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CEFALOSPORINAS

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CEFALOSPORINAS
Integrantes: Hiago Lima Guerra, 
Michelle Goulart ,
Rafael Otoni Graça
CEFALOSPORINAS
As cefalosporinas são substâncias que constituem uma classe de antibióticos - medicamentos usados no tratamento de infecções bacterianas -, formadas por dois anéis o beta-lactâmico e o di-hidrotiazin). 
Estão entre os antimicrobianos mais prescritos na prática clínica atual, por conta de seu amplo espectro, baixa toxicidade, facilidade de administração e perfil farmacocinético favorável.
Estrutura Quimica
Cefalosporinas
A classe possui diferentes drogas, que são classificadas em gerações, conforme a ordem de desenvolvimento e espectro;
Sua obtenção ocorreu a partir de um estudo aprofundado do fungo Cephalosporinum acremonium, de onde originaram-se os antibióticos naturais cefalosporinas C, P e N, dos quais a C, além de estabilidade na presença de penicilinases, demonstrou-se ativa contra bactérias gram-negativas e gram-positivas. 
Gerações de Cefalosporinas
1a Geração:
Cefalotina 
Cefalexina 
Cefazolina
Cefapirina
Cefadrina
Cefadroxil
4a Geração: 
Cefepime 
Cefpirome
Cefquinome
2a Geração:
- Cefoxitina 
Cefamandol
Cefaclor
Cefuroxina
Cefoxidina
Cefmetazol
3a Geração: 
Cefotaxima 
- Ceftriaxona 
Ceftazidima 
Maxalactama
Cefoperaxona
Ceftizoxima
Ceftiofur
Cefixima
Cefotetano
Moxalactama
Caso Clinico - Mastite
Um caso de mastite clínica causada por Prototheca zopfii em uma vaca de um rebanho leiteiro localizado na Zona da Mata do Estado de Minas Gerais foi estudado. 
O animal apresentou sinais clínicos nos quartos mamárias anteriores e queda acentuada na produção de leite. 
Após o diagnóstico inicial, o animal foi observado durante onze meses, do início da manifestação da doença até 12 dias após o parto. 
Exames microbiológicos do leite foram realizadas aos 7, 30, 39, 49, 65, 326 e 331 dias após o isolamento inicial, sendo os dois últimos exames realizados 7 e 12 dias após o parto
Caso Clinico - Mastite
Existem diversas patologias que acometem a glândula mamária, dentre as quais a mastite, caracterizada por inflamação mamária, na qual seus principais eventos são: alterações físicas, químicas e bacteriológicas no leite e alterações no tecido da glândula mamária.
Em cadelas a mastite pode ocorre após episódios de pseudociese ou parto, geralmente relacionada à perda da ninhada, produção láctea excessiva em relação ao tamanho da ninhada ou falta de higiene. A infecção da glândula mamária pode levar a uma disseminação sistêmica do patógeno e também acometer outros órgãos como, por exemplo, o útero. 
Vários patógenos podem causar infecção intramamária e os mais comuns são Staphylococcus spp. , Streptococcus spp. e Escherichia coli.
Caso Clinico - Mastite
Relata-se caso de mastite necrosante em cadela sem raça definida (SRD), não castrada, adulta, pesando 16 Kg, apresentando aumento significativo das glândulas mamárias, atendida no ambulatório de Pequenos Animais do Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária da UNESP/ Botucatu, SP. 
À anamnese, o proprietário referiu que o animal foi encontrado em terreno baldio dois dias antes do atendimento. O animal não estava se alimentando e bebia água várias vezes ao dia. Apresentava aumento das mamas e frequentes lambeduras nesta região, com presença de secreção láctea. Não foi achado nenhum filhote neste mesmo local onde a fêmea foi encontrada, mesmo após várias buscas. 
