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APRESENTAÇÃO TCC 2017

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Sistema de Ensino Presencial Conectado
CURSO DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL
VILMA MASS DE MELLO
O SERVIÇO SOCIAL E AS DIFERENTES FACES DO ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL – ALTA COMPLEXIDADE.
SE MEU ANDAR....
(Fragmentos de poema)
Se meu andar é hesitante e minhas mãos trêmulas, ampare-me. Se minha audição não é boa, e tenho de me esforçar para ouvir o que você está dizendo, procure entender-me.
...Se estiver doente e sendo um peso, não me abandone. Se estiver com medo da morte e tento negá-la, por favor, ajude-me a vencer o medo.
Poema do Idoso Por: Junqueira Freire Sananduva/RS
O presente trabalho abordará:
 aspectos gerais da População em Situação de Rua – PSR. 
- Características. 
E a relação da sociedade com essa população no que diz respeito ao preconceito, através de uma revisão de literatura. 
A definição do tema de pesquisa deste TCC ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL – ALTA COMPLEXIDADE foi uma decisão tomada a partir da experiência com o voluntariado e a realização do Estágio Obrigatório, no Abrigo São Francisco e Santa Clara da ASFESC. 
Durante esse período pode-se perceber várias nuances dos aspectos que envolvem a questão social do acolhimento. Ou antes, disso as diferentes situações de privação porque passam as pessoas que necessitam desse acolhimento.
Será apresentada uma breve reflexão sobre: 
as políticas e a situação de precariedade ou até mesmo a inexistência de atendimento a PSR.
o atendimento de crianças e adolescentes, quanto a: medidas protetivas; MSE - de PSC e LA, na esfera municipal. 
Tem como objetivo geral: 
- Analisar as contribuições do(a) Profissional de Assistência Social tendo em vista a temática do Serviço de Proteção Social Especial de Alta Complexidade no quesito do: Acolhimento Institucional, causas, consequências e medidas interventivas e a contribuição do Serviço Social para o enfrentamento da questão.
Tendo em vista a possibilidade de contribuir na redução e elucidação, deste problema social, além de observar e identificar a atuação do (a) profissional Assistente Social nesse serviço.
 - Tecer reflexões a respeito da gestão do profissional, bem como apresentar contribuições pra o Serviço Social da ASFESC, a partir da temática do acolhimento institucional. 
O tema do acolhimento institucional em suas diferentes nuances é uma questão remanescente, tendo em vista que sua trajetória histórica remonta ao período colonial onde houve escrachadamente diversas facetas de violação de direitos humanos
Por isso, neste trabalho de conclusão, essa temática, será aprofundada ressaltando sua, importância social tendo em vista que, apesar de suas implicações sociais, as experiências da história nos demonstram que a questão do abandono acontece desde sempre, e reproduz momentos diferenciados como: a roda dos enjeitados, nas Santas Casas da Misericórdia, dentre outros. 
Tal fato torna de suma importância a busca de compreensão histórica a esse respeito com o intento de compreender, nessa evolução, os desafios e a importância do atendimento em rede por parte, dos profissionais que trabalham com essa demanda. 
Começa-se esta justificativa dando especial atenção para a questão do acolhimento e suas diferentes variações. As dificuldades porque passam as pessoas frente ao problema de não terem um lugar para morar. Muitas vezes estando doentes e totalmente desamparadas.
Muitas vezes essas situações são enfrentadas por famílias inteiras. Onde crianças e adultos estão à mercê de um sistema que acrisola e desestimula a uma busca para a autonomia e autossustentação. 
Nas unidades de saúde, quando conseguem atendimento, essas pessoas, são obrigadas a uma rotina de retornos desordenada e insustentável, pois quando dependem de transporte ou não existe ou não conseguem pagar por este. 
Nos plantões, das secretarias de assistência municipais, não é diferente, sendo que às vezes para conseguirem uma cesta básica, essas pessoas, são obrigadas a uma infinidade de cadastros e retornos o que as faz desistir no meio do processo. 
Temos uma constituição soberana, porém não temos, em nosso país, nos seus estados e municípios uma política igualitária no cumprimento de seus deveres de fiscalização na garantia dos direitos da população. Sobretudo, aquela que é definida pela: Política Nacional para a População em Situação de Rua. 
instituída pelo Decreto n. 7.053 de 23 de dezembro de 2009, que define População em situação de Rua como o grupo populacional heterogêneo que possuem em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados e a inexistência de moradia convencional regular....
...., e que utiliza os logradouros públicos e as áreas degradadas como espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou permanente, bem como as unidades de acolhimento para pernoite temporário ou como moradia provisória.
Conforme a Resolução nº 109, de 11 de novembro de 2009 que aprova a tipificação nacional dos serviços Socioassistenciais que diz: 
Acolhimento para idosos com 60 anos ou mais, de ambos os sexos, independentes e/ou com diversos graus de dependência.
