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Centro Universitário – UNINOVAFAPI Curso: Biomedicina Acadêmica: Camila Gabriela Nogueira Disciplina: Parasitologia Clinica Professora: MSC. Amanda Torres ATLAS DE PARASITOLOGIA CLINICA Teresina – PI ENTEROPARASITOSES Giardia duodenalis Parasitose: Giardíase Parasito: Giardia duodenalis Taxonomia: Reino: Protista Subreino: Protozoa Filo: Sarcomastigophora Subfilo: Mastigophora Classe: Zoomastigophora Ordem: Diplomanadida Família: hexamitidae Gênero: Giardia Espécie: Giardia duodenalis Características: Protozoário unicelular e flagelado. Giardíase é uma infecção do intestino delgado, principalmente em segmentos de duodeno e jejuno. Conhecida como Giárdia. Agente Etiológico Giardia lamblia. Costuma a ser assintomática, mas pode causar diarreia e má absorção intestinal de gorduras. Afeta principalmente crianças em populações de baixo nível econômico e em regiões de clima tropical ou subtropical. Sinonímia (para Giardia lamblia: G. intestinalis, G. duodenalis e Lamblia intestinalis). Doença: giardíase, giardose ou lamblíase. Transmissão sexual: contato oral-anal. Formas evolutivas: -Cisto: cobertos por uma camada protéica mede de 8 a 14 μm de comprimento por 7 a 10 μm de largura. Apresenta uma estrutura ovóide, com quatro núcleos e uma membrana externa espessa que torna o cisto resistente a ação de produtos químicos e variações de temperatura e umidade. Essa forma evolutiva é possível ser visualizada em fezes formadas e mais raramente em fezes diarréicas. -Trofozoito: tem forma de pêra, com simetria bilateral, a face dorsal é lisa e convexa, apresenta uma estrutura que pode ser chamada de disco ventral ou suctorial, medindo cerca de 20 µm de comprimento por 10 µm de largura. Em seu interior são encontrados dois núcleos e possuem quatro pares de flagelos. Podem ser encontrados em fezes diarréicas. Ciclo Biológico Diagnostico parasitológico No exame parasitológico de fezes, encontram-se cistos nas fezes formadas e trofozoítos nas fezes diarréicas. O exame parasitológico de fezes para pesquisa de Giardia duodenalis é mais sensível se realizado pelo método de Faust para fezes formadas e exame direto para fezes diarréicas. Entamoeba histolytica/dispar Parasitose: Amebíase Parasito: Entamoeba histolytica Taxonomia: Filo: Sarcodina Classe: Lobozia Ordem: Amoebida Familia: Entamoebida Gênero: Entamoeba Espécies: Entamoeba histolytica Características: É uma espécie de protozoário que causa diarréias graves com sangue e muco. Ela pode viver no intestino grosso sem causar doença. A infecção também pode se espalhar através do sangue para o fígado e, raramente, para os pulmões, cérebro ou outros órgãos. É transmitida através de alimentos ou água contaminados com fezes Também pode ser transmitida de pessoa para pessoa - especialmente pelo contato com a boca ou área retal de uma pessoa infectada. É uma espécie de protozoário que causa diarréias graves com sangue e muco. Apresenta uma forma ameboide e locomovendo-se através de pseudópodos. Caracteriza-se por apresentar uma fase de vida comensal, por isso 90% dos casos de amebíase são assintomáticos, entretanto o parasito pode ser tornar patogênico, provocando quadros disentéricos de gravidade variável. Formas evolutivas: - Trofozoito Geralmente apresentam um só núcleo. A membrana nuclear é bastante delgada e a cromatina a ela é formada por pequenos grânulos - Cisto São esféricos ou ovais. Os núcleos são pouco visíveis. Infecções são transmitidas por cistos através da via fecal-oral. Os cistos, no interior do hospedeiro humano, liberam os trofozoítos. A transmissão é mantida pela eliminação de cistos. Cistos permanecem viáveis no meio ambiente, ao abrigo de luz solar e condições de umidade favoráveis, durante cerca de 20 dias. Ciclo Biológico Diagnostico parasitológico A maneira