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Liga de Mercado Financeiro FEA-USP Economia Zeina Abdel Latif Junho 2010 Contas NacionaisContas Nacionais PIB = soma do valor adicionado ou produção de bens finais em território nacional 3 óticas: demanda / oferta / rendimentos Oferta = Demanda: Y = C + I + G + X – M A = Absorção doméstica = Consumo + Investimento + Gastos do governo NX = Exportações líquidas = X – M (exportações menos importações de bens e serviços de não-fatores) Algumas identidadesAlgumas identidades Y ≡ C + I + G + X – M Y ≡ C + S + T (I – S) + (G – T) + (X – M) ≡ 0 Mas, identidades das Contas Nacionais não significam equilíbrio macroeconômico. Poupança privada Poupança do governo Poupança externa Determinação da taxa de jurosDeterminação da taxa de juros Taxa natural de juros Brasil: desempenho recenteBrasil: desempenho recente variation contribution variation contribution GDP -0.2% -0.2% 7.0% 7.0% Domestic absorption -0.3% 8.3% Consumption 4.1% 2.4% 6.5% 4.0% Government 3.7% 0.7% 3.5% 0.7% GFCF -9.9% -1.9% 21.5% 3.6% Stocks/residual -1.6% 1.4% Net exports 0.1% -2.7% Exports -10.3% -1.2% 13.6% 1.5% Imports -11.4% 1.3% 37.6% -4.3% 2009 2010 Brasil: círculo virtuoso, com desafiosBrasil: círculo virtuoso, com desafiosPoupança/PIB (%) 2006/08 Brasil 17.3 Rússia 21.0 Chile 23.7 México 26.1 Argentina 26.3 Índia 36.8 80 100 120 140 160 180 200 220 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 80 85 90 95 100 105 110 115 120 125 130 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 Formação bruta da capital fixoFormação bruta da capital fixo Construção civilConstrução civil Taxa natural de desempregoTaxa natural de desemprego Friedman, Phelps Relacionada a fatores estruturais / microeconômicos: demografia, legislação trabalhista (custo de contratação/demissão, salário mínimo, salário desemprego), rigidez salarial, capital humano Curva de Phillips vertical no longo-prazo / estado estacionário (muitas vezes considerada como sinônimo de Nairu - non-accelerating inflation rate of unemployment Curva de PhillipsCurva de Phillips (1) πt = (µ + z) – αut; onde: π = inflação µ = mark-up z = fatores estruturais u = taxa de desemprego (2) π t – πt-1 = (µ + z) – αut (versão aceleracionista) Em estado estacionário/LP: πt = πt-1 (3) un = (µ + z)/α Arrumando: (4) πt – πt-1 = -α(ut-un) πt utun Brasil: queda do desemprego, mas Brasil: queda do desemprego, mas em patamar elevadoem patamar elevado BC estimou taxa natural de desemprego em torno de 8% em 2006. Deve estar em tendência de queda. Taxa de desemprego 4% 6% 8% 10% 12% 14% 16% Ma y-8 3 Ma y-8 5 Ma y-8 7 Ma y-8 9 Ma y-9 1 Ma y-9 3 Ma y-9 5 Ma y-9 7 Ma y-9 9 Ma y-0 1 Ma y-0 3 Ma y-0 5 Ma y-0 7 Ma y-0 9 Hiato vs InflaçãoHiato vs Inflação -8.0% -6.0% -4.0% -2.0% 0.0% 2.0% 4.0% 6.0% 8.0% Jul-03 Jul-04 Jul-05 Jul-06 Jul-07 Jul-08 Jul-09 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% Output Gap, lhs IPCA YoY (t+6), rhs Hiato do produto: PIB efetivo Hiato do produto: PIB efetivo –– PIB PIB potencialpotencial Política MonetáriaPolítica Monetária Instrumentos de política monetária: Redesconto Compulsório Política de mercado aberto Eficácia e defasagem da política monetária Armadilha da liquidez Desafios atuais: BC deve reagir a preços de ativos? Política monetária deve considerar Política monetária deve considerar preços de ativos?preços de ativos? EUA: Preços de imóveis Regimes monetáriosRegimes monetários Debate “Rules vs. Discretion” Regras: Meta para expansão monetária: Reino Unido (70-80’s) Teoria Quantitativa da Moeda: MV=PY ; Md=PY/V Pressupõe “V” ou demanda da moeda estável Âncora cambial: Reino Unido (92), asiáticos e América Latina (90’s) Comum comum como estratégia para estabilização Metas de inflação: Pioneiro: Nova Zelândia (1989) Comum em países com inflação