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RELATÓRIO DE ESTÁGIO EDUCAÇÃO INFANTIL

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
VERIDIANE LAÍS KLUGE 1090845 2014/07
 VIVIANE THAÍS KLUGE 1164606 2014/12
RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE EDUCAÇÃO INFANTIL
TRÊS PASSOS
2016
VERIDIANE LAÍS KLUGE 1090845 2014/07
	VIVIANE THAÍS KLUGE 1164606 2014/12
RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE EDUCAÇÃO INFANTIL
Trabalho apresentando às disciplinas Educação Infantil Pressupostos Teórico-Metodológicos e Estágio Supervisionado Educação Infantil do curso de Pedagogia no Centro Universitário Uninter
 Prof. Ronéia Avozani
TRÊS PASSOS
2016
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................04 CAPÍTULO I- CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DO COTIDIANO............05
1.1- CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA..................................................05
1.2- CUIDAR, EDUCAR E BRINCAR....................................................07
CAPÍTULO II - DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS E REALIZADAS....................................................................................................11
2.1- CARACTERIZAÇÃO DA TURMA E DAS ATIVIDADES OBSERVADAS....................................................................................................11
2.2- ATIVIDADES REALIZADAS PELA ESTAGIÁRIA........................................................................................................15
CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................17
REFERÊNCIAS....................................................................................................18
INTRODUÇÃO
 O presente relatório irá descrever uma experiência de estágio realizado em uma turma de Educação Infantil na Escola Municipal de Ensino Fundamental Padre Feijó, no período de 80 horas. Nele constam as observações e atividades realizadas durante o período de estágio obrigatório, correspondente à disciplina Educação Infantil Pressupostos Teórico-Metodológicos e Estágio Supervisionado em Docência de Educação Infantil do curso de Pedagogia da Universidade Uninter.
	Tal estágio tem por objetivo a observação e a participação, dentro do contexto escolar, diante das atividades realizadas dentro de sala de aula, ou fora dela quando necessário, e também as relações entre a direção e as demais pessoas que fazem parte da comunidade escolar. Esta ação contribui para minha formação como estagiária, porque tenho a oportunidade de atuar sobre uma realidade concreta e próxima.
 No primeiro capítulo caracterizei a escola, descrevendo o funcionamento e estrutura da instituição, tentando fazer uma descrição geral do local, observando sua estrutura física, o histórico da fundação e o levantamento do quadro de profissionais. Também caracterizei a turma observada e a percepção da escola acerca do papel de cuidar, educar e brincar, para a formação das crianças inseridas no contexto escolar.
 No segundo capítulo descrevi a turma observada e as rotinas realizadas dentro e fora da sala de aula e a análise crítica das atividades pedagógicas desenvolvidas pela professora da turma. Foram consideradas nesta observação a metodologia empregada, o planejamento das aulas e a avaliação dos resultados, bem como o interesse das crianças pelas atividades. Nesse capítulo também está descrito o jogo pedagógico que foi desenvolvido por mim juntamente com a turma.
 O terceiro capítulo apresentará as considerações finais, concluindo todo trabalho observado e realizado, através das atividades propostas.
 Esta experiência está sendo muito importante para aumentar o meu conhecimento na área da educação, sendo o estágio a atividade pedagógica que visa o contato com a prática funcional para o exercício do trabalho, minha expectativa é a vivência de experiências enriquecedoras para o desenvolvimento do trabalho como educadora. 
 
CAPÍTULO I - CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DO COTIDIANO
 A Escola Municipal de Ensino Fundamental Padre Feijó pertence à rede municipal de ensino, fica localizada no interior de Tiradentes do Sul/RS.
 Sua clientela é de pessoas com nível social médio e baixo. Os alunos, contam com transporte alternativo (vans e Kombi). Eles são da própria comunidade, e muitos que estudam lá os pais foram alunos da mesma escola, e alguns da mesma professora.
 A escola mantém aspectos e hábitos tradicionais, como por exemplo, formar filas no pátio, separadas por turma, logo na chegada dos alunos e cantar o Hino Nacional e o Hino da Escola, antes de seguirem para as salas de aula. Todos os dias eles cantam formados em fila no pátio, mas somente as segundas feiras que cantam os Hinos (Nacional e Escola).
