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Direito Objetivo e Direito Subjetivo

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FACULDADE DE DIREITO DA FUNDAÇÃO ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO
CREDENCIADA PELA PORTARIA MEC N.º 3.640, DE 17/10/2005 – DUO DE 20/10/2005
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO
AUTORIIZADDO PELA PORTARIA MECN.º846, DE 4 DE ABRIL DE 2006 – DUO DE 05/04/2006
 Direito Objetivo e Direito Subjetivo
"O direito, em seu sentido objetivo, é um conjunto de normas. Trata-se de preceitos imperativo-atributivos, isto é, de normas que impõem deveres e atribuem direitos. Face ao sujeito passivo, devedor ou obrigado por uma norma jurídica, encontra-se sempre uma pessoa que tem a faculdade de exigir-lhe o cumprimento daquilo que é prescrito pela norma. Esta faculdade concedida ao titular do direito - sujeito ativo - pela norma legal, é o direito em sentido subjetivo.  
As normas jurídicas são normas imperativo-atributivas - impõem deveres e, correlativamente, concedem direitos.1  Efetivamente, a "regra de direito pode ser considerada como norma de ação (norma agendi) e como faculdade de ação (facultas agendi).  
"Se temos em vista a regra em si mesma, como, por exemplo, o dispositivo do Código Civil: "O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha" (art. 1228 CC), estamos em face do aspecto objetivo do direito". É o texto ou a regra legal. 
"Quando, porém, aludimos ao direito que A ou B possui de tirar proveito de sua propriedade, por exemplo, de alugá-la, de vendê-la, de opor-se à sua utilização por outrem... quando, em suma, vemos a regra do lado do sujeito ... evidenciamos o aspecto subjetivo do direito. 
"Podemos, pois, falar de duas acepções do direito ainda que nos referindo à mesma regra de direito. São: I - direito objetivo (norma agendi ou norma de conduta) e II - direito subjetivo (facultas agendi ou faculdade de agir).  
Note-se: o direito é o mesmo, a regra é a mesma. Considerada em si, eis o seu aspecto objetivo; considerada do ponto de vista do sujeito que a põe em exercício, eis o seu aspecto subjetivo. Não são dois direitos. São como o verso e o reverso de uma medalha." 
É importante, ainda, observar que o direito subjetivo se funda sobre o objetivo. Ninguém pode exigir o que não lhe é assegurado pela regra de direito. A faculdade supõe a norma".2 
Escreve Eduardo Garcia Maynes que "entre as duas acepções fundamentais do substantivo direito existe uma correlação perfeita..." O direito objetivo é a norma que permite ou proíbe; o direito subjetivo a permissão, faculdade derivada da norma. "O direito subjetivo não se concebe independente do objetivo pois sendo a possibilidade de fazer ou de omitir licitamente algo (legalmente algo), supõe logicamente a existência da norma que imprime à conduta facultada o timbre positivo da licitude". 
Direito Positivo (direito vigente) 
Direito positivo "é o direito objetivo integrante do ordenamento jurídico em vigor num determinado país e numa determinada época".3 
"É no sentido de norma agendi que podemos falar de direito positivo. Direito positivo é o vigente, o direito legislado, produzido segundo as condições sociais de cada época, e a técnica legislativa adotada".4  Veja-se os artigos 59-69 da Constituição de 1988, relativos ao processo legislativo. 
Direito Natural (noção provisória, sujeita a ulterior desenvolvimento, quando do exame da noção de direito). 
Os que defendem a sua existência entendem que há um "débito", algo devido ao homem, tendo em vista a sua essência, a sua natureza - "Há coisas que se devem ao homem por corresponderem a exigências concretas de sua natureza.5 
Modalidades de direito subjetivo (Reale p. 265-276) 
Divide-se o direito subjetivo em simples e complexo.  
O direito de um credor, obrigando o devedor a efetuar o pagamento de certa importância ou à devolução de uma coisa, é um direito subjetivo simples, pois a prestação (aquilo que deve ser feito) é específica, clara, determinada. 
Em outros casos, o direito subjetivo representa um feixe de possibilidades, como ocorre na situação de um proprietário de um prédio. Pode ele dispor da coisa (vendê-la), pode hipotecá-la, alugá-la, etc. Todas estas possibilidades resultam de um único direito, o direito de propriedade, que importa em um conjunto de faculdades. 
Em outros casos, um conjunto de direitos subjetivos converge para determinada pessoa, o que lhe confere um status jurídicus. Assim, quando um indivíduo adquire ações de uma sociedade anônima. Tornando-se acionista, a pessoa passa a dispor de uma série de possibilidades, de pretensões. Pode esta pessoa comparecer à assembléia da S.A., votar e ser votado, discutir as matérias constantes da ordem do dia, requerer verificação nas contas,  etc. Todas estas possibilidades caracterizam o que se chama um estado de sócio ou um estado de acionista. 
Ainda podem os direitos subjetivos ser, quanto ao objeto, pessoais, obrigacionais ou reais. 
São pessoais, por exemplo, no pátrio poder, quando há uma relação jurídica entre pais e filhos, entre pessoas. É a própria pessoa que se põe como objeto da relação. 
Já nos contratos e no direito obrigacional em geral, o objeto é uma prestação, isto é, aquilo que deve ser feito ou não deve ser feito. 
Já no campo dos direitos reais, isto é, da propriedade e de seus desmembramentos (hipoteca, usufruto, etc.), o objeto da relação jurídica é uma coisa. 
Editado por FERREIRA, MARCOS VINICIUS VIEIRA, aluno FMP-insc.2014/1
	
	
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FACULDADE DE DIREITO DA FUNDAÇÃO ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO
CREDENCIADA PELA PORTARIA MEC N.º 3.640, DE 17/10/2005 – DUO DE 20/10/2005
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO
AUTORIIZADDO PELA PORTARIA MECN.º846, DE 4 DE ABRIL DE 2006 – DUO DE 05/04/2006
	
	
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