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AULA 3 TANATOLOGIA

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ENFERMAGEM EM SAÚDE DA FAMÍLIA 
Aula 03: Sistema Único de Saúde 
(leis 8080/90 e 8142/90) 
Prof. Eduardo Freitas
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Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 
Definição 
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços de saúde no Brasil; 
Regula as ações e serviços de saúde executados por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado no território nacional. 
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Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 
Disposições gerais 
A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício; 
O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação; 
O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade. 
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Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 
Disposições gerais 
A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; 
Os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País; 
Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social. 
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Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 (Princípios Doutrinários) 
Universalização: A saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação, ou outras características sociais ou pessoais. 
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Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 (Princípios Doutrinários) 
Equidade: O objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas. Em outras palavras, equidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior. 
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Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 (Princípios Doutrinários) 
Integralidade: Este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Juntamente, o princípio de integralidade pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos. 
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Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 (Princípios Organizativos) 
Regionalização e Hierarquização: A regionalização é um processo de articulação entre os serviços que já existem, visando o comando unificado dos mesmos. Já a hierarquização deve proceder à divisão de níveis de atenção e garantir formas de acesso a serviços que façam parte da complexidade requerida pelo caso, nos limites dos recursos disponíveis em uma dada região. 
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Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 (Princípios Organizativos) 
Descentralização e Comando Único: Descentralizar é redistribuir poder e responsabilidade entre os três níveis de governo. No SUS, a responsabilidade pela saúde deve ser descentralizada até o município, ou seja, devem ser fornecidas ao município condições gerenciais, técnicas, administrativas e financeiras para exercer esta função. 
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Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 (Princípios Organizativos) 
Participação Popular: A sociedade deve participar no dia a dia do sistema. Para isso, devem ser criados os Conselhos e as Conferências de Saúde, que visam formular estratégias, controlar e avaliar a execução da política de saúde. 
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Entendendo os princípios do SUS 
Integralidade 
Conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; 
Atender o ser humano na sua singularidade; 
Não fragmentar o cuidado em saúde que é ofertado. 
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Integralidade
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Entendendo os princípios do SUS 
Descentralização 
Forma de organização em que cada município tem o poder de administrar seus serviços de saúde. GERA eficácia, já que a solução é tomada no local onde o problema foi identificado. 
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Entendendo os princípios do SUS 
Descentralização 
Redistribuição das responsabilidades pelas ações e serviços de saúde entre os vários níveis de governo; Parte do princípio de que “quanto mais perto do fato a decisão for tomada, mais chance haverá de acerto”; 
Está vinculada ao conceito de Municipalização que é entendida como a profunda redefinição das atribuições dos vários níveis de governo, com um nítido reforço do poder municipal sobre a saúde; 
Cabe ao município maior responsabilidade na implementação das ações de saúde dos seus cidadãos. 
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Entendendo os princípios do SUS 
Regionalização 
Distribuição dos serviços de saúde por região; 
É regulamentada pelas Normas Operacionais Básicas (conjunto de legislações específicas que orientam de que forma a gestão e as ações em saúde devem ser organizadas); 
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Entendendo os princípios do SUS 
Hierarquização 
Integração dos serviços de saúde em rede com a Atenção Primária ordenando e coordenando todos os serviços ofertados. 
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Participação da iniciativa privada no SUS 
Os serviços privados de assistência à saúde caracterizam-se pela atuação, por iniciativa própria, de profissionais liberais, legalmente habilitados, e de pessoas jurídicas de direito privado na promoção, proteção e recuperação da saúde;. 
A assistência à saúde é livre à iniciativa privada; 
Na prestação de serviços privados de assistência à saúde, serão observados os princípios éticos e as normas expedidas pelo órgão de direção do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto às condições para seu funcionamento. 
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Condições para participação da iniciativa privada no SUS 
A participação complementar dos serviços privados será formalizada mediante contrato ou convênio; 
As entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos terão preferência para participar do Sistema Único de Saúde (SUS); 
Os critérios e valores para a remuneração de serviços e os parâmetros de cobertura assistencial serão estabelecidos pela direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), aprovados no Conselho Nacional de Saúde; 
Os serviços contratados serão submetidos às normas técnicas e administrativas e aos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde. 
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Lei no 8080 de 19 de setembro de 1990 
Participação popular 
O Sistema Único de Saúde, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas: 
I - A Conferência de Saúde; II - O Conselho de Saúde. 
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Lei no 8142 de 28 de dezembro de 1990 
Participação popular Conferência de Saúde 
Reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho
de Saúde. 
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Lei no 8142 de 28 de dezembro de 1990 
Participação popular Conselho de Saúde 
Em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo. 
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Lei no 8142 de 28 de dezembro de 1990 
Participação popular 
Conferências e conselhos de saúde 
Fóruns amplos; 
Usuários do SUS, profissionais de saúde, dirigentes, prestadores de serviços de saúde, parlamentares e outros; 
Avaliam a situação de saúde e propõem as diretrizes para a formulação da política de saúde; 
Os conselhos de saúde são deliberativos, ou seja, têm poder de decisão. 
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Lei no 8142 de 28 de dezembro de 1990 (Financiamento do Sistema Único de Saúde) 
Para receberem os recursos do FUNDO NACIONAL DE SAÚDE os Municípios, os Estados e o Distrito Federal deverão contar com: 
I - Fundo de Saúde; II - Conselho de Saúde, com composição paritária; III - Plano de saúde; IV - Relatórios de gestão; V - Contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento; VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS). 
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Referências 
BRASIL. Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da Saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 set. 1990. Seção 1, p. 18055- 18059. 
______. Lei n. 8.142, de 28 de setembro de 1990. Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da Saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 31 dez. 1990. Seção 1, p. 25694- 25695. 
______. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Legislação do SUS/Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Brasília: CONASS, 2003.

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