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BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO EM FÁBRICAS DE RAÇÃO Stefan A. Rohr Patos de Minas – MG OBJETIVO Esta aula dá aos alunos uma visão ampla das boas práticas de fabricação em fábricas de produção de ração animal e fornece as informações necessárias para que se implante um sistema de produção de ração seguro e com qualidade. • Regidas pela Instrução Normativa nº 04 de 27 de fevereiro de 2007 (MAPA); • São um conjunto de normas visando a promoção e a certificação da qualidade e da segurança do alimento; • São uma série de princípios e regras para o correto manuseio de alimentos; • Abrange desde as matérias-primas até o consumo final. BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO • Prover conhecimento sobre os princípios do BPF; • Produzir alimentos que sejam seguros e adequados para consumo animal; • Assegurar que o consumidor tenha informação adequada e clara, através da rotulagem. PRINCIPAIS OBJETIVOS DO PROGRAMA • Setor de recebimento e armazenamento de matérias-primas; • Setor de produção, armazenamento e expedição de produtos acabados; • Limpeza/Higienização das instalações (áreas interna e externa), equipamentos e utensílios; • Higiene e saúde do pessoal; • Potabilidade da água; • Equipe; ESCOPO DO PROGRAMA • Matéria-prima • Manutenção e calibração de equipamentos e instrumentos; • Controle integrado de pragas; • Controle de resíduos e efluentes; • Garantia de rastreabilidade; • Setor administrativo; • Processos. • Produtos de melhor qualidade e seguros; BENEFÍCIOS DO PROGRAMA • Produtos de melhor qualidade e seguros; • Diminuição de reclamações dos clientes; BENEFÍCIOS DO PROGRAMA • Produtos de melhor qualidade e seguros; • Diminuição de reclamações dos clientes; • Um ambiente de trabalho limpo e seguro; BENEFÍCIOS DO PROGRAMA • Produtos de melhor qualidade e seguros; • Diminuição de reclamações dos clientes; • Um ambiente de trabalho limpo e seguro; • Gera produtividade e motivação; BENEFÍCIOS DO PROGRAMA • Produtos de melhor qualidade e seguros; • Diminuição de reclamações dos clientes; • Um ambiente de trabalho limpo e seguro; • Gera produtividade e motivação; • Evita contaminação cruzada. BENEFÍCIOS DO PROGRAMA • Estabelecimentos fabricantes ou fracionadores de produtos destinados à alimentação animal. – Fábricas de rações; – Fábricas de proteinados; – Fábricas de núcleo; – Fábricas de premix; – Fábricas de sal mineral. A QUEM SE APLICA A IN 4? • Empresas privadas; • Cooperativas; • Integradoras; • Particulares onde fique configurado o comércio de ração. A QUEM SE APLICA A IN 4? Localização • Áreas livres de focos de insalubridade; • De forma a evitar contaminação de produtos, pessoas ou meio ambiente; • Acesso adequado. REQUISITOS HIGIÊNICO-SANITÁRIOS DAS INSTALAÇÕES F on te : a ce rv o In te gr al l Condições da edificação • Pisos, forros, paredes, portas e janelas: de superfície lisa, impermeáveis, de fácil limpeza e em bom estado de conservação; • Proteção contra a entrada de pragas; • Sistemas de drenagem e esgoto equipados com tampas e sifão (quando presente). REQUISITOS HIGIÊNICO-SANITÁRIOS DAS INSTALAÇÕES • Local específico e fora da área de produção para armazenar produtos tóxicos, inflamáveis, recolhidos etc; • Instalações e equipamentos disposto de forma a facilitar a limpeza; • Separação adequada das atividades por área, evitando contaminação cruzada; • Projeto que permita fluxo unidirecional de produção; • Refeitório, vestiário e banheiro: separado e sem acesso direto a área de produção; • Locais para lavagem das mãos adequados e avisos com orientação; • Ventilação adequada: sendo forçada, contrária ao fluxo de produção; • Presença de iluminação natural ou artificial: lâmpadas protegidas e instalação elétrica embutida. Fonte: acervo Integrall • Desenho sanitário; • Material adequado para contato com o produto; • Localização dentro da edificação; • Lubrificação: produto de grau alimentício; • Manutenção preventiva. REQUISITOS HIGIÊNICO-SANITÁRIOS DOS EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS Processo de limpeza e sanitização de instalações, superfícies, equipamentos e utensílios. HIGIENIZAÇÃO Processo de limpeza e sanitização de instalações, superfícies, equipamentos e utensílios. • Periodicidade: de acordo com a necessidade de cada setor e conforme POP. HIGIENIZAÇÃO • Exames periódicos; • Avaliação das condições físicas do manipulador. REQUISITOS HIGIÊNICO-SANITÁRIOS DO PESSOAL Equipe, parceiros e visitantes: garantir treinamento. O colaborador deve ser afastado das atividades de manipulação de alimentos, quando enfermo. • Utilizar uniforme (calça, camisa e boné) e EPI’s; • Não utilizar adornos e maquiagens; • Evitar o uso de barba, bigode e costeleta; • Evitar fumar, assobiar, conversar, mastigar ou comer e tossir ou espirrar sobre o alimento não protegido. HIGIENE PESSOAL • No início das atividades de manipulação dos alimentos; • Imediatamente após usar o banheiro; • Após manipular produtos crus ou outro produto contaminado; • Antes de manipular produtos tratados termicamente. HIGIENE DAS MÃOS REQUISITOS HIGIÊNICO-SANITÁRIOS DA PRODUÇÃO Ingredientes e matéria-prima • Todos os ingredientes registrados no MAPA. • Aceitar somente matéria-prima ou ingrediente livre de parasitas, microorganismos, substâncias tóxicas ou