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Histologia e Embriologia – 5015 S Prof. Msc. Carlayle Alves de Brito A Fecundação ou Fertilização Normalmente a fertilização ocorre nas tubas uterinas, na ampola. Vagina Espermatozoides Útero Ovocitação Ovócito II Fecundação Imagem capturada da internet. As expansões digitiformes da tuba uterina, chamadas de fímbrias, movem- se para frente e para trás sobre o ovário, varrendo o ovócito para o infundíbulo. Captado pela tuba uterina, na ampola, ocorrerá o encontro do ovócito com o espermatozoide – fecundação. O Acrossoma Cada espermatozoide contém uma vesícula grande e cheia de enzimas acima de seu núcleo, denominada acrossoma (Fig. 1). Acrossoma é uma organela que contém enzimas hialuronidases (provocam a separação e afastamento das células da corona radiata) que facilitam a penetração do espermatozoide no ovócito II. O acrossoma liga-se a uma glicoproteina presente na zona pelúcida do ovócito e as enzimas acrossina são liberadas para facilitar a fertilização. Fig. 1 – Estrutura do espermatozoide. Fig. 2 – Estrutura do ovócito Capturada da internet. Zona pelúcida: é uma grossa camada glicoproteica que envolve o ovócito. Funciona como barreira e garante especificidade. Corona radiata: envolve o ovócito e é formada por células derivadas dos folículos ovarianos. Fertilização A interação do esperma com moléculas da zona pelúcida desencadeia uma reação acrossômica (Fig. 20.39). Reação acrossômica é a fusão progressiva da membrana acrossômica com a membrana plasmática do espermatozoide. Formam-se poros através dos quais as enzimas acrossômicas são liberadas por exocitose. Enzimas digestoras de proteínas, a hialuronidase e a acrosina permitem que o espermatozoide digira uma via, através da zona pelúcida até o ovócito. Processo da Fertilização Passagem dos espermatozoides através da corona radiata: enzima hialuronidase liberada pelo acrossoma e outras enzimas liberadas pela mucosa tubária auxiliam na dispersão das células foliculares da corona radiata, permitindo a passagem dos espermatozoides. Penetração na zona pelúcida: a principal enzima que atua nesta área é a acrosina liberada pelo acrossoma. A zona pelúcida logo após a passagem do espermatozoide, torna-se impermeável aos outros espermatozoides. Processo da Fertilização Fusão das membranas plasmáticas do ovócito II e do espermatozoide: as membranas plasmáticas do espermatozoide e do ovócito se fusionam; a cabeça e a cauda do espermatozoide penetram no ovócito, mas a membrana fica aderida à membrana do ovócito. Completa-se a 2ª divisão meiótica e formação do pronúcleo feminino: a penetração do espermatozoide no ovócito estimula a sua maturação e a formação do 2º glóbulo polar. O núcleo do ovócito maduro torna-se o pronúcleo feminino. Processo da Fertilização Formação do pronúcleo masculino: dentro do citoplasma do ovócito , o espermatozoide perde a cauda e seu núcleo se modifica, tornando-se o pronúcleo masculino. União do pronúcleo masculino com o pronúcleo feminino (anfimixia): forma o zigoto diploide, que se prepara para sofrer clivagens. Formação do fator inicial de gravidez: secreção de HCG (gonadotrofina coriônica humana), proteína secretada entre 24 e 48h após a fertilização e é a base do teste de gravidez durante os primeiros 10 dias de desenvolvimento. O encontro dos gametas Ovócito II (estacionado na meiose II) libertado pelo folículo ovárico. Espermatozoides rodeiam o ovócito e penetram. A meiose II do ovócito prossegue, dando origem ao 2° glóbulo polar. 1º glóbulo polar Corona radiata Oócito II Óvulo 1º glóbulo polar 2º glóbulo polar Zona pelúcida O sexo do embrião É determinado pelo cromossoma sexual X ou Y do espermatozoide, pois o ovócito II apresenta cromossomos sexuais X somente. Se o espermatozoide fornecer o cromossoma sexual X, o embrião será: 46 XX, portanto, feminino. O sexo do embrião Se o espermatozoide fornecer o cromossoma sexual Y, o embrião será: 46 XY, portanto, masculino. O óvulo contribui com seus cromossomos e com toda a estrutura citoplasmática, incluindo as organelas. O espermatozoide contribui com seus cromossomos e um centríolo. Referências FOX, Stuart I. Fisiologia Humana. 7 ed. São Paulo: Editora Manole, 2007. MAIA, George D. Embriologia Humana. 6ª reimpr. da 1ª ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2005. MOORE, Keith L. Fundamentos de Embriologia Humana. São Paulo: Editora Manole, 1990.
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