1.1 – CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
 
 	A escola Padre Feijó, é uma escola muito pequena, porém aconchegante e com uma área de lazer ótima, todos os alunos e professores afirmam que adoram. Ela possui quatro salas de aula, dois banheiros, um refeitório, uma cozinha, uma sala direção, um enorme pátio logo em sua frente, pracinha, e um ginásio. 
 A escola funciona em dois turnos, atendendo 100 alunos, distribuídos em 8 turmas, 4 pela manhã e 4 à tarde, nas etapas de ensino: Educação Infantil, 1° ao 9° ano.
 Seu horário de funcionamento pela manhã é de 07h30min às 11h30min, e a tarde de 13h00min as 17h00min. Com parada de 20min para o recreio.
 A composição do quadro de funcionários é a seguinte: Diretora, Coordenadora pedagógica, Supervisora escolar, Agente educador, uma merendeira, uma servente e dez professores. 
	 A proposta de formação continuada do PPP propõe grupos de estudo, com horas de estudo reservadas no calendário escolar, atividade prática interdisciplinar, seminário de estudos para ponderar o que está ou não dando certo. Troca de experiências entre professores da escola e de outras instituições de ensino, seleção e elaboração de material didático e a elaboração de indicadores e critérios de avaliação pedagógica. Uma vez por mês acontece um encontro entre a equipe pedagógica da escola para discutirem sobre estratégias e metas a serem alcançadas, visando o crescimento dos alunos e o bem-estar de todos os envolvidos na escola.
	À hora-atividade é reservada ao professor em exercício de docência, para estudos, avaliação e planejamento, três horas de hora-atividade semanais. A pedagoga organiza o quadro, faz a distribuição e verifica o cumprimento da hora-atividade.
	No conselho de classe a pedagoga conduz a reunião de forma democrática, usando o bom senso para resolver situações de conflito, participam do conselho de classe: Professores, diretor, vice-diretor e pedagogo, esse acontece no final de cada bimestre, participativo tem como objetivo fazer com que a escola garanta o padrão de qualidade de ensino. Através do conselho de classe é possível verificar que a postura do educador frente ao processo ensino-aprendizagem, a coerência entre prática pedagógica e a proposta da escola, a aproximação e melhor relacionamento entre professor e aluno, o comportamento do aluno frente à classe, ao professor e à escola e avaliação do trabalho pela visão do aluno.
	Durante a reunião com os pais a pedagoga é encarregada pela organização, que são comunicados através da agenda escolar em forma de bilhete, as reuniões são registradas em livro ata e se realizam no final de cada bimestre em horário acessível aos pais. O atendimento individual é agendado com familiares para falar sobre as conquistas e dificuldades do aluno, sempre que necessário. 
	As organizações do trabalho do pedagogo são as ações anuais que a escola garante em seu calendário escolar duzentos dias letivos no mínimo, e oitocentas horas ações semanais que o atendimento aos pais acontece no momento daprocura ou através de agendamento, ações diárias que os educadores seguem as instruções dos Referenciais Curriculares Nacionais e do Projeto Pedagógico, porém não realizam um planejamento diário para as aulas e as ações de gestão democrática que são realizadas reuniões quinzenais e com os professores procuro, junto com a equipe pedagógica, interagir, constantemente, no horário destinado à hora atividade, reuniões pedagógicas e de Conselho de Classe. Aproveitamos estes momentos para troca de experiências, tomada de decisões e avaliação do trabalho pedagógico da escola. 
	No atendimento a comunidade, a comunidade participa das reuniões através das instâncias colegiadas. Para tentar solucionar problemas sociais, existem Projetos extracurriculares: segundo turno, desafios contemporâneos, que abordam assuntos sobre drogas, enfrentamento da violência, sexualidade e meio ambiente. No ambiente estagiado acontece de cursos, estudos de orientação, pesquisa e debates para atualização de professores. A programação da escola acontece de acordo com o calendário escolar, O envolvimento da comunidade no âmbito escolar é de extrema relevância para o bom funcionamento da escola, as festividades e reuniões com palestras e dinâmicas para a participação de pais acontece com frequência, o contato também é feito se necessário por meio de telefonemas, bilhetes e avisos.
