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AULA 5 tanatologia

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ENFERMAGEM EM SAÚDE DA FAMÍLIA 
Aula 05: NOB 01/96, NOAS SUS 01/2002, PACTO PELA SAÚDE 
 
Prof. Eduardo Freitas
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Norma Operacional Básica
(NOB) 01/96 
Finalidade 
Tem por finalidade primordial promover e consolidar o pleno exercício, por parte do poder público municipal e do Distrito Federal, da função de gestor da atenção à saúde dos seus munícipes. 
Redefine as responsabilidades dos Estados, do Distrito Federal e da União, avançando na consolidação dos princípios do SUS. 
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Norma Operacional Básica
(NOB) 01/96 
Objetivo e prerrogativas 
Responsabilizar os municípios pela prestação de serviços de saúde e pela gestão do sistema de saúde, visando integralidade da atenção às pessoas pela assistência à saúde. 
O município se responsabiliza. No entanto, os poderes estadual e federal são sempre corresponsáveis, na respectiva competência ou na ausência da função municipal. 
A responsabilidade municipal não exclui o papel da família, da comunidade e dos próprios indivíduos, na promoção, proteção e recuperação da saúde. 
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Norma Operacional Básica
(NOB) 01/96 
Campos da atenção à saúde definidos pela NOB 
Segundo a NOB, a atenção à saúde, que encerra todo o conjunto de ações levadas a efeito pelo Sistema Único de Saúde, em todos os níveis de governo, compreende três grandes campos: 
da assistência; 
das intervenções ambientais; 
das políticas externas ao setor saúde. 
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Norma Operacional Básica
(NOB) 01/96 
Campos da atenção à saúde definidos pela NOB 
da assistência: as atividades são dirigidas às pessoas, individual ou coletivamente. É prestada no âmbito ambulatorial e hospitalar, bem como em outros espaços, especialmente no domiciliar; 
das intervenções ambientais: inclui as relações e as condições sanitárias nos ambientes de vida e de trabalho, o controle de vetores e hospedeiros e a operação de sistemas de saneamento ambiental; 
das políticas externas ao setor saúde: que interferem nos determinantes sociais do processo saúde- doença das coletividades, de que são partes importantes questões relativas às políticas macroeconômicas, ao emprego, à habitação, à educação, ao lazer e à disponibilidade e qualidade dos alimentos. 
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Norma Operacional Básica
(NOB) 01/96 
Financiamento do SUS 
A NOB 01/96 define novo modelo de financiamento para a Atenção Básica com vistas à sustentabilidade financeira desse nível de atenção. A NOB 01/96 define critérios para que Estados e Municípios voluntariamente se habilitem e recebam repasses de recursos do Fundo Nacional de Saúde para seus respectivos fundos de saúde. 
Está condicionado à contrapartida deste nível de governo em atender às prerrogativas da Lei no 8142/90: 
Fundo de Saúde; 
Conselho de Saúde; 
Plano de saúde; 
Relatórios de gestão. 
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Norma Operacional Básica
(NOB) 01/96 
Financiamento do SUS O repasse financeiro ocorre por meio da “transferência fundo a fundo”. 
Realizado pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS) diretamente para os Estados, Distrito Federal e Municípios, ou pelo Fundo Estadual de Saúde aos Municípios, de forma regular e automática, propiciando que gestores estaduais e municipais contem com recursos previamente pactuados, no devido tempo, para o cumprimento de sua programação de ações e serviços de saúde. 
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Norma Operacional Básica
(NOB) 01/96 
Financiamento do SUS 
A habilitação às condições de gestão definidas nas Normas Operacionais é condicionada ao cumprimento de uma série de requisitos e ao compromisso de assumir um conjunto de responsabilidades referentes à gestão do sistema de saúde. 
Desde requisitos básicos como comprovação da capacidade de manter os serviços de saúde funcionando até capacidade plena de gestão desses serviços. 
No início da criação do SUS, a grande maioria dos recursos que chegava aos municípios vinha de um repasse fixo do Governo Federal, uma parcela fixa (piso assistencial básico) que hoje é conhecida como PAB fixo. 
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Norma Operacional Básica
(NOB) 01/96 
Financiamento do SUS 
Com a NOB 01/96, a política de financiamento foi alterada pelo Ministério da Saúde e os recursos foram divididos em: 
Piso de Atenção Básica Fixo (PAB fixo) - Calculado pela multiplicação de um valor per capita fixado pelo Ministério da Saúde pela população de cada município e do Distrito Federal. O valor é publicado em portaria específica; 
Piso de Atenção Básica variável (PAB variável) - Parcela variável do recurso federal que é repassada à medida que os municípios realizam ações e políticas de saúde específicas (PACS, PSF, ESF, saúde bucal etc.). 
