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QUESTIONÁRIO DE HERMENEUTICA EM PDF UNIVERSO

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01. QUAL A RELAÇÃO ENTRE A LEI, A HERMENÊUTICA E O DIREITO?
Direito: amplo, modifica constantemente, evolui, surgem novos;
Lei: É estática, difícil alterar, se mantem intacta.
A Hermenêutica interpreta a lei para que o Direito seja aplicado corretamente.
02. O que é hermenêutica? É a interpretação dos sentidos das palavras. Restringe ao campo da linguagem. É o estudo do compreender.
03. O QUE É A LEI PARA A HERMENÊUTICA?
A lei é uma forma de comunicação humana. Sua finalidade é a regulação da conduta humana.
04. QUAIS OS ELEMENTOS DA HERMENÊUTICA PARA DAVID BERLO?
1. Fonte: Legislador;
2. Código: A palavra escrita;
3. Mensagem: Conteúdo da Lei;
4. Canal: papel, jornal, livro;
5. Decodificador: A leitura;
6. Receptor: As pessoas.
05. QUAIS AS FUNÇÕES DOS TRÊS PODERES?
JUDUCIÁRIO: É o exercício e a prestação da tutela jurisdicional; O poder judiciário tem a função de proteger e garantir o cumprimento das leis.
LEGISLATIVO: Legiferante. Traduz em normas a vontade da sociedade, estabelecendo direitos e deveres que deverão ser cumpridas por todos, inclusive pelo Estado, sob pena de sansão.
EXECUTIVO: O Poder Executivo tem a função de governar o povo e administrar os interesses públicos, de acordo as leis previstas na Constituição Federal. No Brasil, País que adota o regime presidencialista, o líder do Poder Executivo é o Presidente da República, que tem o papel de chefe de Estado e de governo.
*LEGIFERANTE: Refere-se ao ato de legiferar, legislar. A função legiferante consiste no poder de estabelecer leis. Tem função legiferante o órgão competente para criar leis.
06. QUAIS AS ACEPÇÕES DA EXPRESSÃO HERMENÊUTICA DO DIREITO?
É utilizada como sinônimo de “Interpretação de lei”; sentido duplo de vocábulos para interpretação e aplicação; É a teoria científica da arte de interpretar; Seu objeto de estudo é a sistematização dos processos aplicáveis para determinar o sentido e o alcance das expressões.
07. O QUE É A INTEGRAÇÃO DO DIREITO?
É o preenchimento de lacunas existentes na lei, quando para um determinado fato não há uma norma adequada.
08. QUAL É A RELAÇÃO ENTRE A ÉTICA E A MORAL? Resp.: A ética é privada e a moral é pública.
09. QUAIS SÃO AS PERSPECTIVAS DA APLICAÇÃO DO DIREITO, NA VISÃO HUMANISTICA DO OFICIO JUDICIAL?
Resp.: PERSPECTIVAS ...
a) AXIOLÓGICA: É o valor que se obtém ou se atribui ao juiz pelas sentenças que profere;
b) FENOMENOLÓGICA: Compreensão dos fenômenos do homem julgado, seu mundo e suas circunstância;
c) SOCIOLÓGICO-POLÍTICA: Valores do povo, identificação do justo, considerações do homem comum.
10. COMO É O MUNDO SOB A ÓTICA DA HERMENÊUTICA?
O mundo é uma rede de relações. São as diversas formas pelas quais o mundo pode ser expressado.
11. QUAL É A RELAÇÃO (DISTINÇÃO) ENTRE INTERPRETAÇÃO E HERMENÊUTICA?
Resp.: a HERMENÊUTICA deve determinar o sentido e o alcance das expressões do direito, enquanto que a INTERPRETÇÃO é aplicação da hermenêutica.
12. DESCREVA SOBRE AS RELAÇÕES: INTERPRETAR, APLICAR E INTEGRAR.
INTERPRETAR: Indagar a vontade atual da norma e determinar o seu campo de incidência;
APLICAR: Submeter o fato concreto a norma que o regule; Individualizá-la por meio de uma sentença ou decisão;
INTEGRAR: Preencher as lacunas da norma, quando a mesma não se aplicar ao fato.
13. POR QUE O APLICADOR NÃO DEVE RESTRINGIR SUA AÇÃO AO SILOGISMO JURÍDICO?
Resp.: Muitas vezes, um silogismo, ainda que perfeito (realizado por meio de normas jurídicas válidas), pode não ser suficiente para fundamentar uma decisão judicial, e, portanto, não atende à exigência constitucional de fundamentação (motivação) das decisões judiciais.
