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Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Cieˆncias Exatas – ICEx Departamento de Matema´tica Ca´lculo Diferencial e Integral II Resoluc¸a˜o da 2a prova - 17/05/2004 - 13:00h 1. Nos itens abaixo encontre a se´rie de Maclaurin de f(x) : (a) f(x) = cos(x3), Soluc¸a˜o. A se´rie e´ alternada do tipo ∞∑ n=1 (−1)nbn com bn = √ n n+ 1 > 0. Aplicamos o Teste da Se´rie Alternada. (i) Se f(x) = √ x x+ 1 , enta˜o f ′(x) = (x+ 1) 1 2 √ x −√x (x+ 1)2 = x+ 1− 2x 2 √ x(x+ 1)2 = = 1− x 2 √ x(x+ 1)2 ≤ 0, x ≥ 1 e f(x) e´ decrescente. E a sequeˆncia { √ n n+ 1 } e´ decrescente. (ii) lim n→∞ √ n n+ 1 = lim n→∞ 1√ n 1 + 1 n = 0. Por (i) e (ii) e pelo Teste da se´rie alternada, concluimos que a se´rie converge. (b) f(x) = ∫ x 0 et 2 dt Soluc¸a˜o. Pelo Teste de Comparac¸a˜o para se´ries de termos positivos, como cos2 3n 1 + 2n ≤ 1 2n temos que a se´rie dada converge pois a se´rie maior ∞∑ n=1 1 2n , que e´ a se´rie geome´trica de raza˜o 1 2 < 1, tambe´m converge. 2. Considere a func¸a˜o f(x) = √ x, x ≥ 0. (a) Encontre a se´rie de f(x) em torno do ponto a = 1; (b) Determine o intervalo de convergeˆncia da se´rie do item anterior; (c) Encontre a Se´rie de Maclaurin da func¸a˜o √ x2 + 1. (Sugesta˜o: Utilize a se´rie do item (a)) Soluc¸a˜o. (a) Usaremos o Teste da integral para se´ries com termo geral positivo e decrecescente. Vemos que f(x) = 1 x (ln x)2 e´ cont´ınua e decrescente pois f ′(x) = −((ln x)2 + 2 ln x x2(ln x)4 < 0. Integrando por substituic¸a˜o, u = ln x, du = 1/x dx,∫ ∞ 2 1 x(ln x)2 dx = ∫ ∞ ln 2 1 u2 du = −1 u ]∞ ln 2 = = 1 ln 2 < ∞ e a integral converge. Portanto, a se´rie converge. (b) Rn ≤ ∫ ∞ n 1 x(ln x)2 dx = 1 ln n ⇒ R5 ≤ 1 ln 5 3. Seja R a regia˜o interior a` curva de equac¸a˜o polar r = 2(1+ cos θ) e exterior ao c´ırculo de centro na origem e raio 2. (a) Esboce a regia˜o R; (b) Encontre a a´rea da regia˜o R. (Lembrete: A a´rea da regia˜o limitada pela curva r = f(θ) para α ≤ θ ≤ b) (c) Determine o valor do limite da sequeˆncia. Soluc¸a˜o. (a) a1 = 1, a2 = 3− 1 a1 = 2, a3 = 3− 1 a2 = 5 2 , a4 = 3− 1 a3 = 13 5 , a5 = 3− 1 a4 = 34 13 . Os cinco primeiros termos formam uma sequeˆncia crescente. (b) (i) Vamos provar que a sequeˆncia {an} toda e´ crescente. Seja P(n) : an < an+1, onde n e´ um nu´mero natural. Temos que P(1) e´ verdadeira pois a1 = 1 < a2 = 2. Suponhamos que P(k) seja verdadeira para um k natural e fixado, ou seja que ak < ak+1 onde k e´ fixo. Mas enta˜o, ⇒ 1 ak+1 < 1 ak ⇒ − 1 ak < − 1 ak+1 ⇒ 3− 1 ak < 3− 1 ak+1 ⇒ ak+1 < ak+2. E concluimos que P(k + 1) tambe´m e´ verdadeira. Portanto P(n) : an < an+1 vale para todo n ∈ N, por induc¸a˜o matema´tica. Donde a sequeˆncia {an} e´ crescente. (ii) Provemos que an < 3 e portanto que {an} e´ limitada superiormente. Sabemos que a1 < 3. Suponha que ak < 3 onde k e´ um nu´mero fixo. Mas enta˜o − 1 ak < −1 3 e 3− 1 ak < 3− 1 3 < 3. Portanto ak+1 < 3. Donde concluimos, por induc¸a˜o matema´tica, que an e´ limitada superiormente pelo nu´mero 3, para todo n natural . (iii) Por (i) e (ii) concluimos que {an} converge, grac¸as ao Teorema da Sequeˆncia Mono´tona. (c) an+1 = 3− 1 an ⇒ lim n→∞ an+1 = 3− lim n→∞ 1 an ⇒ L = 3− 1 L , onde os limites sa˜o iguais porque {an+1} e´ uma subsequeˆncia da sequeˆncia convergente {an}. Donde, L2 = 3L− 1⇒ L2 − 3L+ 1 = 0⇒ L = 3± √ 5 2 ⇒ L = 3 + √ 5 2 . De fato, eliminamos o sinal negativo pois temos 3−√5 2 < 1 e seria absurdo afirmar L < 1 pois a condic¸a˜o 1 < an, (a sequeˆncia e´ crescente) implica que 1 ≤ lim n→∞ an = L.
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