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Trabalho de Direito Familia Adoção

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DIREITO - FACECA
ADOÇÃO
Alex Correa
Caroline Carmacio Ribeiro
Lupercio
Marcel Vieira Azarias
Rafael Ozelami
CONCEITO
“ Adoção é a modalidade artificial de filiação que busca imitar a filiação natural, bem por isso conhecida como filiação civil, porquanto decorre nao de uma relação biologica, mas de uma relação exclusivamente civil e juridica. Confere a adoção o estado de filho ao adotando em relação aos adotantes. A adoção é, portanto, um ato ou negocio juridico que cria relações de paternidade e filiação entre duas pessoas.”
Venosa (2002,p.315)
	De acordo com o conceito de Venosa, a adoção é um negocio jurirido que estabelece relações de parentesco civil entre o adotante e o adotado. Na adoção estabelece um vinculo ficticio de partenidade e filiação legitima entre uma criança e- ou adolescente com um adulto. Relacionada diretamente com a convivencia familiar.
	Atualmente, a adoção de crianças e adolescentes é regida pela Lei 12.010 de 29 de julho de 2009, pelo ECA e ainda pode-se aplicar normas do Codigo Civil de 2002 quando necessario.
ESPECIES DE ADOÇÃO
Adoção Unilateral ocorre quando o adotantado ja possui o vinculo natural com um de seus genitores, criando assim o vinculo ficticio legal com o companheiro deste genitor. Nesta modalidade dispensa o procedimento de cadastramento
Adoção Bilateral tambem chamada de Adoção Conjunta, é quando o adotado rompe todos os vinculos existentes e provenientes do liame sanguineo para compor novos vinculos ficticios para com os adotantes e suas respectivas familias. Nesta modalidade necessita do procedimento de cadastramento.
 LEGITIMIDADE PARA ADOÇÃO
Quem Pode Adotar
A lei é objetiva ao esclarecer que somente as pessoas maiores de dezoito anos podem adotar. Assim fica claro que o adotante tem que expor condições morais e materiais de expandir a função de pai, cedendo um ambiente familiar adequado.
Segundo o § único do artigo 1618 do CC “a adoção por ambos os cônjuges ou companheiros poderá ser formalizada, desde que um deles tenha completado 18 anos de idade, comprovada a estabilidade da família”.
Os elementos que qualificam o adotante não influenciam na capacidade ativa da adoção, seja o estado civil, a nacionalidade ou o sexo.
Consequentemente, não é proibido um solteiro adotar. Mas para que ocorra a adoção por duas pessoas, a lei implica que essas pessoas sejam casadas ou que constituem uma união estável. (art. 1622 do CC). O fato de a lei impor que os adotantes sejam casados ou constituem uma união estável, não proíbe os separados judicialmente ou divorciados, simultaneamente, adotarem, desde que combinem sobre o regime de visitas e a guarda, e que o estágio de convivência tenha começado na permanência da sociedade conjugal.
Umas das questões importantes a ser observada e discutida nos dias atuais, é a possibilidade de casal homossexual adotar simultaneamente.
Adoção por Casal Homossexual 
Para uma pessoa homossexual solteira não há proibição para se adotar, já que a adoção constitui certo beneficio para o adotando. 
O conflito começa na possibilidade de um casal homossexual querer adotar ao mesmo tempo, partindo-se do princípio que o adotado teria dois pais, ou então, duas mães. Em tese o adotado não estaria de acordo com os padrões do que se entende por família.
A Constituição Federal no artigo 226, caput, não traz a definição de família, porem, nos §§ 3º e 4º, expõem exemplos de família a união estável e o grupo formado por pai e filho, ou seja, comunidade monoparental: 
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 1º [...]
§ 2º[...]
§ 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
§ 4º - Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.
Para os doutrinadores mais conservadores, o artigo supracitado da CF é taxativo e não permite uma extensão na sua interpretação gramatical. Porem, para outros doutrinadores, a interpretação gramatical não se adequa ao contexto da realidade social em que nos encontramos nos dias atuais, pois defendem que o que justifica a família são laços do afeto.
Explica Diogo de Calasans Melo Andrade (RBDF – n.º 30) que o rol de relações apresentadas no art. 226 é apenas exemplificativo, pois o legislador constitucional ao proteger aquelas espécies, não excluiu outras, mesmo não estando expressamente previstas na Constituição. Afirma ainda, que as uniões homoafetivas encontram-se tacitamente tuteladas pela Constituição Federal, não precisando esperar a manifestação do legislador ordinário a fim de regular a matéria, pois a doutrina e a jurisprudência igualam situações que necessitam de igualdade.