14. O QUE É A HERMENÊUTICA DO DIREITO NA DIVERSIDADE DOUTRINÁRIA?
João Baptista Hernkenhoff: Hermenêutica é a interpretação dos sentidos da palavra;
Paulo Dourado de Gusmão: Hermenêutica jurídica é a parte da ciência do direito que trata da interpretação e aplicação do direito.
Machado Neto: A hermenêutica abrange a interpretação, a integração e a aplicação do direito. É a teoria Geral da técnica jurídica, parte da Teoria Geral do Direito cujo objeto é a lógica material do direito;
Carlos Maximiliano: Hermenêutica é a aplicação do direito; 
Paulo Nader: A hermenêutica é teórica e visa a estabelecer princípios, critérios, métodos, orientação geral; Já a interpretação é de cunho prático, aplicando os ensinamentos da hermenêutica.
15. QUAL A RELAÇÃO NA INTERPRETAÇÃO DA LEI (HERMENÊUTICA JURÍDICA) DOS DOUTRINADORES COM AS TEORAS OBJETIVAS E SUBJETIVAS?
João Baptista Hernkenhoff, objetiva, pois, para ele, o processo da hermenêutica deve partir da lei já codificada;
Paulo Nader, objetiva, 
Paula Batista, Subjetiva, pois, a norma deve exprimir coma a maior segurança possível a vontade do legislador;
José Maria Martin Oviedo, A doutrina atual submete a revisão as teorias objetivas e subjetivas, sendo mais predominante a teoria objetiva, destacando o elemento ratio legis que postula a prevalência interpretativa a finalidade da lei;
José Maria Rodrigues, Dentre as duas teorias o melhor caminho seria a teoria mais verdadeira;
Manoel de Andrade, o sentido legal prevalente deve ser um sentido objetivo, como que radicado na própria lei, opondo-se à escola tradicional, subjetivista, psicológica ou histórico-filosófica que a lei deveria ser entendida e aplicada conforme o pensamento e a vontade do legislador; 
16. QUAL É A RELAÇÃO ENTRE A HERMENÊUTICA, A LEI E O DIREITO?
A interpretação, que é o recurso do hermeneuta, para descobrir o sentido e o alcance das expressões do Direito, incide sobre a lei e as demais expressões do Direito, mas, não sobre o próprio Direito.
Observações/Complemento da resposta: Segundo João Baptista Hernkenhoff essa ainda possui os seguintes aspectos:
A lei é a forma: A interpretação recai sobre a forma; 
O Direito é o conteúdo: A forma busca o conteúdo;
A aplicação é o Direito: Tarefa do aplicador, ante o fato concreto, revela o conteúdo da lei.
17. COMO A LEI DE FORMA ESTÁTICA PODE ACOMPANHAR A DINÂMICA DO DIREITO?
Embora a lei não evolua, o direito pode acompanhar as transformações econômicas, políticas e sociais. Da mesma forma, o hermeneuta deve dinamizar a lei, para que ela não seja retrógada e morra no tempo.
18. QUAIS AS DEMAIS FORMAS DAS QUAIS SÃO CONHECIDOS OS PROCESSOS DE INTERPRETAÇÃO?
1. Elementos de interpretação;
2. Métodos ou modos de interpretação;
3. Fases ou momentos da interpretação;
4. Critérios Hermenêuticos;
19. DESCREVA SOBRE A ESTRUTURA DO PROCESSO INTERPRETATIVO.
Embora o processo interpretativo possua um caráter unitário, pois, para o interprete o processo não ocorre de forma sistemática, mas numa síntese imediata, os processos interpretativos devem ser encarados como momentos do processo global interpretativo, preferencialmente, como métodos.
20. COMO SÃO CLASSIFICADOS OS MOMENTOS (PROCESSOS) DE INTERPRETAÇÃO? São classificados como momentos ou processos:
1. Literal, gramatica ou filosófico;
2. Lógico ou racional;
3. Sistemático ou orgânico;
4. Histórico ou histórico-evolutivo;
5. Teleológico;
6. Sociológico.
FILOLOGIA: estudo de uma línguas ou de famílias de línguas, em documentos escritos nessas línguas.