	O Calendário Escolar Padrão é o documento que fixa as datas que organizam o ano letivo, em todas as unidades de ensino da rede pública estadual e conveniada. Atendendo à legislação em vigor, fixa duzentos dias de efetivo trabalho escolar. 
 
 
1.2 - CUIDAR, EDUCAR E BRINCAR
 Através do estágio, pude observar e acompanhar o desempenho de uma turma de Educação infantil, composta por 22 alunos, sendo 14 meninas e 8 meninos, com alunos de 4 anos de idade, alguns completam 5 anos ainda este ano. 
 A professora é formada em Pedagogia seu relacionamento com os alunos e direção é baseado no respeito e na educação, impondo limites para um bom relacionamento. Demonstra preocupação em proporcionar aos alunos um ambiente físico agradável na sala de aula. Em suas aulas, procura sempre dialogar com seus alunos, demonstrando segurança e empregando adequadamente o vocabulário ao nível dos alunos. Oferece oportunidade de troca de experiências e aceita sugestões dos alunos. Solicita participação ativa da turma, estimulando-os a fazer perguntas, tira as dúvidas que ocorrem, sempre estimulando a independência e iniciativa das crianças, pois assim contribui para o desenvolvimento da autonomia das mesmas. Costuma circular pela sala para atender as necessidades e dificuldades dos alunos, falando suavemente e utilizando expressões gentis como: “por favor”, “com licença”, “obrigado”. Desta maneira estimula que os alunos tenham a mesma gentileza. Quando acontece de uma criança agredir a outra, ela costuma chamar todos os envolvidos, conversar e pedir que se desculpem, pois são amigos de turma e não há necessidade de tal atitude. 
 A Educação Infantil acontece, segundo Maluf: 
Quando a criança recebe as influências socializadoras dos demais seres humanos com os quais estabelece relações, através de um ambiente acolhedor, rico em oportunidades de experiências e com interações positivas. (MALUF, 2012, p.13).
 Em relação aos alunos, pode-se dizer que são interessados, participativos, curiosos e possuem o desejo de aprender. Existem aqueles que estão um pouco atrasados em relação à maioria da turma, mas nada que os impeça de seguir adiante. Possuem um bom relacionamento e tratam a professora com respeito.
 A sala de aula é acolhedora, bem iluminada e arejada. Os móveis são adequados ao tamanho das crianças. Possuem armários, todos embutidos, onde são guardados os materiais utilizados para as aulas e os brinquedos utilizados pelos alunos (bonecas, joguinhos de panelas, jogos pedagógicos, etc.). Existe um quadro onde são passadas atividades de aula, dois murais onde são colocadas as atividades realizadas pelas das crianças. Acima do quadro tem o alfabeto, em caixa alta, e nas paredes ficam expostos os numerais de 1 a 10 e as vogais, todos confeccionados em EVA. Em uma das paredes tem um cartaz, confeccionado em papel 40 quilos, com o nome de todos os alunos em ordem alfabética, onde a primeira letra é grifada para memorização da ordem. Tem cantinho da leitura, com livros de história e contos de fadas, onde os alunos fazem uso nos momentos de atividades livres. Os materiais utilizados pelos alunos, como, lápis, borracha, cadernos de aula e desenho, giz de cera, lápis de cor, ficam nos armários, para serem utilizados quando for necessário ou quando forem aplicadas atividades que necessite a utilização.
 Todo dia existe o momento da rotina. Ao entrar na sala de aula, os alunos têm a oportunidade de se cumprimentarem através de uma música: 
“Boa tarde, amiguinhos como vai?
A nossa amizade nos atrai,
Faremos o possível
Para sermos bons amigos
Boa tarde, amiguinhos como vai!”
