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Aula 6 de transtorno de comportamento EM SAUDE MENTAL

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Saúde Mental 	- � PAGE �8� - Prof. Elaine Soi		
DISTÚRBIOS RELACIONADOS À ANSIEDADE
DISTURBIOS DE ANSIEDADE, SOMATOFORMES E DISSOCIATIVOS 
        Os distúrbios relacionados à ansiedade incluem aqueles nos quais a ansiedade subjetiva (sentimento) ou objetiva (expressada) constitui o sintoma primário ou focal. Ansiedade é uma sensação (sentimento) subjetiva de apreensão e tensão que se manifesta por um despertar psicofisiológico e uma ampla variedade de padrões comportamentais. O tema comum entre todos os distúrbios relacionados à ansiedade é que as pessoas afetadas experimentam um nível de ansiedade que interfere com o funcionamento nas esferas pessoal, profissional ou social, assim como com o bem-estar psicofisiológico.  
Classificação:  Os distúrbios definidos relacionados à ansiedade, incluem os seguintes: 
A. Distúrbios de Ansiedade 
Distúrbio de pânico sem agorafobia. 
Distúrbio de pânico com agorafobia. 
Agorafobia sem história de distúrbio de pânico. 
Fobia especial. 
Fobia social. 
Distúrbio obsessivo-compulsivo 
Distúrbio de estresse pós-trauma. 
Distúrbio de estresse agudo. 
Distúrbio de ansiedade generalizada. 
Distúrbio de ansiedade devido a uma condição médica geral. 
Distúrbio de ansiedade induzido por substância psicoativa. 
Distúrbio de ansiedade não especificado. 
B. Distúrbios Somatoformes 
Distúrbio de somatização. 
Distúrbio somatoforrne indiferenciado. 
Distúrbio conversivo. 
Distúrbio doloroso. 
Hipocondria. 
Distúrbio dismórfico corporal. 
Distúrbio somatoforrne não especificado. 
C. Distúrbios Dissociativos
Amnésia dissociativa. 
Fuga dissociativa. 
Distúrbio de identidade dissociativo. 
Distúrbio de despersonalização.
Distúrbio dissociativo não especificado.  
Fisiopatologia /Etiologia. 
         É difícil definir a etiologia subjacente dos distúrbios da ansiedade. Portanto, é essencial examinar os seguintes fatores:
bioquímicos, 
genéticos, 
psicossociais e 
socioculturais. 
           A. Fatores Bioquímicos
1. O distúrbio obsessivo-compulsivo foi associado com um nível excessivo de serotonina. 
2. Foi relatado que as pessoas que sofrem de ataques de pânico possuem níveis mais altos de noradrenalina, o que é sugestivo de uma anormalidade do sistema das catecolaminas. 
3. O distúrbio doloroso pode estar relacionado também com deficiência na serotonina e nas endorfinas. 
         B. Fatores Genéticos 
1. Foi demonstrada uma concordância de 80% a 90% do distúrbio de pânico em gêmeos idênticos e uma taxa de concordância de 10% a 15% para gêmeos fraternos. 
2. Cerca de 20% dos parentes de primeiro grau de pessoas com agorafobia também sofrem desse distúrbio. 
3. Aproximadamente 3% a 7% das pessoas com um distúrbio obsessivo-compulsivo possuem parentes de primeiro grau com o mesmo distúrbio. 
         C. Fatores Psicossociais
1. Conflitos inconscientes da infância, podem formar a base para o surgimento de sintomas dos distúrbios de ansiedade. 
2. Angústia emocional das necessidades (precoces) não atendidas.. 
3. Os distúrbios dissociativos podem ser aprendidos como um método para evitar o estresse e a ansiedade. 
4. Os distúrbios dissociativos de certos processos mentais ocorrem para proteger a pessoa de memórias dolorosas específicas e produtoras de ansiedade. 
                 
   D. Fatores Socioculturais 
I. Os distúrbios de ansiedade e os comportamentos ritualísticos são observados comumente nas sociedades com grande desenvolvimento tecnológico. 
2. Existe uma incidência mais alta de distúrbios de ansiedade nas comunidades urbanas versus nas comunidades rurais.
A. DISTÚRBIOS DE ANSIEDADE 
Distúrbio do Pânico 
Ataques de ansiedade inesperados e recorrentes. 
