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Direitos Humanos e a Convenção Americana de Direitos Humanos Essencialmente a toda pessoa, são direitos básicos dos quais temos, sem discriminação, independente de raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou de qualquer outra natureza. Pessoa é todo ser humano. (Art. 1º, I e II da CADH) Direito à vida é um dos primeiros direitos assegurados na Convenção. Seguidos de liberdade; proteção da honra e dignidade; liberdade de consciência e religião; liberdade de pensamento e expressão; à propriedade; e, muitos outros. Conhecida também como Pacto de San José da Costa Rica é um tratado internacional que foi subscrito durante a Conferência Interamericana de Diretos Humanos em 1969, embora ratificada pelo Brasil somente em 1992. Em 539 a.C., o Rei da Pérsia e seu exército deixou um grande marco na história do homem. Ele conquistou a cidade de Babilônia e libertou os escravos, declarando que todos os seres humanos têm o direito à escolha perante a religião, e também igualdade racial. Decretos esses, registrados em um cilindro de argila, hoje conhecido como o Cilindro de Ciro. Mesmo que antigo esse registro da história agora é reconhecido mundialmente como a primeira carta dos direitos humanos. Perante isso, todos os operadores devem se dar ao mínimo de tempo para ler e reler o tratado antes de pronunciar os direitos de outrem. Mesmo depois da CADH, para alguns, isto ainda é literalmente “sonhar mais um sonho impossível” diante da realidade em que vivemos, “Morte de Araceli faz 42 anos e crime continua impune (Publicado pelo G1 em 18/05/2015)”. Uma criança que tinha apenas oito anos que foi sequestrada, estuprada, drogada e assassinada e ninguém “pagou o pato” por assim dizer. A interrogação é: o que acontece com o direito à vida, à integridade, proteção à honra e à dignidade, e direito à criança do Tratado, dentre outros direitos assegurados em outras leis; tais direitos só se aplicam às pessoas vivas? Realmente há muitos fundamentos novos na legislação atual, muitos ganhos a olhar da onde viemos e o que “passamos” até o então. Todavia é necessária a evolução constantemente, sem deixar em branco a aplicação de tais leis. Ainda há lutas, protestos e greves. Ainda queremos melhorias. Ainda queremos mais, diante do que nos é cobrado. Direitos de Personalidade (Art. 11º ao 21º do CC) Criados depois da Segunda Guerra Mundial, após a Declaração Universal de Direitos Humanos, com o atentado à dignidade houve conscientização da importância de tais direitos no mundo jurídico. Há também algumas características dos direitos de personalidade: A) são absolutos, isto é, são oponíveis contra todos (erga omnes), impondo à coletividade o dever de respeitá-los; B) generalidade, os direitos da personalidade são outorgados a todas as pessoas, pelo simples fatos de existirem se aplicam a todas as pessoas; C) extrapatrimonialidade, os direitos da personalidade não possuem conteúdo patrimonial direto, tem ausência de conteúdo econômico. No entanto, tem efeitos de compensação de danos. D) indisponibilidade, nem por vontade própria do indivíduo o direito da personalidade pode mudar de titular; E) imprescritibilidade, inexiste um prazo para seu exercício, não se extinguindo pelo seu não uso; F) impenhorabilidade, os direitos da personalidade não são passíveis de penhora; e, G) vitaliciedade, os direitos da personalidade são inatos e permanentes, acompanhando a pessoa desde seu nascimento até sua morte. Estabelecidos como irrenunciáveis e intransitivos os direitos da personalidade são aqueles que toda a pessoa tem de regular e defender o que lhe é próprio, a sua integridade física, intelectual, e sua integridade moral. Todo ser humano tem direito de controlar o uso de seu nome, imagem ou quaisquer outros aspectos de sua identidade. Diz Pablo Stolze que o homem não deve ser protegido somente em seu patrimônio, mas, principalmente, em sua essência. A proteção desses direitos dignifica o homem. Pessoa com deficiência (LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015) Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Estamos em crise há muito tempo, pois tudo o que é distinto tornou-se coisa de outro mundo. Mesmo que haja muitos progressos para a pessoa com deficiência, parte das pessoas não compreenderem que eles são “gente como a gente”. Pessoas com deficiência são, antes de mais nada, PESSOAS. Pessoas como quaisquer outras, com protagonismos, peculiaridades, contradições e singularidades. Pessoas que lutam por seus direitos, que valorizam o respeito pela dignidade, pela autonomia individual, pela plena e efetiva participação e inclusão na sociedade e pela igualdade de oportunidades, evidenciando, portanto, que a deficiência é apenas mais uma característica da condição humana.” O Estatuto da pessoa com deficiência, sancionado há poucas semanas, será um largo passo e há torcida para que supere a discriminação presente no cotidiano. Sem dúvida alguma, e com muito orgulho, está é uma conquista muito importante, pois, estarão assegurados expressamente igualdade e oportunidades, como direito ao trabalho, á habilitação e a reabilitação, direito à vida e à saúde, à educação, à moradia, direitos esses que antes eram repudiadas às pessoas com deficiência. Sendo que tais direitos são básicos a toda e qualquer pessoa. Fontes de pesquisa: LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. TRATADO INTERNACIONAL DA CONVENÇÃO AMERICANA DE DIREITOS HUMANOS/1969 (PACTO DE SAN JOSÉ DA COSTA RICA) LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. http://www.humanrights.com/ http://g1.globo.com/ http://www.pge.sp.gov.br/ https://pt.wikipedia.org/ http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/
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