 A rotina também é utilizada para falarem sobre o tempo, dia da semana e data (dia, mês e ano). Nas segundas-feiras, a professora costuma conversar e dar oportunidade para aqueles alunos que desejam falar sobre seus finais de semana ou alguma novidade que queira dividir com a turma.
 “No papel da educação infantil em relação às crianças, a preocupação maior não é com a aprendizagem de conteúdos, mas, sim, com a parte comportamental e de convívio social” (CONSULTA, 2011, p.55). 
 A escola oferece refeições, ao chegar, antes de irem para a sala tomam leite, que pode ser misturado com café ou chocolate. Na hora do recreio, comida com cardápio variado diariamente. Algumas crianças costumam levar seus lanches. O cardápio é elaborado por uma nutricionista.
 A professora estimula a responsabilidade e a organização das crianças, na entrada devem colocar suas mochilas penduradas no lugar reservado, e ao brincar nos momentos de atividades livres, devem zelar e guardar os brinquedos utilizados por eles.
 Como permanecem na escola no período de 4 horas, não costumam ter momentos onde podem dormir, os colchonetes que se encontram na sala são utilizados nos momentos das brincadeiras.
 Não existe momento da escovação dos dentes, quando terminam a merenda lavam suas mãos no banheiro, guardam seus pertences e voltam para suas mesas.
 A professora proporciona momentos para os alunos brincarem, em atividades livres ou organizadas por ela, e idas ao parquinho, que fica na área externa da escola, pelo menos uma vez na semana. O brincar faz parte das atividades diárias dos alunos. A professora considera a brincadeira uma atividade principal na vida da criança e que não deve ser usada com punição ou premiação. Brincar é um direito da criança, e brincando ela também aprende e se desenvolve. A professora busca outros meios para lidar com o mau comportamento das crianças, como o diálogo e as regras que ela combinou desde os primeiros dias de aula.
 Segundo Angela Cristina Munhoz Maluf:
Todo educador tem ampla responsabilidade na renovação das práticas educativas, pois ele, na medida do possível, faz surgir novas práticas educativas propondo novas intenções educativas no desenvolvimento, só alcançáveis por meio dele mesmo. (MALUF, 2012, p.41). 
CAPÍTULO II - DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS E REALIZADAS
 
 Neste capítulo estão descritos o desenvolvimento da turma observada, as práticas da professora e as atividades do projeto planejado por mim.
2.1 – CARACTERIZAÇÃO DA TURMA E DAS ATIVIDADES OBSERVADAS
 
 O estágio foi realizado em uma turma de Educação Infantil, com crianças de 4 anos de idade, poucos já concluíram 5 anos e outros ainda concluirão. A turma é composta por 22 alunos, todos moradores da redondeza da escola, a maioriadentro de comunidade carente.
 A Educação Infantil não é avaliada através de provas, mas a partir de registros, avaliações diárias, observação, análises e discussões periódicas sobre o trabalho pedagógico, baseado no dia a dia de convivência com as crianças. Pratica-se a avaliação informal, pois não há provas e trabalhos para se receber uma nota e ser promovido ou retido.
 Os professores da Educação Infantil costumam registrar tudo que ocorre nas aulas, pois é através destes registros que realizam planejamentos, reflexões e avaliações.
 Para Amanda Cristina Teagno Lopes: 
O registro está ancorado em determinado planejamento – e, com ele, em uma concepção de escola, de criança, de educação - e tem início na observação atenta e cuidadosa por parte do educador. Um olhar focado, direcionado, porque não é possível observar tudo de uma só vez. Observação da brincadeira espontânea de uma criança, da interação de um grupo em um jogo, das hipóteses construídas pelas crianças em determinada atividade de escrita espontânea, da forma qual registram a quantidade de peixes obtidos em um jogo de pescaria. São observações pontuais, pautadas no planejamento, no que esperamos que elas aprendam. Podemos empregar tabelas para registrar algumas dessas informações, produzir cadernos e documentar percepções, observando mais atentamente duas ou três crianças por dia, por exemplo. Os registros fornecerão elementos para reflexão sobre a prática e para a avaliação desta, o que remete novamente ao planejamento. (LOPES, 2009, p.64-65).