Início súbito com apreensão intensa e temor. 
Pelo menos quatro dos seguintes sintomas: 
Dispnéia, 
Desconforto torácico 
Vertigem, 
Ondas de calor ou de frio, 
Formigamento das mãos e dos pés, 
Sensações de irrealidade, 
Falta de Ar, 
Palpitações, 
Síncope 
Transpiração, 
Tremores, 
Medo de perder o controle, de ficar louco ou de morrer. 
Distúrbio de Estresse Pós-trauma 
    1. Após experimentar um evento psicologicamente traumático fora da gama da experiência habitual (por exemplo, estupro, combate, bombardeios, seqüestros), a pessoa experimenta o evento através de sonhos e de visões retrospectivas recorrentes. 
   2. Torpor emocional, desinteresse e alienação podem ser usadas como defesa contra a ansiedade. 
   3. Pode experimentar distúrbio do sono, hipervigilância, culpa por ter sobrevivido, concentração precária e tentativa de evitar as atividades que avivem a memória do evento. 
Fobias
Temor irracional de um objeto ou de uma situação que persiste, apesar da pessoa poder reconhecê-lo(a) como irracional. 
Os sinais incluem: 
          Agorafobia: medo de estar em lugares abertos ou públicos de onde a fuga poderia ser difícil; pode não sair de casa. 
          Fobia social: Temor das situações em que o indivíduo poderia ser visto e perturbado ou criticado; temor de comer em público, de falar em público, ou de se exibir. 
          Fobia específica: Temor de um objeto, uma atividade ou situação (por exemplo, cobras, espaços fechados, do ato de voar). 
A ansiedade é grave se não se puder evitar o objeto, a situação ou a atividade. 
Distúrbio Obsessivo-Compulsivo 
     1. Preocupação com pensamentos intrusivos persistentes (obsessões), realização repetida de rituais destinados a prevenir algum evento (compulsões), ou ambas. 
A ansiedade ocorre se houver resistência para as obsessões ou compulsões e em virtude de o sentimento de impotência resistir aos pensamentos ou rituais.  
Distúrbio de Ansiedade Induzido por Substância Psicoativa 
    1. Predominam ansiedade proeminente, ataques de pânico, ou obsessões ou compulsões. 
    2. Os sintomas manifestam-se dentro de 1 mês após a intoxicação ou a retirada de determinadas substâncias. 
    3. O uso de medicações está relacionado ao distúrbio. 
    4. O distúrbio não ocorre exclusivamente durante o período de delírio. 
 5. Isso resulta em angústia significativa ou deterioração do funcionamento social e profissional.  
Distúrbio de Ansiedade Generalizado 
    1. Persiste por pelo menos 06 meses. 
   2. Estão presentes sintomas de três das quatro categorias: 
Tensão motora (por exemplo, tremores, agitação, incapacidade de relaxar e fadiga). 
Hiperatividade autônoma (por exemplo, transpiração, palpitações, mãos frias e pegajosas, freqüência urinária, bolo na garganta, palidez ou rubor, pulso acelerado e respirações rápidas) 
Apreensão (por exemplo, preocupação, medo, temor, ruminação, insônia e incapacidade de concentrar-se). 
Hipervigilância (por exemplo, sente-se irritado, pesquisa o ambiente, é distraído). 
Distúrbio de Estresse Agudo 
1. A pessoa ficou exposta a um evento traumático testemunhado ou experimentado. 
2. Apresenta três ou mais desses sintomas dissociativos: 
Sensação subjetiva de dormência 
Ausência de responsividade emocional . 
Sente-se entorpecida 
Desrealização 
Despersonalização 
Amnésia dissociativa 
Duração de 2 dias a 4 semanas.   
B. DISTÚRBIOS DISSOCIATIVOS 
Amnésia Dissociativa 
1. Um ou mais episódios de incapacidade de lembrar informação importante geralmente, de natureza traumática ou estressante. 
2. Outros distúrbios psicológicos (por exemplo, distúrbio de personalidade múltipla) e físicos (por exemplo, induzidos por substância) são excluídos.  
Distúrbio de Identidade Dissociativo 
1. Presença de duas ou mais identidades distintas, cada uma delas com seus próprios padrões de relacionamento, percepção e pensamento. 