mais comum de se realizar o diagnóstico é através do exame de fezes, onde é realizada uma busca via microscopia óptica. A presença de trozoítos ou cistos do parasita confirmam sua patogenia. Tal busca pode ser feita através do método direto (salina/Lugol), do método de Hoffman (sedimentação espontânea) ou do método de Faust, considerado o mais sensível todos utilizando critérios de comparação morfológica. Schistosoma mansoni Taxonomia: Reino: Animalia Filo: Platyhelminthes Classe: Trematoda Ordem: Strigeiformes Família: Schistomatidae Subfamília: Schistosomatinae Gênero: Schistosoma Espécie: Schistosoma mansoni Características: Apresenta sexo separado. Presença de duas ventosas. Sobrevida: 5 a 15 anos. Parasitos de vasos sanguíneos de mamíferos e aves. Pirajá da Silva -> fazendo numerosos exames de fezes e necropsia pôde confirmar que o Schistosoma que produzia ovos com esporão lateral vivia nas veias mesentéricas e era realmente uma espécie distinta. Conhecida como “xistose”, “barriga – d’água” ou “mal-do-caramujo” Hospedeiro definitivo: homem (ciclo sexuado) Hospedeiro intermediário: molusco da família Planorbidae e do gênero Biomphalaria (ciclo assexuado) Morfologia A morfologia do S. mansoni deve ser estudada nas várias fases que podem ser encontradas em seu ciclo biológico: Adulto – macho e fêmea, ovo, miracídio, esporocisto e cercaria. -Macho: Mede cerca de 1cm Dividido em duas porções: Anterior: - Ventosa Oral Ventosa ventral Posterior: Canal Ginecóforo -Fêmea Mede cerca de 1,5 cm -Ovo Sem opérculo. Formato oval. Apresenta um Epísculo voltado para trás. Encontrado nas fezes ou presos na mucosa intestinal ou no tecido hepático. -Miracídio Forma Cilíndrica. Dentro dos ovos maduros Cílios -> Permitem o movimento no meio aquático. Não encontrando o caramujo do gênero Biomphalaria (H.I) morrem em 24 horas. -Cercaria Cauda Bifurcada Presentes duas ventosas: Ventosa Oral Ventosa Ventral (acetábulo) ->É maior e possui musculatura mais desenvolvida. Ciclo Biológico Diagnostico parasitológico Parasitológico de fezes é muito eficiente para pesquisa de ovos nas fezes. Biopsia ou raspagem da mucosa retal na pesquisa de ovos nos tecidos. E reações imunológicas. Taenia spp Taxonomia Reino: Animalia Filo: Platyhelminthes Classe: Cestoda Ordem: Cyclophyllidea Família: Taenidae Gênero: Taenia Espécie: Taenia solium e Taenia saginata Características: Popularmente conhecidas como solitárias. São duas entidades mórbidas distintas, causadas pela mesma espécie, porém com fase de vida diferente. Teníase é uma alteração provocada pela presença da forma adulta da Taenia solium ou da T. saginata no intestino delgado do hospedeiro definitivo, os humanos. Cisticercose é a alteração provocada pela presença da larva (canjiquinha) nos tecidos de hospedeiros intermediários normais, respectivamente suínos e bovinos. Morfologia: -Verme adulto T. Saginata e T. Solium - Corpo achatado. Dorsoventralmente em forma de fita Divisão: - Cabeça ou escólex Pescoço ou colo Corpo ou estróbilo -Escolex ou cabeça Pequena dilatação na extremidade delgada Fixação no hábitat intestinal: Ventosas Acúleos T. Solium - 4 ventosas e coroa de acúleos. T. Saginata - 4 ventosas sem acúleos. -Colo ou cabeça Porção mais delgada do corpo(entre escólex e estróbilo). Células do parênquima em intensa atividade multiplicadora. Zona de crescimento do animal ou de formação das Proglotes. -Estróbilo ou corpo Cadeia de segmentos: anéis ou Proglotes. Onde se diferenciam os órgãos internos. T. solium: 800 a 1000 proglotes (3 metros). T. saginata: mais de 1000 (8metros). Órgãos reprodutores: masculinos e femininos. Proglotes jovens (recém-formadas). Proglotes maduras (podem efetuar a cópula). Proglotes grávidas (tubo uterino cheio de ovos). T. solium->Os ovos são eliminados passivamente com as fezes de 3 a 6 anéis