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O Dinheiro

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FACULDADE DE DIREITO DA FUNDAÇÃO ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO
CREDENCIADA PELA PORTARIA MEC N.º 3.640, DE 17/10/2005 – DUO DE 20/10/2005
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO
AUTORIIZADDO PELA PORTARIA MECN.º846, DE 4 DE ABRIL DE 2006 – DUO DE 05/04/2006
O Dinheiro
O dinheiro pode ser tanto conchinhas do mar, usadas como moedas em certas regiões da Polinésia, como páginas e mais páginas de informação digital, sem nenhuma relação com nenhum produto do mundo concreto.
O dinheiro é um padrão de valor, que todos podem entender, funcionando como meio de troca de mercadorias. 
Quase tudo pode ser usado como dinheiro. Assim o ouro, que possui valor intrínseco. Pode ser representado também por papel-moeda, como hoje normalmente sucede. Pode ser um cartão de crédito plastificado ou uma infinidade de bytes no cyber espaço, onde, na globalização, ele circula, por determinação dos bancos, dos fundos de pensão e das empresas multinacionais, em busca dos juros mais convenientes. 
O dinheiro hoje, não é mais lastreado em ouro. A libra (inglesa) não o é mais desde 1931. O elo final entre dinheiro e ouro foi rompido em 1971, quando Richard Nixon (com o protesto isolado de Charles de Gaulle, presidente francês) terminou com este sistema.
Hoje, uma nota de 10 dólares ou de 10 reais só pode ser trocada por outra do mesmo valor, em qualquer banco, notadamente nos bancos centrais. As moedas existentes, em cobre e níquel, não valem o que dizem valer.
Quando se deposita dinheiro em um banco, esta instituição mantém cerca de 8 a 10% deste dinheiro em caixa, para o caso de haver uma demanda maior de parte dos depositantes. O restante é reemprestado diversas vezes, mediante o pagamento de juros.
Esta verdadeira máquina de fazer dinheiro só encontra duas limitações:
a regulamentação dos bancos centrais e, notadamente, do Banco Central dos Bancos Centrais (Bank for International Settlements, em Basiléia);
o medo da insolvência por parte dos devedores. Efetivamente uns 10% não pagam, são inadimplentes. Daí o temor do FMI diante da eventual insolvência dos países tomadores de empréstimos (default), de vez que o não pagamento de um pode ter um efeito em cadeia.
Para algumas pessoas o dinheiro é fluído, insubstancial e infinito, como sucede com os "mestres do universo", em Wall Street e na City de Londres. São eles que fazem e refazem as regras, que não passam por nenhum parlamento. Para outros, os que morrem por causa de tais regras, o dinheiro é horrivelmente concreto.
 O dinheiro
“O dinheiro é feito para circular. Ele é uma das linguagens espontaneamente universais, integrando todas as coisas, todas as atividades em uma escala única de valores. ‘Quanto isto custa?’ [1: Ibid., p. 34-35.]
“O dinheiro é um meio de troca, utilizado no intercambio de mercadorias, serviços e mesmo na aquisição de dinheiro estrangeiro (divisas). Representa uma medida de valor que serve para comparar o valor das mercadorias entre si, tomando por base o preço de cada uma em relação à mercadoria-padrão (equivalente geral, que passou a ser o próprio dinheiro).[2: SANDRONI, Paulo., op. cit., p. 174-5.]
“O dinheiro é um dos grandes vetores da mundialização: conferindo um preço a tudo - da escova de dentes à vida humana -, ele faz de tudo objeto de comparações, de cálculos. Ademais, a apropriação do espaço, o estabelecimento de ligações terrestres, marítimas, aéreas, reclamam a mobilização de capitais, a sofisticação dos instrumentos financeiros - o que se acompanha freqüentemente de falências, de escândalos”. (Emroe, etc.)
No século XIX, esboça-se o mercado universal, que, no século XX, a partir dos anos 60 do século XX, apresenta uma mutação sem precedentes no que concerne à finança: “o domínio financeiro emerge como primeiro setor realmente mundializado”. (a mundialização é essencialmente financeira. - (ver Plauto: Direito, justiça social e neoliberalismo).[3: DEFARGES, Philippe Moreau, op. cit., p. 34-5.]