“Atualmente, a ideia de família não está vinculada a de matrimônio, uma vez que é possível a reprodução sem sexo, sexo sem matrimônio e matrimônio sem reprodução”, como explica ANDRADE (RBDF, n.º 30).
Seguindo o mesmo raciocínio, Paulo Luiz Lobo Neto (2002), diz sob o ponto de vista do melhor interesse da pessoa, não podem ser protegidas algumas entidades familiares e desprotegidas outras, pois a exclusão refletiria nas pessoas que as integram por opção ou por circunstâncias da vida.
Entretanto, ainda que mostrado pensamentos no sentido da entidade homoafetiva caber ao âmbito do direito de família, o que se presume a possibilidade da adoção por casal homossexual, há também na esfera jurídica entendimento diverso.
Carlos Roberto Gonçalves (2005, p. 335) declarou em seu livro de Direito Civil Brasileiro, volume VI, Direito de Família, que “a adoção por homossexual, individualmente, tem sido admitida, mediante cuidadoso estudo psicossocial por equipe interdisciplinar que possa identificar na relação o melhor interesse do adotando”. Com isso, incluiu claramente que o “Código Civil não prevê a adoção por casais homossexuais porque a união estável só é admitida entre homem e mulher (CC, art. 1723; CF, art. 226, §3º)” (g.n).
 Proíbe também a possibilidade dos companheiros homoafetivos adotarem simultaneamente, Silvio de Salvo Venosa (2006, p. 298):
“Não há qualquer restrição quanto ao estado civil do adotante: pode ser solteiro, divorciado, separado judicialmente, viúvo, concubino. A adoção, como percebemos, pode ser singular ou conjunta. A adoção conjunta é admitida por casal em matrimônio ou em união estável, entidade familiar reconhecida constitucionalmente. Se não são ainda os companheiros homoafetivos reconhecidos como entidade familiar, a eles não é dado adotar conjuntamente. Poderá o indivíduo homossexual adotar, contudo, dependendo da avaliação do juiz, pois, nessa hipótese, não se admite qualquer discriminação.”
Com isso, após analisarmos os relatos e pensamentos dos autores mencionados, podemos concluir que cada pessoa da sociedade, assim como os autores, pode interpretar de diversas formas a norma jurídica, no que diz respeito à adoção, seja permitindo a adoção por casais homossexuais seja os excluindo do rol de aceitabilidade.
A Justiça do Estado do Rio Grande do Sul e de São Paulo vêm decidindo, em ação de adoção, por meio dos juízes da Infância e Juventude, e após o estudo do caso e social, a possibilidade do casal homossexual adotar uma criança. Nesta hipótese, o mandado de averbação emitido constará na filiação somente os nomes dos adotantes, excluindo tratar-se de mãe ou pai.
Em especial, por entender que a lei exibe rol restrito quanto à legitimidade ativa da ação de adoção, aos casos julgados recentemente, os quais permitiram a adoção conjunta por casal homossexual, foi aplicado o fenômeno da integração normativa, utilizando o juízo do disposto nos artigos 4º e 5º da Lei de Introdução ao Código Civil.
(ANDRADE, Diogo de Calasans Melo. Adoção entre pessoas do mesmo sexo e os princípios constitucionais. Revista Brasileira de Direito de Família, n.30, Jun./Jul.2005.).
(BRASIL. Código Civil. Organização dos textos, notas remissivase índices por Antonio Luiz de Toledo Pinto, Márcia Cristina Vaz dos Santos Windt e Lívia Céspedes. 4ª ed. São Paulo: Saraiva, 2008.).
(GONÇAVES, Carlos Roberto. Direito Civil: direito de família, v.6. São Paulo: Saraiva, 2005.).
(LÔBO, Paulo Luiz Neto. Entidades familiares constitucionalizadas: para além do numerus clausus. Revista Brasileira de Direito de Família, n.12, jan./fev./mar.2002.).
(VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: direito de família, v.6, 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2003.).
PROCEDIMENTO
O primeiro passo para a adoção ocorre na Vara da Infancia e da Juventude presente no Municipio, pelo relatorio social, em que os adotantes munidos dos documentos necessarios e de acordo com os requisitos legais assinam um termo de pedido de adoção.