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Norma Operacional Básica
(NOB) 01/96 
Cálculo PAB fixo 
PAB fixo anual: População do Município X Valor per capita nacional por pessoa; PAB fixo mensal: PAB fixo anual/no meses do ano. Valor per capita nacional por pessoa: 
R$23,00 por habitante ao ano para os Municípios com população de até 50 mil habitantes; 
R$21,00 por habitante ao ano para os Municípios com população de até 100 mil habitantes; 
R$19,00 por habitante ao ano para os Municípios com população de até 500 mil habitantes; 
R$18,00 por habitante ao ano para os Municípios não contemplados nos itens anteriores. 
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Norma Operacional Básica
(NOB) 01/96 
Cálculo PAB fixo 
PAB fixo anual: População do Município X Valor per capita nacional por pessoa; PAB fixo mensal: PAB fixo anual/no meses do ano. Exemplo: População do Município “W”: 24.678 pessoas. 
Valor per capita nacional por pessoa: R$23,00. PAB fixo anual: 24.678,00 x 23,00 = 567.594,00 por ano. PAB fixo mensal: 567.594,00/12= 47.299,00 por mês. 
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Norma Operacional Básica
(NOB) 01/96 
PAB Variável 
É voltado para custear as estratégias de saúde realizadas no âmbito da Atenção Básica. 
Os recursos serão transferidos mediante a incorporação das ações a que se destinam desde que estejam constando no Plano de Saúde do Município. 
São elas: 
Saúde da Família (ESF); 
Agentes Comunitários de Saúde; 
Saúde Bucal; 
Saúde Indígena; 
Incentivo à Saúde do Sistema Penitenciário; 
Política de Atenção Integral à Saúde do Adolescente em conflito com a lei em regime de internação e internação provisória. 
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Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS) 01/2002 
Objetivo geral 
Promover maior equidade na alocação de recursos e no acesso da população às ações de saúde em todos os níveis de atenção. 
Amplia as responsabilidades dos Municípios em relação à Atenção Básica; 
Cria mecanismos para o fortalecimento da capacidade de gestão do SUS; 
Procede a atualização dos critérios de habilitação de Estados e Municípios; 
Estabelece o processo de regionalização. 
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Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS) 01/2002 
Objetivo geral 
Preconiza: 
Planejamento integrado; 
Garantia de acesso; 
Hierarquização dos serviços de saúde; 
Resolubilidade e racionalização de recursos.
Estabelece dois tipos de gestão para habilitação dos municípios: 
Gestão plena de atenção básica ampliada; 
Gestão plena do sistema municipal. 
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Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS) 01/2002 
Pacto de Gestão do SUS 
Estabelece as responsabilidades de cada ente federado de forma a reduzir as competências concorrentes. 
Esse pacto descentraliza as atribuições do Ministério da Saúde para os Estados e Municípios de forma radical, diminuindo também a burocracia dos processos normativos. 
Tem por finalidade: 
Definir de forma inequívoca a responsabilidade sanitária de cada instância gestora do SUS; 
Estabelecer as diretrizes para a gestão do SUS. 
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Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS) 01/2002 
Gestão plena
do sistema municipal 
Transferência, regular e automática dos recursos para o conjunto mínimo dos procedimentos do M1 (ações básicas), após qualificação da microrregião na qual está inserido, para sua própria população e caso seja sede de módulo assistencial, para a sua própria população e população dos municípios abrangidos. 
Recebe diretamente no seu Fundo Municipal de Saúde, o montante de recursos federais programado para o município, compreendendo a parcela destinada ao atendimento da sua população e aquela destinada ao atendimento à população referenciada, condicionado ao cumprimento efetivo do Termo de Compromisso para Garantia de Acesso firmado.
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Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS) 01/2002 
Gestão plena de Atenção Básica ampliada 
Transferência regular e automática dos recursos referentes ao Piso de Atenção Básica Ampliado (PAB-A), correspondente ao financiamento do elenco de procedimentos básicos e do incentivo de Vigilância Sanitária. 
Transferência regular e automática dos recursos referentes ao PAB variável. Esse Piso depende da adesão do município a programas prioritários definidos pelo Ministério da Saúde, tais como o Programa de Agentes Comunitários, de Saúde da Família, de Combate às Carências Nutricionais e a ações estratégicas como a Farmácia Básica e as Ações Básicas em Vigilância Sanitária. 
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Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS) 01/2002 
Regionalização 
Para maior eficiência dos serviços de saúde, cada Estado, segundo a NOAS 01/2002, deverá ser dividido em partes menores visando facilitar o planejamento das ações e execução das mesmas. 
