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PENAL GERAL I – 30/11/09 Punibilidade – possibilidade de jurídica de impor a sanção. Não é auto-executável, pois depende do devido processo legal. Extinção da Punibilidade Condições objetivas de punibilidade: Ex: crimes falimentares, a declaração de quebra é condição para que o crime se torne punível. Art. 107 do CP (rol exemplificativo de causas extintivas de punibilidade. Efeitos da extinção da punibilidade (intimamente ligado ao momento em que ela ocorre): 1 - Se antes do Transito em Julgado, impede todos os efeitos da condenação. 2 – Se ocorrer depois do transito em julgado, extingue a pena ou medida de segurança. - Exceções: a) anistia (extingue todos os efeitos penais, mas mantém os efeitos extrapenais) b) abolitio criminis (extingue todos os efeitos penais, mas mantém os efeitos extrapenais) causas extintinvas: 1 – Morte do agente. - Ver Princípio da Personalidade da pena (art. 5º, XLV, CF). - “mors omnia sovit” (a morte põe fim a tudo). - O CPP exige a certidão de óbito original. - Caso o juiz declare a extinção de punibilidade com base de uma certidão de óbito falsa: - Para a maioria da doutrina somente será processado por falsidade, com relação aos processos, nada se pode fazer porque não há revisa-societatis. - Para o STF, além do processo de falsidade, deve retomar o andamento das ações distintas (fato inexistente não produz efeitos jurídicos, não havendo que se falar em extinção da Punibilidade). 2 – Anistia, Graça e Indulto - Nos três institutos ocorre a clemência soberana (O Estado abre mão do exercício do direito de punir). - Anistia depende de lei do congresso nacional (art. 48 CF) - Graça ou indulto depende de Decreto do Presidente da Republico (art. 84 CF) - Anistia se refere a fatos; Graça e Indulto a pessoas. - Anistia só antes do transito em julgado. Graça e Indulto só depois do Transito em julgado. Obs: - estes institutos não comportam recusa por parte do beneficiário, salvo quando forem condicionados à realização de um comportamento. – Graça e indulto podem ser totais (quando extinguem a punibilidade) ou parciais (quando reduzem ou comutam penas). 3 – “Abolitio criminis” 4 – Retratação – voltar atrás no que disse, é desdizer-se. Art. 143 – Calúnia e difamação. Limite é até a sentença. Não há comunicabilidade. Art. 342 – falso testemunho. Limite é até a sentença do processo em que praticou o falso. Há comunicabilidade, caso se admita a participação. 5 – Perdão Judicial – é a causa extintiva da punibilidade em que o Estado-Juiz abre mão do direito de punir por razões de política criminal - Ex. de crimes que admitem concessão de perdão judicial: - Art. 121, parág. 5º, CP (homicídio culposo) - Art. 129, parág. 8º - Art. 140, CP - Art. 176, p. único. - Art. 13 da lei n. 9.807/99 – perdão judicial para réus colaboradores. - Natureza jurídica da sentença que concede perdão judicial: - Não induz reincidência. - Súmula n. 18 do STJ: a natureza é declaratória da extinção da punibilidade. - Corrente minoritária da doutrina: (Damásio) é de natureza condenatória. 6 – Prescrição - Baseia-se em dois fundamentos: 1 – Decurso do tempo 2 – Inércia do Estado - Todos os crimes prescrevem, salvo: 1 – Art. 5º, XXXXII, CF – Racismo Lei n. 7.716/89)., 2 – Art. 5º, XXXXIV, CF – Ação de Grupos Armados contra a ordem constitucional ou Estado Democrático. - Ex. da doutrina – crimes previstos na Lei de segurança Nacional (Lei n. 7170/ 1 – Prescrição da Pretensão Punitiva (PPP) – antes do transito em julgado. a) PPP em abstrato (regra) a.1) Cálculo do prazo prescricional: - Determina-se a pena máxima. - Confronto com a tabela do art. 109 do CP. - Se o réu for menor de 21 anos no fato ou maior de 70 anos até a sentença, o prazo cai pela metade. 2 – Prescrição da Pretensão Executória (PPE) – depois do trânsito em julgado.
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