 A natureza do acolhimento deverá ser provisória e, excepcionalmente, de longa permanência quando esgotadas todas as possibilidades de autossustento e convívio com os familiares. 
O acolhimento - É previsto para idosos que não dispõem de condições para permanecer com a família, com vivência de situações de violência e negligência, em situação de rua e de abandono, com vínculos familiares fragilizados ou rompidos. Idosos com vínculo de parentesco ou afinidade – casais, irmãos, amigos, etc.,
Ainda segundo a resolução temos que: “O serviço de acolhimento institucional para idosos pode ser desenvolvido nas seguintes modalidades: 
- Atendimento em unidade residencial onde grupos de até 10 idosos são acolhidos”. 
Esta mesma resolução determina que para esse atendimento seja garantida equipe técnica habilitada com supervisão.
 Enfim tudo o que é de direito e necessário para um atendimento digno. 
Mas persiste a pergunta quem deve bancar esse atendimento? 
Sabemos que o Serviço Social tem como princípio - garantir que esses direitos sejam cumpridos. Porém, devido a um baixo investimento dos órgãos competentes, o Serviço Social ainda presta atendimentos assistencialistas de caráter emergencial.
Através de pesquisas das literaturas que fundamentam o tcc percebeu-se que - no que tange a assistência social, existe a necessidade de se desenvolver estratégias e procedimentos com a estruturação da rede de acolhida, com informações e indicadores acerca desse segmento populacional, proporcionando a inclusão no Cadastro Único, no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e no Programa Bolsa Família (PBF), além da promoção de oportunidades de trabalho e acesso a capacitação profissional e educação. 
Isso exige:
 implementação e materialização de políticas para este tipo de população que vão abranger períodos longos de tempo e de acompanhamento.
[...] que dependerá não só da vontade política de governantes, o que pressupõe: 
o investimento efetivo de recursos públicos, humanos e financeiros, mas também do compromisso dos operadores da política na superação de muitos limites, entre os quais, se destacam: 
 
- a desarticulação histórica entre as políticas e a posição caudatária (O que é caudatário: Quem não tem opinião ou estilo próprios Aquele ou aquilo a que falta originalidade ou ...) do social em relação ao econômico. 
(PRATES, J.C; PRATES, F.C; MACHADO, S. Temporalis. Jul./dez. 2011).
O processo do retorno que significa a saída da rua é lento e doloroso, muito especialmente, para aqueles que lá se encontram há muito tempo em condições degradantes. 
Este processo histórico e os estudos desenvolvidos com a população em situação de rua subsidiaram o delineamento da Política Nacional voltada a este segmento, na perspectiva da construção de práticas de atenção que contemplem a intersetorialidade entre as políticas sociais. 
É também uma constatação a escassez
de estudos a respeito de questões como: saúde, educação e acesso ao lazer às pessoas em situação de rua, e, sobretudo na compreensão de como enfrentam tais carências. 
Abordar essa temática traz consigo a oportunidade de um espaço de vocalização para os questionamentos, dessa população já que no cenário, em que vivem, não são vistos como sujeitos de direitos sendo desrespeitados na sua dignidade e cidadania. 
Embora a pesquisa envolva, também o acolhimento de crianças e adolescentes, contudo este, foi embasado, além da bibliografia, em experiência concreta numa instituição e trouxe um enriquecimento pessoal que nenhuma bibliografia pode passar, por mais bem elaborada que seja. E foi essa experiência, de acompanhamento e prática ao atendimento das pessoas, que provocou o interesse pela temática desenvolvida no TCC. 
Conforme determinação da Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais nas diferentes formas de acolhimento, estes devem seguir os seguintes critérios: 
Acolhimento em diferentes tipos de equipamentos, destinado a famílias e/ou indivíduos com vínculos familiares rompidos ou fragilizados, a fim de garantir proteção integral. 
A organização do serviço deverá garantir privacidade, o respeito aos costumes, às tradições e à diversidade de: ciclos de vida, arranjos familiares, raça/etnia, religião, gênero e orientação sexual. (resolução nº 109 de novembro de 2009). 
Sendo assim para que haja um trabalho bem organizado e com resultados satisfatórios é necessário que se faça valer as orientações da tipificação nacional, onde se lê: 
O atendimento prestado deve ser personalizado e em pequenos grupos e favorecer o convívio familiar e comunitário, bem como a utilização dos equipamentos e serviços disponíveis na comunidade local. As regras de gestão e de convivência deverão ser construídas de forma participativa e coletiva, a fim de assegurar a autonomia dos usuários, conforme perfis. (resolução nº 109 de novembro de 2009)
DO ACOLHIMENTO A CRIANÇA E AO ADOLESCENTE EM FAMILIA SUBSTITUTA
Citando  O Rappa Álbum acústico, (2005) “Não Perca As Crianças De Vista”. Percebemos que na realidade em que vivemos acontece exatamente o contrário da canção, nossas crianças encontram-se perdidas não somente de “vista”, mas carentes, de todo tipo de cuidado. 
