o número 1, adicionando-se 
o número anterior para se obter o novo número: 
 
0+1=1, 1+1=2, 2+1=3, 3+2=5, 5+3=8, 8+5=13, 13+8=21, 21+13=34, 
34+21=55, 55+34=89,… 
Esta série tem inúmeras propriedades interessantes: 
+ A proporção de qualquer número relativo ao número seguinte na série está 
perto de 0,618 ou 61,8% (a proporção de ouro) depois dos 4 primeiros 
números. Por exemplo: 34/55 = 0,618 
+ A proporção de qualquer número relativo ao número situado em dois lugares 
à direita está perto de 0,382 ou 38,2%. Por exemplo: 34/89 = 0,382 
+ A proporção de qualquer número relativo ao número situado em três lugares 
à direita está perto de 0,236 ou 23,6%. Por exemplo: 21/89 = 0,236 
 
Estas relações entre cada número na série são a base de proporções comuns 
utilizados para determinar as inversões de preços e as extensões de preços 
durante uma tendência. 
 Inversões de Preços de Fibonacci 
Uma inversão é um movimento nos preços que "recupera" uma parte do 
movimento anterior. Normalmente, uma ação recuperará num dos 3 níveis 
Fibonacci comuns - 38,2%, 50%, e 61,8%. As inversões de preços de 
Fibonacci são determinadas a partir de uma oscilação prévia de baixo para 
cima para identificar possíveis níveis de apoio à medida que o mercado recua 
de uma posição mais elevada. 
As inversões de preços também são determinadas a partir de uma oscilação 
prévia de cima para baixo através das mesmas proporções, enquanto procura 
níveis de resistência possível à medida que o mercado avança de uma posição 
menos elevada. 
 
 
 
 Extensões de Preços de Fibonacci 
As extensões de preços de Fibonacci são utilizadas pelos corretores para 
determinar as áreas em que desejam obter lucros na próxima fase ou numa 
melhoria ou declínio. Os níveis de extensão da percentagem são apresentados 
como linhas horizontais acima/abaixo do movimento da tendência anterior. Os 
níveis de extensão mais conhecidos são 61,8%, 100,0%, 138,2% e 161,8%. 
 
 Conselho 
Nem sempre é fácil distinguir o padrão de onda Elliot correto, nem os 
preços reagem exatamente segundo este padrão. Por isso, aconselha-se o 
corretor a não confiar apenas nas relações de Fibonacci, mas antes a utilizá-los 
em conjunto com outros instrumentos técnicos. 
 5 – Conclusão 
“Comprar na baixa e vender na alta” é o conselho mais comum e mais 
acertado para os investimentos. Contudo, acertar os picos e fundos de um 
papel não é tão simples. Para a análise técnica é necessário combinar uma 
série de fatores e sinais gráficos e analisá-los em conjunto para se tomar uma 
boa decisão. Indicadores de preço, volume e volatilidade são fundamentais 
para que se faça qualquer predição, bem como a identificação de sinais de 
candles de reversão. Não se deve esquecer também que a análise 
fundamentalista pode ser de grande ajuda na compreensão da conjuntura na 
qual se inserem os gráficos, fornecendo um outro ponto de vista que ajuda na 
previsão dos preços. 
Desta maneira, a aprendizagem necessária para se tornar um bom 
analista técnico requer muita dedicação, leitura de muitos gráficos, e 
especialmente, leitura de análises de muitos especialistas no assunto para que 
se familiarize com as técnicas e formatos gráficos mais comuns. Apenas com 
muita prática, é possível dominar com destreza os conhecimentos técnicos e 
utilizá-los de modo complementar para conseguir uma boa probabilidade de 
acertos nas predições, já que acertar todas é praticamente impossível. 
Exercícios 
 
1. Quais os possíveis tipos de tendência? 
 
2. O que é minimamente necessário para identificar um canal? 
 
3. Observe o gráfico de candlesticks: 
 
 
 
A partir dele, infira aproximadamente: 
a) Preço de fechamento do último candle; 
b) Preço de abertura e preço máximo do penúltimo candle; 
c) Preço de abertura e preço mínimo do antepenúltimo candle; 
É sabido o vasto instrumental utilizado na análise técnica. Quais são os 
outros dois tipos de gráficos? 
 
 
4. O gráfico de candlesticks abaixo mostra a cotação do índice Ibovespa 
durante o período do fim do mês de abril até o fim do mês de julho de 2014. O 
gráfico acompanha o volume financeiro (área em azul) e o índice de força 
relativa, RSI (linha roxa). 
 
 
A partir das informações apresentadas, responda: 
a) Qual foi a tendência do Ibovespa nesse período? 
b) O Ibovespa segue determinado padrão? Se sim, qual? Justifique. O 
que o índice de força relativa estava indicando no último período 
(penúltimo e ultimo candle) do gráfico? Esse tipo de gráfico do 
Ibovespa apresenta qual horizonte de investimento? Qual o estilo de 
analista técnico que atua em tal gráfico? 
 
 
c) Suponha que você é um analista técnico, que opera com o índice 
Ibovespa e tem utilizado o gráfico acima em sua atividade de trading. 
Suponha ainda que a tendência evidenciada no gráfico não mudará (não 
haverá rompimento das resistências e dos suportes). Assuma também 
que você traçou um canal ascendente utilizando dados históricos desde 
o fim de abril até o início de julho. Qual deve ser sua posição no último 
dia do gráfico? (utilize o índice relativo para guiar sua resposta)

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