unidos. T. saginata ->As proglotes se destacam separadamente. -Ovos Esféricos. Casca protetora ->Embrióforo (formado por blocos piramidais de quitina unidos entre si por uma substância). Ovos das duas tênias são semelhantes. -Cistecerco A parede da vesícula é composta por 3 membranas: Cuticular ou externar Celular ou intermediária Reticular ou interna O cisticerco da T.solium: - Constituido de uma vesícula translúcida com líquido claro, contendo invaginado no seu interior um escólex com 4 ventosas, rostelo e colo. O cisticerco da T. saginata: - Constituido de uma vesícula translúcida com líquido claro, contendo invaginado no seu interior um escólex com 4 ventosas, colo e ausência do rostelo. Ciclo Biológico: Diagnostico parasitológico O diagnóstico da teníase é feito através do exame parasitológico de fezes pelo método de Hoffman, pela identificação dos ovos ou das proglotes da tênia. Como a eliminação dos ovos é intermitente, podem ser necessários mais de um exame até que se consiga estabelecer o diagnóstico. O ideal é colher, no mínimo, 3 amostras de fezes em dias diferentes. No caso da cisticercose, o diagnóstico costuma ser feito através de exames de imagem, como a tomografia computadorizada ou a ressonância magnética do crânio, que conseguem identificar os cisticercos alojados no sistema nervoso central. Ascaris lumbricoides Taxonomia Reino: Animalia Filo: Nematoda Classe: Secernentea Ordem: Ascaridida Família: Ascarididae Gênero: Ascaris Espécie: Ascaris lumbricoides Características: Parasitam o intestino delgado de humanos. Conhecidos como lombriga ou bicha. Essa doença ocorre com frequência variada em virtude das condições climáticas, ambientais e, principalmente, do grau de desenvolvimento socioeconômico da população. Morfologia O estudo da morfologia deste parasito deve ser feito observando-se as fases evolutivas do seu ciclo biológico. As formas adultas são longas, robustas, cilíndricas e apresem extremidades afiladas. -Machos Adulto – Mede cerca de 20 a 30 cm de comprimento. Cor leitosa. Extremidade Anterior: Boca ou Vestíbulo bucal. Extremidade Posterior: Reto. Testículo filiforme e enovelado -> Se diferencia em canal deferente. Não possuem gubernáculo. A extremidade posterior fortemente encurvada para a face ventral é o caráter sexual externo que o diferencia facilmente da fêmea. -Fêmeas Adultos – Mede cerca de 30 a 40 cm de comprimento. A cor, a boca e o aparelho digestivo são semelhantes aos machos. Apresentam dois ovários filiformes e enovelados. A extremidade posterior é afilada. -Ovos São brancos. Passam a ser castanhos quando em contato com as fezes São grandes. Ovais e com cápsula espessa, em razão da membrana externa mamilonada, secretada pela parede uterina e formada por mucopolissacarídeos. Membrana média -> Quitina + Proteína. Membrana interna -> Delgada e impermeável à água (constituído de 25% de proteína e 75% de lipídios). Ciclo Biológico Diagnostico parasitológico O diagnóstico da ascaridíase é habitualmente feito através da identificação de ovos de Ascaris lumbricoides nas fezes procedimento realizado pelo método de Hoffman. O problema do exame parasitológico de fezes é que os primeiros ovos só aparecem nas fezes cerca de 40 dias depois do paciente ter se contaminado. Portanto, em fases precoces, como durante a infecção pulmonar, o exame de fezes costuma ser negativo. Ancilostomideo spp Taxonomia Reino: Animalia Filo: Nematoda Classe: Secernentea Ordem: Strongylida Família: Ancylostomidae Gênero: Ancylostoma Espécie: Ancylostoma duodenale e Necator americanus Morfologia A família Ancylostomidae é divida em várias subfamílias, das quais apenas duas serão aqui referidas: - Ancylostominae: espécies que apresentam dentes na margem da boca (ex: A. duodenale e A. ceylanicum); - Bunostominae: espécie que possuem lâminas cortantes circundando a