São tantos os percalços por que passam milhares de crianças e adolescentes em nossas veredas que parece, não ter passado o tempo das “rodas de enjeitados” dos tempos coloniais. 
.....E outra vez não me impeço de dormir. Os jornais não informam mais. E as imagens nunca são tão claras. Como a vida. Vou aliviar a dor e não perder. As crianças de vista [...] Não perca as crianças de vista. Família, um sonho ter uma família. Família, um sonho de todo dia. Família é quem você escolhe pra viver. Família é quem você escolhe pra você. Não precisa ter conta sanguínea. É preciso ter sempre um pouco mais de sintonia”. 
Da Medida Protetiva e do Acolhimento em Instituição de Reclusão no cumprimento de MSE e PSC e LA 
Para o enfrentamento dessa questão social temos na Lei máxima, nossa Constituição Federal de 1988, que assegura no seu Art. 6º 
“São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”. Que regulamenta e ordena conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, o Sistema Nacional de Socioeducação - SINASE, e, igualmente o Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente – CONANDA.
LEI Nº 12.594, DE 18 DE JANEIRO DE 2012. Institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo – SINASE que para regulamentar a execução das medidas socioeducativas destinadas a adolescente que pratique ato infracional; e alterar as Leis n.º 8.069, de 13 de julho de 1990, Estatuto da Criança e do Adolescente-ECA,
 7.560, de 19 de dezembro de 1986, 7.998, de 11 de janeiro de 1990, 
5.537, de 21 de novembro de 1968, 
8.315, de 23 de dezembro de 1991,
 8.706, de 14 de setembro de 1993, 
os Decretos-Leis nos 4.048, de 22 de janeiro de 1942, 8.621, de 10 de janeiro de 1946, 
e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943.
No município de Luís Eduardo Magalhães/BA, que se situa no Oeste do Estado, nem mesmo na região, tem unidades da Fundação da Criança e do Adolescente.  
Conforme a definição desse órgão descrita nos termos da LEI:
A Fundação da Criança e do Adolescente (FUNDAC) é o órgão responsável pela gestão da política de atendimento ao adolescente em cumprimento das medidas socioeducativas de semiliberdade e internação no estado da Bahia. 
A FUNDAC, no caso de nosso estado só tem unidades em municípios distantes é o único local designado pela justiça para o acolhimento dos (as) adolescentes com ato infracional. O escasso número de unidades no interior do estado deixa a desejar o atendimento criando graves problemas, não só no caso de necessidade de acolhimento, mas, sobretudo no estimulo a ideia de impunidade. 
A FUNDAC Acolhe adolescentes entre 12 e 21 anos incompletos, realizando o atendimento socioeducativo de acordo o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei 8.069/1990) e o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo – SINASE (Lei 12.594/2012). 
conclusão
 Conclusão conclusão
conclusão
conclusão
Conclusão 
conclusão
É de suma importância reafirmar que, profissionais, atuantes em diferentes áreas profissional, não se faz mágicas ou se resolve todos os problemas, mas se houver um comprometimento é sempre possível possibilitar novos caminhos. Somos profissionais que a priori, teríamos as condições de romper com a rotina institucional e assim podermos buscar apreender o movimento da realidade para detectar possibilidades. Igualmente se faz importante a desvinculação quase que messiânica da profissão, onde as damas de caridade, (Mary Richmond) resolvem os problemas da pobreza e também evitar o fatalismo histórico, onde a realidade já estaria definida na história, isto nos traz a acomodação, eliminando a mediocridade profissional. 
[...] um dos maiores desafios que o Assistente Social vive no presente é desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar direitos, a partir de demandas emergentes no cotidiano. Enfim, ser um profissional propositivo e não só executivo. (IAMAMOTO: 2001:20).
Tecer reflexões a propósito da temática de pesquisa deste tcc a respeito da atuação do (a) assistente social nas diferentes faces do acolhimento como política pública de assistência social foi um movimento de projeção ao exercício da profissão que desde sempre, por opção de vida, já venho fazendo. As reflexões e problematizações que nesta pesquisa foram suscitadas tem a intenção de servir de propostas para repensar o exercício profissional nesta nobre e não menos árdua profissão.
RAP Entendendo as fragilidades
Flávia Aparecida Assis Augusto
Para cuidar precisamos aprender
A não julgar e empatia ter
Os usuários no fundo do poço estão
De julgamentos…não precisam não.
 Devemos nos colocar a disposição
Um ombro amigo a nossa mão
A arte de ouvir laços criar
Nossos caminhos assim…vão se cruzar 
Compartilhar histórias é fundamental
Poderá trazer a paz mental
Nascerá assim motivação
Abraçaremos a causa…de nosso irmão,
que de ser julgado desanimou
agora enxerga… a luz que raiou
Abriram-se as portas da compreensão
Trabalharemos com a redução.

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