moderada Regime de metas de inflaçãoRegime de metas de inflação • Banco central anuncia publicamente meta de inflação crível / coordenação de expectativas • BC define taxa de juros que minimiza sua “função perda” • “Taylor rule”: it = it-1 + α (π e – π*) + β (L) h onde i = taxa nominal de juros, πe = expectativa inflacionária, πe = meta de inflação, h = hiato do produto • Regra de Fisher: i = r + πe onde: r = taxa real de juros Inflation targetersInflation targeters Meta de inflaçãoMeta de inflação Desafios do regime de metas de Desafios do regime de metas de inflação no Brasilinflação no Brasil 1. Reduzir meta de inflação 2. Instituir a autonomia do Banco Central sim4.31% Regimes cambiais (1)Regimes cambiais (1) Câmbio fixo: BC administra taxa de câmbio via intervenção no mercado de câmbio, impactando o nível de reservas Taxa de juros como instrumento de defesa do regime cambial. Abre-se mão da política monetária (economia aberta) Exemplo: aumento de juros → aumento do influxo cambial → pressão para apreciação da moeda → BC compra US$ → aumenta reservas → maior oferta de moeda → queda dos juros Inflação ancorada à inflação mundial Regimes cambiais (2)Regimes cambiais (2) Câmbio flexível: BC ausente do mercado de câmbio. Política monetária eficaz (ec. aberta) Exemplo: aumento de juros → aumento do influxo cambial → apreciação da moeda → contração da economia (Modelo Mundell-Fleming) Menor volatilidade do produto diante de choques: câmbio funciona como colchão Ajuste automático do balanço de pagamentos Necessidade de definir âncora monetária Política Fiscal: decisões sobre Política Fiscal: decisões sobre gasto e carga tributária (Ggasto e carga tributária (G--T)T) Eficácia da política fiscal: Financiamento do déficit público e impacto na política monetária Problemas de solvência do setor público: pode ampliar o “crowding out” dos investimentos privados via pressão sobre a taxa de juros Equivalência ricardiana (Barro): agentes econômicos altruístas aumentam sua poupança para compensar aumento de gastos públicos, mantendo a taxa de juros inalterada Propensão a consumir: baixa propensão a consumir reduz o multiplicador keynesiano Brasil: sem problemas de solvência Brasil: sem problemas de solvência fiscalfiscal Dívida líquida (% PIB)Dívida líquida (% PIB)Resultado primário (% PIB)Resultado primário (% PIB) 0.8 1.3 1.8 2.3 2.8 3.3 3.8 4.3 4.8 Dec- 99 Dec- 00 Dec- 01 Dec- 02 Dec- 03 Dec- 04 Dec- 05 Dec- 06 Dec- 07 Dec- 08 Dec- 09 Actual Target Adjusted target 0 10 20 30 40 50 60 70 Chile Colombia Mexico Peru Brazil (% of G DP ) A+ BBB- BB+ BBB+ BBB- Dívida bruta do governoDívida bruta do governo Política Fiscal: podia ser melhorPolítica Fiscal: podia ser melhor Evolução do regime de política Evolução do regime de política econômica no Brasileconômica no Brasil 1. Até década de 70: dominância fiscal 2. Período (mega) inflacionário: fixação da taxa de juros + indexação cambial + dominância fiscal, ainda que com melhoras institucionais 3. Plano Real: âncora cambial + avanços na política fiscal 4. A partir de 1999: metas de inflação + câmbio flutuante + Lei de Responsabilidade Fiscal Brasil: interrompendo o Brasil: interrompendo o stop and gostop and go Crescimento real anual do PIB -5% -3% -1%1% 3% 5% 7% 9% 11% 13% 15% 19 70 19 73 19 76 19 79 19 82 19 85 19 88 19 91 19 94 19 97 20 00 20 03 20 06 20 09 Redução da pobrezaRedução da pobreza Coeficiente de GiniCoeficiente de Gini Emprego formal (%)Emprego formal (%) 55% 56% 57% 58% 59% 60% 61% 62% 63% 64% 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 38 40 42 44 46 48 50 52 M ar -0 2 S ep -0 2 M ar -0 3 S ep -0 3 M ar -0 4 S ep -0 4 M ar -0 5 S ep -0 5 M ar -0 6 S ep -0 6 M ar -0 7 S ep -0 7 M ar -0 8 S ep -0 8 M ar -0 9 S ep -0 9
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