margem da boca (ex: N. americanus) -Ancylostoma duodenale Adultos machos e fêmeas cilindriformes Extremidade anterior curvada dorsalmente Cápsula bucal profunda Cor róseo-vermelhada para ambos os sexos após mortos por solução fixadora. Dimorfismo sexual bem acentuado Extremidade posterior -> bolsa copuladora bem desenvolvida (machos) -Fêmeas: Extremidade posterior afilada, com um pequeno processo espiniforme terminal; ânus antes do final da cauda. -Ovos: Os ovos das varias espécies são muito parecidos, nas fezes, a célula-ovo única começa a segmentar, podem ser encontrados ovos com quatro, oito ou mais blastômeros. A larva pode ficar completamente formada após 18 horas, desde que encontre no meio externo oxigênio, umidade e temperatura adequada. Possuem 40 – 60mm; Forma oval ou elíptica com casca fina e transparente; 4 a 8 blastômeros; Apresentam um espaço largo e claro entre a casca e o conteúdo interno. -Necator americanos Adultos de forma cilíndrica. Extremidade cefálica bem recurvada dorsalmente. Cápsula bucal profunda, com duas lâminas cortantes. Macho menor que a fêmea, O macho apresenta bolsa copuladora bem desenvolvida, com lobo dorsal simétrico aos dois laterais; gubernáculo ausente. Fêmeas apresentam extremidade posterior afilada, sem processo espiniforme terminal; ânus antes do final da cauda. Ciclo Biológico Diagnostico parasitológico Para diagnóstico laboratorial da verminose é necessário fazer uma pesquisa de ovos de vermes nas fezes, através dos métodos de sedimentação espontânea (HPJ) o MIFC, método de Willis como mais especifico, entre outros. Para fazer a pesquisa de larvas, são usados os métodos de Baerman - Moraes ou Método de Rugal. Strongyloides stercoralis Taxonomia Reino: Animalia Filo: Aschelminthes Classe: Nematoda Ordem: Rhabditorida Família: Strongyloididae Gênero: Strongyloides Espécie: Strongyloides stercoralis Caracterização: Habita o intestino delgado do homem A forma adulta parasitária é a fêmea partenogenética Os ovos eliminados pela fêmea eclodem rapidamente no intestino, liberando as larvas rabditoides que saem com as fezes. Essas larvas no meio exterior originam machos e fêmeas de vida livre e também as larvas filarioides infectantes. Formas Evolutivas: -Fêmea Partenogenética parasita Corpo cilíndrico Aspecto filiforme longo Extremidade anterior arredondada e posterior afilada Apresenta cutícula fina e transparente -Fêmea de vida livre ou Estercoral Aspecto fusiforme Extremidade anterior arredondada e posterior afilada Apresenta cutícula fina e transparente, com finas estriações. -Macho de vida livre Aspecto fusiforme Extremidade anterior arredondada e posterior recurvada ventralmente -Ovos São elípticos, de parede fina e transparente. Idênticos aos dos ancilostomídeos Eles podem ser observados nas fezes de indivíduos com diarreia grave ou após utilizaçãode laxantes. -Larvas Rabditóides O esôfago, que é do tipo rabditóide, dá origem ao nome das larvas Apresenta cutícula fina e hialina Apresentam vestíbulo bucal curto -Larvas Filarióides É longo Cuticula fina e hialina A porção anterior é ligeiramente afilada e a posterior afina-se gradualmente terminando em duas pontas, conhecida como cauda entalhada, que a diferencia das larvas filrióides de ancilostomídeos, que é pontiaguda. Essa é a forma infectante do parasito (L3), capaz de penetrar pela pele ou pelas mucosas. Ciclo Biológico Diagnostico parasitológico O diagnóstico laboratorial da estrongiloidíase baseia-se no exame parasitológico de fezes com pesquisa de larvas rabditoides do parasito com método de Baermann Moraes. O encontro de ovos é raro nas fezes. Algumas larvas rabditoides podem se transformar em filarioides em fezes não fixadas e conservadas à temperatura ambiente por algumas horas. Enterobius vermicularis Taxonomia Reino: Animalia Filo: Aschelminthes Classe: