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AULA 4 TRM

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Reabilitação funcional de pacientes portadores de lesão raquimedular
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Histórico
“Uma doença que não pode ser tratada” - escrito em papiros há 5.000 anos por um médico egípcio
Hipócrates em 400 a.C. descreveu a paraplegia associada com alterações esfincterianas, edemas de MMII e escaras.
Guerras Balcânicas (1912-13) - mortalidade = 95%
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Histórico
Em 1927 - Harvey Crushing (neurocirurgião americano durante a 1ª Guerra (1914-18) - descreve 80% de óbitos).
“Devido à pressão do trabalho, se fazia quase impossível dar a estes desgraçados os cuidados requeridos por sua situação. Não havia colchões d’água disponíveis e cada caso requeria atenção exclusiva de enfermeira especializada em cuidados de paraplégicos. Unicamente sobreviviam aqueles casos de lesão medular parcial”.
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Histórico
Não constituíam problema social – 2 a 3 anos de vida
Não havia interesse em devolve-los às atividades sociais
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Histórico
2ª Guerra mundial – Dr. George Reddock (Inglaterra).
Agrupou os lesados medulares em unidades especializadas nos hospitais do exército e do Ministério de Pensões
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Histórico
1943 – Governo Britânico deu ao neurocirurgião Alemão Ludwing Guttmann a tarefa de montar uma nova unidade no Hospital Stoke Mandeville em Aylesbury
Unidade inaugurada em 01/02/44 com 1 paciente e 26 leitos
1º Centro de reabilitação
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Histórico
Gutmann passou a utilizar técnicas revolucionárias e científicas, adaptando o esporte aos conceitos de reabilitação física e emocional.
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Histórico
Acreditava que o esporte ajudava o deficiente a sair da depressão e a eleger novo objetivo de vida. 
A prática desportiva seria fundamental para a integração social. Gutmann dizia: "A causa mais nobre do desporto para portadores de deficiência é a de ajudar-lhes a restaurar a conexão com o mundo que os rodeia". 
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Histórico
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Histórico
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Histórico
Final de 1944 - 06 paraplégicos ex-combatentes reabilitados para trabalhar em fábrica
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Definição de lesão raquimedular
Lesão radicular e medular que pode ocasionar tetraplegia (segmentos cervicais) ou paraplegia podendo ocorrer perda parcial ou total da sensibilidade, motricidade, atividade reflexa abaixo do nível de lesão e alterações das funções da bexiga, intestino e sexual.
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Classificação (etiologia)
Traumática: 
A.A.
PAF
MAR 
Queda de altura ou de objetos.
Áreas mais acometidas: 
cervical (C5 a C7)
torácica (T4 a T7) 
lombar (T10 a L2)
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Causas traumáticas de TRM
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Causas traumáticas de TRM
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Causas traumáticas de TRM
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Causas traumáticas de TRM
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Causas traumáticas de TRM
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Causas traumáticas de TRM
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Classificação (etiologia)
Não traumática
Tumorais (ósseo, intra ou extra medular)
Infecciosas (HIV, HTLV1, mielite transversa)
Vasculares (Infarto)
Degenerativas (E.Múltipla, Hérnia de disco)
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Quanto a gravidade da lesão
Lesão Completa: 
Quando há ausência de ação sensitiva e motora abaixo do nível de lesão, incluindo o segmento sacral mais baixo.
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Quanto a gravidade da lesão
Lesão Incompleta: 
Preservação parcial das funções sensitiva e/ou motora abaixo do nível neurológico e inclui o mais baixo segmento sacral. A sensibilidade sacral (sensação da região anal) e o teste de função motora (contração voluntária do esfíncter anal externo a partir de exame digital).
Não usar os termos tetraparesia e paraparesia
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Síndromes incompletas
Síndrome da coluna Anterior
Quadro de diminuição do tônus, arreflexia, degeneração e atrofia muscular
Exemplo: Poliomielite
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Síndromes incompletas
Síndrome de Schneider 
(centro medular)
Schneider (1954) realizou estudo com 03 casos - descreveu a síndrome
Causa mais freqüente lesão por hiperextensão cervical
Incidência maior em idosos (estreitamento do canal)
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Síndromes incompletas
Síndrome de Schneider 
(quadro clínico)
Estratificação do tracto córtico-espinhal 
Acometimento mais acentuado nas mãos
Quadro depende da gravidade e extensão da lesão
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Síndromes incompletas
Síndrome de Brown-Sequard
 (Hemissecção da medula)
Causas:
Tumores 
Trauma (PAF ou arma branca) 
Doenças degenerativas como hérnias 
Hemorragia 
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Síndromes incompletas
Sintomas Ipsilaterais:
Paralisia espástica e Babinsk (córtico-espinhal lateral)
Perda da propriocepção consciente e tato epicrítico (grácil/cuneiforme)
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Síndromes incompletas
Síntomas Contralaterais:
Perda da sensibilidade térmica e dolorosa abaixo do nível de lesão (espinotalâmico lateral)
Diminuição do tato protopático e pressão (espinotalâmico anterior) a diminuição é pequena pois emite colaterais ascendentes /descendentes
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Síndromes incompletas
Síndrome do cone medular
Lesão do cone medular e das raízes nervosas lombares dentro do canal espinhal
Produz arreflexia de intestino e de membros inferiores
Os reflexos dos segmentos sacrais podem ocasionalmente estar preservados (Reflexo de micção)
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Síndromes incompletas
Síndrome da cauda eqüina
Lesão do cone medular e das raízes nervosas lombares dentro do canal espinhal que usualmente produz arreflexia de bexiga, intestino e de membros inferiores
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Choque medular
Fase aguda da lesão medular com duração média de 3 a 4 semanas a 3 meses
No início - descarga simpática maciça com  P.A. até 250mmHg
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Choque medular
Paralisia flácida
Arreflexia tendinosa e cutânea
Anestesia superficial e profunda
Arreflexia vesical	
Atonia intestinal
Alteração sexual:
 - homem - perda da ereção e ejaculação
 - mulher - amenorréia, ausência da 
 lubrificação vaginal
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Choque medular
Após a fase de choque, há a reorganização medular:
Pode haver retorno de movimentos voluntários
Podem aparecer os automatismos medulares (espasticidade)
Pode permanecer a paralisia flácida (exemplo, cauda eqüina)

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