ESTADO
REGIÕES DE
SAÚDE
MICROREGIÕES
MUNICÍPIOS
(POLO OU SEDE)
DISTRITOS
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Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS) 01/2002 
Plano diretor de regionalização (PDR) 
Instrumento de gestão para regionalização; 
Plano realizado com base nas necessidades assistenciais da população e na garantia plena de 
atendimento em saúde em todos os níveis do sistema de saúde; 
Pressupõe sistemas funcionais e mais resolutivos. 
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Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS) 01/2002 
Região de saúde 
Base territorial de planejamento da atenção à saúde, não necessariamente coincidente com a divisão administrativa do Estado, a ser definida pela Secretaria de Estado da Saúde, de acordo com as especificidades e estratégias de regionalização da saúde em cada Estado, considerando as características demográficas, socioeconômicas, geográficas, sanitárias, epidemiológicas, oferta de serviços, relações entre Municípios, entre outras. 
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Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS) 01/2002 
Modulo assistencial 
Módulo territorial com resolubilidade correspondente ao primeiro nível de referência. 
Conjunto de Municípios, entre os quais há um Município-sede com capacidade de ser referência para outros Municípios. 
 Composto pelo: 
• Município-sede;
 • Município-polo. 
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Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS) 01/2002 
Município-sede 
Município existente em um módulo assistencial que apresente a capacidade de ofertar a totalidade dos serviços relacionados aos procedimentos mínimos de média complexidade com suficiência para sua população e para população de municípios a ele adscritos. 
Deverão dispor de leitos hospitalares no mínimo para atendimento de clínica médica, pediatria e obstetrícia (parto normal). 
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Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS) 01/2002 
Município-polo 
Apresenta papel de referência para outros municípios em qualquer nível de atenção. 
Geralmente são municípios de grande porte, o que justifica a presença nos mesmos de diferentes equipamentos de saúde. 
Exemplo: Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza. 
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Pacto pela saúde 
Definição e objetivo 
É um conjunto de reformas institucionais do SUS pactuado entre as três esferas de gestão (União, Estados e Municípios) com o objetivo de promover inovações nos processos e instrumentos de gestão, visando alcançar maior eficiência e qualidade das respostas do Sistema Único de Saúde. 
Ao mesmo tempo, o Pacto pela Saúde redefine as responsabilidades de cada gestor em função das necessidades de saúde da população na busca da equidade social. 
O Pacto pela Saúde é composto por três componentes: 
Pacto pela Vida; 
Pacto em Defesa do SUS; e 
Pacto de Gestão do SUS. 
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Pacto pela saúde 
Adesão e prioridades 
A implementação do Pacto pela Saúde se dá pela adesão de Municípios, Estados e União ao Termo de Compromisso de Gestão (TCG); 
O TCG substitui os processos de habilitação das várias formas de gestão anteriormente vigentes e estabelece metas e compromissos para cada ente da federação, sendo renovado anualmente; 
Entre as prioridades definidas estão a redução da mortalidade infantil e materna, o controle das doenças emergentes e endemias (como dengue e hanseníase) e a redução da mortalidade por câncer de colo de útero e da mama, entre outras. 
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Pacto pela saúde 
Pacto pela vida 
Conjunto de compromissos sanitários expressos em objetivos de processos e resultados de acordo com a análise da situação do país e suas prioridades. 
Os objetivos e prioridades do Pacto pela Vida são: 
Saúde do idoso; 
Controle do câncer de colo uterino e mama; 
Mortalidade infantil e materna; 
Doenças emergentes e endemias; 
Promoção da saúde; 
Fortalecimento da Atenção Básica à Saúde. 
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Pacto pela saúde 
Pacto em defesa do SUS 
Ações concretas e articuladas para reforçar o SUS como política de Estado mais do que política de governos. As suas prioridades são:
1. Implementar um projeto de mobilização social com a finalidade de: 
Mostrar a saúde como direito de cidadania; 
Regulamentação da EC no 29 (acrescenta texto na Constituição Federal relacionado aos recursos mínimos para o financiamento das ações e serviços públicos de saúde); 
Incremento dos recursos para saúde; 
Aprovar o orçamento do SUS.
2. Elaborar e divulgar a Carta dos Direitos dos Usuários do SUS. 
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Referências 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria no 2203, de 5 de novembro de 1996. Aprova e regulamenta a norma Operacional Básica da saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 1996. 
_____. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Departamento de Descentralização da Gestão da Assistência. Regionalização da Assistência à Saúde: aprofundando a descentralização com eqüidade no acesso. Norma Operacional da Assistência à Saúde: NOAS-SUS 01/02 e Portaria MS/GM n.o 373, de 27 de fevereiro de 2002 e regulamentação complementar/Ministério da Saúde, Secretaria de Assistência à Saúde. Departamento de Descentralização da Gestão da Assistência. 2. ed. revista e atualizada. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. 
_____. Ministério da Saúde. Portaria No 699, de 22 de março de 2006. Aprova e regulamenta o pacto pela saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2006.

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