 Atividades do planejamento, que são trabalhadas na avaliação das crianças da Educação Infantil:
Linguagem oral e escrita: Ampliação do vocabulário: reconto, narração e criação de novas histórias. Produção de textos coletivos. Reconhecimento e escrita do nome (próprio e dos colegas) e de palavras contextualizadas. Atividades envolvendo alfabeto móvel.
Matemática: Aquisição de conceitos que se constituam em elementos fundamentais da matemática e aplicá-los sempre que necessário. Ler e escrever numerais, associando-os às quantidades que representam. Explorar a contagem crescente e decrescente através de brincadeiras.
História e Geografia: Desenvolvimento de sentimento de respeito e amor à família, escola, comunidade e pátria. Pesquisas, brinquedos e brincadeiras de antigamente e feito uma comparação com os de hoje. Folclore brasileiro através de contos, pesquisas e vídeos.
Ciências: Identificação de dia e da noite e das estações do ano. Observação de fenômenos da natureza. As Partes do Corpo/Higiene e Saúde/Órgãos do sentido. Alimentação. Plantas/Natureza.
 A professora da turma observada costuma apresentar suas aulas sempre de forma interativa, incentivando a participação dos alunos. Busca assuntos do cotidiano, uma história ou uma música, qualquer material que considere útil para iniciar o assunto ou tema da aula que irá aplicar. 
 A educação infantil é um lugar que tem a função pedagógica específica, em sintonia com os sujeitos a que se destina e com a concepção de escola e sociedade que, pretenda a aquisição de conhecimentos, desenvolvimento infantil pleno e construção da cidadania sob uma proposta de trabalho que leve em consideração as necessidades e características concretas de cada grupo que abrange.
Atividades realizadas pela professora:
Atividade 1 – As partes do Corpo Humano através da exploração da leitura. A professora utilizou um livro escolhido pelos alunos para iniciar o tema da aula. Contou a história do livro “O meu Corpo”, e através da leitura ensinou o corpo humano. Apresentou as partes que compõe o corpo, utilizando as ilustrações do livro, e as crianças participaram ativamente. As crianças ficaram de pé, levantaram braços e pernas, e pediram para a professora fazer perguntas para mostrar que entenderam, e eles responderem mostrando as partes do corpo, tipo: onde estão os braços? E eles levantavam os braços; E as pernas? E levantavam as pernas. No final da leitura os alunos pediram que a professora cantasse a música da Xuxa (Cabeça, ombro, joelho e pé), que apresenta as partes do corpo, indo um pouco além do que o livro apresentava.
Análise Crítica e Fundamentação teórica – A aula foi bem sucedida e interativa, onde teve a participação de todos os alunos. Ao interagir com o livro, de maneira prazerosa, podemos reconhecê-lo como fonte de múltiplas informações e entretenimento. O professor estará ampliando o repertório literário de seus alunos, confrontando interpretações, ampliando os conhecimentos e enriquecendo as possibilidades de antecipações e interpretações. Essa atividade, no cotidiano escolar, traz em si uma ajuda para construir oportunidades de conhecimentos de forma lúdica, fazendo com que as crianças desenvolvam o hábito de leitura e entendam que o livro é uma fonte de conhecimento.
 Segundo Angela Cristina Munhoz Maluf:
O educador deve propiciar a exploração da curiosidade infantil, incentivando o desenvolvimento da criatividade, das diferentes formas de linguagem, do senso crítico e de progressiva autonomia. Como também ser ativo com as crianças, criativo e interessado em ajudá-las a crescerem e serem felizes, fazendo das atividades lúdicas na Educação Infantil excelentes instrumentos facilitadores do ensino-aprendizagem. (MALUF, 2012, p.11).
Atividade 2 – Alfabeto através de um jogo. O objetivo da aula era a fixação das letras do alfabeto. E para isso a professora utilizou um jogo, um “Bingo do Alfabeto”. Era composto por uma sacola com letras do alfabeto, confeccionadas em EVA. A professora dividiu a turma em dois grupos, grupo A e B, chamou os alunos, um de cada vez. Orientou que cada um deveria tirar uma letra da sacola, e dizer o nome da letra, se acertasse marcava ponto para seu grupo, caso errasse deveria colocar de volta na sacola, e o grupo que mais acertasse ganhariam o jogo. Todos participaram e ficaram ansiosos para que chegasse a sua vez. A professora jogou 3 vezes, a pedido das crianças que gostaram do jogo e por esse motivo pediram para repetir.