21. DESCREVA SUNCINTAMENTE OS PROCESSOS INTERPRETATIVOS.
1. Literal, gramatica ou filosófico: Sentido objetivo da lei. Na escrita e na linguagem dos textos.
2. Lógico ou racional: Investigação da ratio legis. Busca o sentido e o alcance da lei, a razão da lei. 
3. Sistemático ou orgânico: Considera o caráter estrutural da Direito. Cada regra é parte de todo o organismo.
4. Histórico ou histórico-evolutivo: A lei representa a realidade histórica atual. O intérprete busca a vontade atual.
5. Teleológico: Busca a finalidade da lei. O hermeneuta deve descobrir o fim da lei, seus valores. 
6. Sociológico: Busca os motivos e os efeitos sociais da lei, se adequando econômica, política e socialmente.
22. DESCREVA SOBRE AS ESCOLAS HERMENÊUTICA
ESCOLA EXEGESE: Código de Napoleão; CódigoCivil de 1804. Método: A Lei escrita era a única fonte do Direito, expressão do Direito natural. A legislação era completa. Na generalidade da lei, encontra-se a solução para todas as situações jurídicas. Somente quando a lei era obscura ou incompleta, é que o interprete lançaria mão do método lógico. 
ESCOLA PANDECTISTAS: Manifestação do positivismo jurídico do século XIX. O direito é como um corpo de normas positivas. Negava qualquer fundamento absoluto ou abstrato à ideia do direito. É um sistema dogmático de normas, que usou como modelo as instituições do Direito Romano. Rejeitavam as doutrinas Jusnaturalistas e valorizavam os costumes jurídicos formados pela tradição, levando a uma interpretação mais elástica do texto legal.
ESCOLA ANALÍTICA DE JURISPRUDÊNCIA: Manifestação do positivismo jurídico. O objeto do direito era apenas as leis positivas e os costumes. Não importa os valores ou conteúdos éticos das normas legais. Lei no sentido estrito. O direito está separado da ética. Não importa se é justo ou injusto, isso cabe ao legislador e ao filósofo. Fundamenta-se na análise conceitual, ou seja, a realidade pode ser integralmente conhecida através da análise dos conceitos que a representavam. A única fonte do direito eram os costumes acolhidos e chancelados pelos tribunais. Toda a estrutura jurídica é fundada no costume.
ESCOLA HISTÓRICA DO DIREITO: Opõe-se literalidade interpretativa e as doutrinas jusnaturalistas. Chama a atenção para o elemento sistemático, inerente ao caráter orgânico do direito. Nega a existência de um direito natural racional e universal. Fundamenta-se na historicidade do Direito, consciência racional e nos costumes jurídicos oriundos da tradição. O Direito é um produto histórico, surge e se desenvolve a partir da consciência nacional e das tradições do povo; Sua fonte principal é o costume. É o povo que cria o direito, incluindo as gerações presentes e as futuras. O legislador é o interprete das regras consuetudinárias.
ESCOLA HISTÓRICO-DOGMÁTICA: O intérprete, pela lógica e sistemática, deveria se ater a letra da lei, para dela subtrair soluções. O povo é criador do seu direito e o intérprete deve pesquisar a intenção do legislador. 
ESCOLA HISTÓRICO-EVOLUTIVA: Pesquisa a posteriori do sentido da lei. A lei deve ser portadora de vida própria. O interprete deve buscar a intenção do legislador na época da criação e da aplicação da lei. Adaptar a lei a ocasião.
ESCOLA TELEOLÓGICA: A finalidade do direito é a proteção de interesses. O direito é um organismo vivo, produto de luta e não de um processo natural. Os conceitos do legislador não são obrigatórios para o intérprete. A liberdade da jurisprudência deve ser ampla. 
23. QUESTÕES DO VT. No Final de cada questão, está o termo correto, que corrige a frase para Verdadeiro.
01V) Para a escola exegese na generalidade da lei encontra-se solução para todas as soluções jurídicas.
02F) A escola da exegese negava qualquer fundamento absoluto ou abstrato à ideia do Direito. (Pandectistas)
03F) A escola dos pandectistas negava valor aos costumes e repudiava a atividade criativa da jurisprudência. (Exegese)
04V) A escola dos pandectistas considerava o direito como um corpo de normas positivas.
05F) Na escola analítica de jurisprudência a atenção aos usos e costumes os levou a uma interpretação de texto legal mais elástica do que preconizava a escola exegese. (Pandectistas)
06F) A escola analítica de jurisprudência o seu sistema dogmático de normas usou como modelo as instituições do Direito Romano. (Pandectistas)
07V) Na escola analítica de jurisprudência a ciência da legislação, situada nos domínios da ética, abrange os princípios que o legislador deve ter em conta para elaborar as leis justas e adequadas.
08F) Para a escola histórica do Direito, o Direito está separado da ética. (analítica de jurisprudência)
09V) A escola histórica do Direito tem como postulado básico o Direito como um produto histórico, e não resultado das circunstâncias, do acaso, ou da vontade arbitrária dos homens.
10F) Na escola Teleológica é o povo que cria o seu Direito, entendido como povo não somente a geração presente, mas as gerações que o sucedem. (Escola Histórica do Direito)

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