Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Estadual de Santa Cruz Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas Colegiado de Engenharia Química ESTUDO DA ENTROPIA DE PRECIPITAÇÃO DE SAIS Por: Alice Guerra Macieira Macêdo – 201512528 (P06) Andreza Bispo dos Santos – 201512529 (P06) Iury de Oliveira Cardoso Lopes – 201511761 (P08) Ilhéus Julho/2016 Relatório solicitado pela professora Cleyde Roncarati, como cumprimento dos créditos da disciplina CET941 – Físico Química I. 1. DADOS TUBO 1 – Sulfato de sódio 1mol/L TUBO 2 – Cloreto de sódio 1mol/L TUBO 3 – Carbonato de sódio 1mol/L TUBO 4 – Carbonato de sódio 1mol/L TUBO 5 – Cloreto de bário 1mol/L TUBO 6 – Cloreto de magnésio 1mol/L TUBO 7 – Cloreto de cálcio 1mol/L TUBO 8 – Nitrato de prata 1mol/L Tabela 1: Temperatura inicial dos reagentes TEMPERATURA INICIAL TUBO 1 24ºC TUBO 2 25ºC TUBO 3 23ºC TUBO 4 26C Tabela 2: Variação de temperatura para reação TUBO 1+5 TUBO 3+6 TUBO 4+7 TUBO 2+8 10 s 25 ºC 23ºC 24ºC 26ºC 20 s 25 ºC 23ºC 24ºC 26ºC 30 s 25,5ºC 23ºC 24ºC 26ºC 40 s 25,5ºC 22ºC 23,5ºC 26ºC 50 s 26ºC 22ºC 23,5ºC 26ºC 60 s 26ºC 22ºC 23,5ºC 26ºC ∆T 2ºC -1ºC 2,5ºC 1ºC 2. RESULTADOS E DISCUSSÃO Tabela 3: Reações TUBO 1 + TUBO 5 Na2SO4(aq) + BaCl2(aq) BaSO4(s) + 2NaCl(aq) TUBO 3 + TUBO 6 Na2CO3(aq) + MgCl2(aq) MgCO3(s) + 2NaCl(aq) TUBO 4 + TUBO 7 Na2CO3(aq) + CaCl2(aq) CaCO3(s) + 2NaCl(aq) TUBO 2 + TUBO 8 NaCl(aq) + AgNO3(aq) AgCl(aq) + NaNO3(s) Tabela 4: Quantidade de mols calculados nas reações Mols Na2SO4 Mols BaCl2 Mols Produtos Mols de Sal 1+5 0,0075 0,0075 0,01002 0,00249 3+6 0,0075 0,0075 0,01037 0,00231 4+7 0,0075 0,0075 0,01013 0,00243 2+8 0,0050 0,0050 0,00503 0,00249 Tabela 5: Massas dos produtos e solução MASSA MOLAR (g/mol) MASSA DO SAL (g/mol) MASSA SOLUÇÃO (g/mol) 1+5 233,00 0,580 4,42 3+6 84,00 0,194 4,81 4+7 100,00 0,243 4,76 2+8 142,50 0,354 4,65 Tabela 6: Calor específico, Capacidade calorífica e Calor das reações Calor específico (Cp)(J/mol*K) Capac.Calorífica (J/K) Energia de reação (C)(KJ/mol) 1+5 101,75 18,73 37,46 3+6 81,88 20,28 -20,28 4+7 75,72 20,07 -50,17 2+8 50,79 19,55 19,55 Tabela 7: Valores de ∆S Experimental e Tabelado ∆S Experimental (KJ/mol) ∆S Tabelado (KJ/mol*K) 1+5 0,13 0,10 3+6 0,21 0,26 4+7 0,03 0,20 2+8 - 0,03 Gráfico 1: Variação de entropia dos sais precipitados A entropia está associada com a ordem ou a desordem de um sistema. Assim como a energia, a entropia é um fator que influencia a espontaneidade de uma reação. Um aumento da desordem é esperado quando os íons deixam o sólido e passam para a solução; em contrapartida, há uma reorganização das moléculas do solvente com a solvatação desses íons. Comparando-se os valores experimentais com os valores tabelados encontrou-se que as reações 1 e 2 obtiveram um limite de erro válido, já que devido ao experimento não ter sido realizado em calorímetro ocorreu-se a perda de calor e o contato com o tubo ocasiona a transferência de calor, gordura, o que pode ter afetado o resultado das reações 3 e 4. -0,10 -0,08 -0,06 -0,04 -0,02 - 0,02 0,04 0,06 delta s (kJ/mol) Δ S (K J/ m o l) Sais precipitados Variação da Entropia de Preciptação de Diferentes Sais BaSo4 MgCO3 CaCO3 Nacl A variação de energia que ocorre neste processo é dada pela entalpia de formação que é o calor liberado ou absorvido na reação de formação de 1 mol de determinada substância. Ao se juntarem dois sais, os cátions e ânions se combinam, formando uma molécula de sal, que sendo sólido, precipita-se no fundo do tubo de ensaio. Isto é chamada de reação de precipitação. Logo, a variação de energia neste processo se dá pela reação entre os cátions e ânions dos reagentes, formando o sal precipitado, o produto. Observou-se a discrepância entre os valores tabelados e os resultados obtidos nas reações realizadas devido a fatores externos como a ausência de calorímetro para a realização do experimento o que ocasiona a perda de calor para o ambiente, e a incerteza quanto a molaridade das soluções devido à falta de informação acerca dos reagentes e possíveis erros de execução dos procedimentos por parte dos operadores. A variação da entropia nesses processos ocorre de modo que quando há um aumento ou diminuição no número de partículas, estas podem estar em estado de maior interação entre elas, assim afetado o calor da reação e dependendo se a reação exotérmica ou endotérmica, a entropia da reação sofre um acréscimo ou decréscimo do seu valor. A carga e o tamanho dos íons exercem influência significativa na energia de rede. O valor da energia de rede será maior quando os íons forem similares em tamanho, especialmente se forem pequenos e com carga elevada. A presença de cátions muito maiores que ânions e vice-versa. O efeito desses parâmetros (tamanho e carga dos íons) também pode ser evidenciado na entropia de íons solvatados. Íons grandes com carga pequena contribuem de forma favorável para o processo de dissolução, enquanto que para íons muito pequenos com carga elevada, a contribuição do fator entrópico é desfavorável. A forte interação do íon com o dipolo da água induz uma maior organização das moléculas de água em torno do íon e, com isso, a desordem da solução diminui sendo assim menor a entropia. Portanto, conclui-se que as reações de precipitação tem características de reações de dupla troca e que os valores de entropia variam de acordo com as características físicas e químicas dos íons envolvidos. 3. REFERÊNCIAS ATKINS, P.W.; JONES, Loretta. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. 3.ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. 965 p ATKINS, Peter W. Físico-Química: fundamentos. 3 ed. LTC, 2003
Compartilhar