Caso Clinico - Mastite
Ao exame clínico, o animal apresentava mucosas hipocoradas, desidratação (8%), caquexia, apatia, alteração da temperatura corpórea (39,6°C), frequência cardíaca 200 bpm e frequência respiratória 52 mrpm, com evidente aumento de volume e temperatura em ambas as cadeias mamárias, áreas de pele enegrecidas e presença de secreção mamária de coloração amarelada .À palpação abdominal verificou-se aumento de volume de cornos uterinos, sugestivo de puerpério;
Foi feita a colheita de sangue para a realização de hemograma e exames bioquímicos;
Os achados hematológicos revelaram anemia normocítica e normocrômica, e leucograma caracterizado por leucopenia, linfopenia e monocitose;
O exame bioquímico revelou hipoproteinemia e hipoalbuminemia;
A secreção da glândula mamária foi colhida com swab estéril, e enviado ao laboratório para cultura e antibiograma. 
Caso Clinico - Mastite
O diagnóstico de mastite foi realizado com base na apresentação clínica do animal.
De imediato, foi submetido à fluidoterapia (Ringer-Lactato® 10mL/Kg/hora) visando a hidratação e iniciou-se o tratamento parenteral com administração de ceftriaxona (20mg/Kg) BID durante 10 dias por via intramuscular, meloxicam (0,1mg/Kg) SID durante três dias por via oral, massagem local com pomada iodetada e uso do colar elisabetano para evitar lambedura. Para restabelecer o apetite, indicou-se que a fêmea fosse alimentada com ração úmida;
Após cinco dias, o animal retornou ao atendimento, com ulceração das mamas, perda de toda a porção de pele necrosada e desprendimento do parênquima das glândulas afetadas, porém com melhora significativa do estado geral;
Caso Clinico - Mastite
Assim, acrescentou-se ao tratamento o curativo tópico com glicerina iodada a10% e pomada a base de digluconato de clorexidina (em quantidade suficiente para cobrir toda a área afetada) até a completa cicatrização;
O animal retornou ao ambulatório 35 dias depois, apresentando cicatrização da área afetada e bom estado geral. 
Mecanismo de Ação
Como os demais antibióticos beta-lactâmicos, as cefalosporinas possuem ação bactericida; 
 Inibição da síntese da parede celular 
Inibição da síntese de proteínas
 Inibição da síntese de ácidos nucléicos
 Alteração da membrana
 Alteração de via metabólica
Informações Farmacocinéticas
As vias de administração podem ser, via oral (VO), intramuscular (IM), intravenosa (IV);
Possui até 95% de biodisponibilidade;
Algumas cefalosporinas são bem absorvidas quando administradas por via oral, sendo que a presença de alimentos no trato digestivo (TGI) não afeta este processo;
A excreção ocorre principalmente pelos rins, em grande parte por secreção tubular e uma pequena parte e eliminadas nas fezes através da bile. 
Efeitos Adversos
Pacientes alérgicos a penicilina também podem apresentar reações alérgicas com o uso das cefalosporinas, pois existe a possibilidade de reação alérgica cruzada
Distúrbios gastrointestinais incluem diarreia, náuseas, vômitos, estomatite e glossite;
Reações de hipersensibilidade: anafilaxia, febre, erupções cutâneas, nefrite e anemia hemolítica.
Após a injeção intramuscular, pode-se haver dor intensa e irritação local; e após a injeção intravenosa, pode-se haver tromboflebite. 
Efeitos Adversos
Lesão renal, principalmente se associada aos aminoglicosídeos/furosemida;
Nefroxidade;
Glicosúria falso positivo; 
Teste de coombs falso positivo;
Disfunção plaquetária
Obrigado!!
Referências
Tavares W. Antibióticos e quimioterápicos para o clínico. 2ª edição. São Paulo: Editora Atheneu, 2009.do trato gastrointestinal.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cefalosporina
SPINOSA, H. S. GÓRNIAK, S. L. BERNARDI, M. M. Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária. Editora Guanabara Koogan. 2006.
Rocha H. Cefalosporinas. In: Silva P. Farmacologia. 6ª ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan;2002. p. 1032- 39.

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