estranhas. • Armazenar cada matéria-prima em separado. • Selecionar e desenvolver seus fornecedores. • Realizar análises específicas (não é permitido o uso de recipientes de vidro). Prevenção da contaminação cruzada • Tomar medidas cabíveis para minimizar ou evitar a contaminação por contato direto ou indireto; REQUISITOS HIGIÊNICO-SANITÁRIOS DA PRODUÇÃO • Estabelecer uma sequência fixa para o processo de fabricação dos diferentes produtos; • Diferentes matérias primas e os produtos acabados devem ser armazenados separadamente e identificados; • Produto de origem animal: obrigatório linha de produção separada (IN 17). • Controle de potabilidade – Para higienização de equipamentos e utensílios; – Em contato com alimentos; – Produção de vapor que entra em contato com alimentos. Uso da água REQUISITOS HIGIÊNICO-SANITÁRIOS DA PRODUÇÃO • Programa de treinamentos (BPF, POP, auditoria); • Supervisão do treinamento e reciclagem periódica; • Todas etapas do processo devem ser contínuas; • Controle de qualidade: capacitação em BPF. PROCESSO • Área específica e identificada • Material de embalagem – Proteção; – Própria para alimentos; – Primeiro uso. EMBALAGEM • PVPS (Primeiro que Vence/Primeiro que Sai); • Utilizar estrados ou prateleiras, respeitando o espaçamento mínimo para circulação de ar; • Identificação (rotulagem); • Matéria-prima, produto acabado, embalagens, material de limpeza, produtos para manutenção devem ser armazenados separadamente. ARMAZENAMENTO F on te : a ce rv o In te gr al l • Deve evitar contaminações; • Fácil de limpar; • Específico para rações; • Deve manter as condições necessárias de temperatura e umidade; • Operações de carga e descarga em local coberto. CONDIÇÕES DE TRANSPORTE • Evitar atração e proliferação de insetos, assim como contaminação dasrações; • Recolhimento todas as vezes que for necessário e, pelo menos, uma vez por dia CONTROLE DE RESÍDUOS E EFLUENTES • Armazenado em uma área exclusiva, que deverá ser higienizada diariamente; • Recipientes adequados, resistentes, tampados, higienizados constantemente e identificados; • Subprodutos deverão ser separados do lixo comum. F on te : a ce rv o In te gr al l • Evitar contaminação do meio ambiente; • Filtros ou peneiras para reter contaminantes; • Projeto aprovado pelo orgão ambiental (Licença de Operação). CONTROLE DE RESÍDUOS E EFLUENTES CONTROLE INTEGRADO DE PRAGAS - CIP • Empresas especializadas, licenciadas e registradas; • Produtos registrados no Ministério da Saúde; • Prevenir o acesso de pragas, eliminando os possíveis pontos de entrada e reprodução; • Evitar resíduos de alimento e água estagnada; • Evitar os quatro A’s: abrigo, água, alimento e acesso. Fonte: acervo Integrall PROGRAMA DE RASTREABILIDADE E RECOLHIMENTO DE PRODUTOS (RECALL) • Identificação com nome e ou código; • Registros e controle e acompanhamento de lotes de produção; • Documentar toda movimentação de material dentro da fábrica; • Rótulos com informação clara; • Arquivar tudo por período pré-determinado; • Recall em local específico e identificado. • Melhor qualidade dos produtos; • Produtos com uma maior segurança; • As reclamações de consumidores diminuem; • O ambiente de trabalho torna-se limpo e seguro; IMPORTÂNCIA DA IMPLANTAÇÃO DO BPF • Ocorre aumento da produtividade; • Ocorre a motivação da equipe; • Evita-se a contaminação cruzada; • Evitam-se as condições para multiplicação de patógenos; • Fica garantida a rastreabilidade. • Faz parte da normativa; • É próprio e específico de cada empresa; • É um roteiro de todas as operações; • Pode ser mais exigente que o estabelecido pela IN 4. MANUAL DE BPF • Padronização dos procedimentos básicos de higiene; • Padronização das boas práticas de fabricação de alimentos; • Estar alinhado com os objetivos da empresa; • Documento de referência para: equipe, fiscal federal, visitantes, missões externas, certificadoras OBJETIVOS DO MANUAL PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO - POP • São apresentados como anexo do manual de BPF do estabelecimento. • Devem estar permanentemente acessíveis aos responsáveis pela execução das operações e às autoridades competentes. • Além de fazerem parte do manual, são arquivados individualmente em pasta no escritório e ou no local de realização da tarefa. QUAIS SÃO OS POP’s PRECONIZADOS PELA IN 4? POP 001: Qualificação de fornecedores e controle de matérias- primas e de embalagens POP 002: Limpeza/Higienização de instalações, equipamentos e utensílios POP 003: Higiene e saúde pessoal POP 004: Potabilidade da água e higienização de reservatórios POP 005: Prevenção de contaminação cruzada POP 006: Manutenção e calibração de equipamentos e instrumentos POP 007: Controle integrado de pragas POP 008: Controle de resíduos e efluentes POP 009: Programa de rastreabilidade e recolhimento de produtos (recall) AUDITORIAS E TREINAMENTOS • Internos ou externos; • Seguem um cronograma; • Anexos do manual. LISTA DE VERIFICAÇÃO - CHECK LIST • Anexo II da IN 4; • Usado nas auditorias, certificações e implantação do BPF. REVISÃO Nesta aula tivemos uma visão ampla das boas práticas de fabricação em fábricas de produção de ração animal e vimos as informações necessárias para que se implante uma produção de ração segura e com qualidade. Agradecemos sua atenção!
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