Análise crítica e Fundamentação teórica: A aula foi interessante e dinâmica, com a participação e entusiasmo das crianças. E é isso que o jogo proporciona um clima de entusiasmo e interação. Quando a criança joga tem a oportunidade de desenvolver capacidades indispensáveis, aprende a trabalhar em grupo e respeita normas. No processo de ensino-aprendizagem o jogo e a brincadeira favorecem a intencionalidade do trabalho pedagógico e enriquecem os conteúdos envolvidos. Segundo Rubem Alves: o saber pode e deve ter sabor. O professor deve criar situações lúdicas e propostas esclarecedoras que proporcione o aprendizado e o desenvolvimento infantil. E a professora realiza tudo isso na prática, fazendo com que seus alunos aprendam de maneira prazerosa.
 Nylse Helena Silva Cunha acredita que:
Os jogos e os brinquedos expressam valores e proporcionam oportunidades para assimilação de ideias e formação de princípios. Quando brinca ou joga a criança tem oportunidade de desenvolver capacidades indispensáveis à sua futura atuação profissional como atenção, o hábito de permanecer concentrado e outras habilidades psicomotoras. (CUNHA, 2011, p.30-31).
Atividade 3 – Números através da música. Uma ferramenta muito utilizada pela professora é a música. Ela costuma usar a música na entrada antes de iniciar a rodinha da conversa, para aplicar conteúdos, rever conteúdos dados ou como forma de interação. Em uma de suas aulas, a professora utilizou a música “Indiozinhos” para memorização dos numerais de 1 a 10. As crianças cantaram junto com ela e utilizaram as mãos para contar, todos participaram e mesmo depois de terminada a aula ainda cantavam a música e contavam os dedos das mãos. Após fizeram uma atividade em folha de ofício, onde deveriam pintar os dedos das mãos, que estavam desenhados na folha, de acordo com a numeração encontrada ao lado de cada desenho. Através desta atividade, os alunos começarama demonstrar melhor entendimento em relação à comparação de número e quantidade, onde muitos apresentavam dificuldade.
Música: “Indiozinhos”
1,2,3, indiozinhos.
4,5,6, indiozinhos.
7,8,9, indiozinhos.
10, num pequeno bote.
Iam navegando pelo rio abaixo
quando o jacaré se aproximou
e o pequeno bote dos indiozinhos
quase, quase, virou!
Análise crítica e Fundamentação teórica: Os alunos adoram quando a professora utiliza a música nas aulas, e nesta aula pude observar que a música apresentada facilitou o raciocínio e o entendimento das crianças, conseguindo finalizar a atividade demonstrando que estava começando a conciliar numeração e quantidade. Desta forma o aprendizado se tornou divertido e mais fácil. A música contribui para o desenvolvimento de sua capacidade de concentração, habilidade motora, percepção auditiva e de criação. A música pode ser utilizada como suporte para atender a vários propósitos, dentre eles a memorização de conteúdos relativos a números, letras do alfabeto, cores e etc. Compreende-se a música como linguagem e forma de conhecimento. 
 O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil, do MEC, recomenda a iniciação Musical na pré-escola e dá ênfase à escolha do repertório, pois é uma das chances que o professor tem de ampliar a visão (e a audição) de mundo do aluno. A música é uma atividade lúdica, que deve ser de boa qualidade, e variada sempre. Trabalhar com música na Educação Infantil melhora a sensibilidade, o raciocínio lógico e a expressão corporal. 
 Angela Cristina Munhoz Maluf afirma que:
Se a instituição de Educação Infantil puder proporcionar à criança pequena um espaço com muitas atividades lúdicas, estará proporcionando melhores condições para que ela seja apta a, em diferentes circunstâncias, aprender por si mesma, conhecendo suas capacidades e limitações. (MALUF, 2012, p.24).