Nesta segunda etapa será necessario a presença de um advogado particular ou defensor publico para propor o processo de inscrição de adoção no Cartorio da Vara de Infancia. Após analisado e aprovado o processo que os nomes dos adotantes passa a constar nos cadastros local e tambem nacional de pretendentes á adoção.
Os interessados a adotar sao obrigados a comparecer no curso de preparação pscicossocial e juridica para adoção. A descrição da criança desejada ocorre durante a entrevista técnica. Logo apos o cursos, os candidatos sao submetidos a avaliação pscicossocial que inclui entrevistas e visitas domiciliar feitas pela equipe tecnica. O resultado da avalição é encaminhado ao Ministerio Publico e ao Juiz da Vara de infancia.
O juiz dara a sentença, com base no laudo da equipe tecninca da Vara de Infancia e do parecer emitido pelo Ministerio Publico. Apos a sentença, o nome dos candidatos serão inseridos nos cadastros, com validade de 2 anos em territorio nacional. Em caso de reprovação no processo, o candidato tem o direito de iniciar novos processos para adoção.
Com o nome do candidato no cadastro de adoção, sera analisado uma criança com o perfil compativel com o fixado durante a entrevista tecnica. 
Quando encontrado uma criança com o perfil compativel a aquele fixado pelo candidato, a Vara de Infancia informa o candidato sobre a criança e o seu hisorico de vida. Caso o adotante se interesse ambos serao apresentados. Apos o primeiro encontro, a criança tambem sera entrevistada sobre o interessa em dar continuidade a este processo. 
Se o relacionamento entre a criança e os candidatos correrem bem, a criança sera liberada e os candidatos devem entrar com a Ação de Adoção. Com o inicio desse novo processo, o candidato recebera a guarda provisoria que tera validade ate ao fim do processo. A criança passa a morar junto com a familia do candidato, e recebera visitas periodicas da equipe tecnica que formulará a avaliação conclusiva.
Sendo a avaliação conclusiva favoravel a ambas as partes, o juiz profere a sentença de adoção que possui natureza juridica de provimento judicial constitutivo, podendo ser desconstituida por ação rescisoria. Deste modo com a sentença homologada pelo juiz, a criança passa a ter todos os direitos de um filho biologico.
EFEITOS JURIDICOS DA ADOÇÃO
Após ser cumprido todas as etapas do Processo de Adoção, e com a sentença do juiz homologado, passa a desencadeaer diversos efeitos entre as partes.
Os efeitos naturais (efeitos pessoais) decorrentes da sentença homolagada pelo juiz na ação de adoção são:
O desfazimento do poder familiar entre o adotado e seus pais biologicos, permanecendo somente o impedimento matrimonial.
Expedição de mandado de cacelamento do registro original do adotado no Cartorio de Registro Civil de Pessoas Naturais, determinado pelo juiz.
O adotado passara a ser considerado como filho dos adotantes para todos os fins legais, inclusive sucessorio e de parentesco.
Acrescimo do sobrenome dos pais adotantes ao nome do adotado, sendo admitido a alteração do nome do adotado tambem no novo registro de nascimento do adotado.
É determinado como domicilio do adotado o mesmo domicilio de seus adotantes.
Os efeitos juridicos patrimoniais decorrentes da sentença homologada pelo juiz no Processo de Adoção, é:
A obrigação do adotante em prover sustento ao adotado enquanto durar o poder familiar. O adotante poderá administrar e usufruir os bens do adotado menor em prol do proprio adotado, na forma da lei.
O filho adotitivo poderá pleitear indenização por acidente de trabalho do pai adotante. 
O pai adotante será responsabilizado civilmente ao pagamento de indenizações pelos atos cometidos pelo adotado, quando menor de idade.
O adotado poderá pleitear direito sucessorio mesmo quando, no processo de adoção o adotante vier a falecer (Adoção Postuma).
Bibliografia
 Estatuto da Criança e do Adolescente – Doutrina e Jurisprudencia ( Valter Kenji Ishida)
Estatuto da Criança e do adolescente ( Eduardo R. A. Del- Campo e Thales Cezar de Oliveira)
Direito Civil Brasileiro – Volume V ( Maria Helena Diniz)
Curso de Direito Civil – Volume 6 ( Cristiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald)
http://idealgratis.com/curso/efeitos-juridicos-adocao/
http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/21572-conheca-o-processo-de-adocao-no-brasil

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