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Patologia Resumo Robbins 14 Doenças de leucócitos, linfonodos, baço e timo Normal

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Doença de leucócitos, linfonodos, baço e timo
Resumo – Patologia dos sistemas de órgãos
Robbins
 Leucócitos
	 A origem e a diferenciação dos leucócitos do sangue (granulócitos, monócitos e linfócitos) foram discutidas de forma previamente no capítulo anterior (13). Os linfócitos e os monócitos não somente circulam no sangue e na linfa, mas também se acumulam em massas distintas e organizadas no interior de linfonodos, timo, baço, tonsilas, adenoides e placas de Peyer. Agregados menos nítidos de células linfoides ocorrem na medula óssea, pulmões, trato gastrintestinal e outros tecidos. Os linfonodos são os componentes de destruição mais ampla e de mas fácil acesso do tecido linfoide, sendo, portanto, frequentemente examinados para o diagnóstico de distúrbios linfo-reticulares. Antes de discutirmos os estados patológicos, iremos revisar de forma breve a morfologia normal dos linfonodos. 
 	Os linfonodos são estruturas individualizadas, cercadas por uma cápsula composta de tecido conjuntivo e algumas fibrilas elásticas. Esta cápsula é perfurada por múltiplos vasos linfáticos aferentes que despejam seu conteúdo em um seio sub-capsular periférico com fenestrações. A linfa extravasa a partir desse seio e perfunde vagarosamente o linfonodo, sendo por fim coletada por sinusoides medulares e retirada através de um único vaso linfático eferente no hilo, que é o local de penetração de uma única artéria e de uma única veia. Localizados no córtex subjacente ao seio periférico encontram-se agregados esféricos ou ovais de pequenos linfócitos, chamados folículos primários, que contêm numerosas células B virgens. A região para-cortical situada entre os folículos primários é ocupada por abundantes linfócitos T pequenos, dispersos de forma homogênea. No interior após o córtex encontra-se a medula, que contém quantidades variáveis de plasmócitos e relativamente poucos linfócitos.
 	Esta descrição morfológica reflete a organização estática de um linfonodo que não está desenvolvendo respostas a invasores estranhos. Como linha de defesa secundária, os linfonodos reagem constantemente a estímulos, particularmente infecções microbianas, mesmo na ausência de uma doença clínica. Após vários dias de estimulação por antígenos, os folículos rimários aumentam de tamanho e se transformam em centros germinativos palidamente corados, que são estruturas extremamente dinâmicas nas quais as células B adquirem a capacidade de produzir anticorpos de alta afinidade por antígenos específicos. Os centros germinativos normais são cercados pela zona do manto, corada em escuro, que contém principalmente pequenas células B virgens. Em algumas condições reativas, uma borda de células B com uma pequena quantidade adicional de citoplasma se acumula na parte externa á zona do manto; as células que ocupam essa região são chamadas de células B da zona marginal. Em reações imunes em que a imunidade celular é particularmente importante, como nas infecções virais, ocorre também, com frequência, a hiper-plasia das zonas para-corticais de células T.
 	O grau e o padrão das alterações morfológicas dependem do estímulo que as provoca e da intensidade da resposta imune. Lesões e infecções triviais induzem mudanças sutis na histologia do linfonodo, enquanto infecções mais significativas produzem inevitavelmente um aumento destas estruturas, por vezes deixando cicatrizes residuais. Dessa forma, os linfonodos adultos raramente podem ser considerados completamente “normais” ou “em repouso”, sendo frequentemente necessário distinguir entre alterações morfológicas secundárias a experiências anteriores e alterações relacionadas com a doença atual.

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