2. Pelo menos duas dessas entidades assumem o controle do comportamento da pessoa. 
3. Incapacidade de lembrar informação pessoalimportante por demais extensa para ser explicada por simples esquecimento. 
Distúrbio de Despersonalização 
1. Experiência persistente ou recidivante de sentir-se separado dos processos mentais ou do corpo do indivíduo e fora dele. 
2. A experiência acarreta uma deterioração significativa no funcionamento social ou profissional ou causa uma angústia acentuada. 
C - DISTÚRBIOS SOMATOFORMES 
Distúrbio de Somatização 
1. História de muitas queixas físicas antes dos 30 anos de idade, ocorrendo durante um período de anos, resultando em mudança no estilo de vida. 
2. As queixas devem incluir todas as seguintes: 
História de dor em pelo menos quatro locais ou funções diferentes. 
História de pelo menos dois sintomas de além da dor. 
História de pelo menos um sintoma sexual ou reprodutivo. 
História de pelo menos um sintoma definido como um distúrbio neurológico ou sugerindo este. 
Hipocondria (Hipocondríase) 
1. Preocupação com os temores de ter uma doença grave ou com a idéia de alguém sofrer dessa doença. 
2. A preocupação persiste apesar dos exames médicos apropriados e das afirmações em contrário.
3. A preocupação acarreta uma deterioração significativa no funcionamento social ou profissional, ou causa uma angústia acentuada.  
Distúrbio de Conversão 
1. Surgimento de um sintoma ou déficit sugerindo: 
Distúrbio neurológico (cegueira, surdez, perda do tato, ou sensação dolorosa) 
Função motora involuntária (afonia, coordenação deteriorada, paralisia, crises convulsivas etc.) 
2. Não é devido a fingimento nem a um distúrbio artificial e não é permitido culturalmente. Admite-se que fatores psicológicos sejam responsáveis por desencadeamento, gravidade ou exacerbação. 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM  
A. Reduzindo os Sintomas de Ansiedade 
   1. Ajudar o paciente a identificar as situações produtoras de ansiedade e a elaborar um plano para esses eventos. 
   2. Ajudá-lo a desenvolver habilidades de afirmação e de comunicação. 
   3. Praticar as técnicas de redução do estresse com o paciente. 
   4. Monitorar quanto às manifestações objetivas e subjetivas da ansiedade:
Taquicardia, taquipnéia. 
Verbalização das sensações de ansiedade. 
Sinais e sintomas associados com estimulação autônoma - sudorese, dificuldade em concentrar-se, insônia. 
B. Aprimorando a Concentração 
Utilizar frases curtas e simples ao comunicar-se com o paciente. 
Manter uma postura calma e serena. 
 Utilizar coadjuvantes para a comunicação verbal, tais como recursos visuais e brincadeiras com representação de papéis, a fim de estimular a memória e a retenção de informação.
Ensinar as técnicas de relaxamento para reduzir a angústia que interfere com a capacidade de concentração.
Administrar os ansiolíticos prescritos a fim de reduzir o nível de ansiedade. 
C. Aumentando a Interação Social 
 1. Incentivar as discussões das razões para o isolamento social e dos sentimentos acerca dele. 
     2. Ajudar o paciente a identificar causas/situações específicas que produzam ansiedade e que inibam a interação social.
Recomendar a participação em programas dirigidos para áreas específicas de conflitos ou deficiências de habilidade. Esses programas podem focalizar as estratégias de afirmação, a percepção corporal, o controle de múltiplas responsabilidades na representação de papéis, e o controle do estresse.  
D. Incentivando a Independência 
    1. Proporcionar experiências nas quais o paciente possa ser bem-sucedido. 
    2. Explorar métodos alternativos de satisfazer as necessidades de dependência. 
    3. Explorar as crenças que apóiem um comportamento desamparado ou dependente. 
    4. Ensinar e representar o papel de comportamentos corretos em situações específicas.  
E. Fortalecendo a Identidade 
   1. Desenvolver uma relação honesta e sem condenação com o paciente. 
   2. Tentar estabelecer comunicação entre os alteres do paciente. 
   3. Não pressionar o paciente com informação ou memórias.

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