2.2 – ATIVIDADES REALIZADAS PELO ESTAGIÁRIO
 No período em que estagiei, procurei observar as atividades e atitudes dos alunos, ajudei a professora e os alunos sempre que necessário, confeccionei cartazes, organizei pastas e trabalhos dos alunos, confeccionei roupas para festa e material para as aulas, levei as crianças ao recreio e a atividades extras, como sala de leitura e Educação Física. Procurei ser útil em todas as atividades que poderia ajudar e nos momentos onde houve necessidade.
 A experiência desse estágio ficará para toda vida e o desenvolvimento das minhas atividades como profissional da área pedagógica.
 As crianças apresentavam dificuldades em relação aos conteúdos trabalhados nas aulas, como: fixação do alfabeto e associação de números e quantidade. O objetivo do projeto realizado por mim foi baseado nessas dificuldades encontradas nas crianças, escolhi atividades lúdicas que envolveram jogos e conversas. Ele apresenta atividades lúdicas no contexto escolar. Tive a oportunidade de aplicar as cinco atividades que formulei. O “Jogo da Melancia” foi o jogo que mais gostaram, e nos dias em que a professora trabalhava números eles queriam jogar novamente, o que prova que com atividades lúdicas tudo fica mais prazeroso. O objetivo do jogo era associar número e quantidade através das regras do jogo. 
“A brincadeira é uma situação privilegiada de aprendizagem infantil onde o desenvolvimento pode alcançar níveis mais complexos, exatamente pela possibilidade de interação entre os pares em uma situação imaginária e pela negociação de regras de convivência e de conteúdos temáticos”. (WAJSKOP, 2012, p.41).
 Levei 22 placas confeccionadas em emborrachado (Eva) em formato de melancia, e sementes também em emborrachado. As crianças deveriam colocar a quantidade de sementes de acordo com o número gravado na fatia da melancia, depois falar em voz alta quantas sementes colocou em cada fatia de melancia. Entreguei uma fatia de melancia a cada criança, e expliquei o procedimento do jogo, sentados em seus lugares realizaram o objetivo do jogo. Perguntaram-me se podiam trocar as melancias, falei que podia, pois assim colocariam sementes em numerações diferentes. Eles participaram e se divertiram, pude observar que o jogo ajudou as crianças que estavam com dificuldade de associar número e quantidade. Todos os dias quando chegava ao estágio, às crianças perguntavam: - Tia quando vamos jogar de novo? O que me deixou satisfeita e feliz, pois atingi o meu objetivo quando formulei a atividade, trouxe o entendimento e o aprendizado, e ao mesmo tempo eles gostaram e se divertiram.
Nylse Helena Silva Cunha diz que, “quando brinca ou joga a criança tem oportunidade de desenvolver capacidades indispensáveis à sua futura atuação profissional como atenção, o hábito de permanecer concentrado e outras habilidades psicomotoras” (CUNHA, 2011, p.31).
CAPITULO III - CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Ao término do estágio exigido pela disciplina Prática de Estágio Supervisionado em Docência de Educação Infantil, avalio que foi muito bom conhecer a realidade de uma instituição escolar, seu funcionamento, a relação entre os funcionários, e ter observado a interação entre professores e alunos no dia a dia de uma sala de aula. 
 O estágio realizado em uma turma de Educação Infantil foi uma experiência muito significante, onde foi possível notar a grande diferença entre a teoria e a prática, e interessante perceber como ambas são combinadas para aprender e ensinar em diversas situações diante da sala de aula, dos alunos, e dos professores.
 Cabe destacar a importância da autoridade, de conhecer o conteúdo que será ensinado aos alunos, independentemente da disciplina, ou do método de ensino que será usado para se obter o objetivo principal que é a aprendizagem do aluno. 
 Somente a partir da observação, participação e regência podem-se perceber as ações e produções de escrita das crianças percebendo o movimento do conhecimento e da aprendizagem, como elas vêem as letras, como confundem, como desejam saber e às vezes não sabem, não conseguem, ou se sentem incapazes de aprender a ler, ou a aprender um determinado conteúdo.