Nematoda Ordem: Oxiurida Família: Oxyridae Gênero: Enterobius Espécie: Enterobius vermiculais Caracterização: Popularmente conhecido com “oxiúrus” Maior incidência em clima temperado Apresenta nítido dimorfismo sexual Os caracteres comuns aos dois sexos são: cor branca, filiformes. Característica do verme adulto um par de asas cefálicas. Morfologia -Fêmea Mede cerca de 1 cm de comprimento Cauda pontiaguda e longa -Macho 5 mm de comprimento Cauda recurvada em sentido ventral, com um espículo presente. Apresenta um único testículo -Ovo Aspecto grosseiro de um D Um dos lados é sensivelmente achatado e o outro é convexo. Membrana dupla, lisa e transparente. No momento em que sai da fêmea, já apresenta no seu interior uma larva. Ciclo Biológico Diagnostico parasitológico Como a eliminação do Enterobius vermicularis pelas fezes pode ser errática, ou seja, não apresenta um calendário regular ou previsível, o exame parasitológico de fezes comum não costuma ser positivo para o verme ou seus ovos. Com este exame, somente 10% dos pacientes infectados conseguem ser diagnosticados.A oxiuríase é mais facilmente diagnosticada através do método de Grahan, no qual se usa uma fita adesiva na pele ao redor do ânus para que os ovos localizados nesta região adiram à fita. Estes ovos, então, são colocados sobre uma lâmina de vidro e visualizados sob um microscópio.Material colhido da unha de crianças infectadas também pode ser útil para avaliação microscópica, pois frequentemente contém ovos de oxiúrus. Trichuris trichiura Taxonomia Reino: Animalia Filo: Nematoda Classe: Adenophorea Ordem: Trichurida Família: Trichuridae Gênero: Trichuris Espécie: Trichuristrichiura Caracterização: A tricuríase é mais prevalente em regiões de clima quente e úmido e condições sanitárias precárias, que favorecem a contaminação ambientam e a sobrevivência dos ovos do parasito. Morfologia -Adultos De 3 a 5 cm de comprimento Machos menores que as fêmeas Boca – Localizada na extremidade anterior abertura simples e sem lábios Os vermes adultos são dioicos e com dimorfismo sexual A extremidade posterior dos machos são fortemente curvada ventralmente e das fêmeas retilínea. -Ovos Formato elíptico com poros salientes e transparentes em ambas extremidades, preenchidas por material lipídico A cascas é formada por 3 camadas distintas: Uma camada lipídica externa Uma camada quitinosa intermediária Uma camada vitelínica interna, que favorece a resistência destes ovos à fatores ambientais. Ciclo Biológico Diagnostico parasitológico O diagnóstico da tricuríase é feito habitualmente pelo exame parasitológico de fezes com método sensível de Kato-Katz, no qual é possível identificar a presença de ovos do Trichuris trichiura. Também é possível diagnosticar durante a realização de uma colonoscopia, pois os vermes são facilmente encontrados aderidos à mucosa do intestino grosso. 1. TECNICAS DE CONCENTRAÇÃO PARA EXECUÇÃO DO EXAME PARASITOLOGICO. Método de Hoffman Método de Hoffman, Pons e Janer, também conhecido como método de Lutz. Um método de sedimentação espontânea com finalidade de encontrar ovos pesado e cistos de protozoários. Consiste basicamente na mistura das fezes com água, onde será filtrada por uma gaze cirúrgica e deixado em repouso, formando uma consistente sedimentação dos restos fecais ao fundo do cálice. Essa sedimentação é inserida em lâmina, feito um esfregaço e corado cm lugol e observado em microscópio. Método de Willis Método de flutuação espontânea sendo indicado para a pesquisa de ovos leves cisto. é utilizado o principio da flutuação, utilizando soluções de densidade elevada (NaCl p.ex.); com isso, os oocistos e os ovos, de densidade menor que a solução, tendem a flutuar. Apos isso frequentemente observa-se na lamina do microscopio de objetiva 100 a presença de ovos, gorduras, fibras Método de