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Nova economia institucional

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Resenha institucional 
Débhora Padilha 201421226049
A nova economia Institucional
 O autor Azevedo (2000) descreveu em seu artigo a crescente utilização do estudo de instituições à análise de problemas agrícolas de acordo com a Nova Economia Institucional (NEI) dizendo que as mudanças do perfil de atividade econômica estão acontecendo o que torna expressivos quando dois grandes nomes como Coase e North recebem o prêmio Nobel por estudos relacionados a natureza.
A nova economia Institucional (NEI) busca explicar a natureza, funcionamento e evolução de várias instituições definem restrições (normas), como elas se originam e mudam de acordo com o tempo e como os indivíduos buscam reduzir o custo de transação, tudo isso abordando a teoria econômica com a multidisciplinaridade. O principal papel das instituições - entendidas como as “regras do jogo”, formais e informais, que “estruturam a interação social, econômica e política” é restringir as ações humanas. O exercício desse papel pode reduzir o custo das interações entre os seres humanos, constituindo um elemento relevante à eficiência econômica e ao desenvolvimento (NORTH, 1991: 97apud AZEVEDO, 2000).
Conceição e Costa (2006) definem a NEI como analise dos custos de transação e as formas organizacionais (estruturas de governança) da firma a partir de pressupostos e hipóteses sobre o comportamento idiossincrático dos agentes econômicos no mercado. Assim, o comportamento dos agentes econômicos pode ser condicionado pela presença de fatores, como: 
racionalidade limitada;
oportunismo (seleção adversa);
assimetria de informação; 
incerteza. 
Como salienta North (2006), a NEI possibilita uma visão mais ampliada do desempenho econômico ao trazer novos elementos de estudos como custos de transação, incertezas, a coordenação das ações dos agentes econômicos, a assimetria informacional, a racionalidade limitada e o comportamento oportunista dos agentes.
Faz-se importante a definição de custo de transação, definido como as despesas que ocorre quando compram e vendem no mercado, ou seja, são os custos com a negociação, elaboração e garantia de cumprimento de um contrato. Os custos de transação nem sempre estão diretamente relacionados aos custos de produção podem ser por exemplo, custos com a coleta de informações relevantes para a negociação e elaboração de contratos (CONCEIÇÃO E COSTA, 2006).
Uma referência comum as instituições é o trabalho de Ronald Coase. Em texto seminal de 1960, Coase sugeriu que em um mundo onde não houvesse custos de transação as instituições não seriam importantes para explicar o nível de eficiência com que a economia opera. (Bueno,2004)
Duas distinções foram feitas no trabalho de Azevedo (2000) em relação ao nível analítico uma macroanalitica e outra microanalitica. Na macroanalítica temos contribuições de Douglass North, Steven Cheung e Barry Eichengreen relacionando as instituições e o desenvolvimento econômico em contrapartida na microanalitica encontramos autores como Yoram Barzel e de Oliver Williamson, partindo da visão da firma para nexo com contratos. 
 O autor Williamson (1985), os atributos que caracterizam uma transação são três: a frequência, a incerteza e a especificidade de ativos, sendo este último o principal determinante da estrutura de governança a ser adotada. Segundo o autor, o atributo frequência diz respeito ao número de vezes que os agentes econômicos se encontram para realizar uma determinada transação. A incerteza, por sua vez, se apresenta a partir das mudanças que surgem da complexidade do ambiente econômico, impossibilitando a realização de avaliações totalmente precisas. Os ativos específicos, por sua vez, são ativos tangíveis ou intangíveis, irrecuperáveis, no sentido de que não podem ser reempregáveis em outra transação sem perda de valor, sendo eles: locacionais, temporais, físicos, dedicados, humanos e de marca (WILLIAMSON, 1985, 1996 apud Augusto Souza e Cario 2012).
Segundo North (2006), as instituições são as restrições humanas legadas que estruturam as interações políticas e sociais. Correspondem ao sistema de normas formais (constituição, leis, regulamentações), restrições informais (normas de conduta, costumes, convenções, tradições, tabus) e sistemas de controle que regulam a interação humana na sociedade. Para o autor, o ambiente institucional é definido pelo conjunto de regras políticas, sociais e legais que estabelecem as bases para a produção, troca e distribuição, também designadas como as regras do jogo social.
Em linhas gerais, nota-se a partir da abordagem institucionalista que, as transações são marcadas pela presença das dimensões incerteza e frequência que estão diretamente ligadas ao oportunismo e à racionalidade limitada e que os comportamentos oportunistas desestimulam os agentes a cooperarem o que torna difícil a formação de um produto regional integrado, como foi o caso da agricultura presente no texto de Azevedo (2000).
Referências Bibliográficas
AZEVEDO, P. F. Nova Economia Institucional: referencial geral e aplicações para a agricultura. Agricultura em São Paulo. São Paulo: IEA, v. 47, n.1, p. 33-52, 2000.
NORTH, Douglass C. Custos de transação, instituições e desempenho econômico. Rio de Janeiro: Instituto Liberal, 38 p., 2006
WILLIAMSON, O. E. The economic institutions of capitalism: firms, markets, relational contracting. New York: Free Press, 1985
AUGUSTO, C. A., SOUZA, J, P., CARIO, S. A. F. Estrutura de governança e recursos estratégicos em destilarias do Estado do Paraná: uma análise a partir da complementaridade da ECT e da VBR. R. Adm., São Paulo, v. 48, n.1, p.179-195, jan/fev/mar.2013.
CONCEIÇÃO, R. J.; COSTA, A. J. D. Custos de transação e estruturas organizacionais: um estudo de caso para o setor petrolífero. In: SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 13., 2006, Bauru. Anais.Bauru, 2006.
BUENO, N. P. Possíveis contribuições da nova economia institucional à pesquisa em história econômica brasileira: uma releitura das três obras clássicas sobre o período colonial. Estudos Econômicos (IPE/USP), São Paulo, v. 34, n. 4, p. 777-804, 2004.

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