 Umas das vantagens proporcionadas pelo estágio envolvem o relacionamento com os colegas e professores, a afetividade entre o professor e os alunos, a maneira como se expressam diante deste, ou como deveriam se expressar.
 Esse estágio foi com certeza uma experiência única e que me possibilitou crescimento como acadêmico, encaminhando-me e transformando-me para ser uma professora que é o objetivo que desejo alcançar ao terminar a graduação. 
 Mas não basta ser apenas um professor, e sim um ótimo professor que acredita na educação, que está disposto a lutar a cada dia de aula superando as dificuldades, o salário baixo, a falta de apoio, de recursos pedagógicos e principalmente a ter confiança e contribuir para a formação de cidadãos críticos e reflexivos que se iniciam seu desenvolvimento através da escola e do ensino.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a Educação Infantil – Brasília: MEC / SEF, 1998.
CONSULTA sobre qualidade da educação infantil: o que pensam o que querem os sujeitos deste direito. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
CUNHA, Nylse Helena Silva Cunha. Brinquedoteca: um mergulho no brincar. 4. ed. São Paulo: Aquariana, 2011.
LOPES, Amanda Cristina Teagno. Educação infantil e registro de práticas. São Paulo: Cortez, 2009. (Coleção docência em formação. Série educação Infantil).
MALUF, Angela Cristina Munhoz. Atividades lúdicas para educação infantil: conceitos, orientações e práticas. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2012.
WAJSKOP, Gisela. Brincar na educação infantil: uma história que se repete. 9. ed.São Paulo: Cortez,2012. (Coleção questões da nossa época. v.34).
 
ANEXOS
Projeto Pedagógico do Estagiário
Título: Atividades Lúdicas no Contexto Escolar
Justificativa
 Os jogos e as brincadeirasfazem parte do mundo da criança, pois estão presentes na humanidade desde o seu início. O presente projeto trata do lúdico como processo educativo, demonstrando que ao se trabalhar ludicamente não se está abandonando a seriedade e a importância dos conteúdos a serem apresentados à criança, pois as atividades lúdicas são indispensáveis para o seu desenvolvimento sadio e para a apreensão dos conhecimentos, uma vez que possibilitam o desenvolvimento da percepção, da imaginação, da fantasia e dos sentimentos. Por meio das atividades lúdicas, a criança comunica-se consigo mesma e com o mundo, aceita a existência dos outros, estabelece relações sociais, constrói conhecimentos, desenvolvendo-se integralmente.
Objetivos: 
Demonstrar a importância da inserção do lúdico: jogos e brincadeiras na construção do processo de aprendizagem na educação infantil;
Realizar procedimentos envolvendo instrumentos práticos e teóricos nas atividades das crianças;
Estimular o potencial lúdico das crianças, através do desenvolvimento de atividades com jogos e brincadeiras;
Oferecer dinâmicas que possibilitem brincar de forma criativa e prazerosa;
Atividades:
1 – Jogo da Memória do Alfabeto: 
Objetivo: Desenvolver o raciocínio lógico, atenção, concentração, memorização e principalmente a capacidade de observação.
2 – Jogo da Memória dos Números:
Objetivo: Desenvolver o raciocínio lógico, atenção, concentração, memorização e principalmente a capacidade de observação.
3 – Jogo da Melancia:
Objetivo: Associar número e quantidade através das regras do jogo.
4 – História Coletiva:
Objetivo: Desenvolver a atenção e ser capaz de criar uma resposta rápida.
5 – Círculo Numérico:
Objetivo: Conseguir colocar o número correto em cada fatia do círculo.
Conclusão
 A relevância observada no projeto foi a valorização do jogo como metodologia inovadora para melhor aproveitamento das crianças em atividades de animação e integração, promovendo a construção do processo de aprendizagem na educação infantil. A contribuição deste projeto objetiva a melhoria do ensino-aprendizagem da criança quanto à sua linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a auto-estima, preparando-se para ser um cidadão capaz de enfrentar desafios e participar na construção de um mundo melhor.

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