Sociedades ocidentais de grande poder surgem não só do consumo mas também da poupança “instituições - sociedades de investimento, caixas de aposentadoria... - se organizam para drenar recursos para os mercados financeiros. Estas organizações, tendo por alvo diversificar operações rentáveis e seguras atentam, pouco a pouco, além fronteiras. O envelhecimento das populações ocidentais..., a necessidade de financiar cada vez mais as aposentadorias por meio da capitalização, amplificam esta internacionalização. Desde o início dos anos 70 do século XX, primeiramente nos Estados Unidos, há o desenvolvimento espetacular dos fundos de pensão coletando e gerando somas colossais”. Os três maiores fundos de pensão norte-americanos dispõem de um milhão de dólares. “Estas instituições, investindo em todas as grandes bolsas, detendo parte do capital de multinacionais, tornam-se atores financeiros internacionais do maior relevo”. 
Por outra parte há o crescimento notável e a internacionalização cada vez maior das empresas. Até os anos 80, esta internacionalização faz-se essencialmente por meio do comércio. “A partir de 1985, o investimento direto emerge como um fator maior. Os canais de internacionalização se multiplicam: exportações-importações, aquisições e fusões de empresas... Estas mutações são auxiliadas e amplificadas pela explosão e globalização das atividades financeiras. Hoje os fluxos financeiros são 40 vezes superiores aos movimentos comerciais.”
Durante os últimos 25 anos do século XX, o endividamento dos Estados cresce maciçamente. Os Estados Unidos deixam seus déficit públicos aprofundar-se, nos anos 80, mas, graças ao dólar, primeira moeda de transação e de reserva, e devido ao seu poder, mobilizam facilmente as poupanças estrangeiras, em primeiro lugar a japonesa.
As crises financeiras mexicanas, de 1982 e de 1984, quase arrastam o México à falência. Foi então que o mundo financeiro tomou consciência do extraordinário aumento das interdependências, temendo uma quebra ainda mais profunda e global que a de 1929, podendo inclusive a queda do México conduzir à de outros Estados, podendo conduzir à fratura de todo sistema. Isto não ocorreu porque o sistema inventou mecanismos de domínio das crises (programas de urgência, planos de reescalonamento das dívidas).[4: DEFARGES, Philippe Moreau, op. cit, p. 34-7.]
O Produto Interno Bruto (PIB)
Esta é uma noção insana. Ele mede apenas o valor que transita pela economia, isto é o valor total dos bens e serviços que fluem pela economia. 
Ele não mede tudo. Ele mede tão-só o dinheiro quando ele muda de mãos.
Ele não leva em consideração a riqueza natural: uma árvore em crescimento não entra no PIB. Só entra quando é cortada e transformada em palitos, por exemplo. 
O PIB aumenta quando as pessoas ingerem muita comida gordurosa e mais ainda quando fazem cirurgias para emagrecer. Aumenta com as vendas de pesticidas que provocam cancer e, mais ainda, com a venda de remédios para curá-lo.
Os gastos com gasolina entram no PIB. Os moradores de Los Angeles gastam 800 milhões de dólares por ano que queimam nos congestionamentos de trânsito. Esta soma entra no PIB dos Estados Unidos.
O PIB desconsidera o trabalho não remunerado, como aquele feito pelas mulheres no lar.
Na verdade, como escreveu Simon Kuznets, "O bem estar de uma nação não pode ser inferido a partir da renda nacional tal qual definida acima", como ele advertiu em 1934. Já nos anos 60 do século XX, ele foi além: "Deve-se distinguir entre qualidade e quantidade de crescimento... Os planos para mais 'crescimento' têm de especificar mais crescimento de que e para quê".
O PIB é uma forma de medir a riqueza nacional. Mas se transforma em problema quando passa a ser tudo o que medimos. [5: BOYLE, David. O pequeno livro do dinheiro. São Paulo: Cultrix, 2005. p. 14-17, 68-70. Título original: The Little Money Book. As anotações acimas foram adaptadas a partir deste livro.]
Vale a pena reproduzir o dito de John Maynard Keynes (Self-Sufficiency, 1933): 
"Nós destruímos a beleza do campo porqueos esplendores da natureza não têm valor econômico. Seríamos capazes de apagar o sol e as estrelas porque eles não pagam dividendos."
 Serviços - Denominação dada ao conjunto das atividades que se desenvolvem especialmente nos centros urbanos e que são diferentes das atividades industriais e agropecuárias. Tais atividades normalmente se enquadram no assim chamado setor terciário da economia, como o comércio, os transportes, a publicidade, a computação, as telecomunicações, a educação, a saúde, a recreação, o setor financeiro e de seguros e a administração pública. Tanto nos países em desenvolvimento como entres os países desenvolvidos, é o setor que apresenta as maiores taxas de desenvolvimento. Nos países mais industrializados, responde por cerca de metade do PNB e ocupa mais de 40% da força de trabalho. 
Editado por FERREIRA, MARCOS VINICIUS VIEIRA, aluno FMP-insc.2014/1
 
	
	
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