Faust Método de centrifugação por flutuação, usado para a pesquisa de cistos e alguns oocistos de protozoários, permitindo, também, o encontro de ovos leves. consiste na centrífugo-flutuação em sulfato de zinco. As fezes são homogeneizadas em água filtrada,e centrifugadas até a solução tornar-se clara. Após isto, ressuspende-se a solução com sufato de zinco a 33%, densidade de 1,18 g/ml. Centrifuga-se novamente. Os ovos e cistos leves estarão presentes na película superficial, que pode ser colhida com alça de platina e confeccinado a lâmina, tratada com lugol, para observação ao microscópio. Método de kato-katz Além destes, o método de Kato concentra os ovos de helmintos através de filtração em tela metálica ou de náilon, de uma determinada malha, que retém os detritos maiores e permite a passagem dos detritos menores e ovos, ocorrendo, consequentemente, a concentração destes últimos na amostra fecal. Sua visualização é facilitada pelo emprego de uma solução de verde malaquita. A preparação obtida não permite a visualização de cistos de protozoários, apesar de estes passarem através da tela. Método de Baermann - Moraes Utilizado na pesquisa e isolamento de larvas de Strongyloides sp. de fezes e de larvas de nematóides do solo. Encher o funil com água corrente, aquecida a 40-45 °C. Abrir a pinça de Mohr, deixando escorrer uma pequena quantidade de água para evitar a formação de bolhas de ar na haste e no tubo de látex. Colocar 8 a 10 g de fezes, recentemente emitidas, sobre gaze dobrada quatro vezes e, se necessário, juntar mais água, até que as fezes fiquem submersas. Deixar em repouso durante 60 minutos. Abrir a pinça e coletar parte do líquido em vidro de relógio; examinar ao microscópio estereoscópio (aumentos 20 a 30 x). Deixar em repouso durante alguns minutos, pois desta forma as larvas migrarão para o centro do vidro de relógio. exarminar o sedimento entre lâmina e lamínula. Corar a preparação com solução de Lugol, para a identificação das características morfológicas das larvas, e examinar ao microscópio com aumento de 20x. Esse método é baseado no hidro e termotropismo das larvas que saem do material, migrando para a água quente; por densidade, se depositam no fundo do funil. Algumas vezes, para examinar larvas de helmintos há necessidade de matá-las,e para isso coloca-se gotas de lugol (estando imóveis, permitem a visualização dos detalhes no diagnóstico específico Método de GrahamMétodo de Graham, método da fita ou método fita durex é um exame parasitológico, para pesquisa de ovos de Enterobius vermicularis, Taenia saginata e Taenia solium. Uma fita adesiva é colocada ao fundo de um tubo de ensaio com a parte colante voltada para fora. A prega anal do paciente é então aberta e assim é encostado diversas vezes a parte colante naquela região perianal. A fita adesiva é então colocada em lâmina e observada em microscópio. Exame direto Utilizado para pesquisa de cistos de protozoários e ovos de helmintos. método pouco sensível e só apresenta resultados positivos em infecções massivas. Procedimento: Adicionar solução de lugol às fezes já colocadas na lâmina, cobrir com uma lamínula e observar direto ao microscópio em aumento de 10X, 40X e 100X. 2. PRANCHA DE FOTOS DAS FORMAS ELIMINADAS NAS FEZES - Protozoários: Giárdia duodenales Trofozoito em fezes diarreicas Cistos em fezes formadas Entamoeba histolytica/díspar Trofozoito em fezes diarreicas cistos em fezes formadas Schistosoma mansoni Ovo encontrado em fezes Taenia spp Ovos encontrados nas fezes Proglotes T. solium Proglotes T. saginata Áscaris lumbricoides Ovo fértil Ovo infértil Ancilostomideos spp Ovo larva rabditoide larva filarioide Strongyloides stercoralis Ovo larva rabditoide larva filarioide Enterobius vermicularis Ovo Trichuris trichiura Ovo
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