Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
30 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393 Braz J Periodontol - September 2013 - volume 23 - issue 03 AVALIAÇÃO DOS CUIDADOS ODONTOLÓGICOS pRÉ E TRANS TRATAMENTO RADIOTERÁpICO Evaluation of dental care pre and trans radiotherapy Eduardo Aoki Ribeiro Sera1, Rafael Vieira de Oliveira2, Alex Henrique Mariotto2, Davi Romeiro Aquino3, Alexandre Prado Scherma4 1 Graduado em Odontologia pela Universidade de Taubaté 2 Graduando em Odontologia pela Universidade de Taubaté 3 Professor de Pós-Graduação em Odontologia, Departamento de Periodontia / Unitau, Taubaté - São Paulo. 4 Professor de Pós-Graduação em Odontologia, Departamento de Biologia Odontológica / Unitau, Taubaté - São Paulo. Recebimento: 27/06/13 - Correção: 05/08/13 - Aceite: 03/09/13 RESUMO O objetivo deste trabalho foi avaliar, através de questionários, se pacientes irradiados na cabeça e pescoço receberam adequadamente os cuidados odontológicos antes e durante o tratamento radioterápico para minimizar ou prevenir tais efeitos e também avaliar os hábitos de higiene bucal desses pacientes. Foram avaliados 21 pessoas em tratamento no Hospital Frei Galvão, Guaratinguetá/SP. Destes, sete realizaram aplicações por 15 dias (1 a 20 aplicações), sete por 30 dias (21 a 30 aplicações) e sete por 60 dias (31 a 40 aplicações). Dos 21 pacientes, 16 (76,1%) eram do gênero masculino e 5 (23,8%) do gênero feminino, os resultados demonstraram que 15 (71,4%) passaram por tratamento odontológico antes do tratamento radioterápico; 18 (85,7%) referiram efeitos da radiação, sendo os mais citados: xerostomia 17 (80,9%), disgeusia 17 (80,9%) e manchas ou irritações na pele 14 (66,6%). Em relação à higiene bucal 8 (38,10%) escovam os dentes três vezes ao dia, apenas 5 (23,8%) realizaram raspagem periodontal nos últimos 6 meses. Sendo assim, conclui-se que a radiação afetou um percentual significativo da amostra causando algum dano bucal; apesar da maioria dos pacientes realizarem tratamento odontológico antes do tratamento radioterápico apenas um se consultou durante a realização do mesmo. O conhecimento sobre higiene bucal ficou aquém do esperado. UNITERMOS: radioterapia; efeitos da radioterapia; tumor cabeça e pescoço. R Periodontia 2013; 23:30-38. INTRODUÇÃO Neoplasia é uma massa anormal de tecido cujo crescimento é autônomo e excede o tecido normal, persistindo mesmo cessada a causa que o provocou. Esse crescimento irá deformar, comprimir ou destruir o órgão do qual se originou, pode se infiltrar pelos interstícios dos órgãos, ganhar a circulação e ser transportada a outros locais através de vasos sanguíneos e linfáticos (CONTRAN, et al., 2006). Anualmente ocorrem mais de oito milhões de casos novos de câncer no mundo, dos quais 212.000 originam-se na cavidade bucal. Segundo o Instituto Nacional do Cãncer (INCA), estimam-se 9.990 casos novos de câncer na cavidade bucal em homens e 4.180 em mulheres, para o Brasil no ano de 2012. Segundo Barasch et al. (1998) o câncer de cabeça e pescoço acomete predominantemente homens de meia idade com precárias condições de higiene oral e tabagista, normalmente nos EUA o câncer oral é diagnosticado na sexta e sétima década de vida, o estudo feito pelos autores constatou que dos 1.400 pacientes, 7,2% tinham menos de 40 anos, mostrando uma tendência decrescente de idade. Das condutas terapêuticas adotadas para o tratamento de cânceres de cabeça e pescoço, a radioterapia é utilizada primeiramente, podendo ser associada a quimioterapia ou até mesmo a cirurgia (SAWADA et al., 2006). A radioterapia é um método que emprega feixes de radiação, sendo estas eletromagnéticas ou corpusculares, o resultado biológico da irradiação é o efeito de morte celular do tecido são e do tecido neoplásico (da SILVA et al., 2004). Portanto, a radioterapia para câncer de cabeça e pescoço tem sua aplicabilidade e eficácia em função de parâmetros como tipo histopatológico da neoplasia, local Braz J Periodontol - September 2013 - volume 23 - issue 03 - 23(3):30-38 31An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393 e volume da área a ser irradiada, dose, ritmo de aplicação, tipo de radiação e condições gerais do paciente (CARDOSO et al., 2005). Segundo Tolentino et al. (2011) a radioterapia, isolada ou associada à cirurgia ou quimioterapia, produz um aumento significativo das taxas de cura para doenças malignas da região de cabeça e pescoço, porém altas doses de radiação nessa área, a qual possui estruturas sensíveis, podem resultar em diversas reações indesejadas que se manifestam durante ou após o tratamento radioterápico. Segundo Sawada et al. (2006) o tratamento radioterápico na cabeça e pescoço apresenta efeitos colaterais, que afetam principalmente a cavidade bucal, como por exemplo, mucosite, xerostomia, saliva pegajosa, dificuldade no paladar, dores de garganta, pele ressecada e a osteorradionecrose. A mucosite é uma irritação da mucosa, muitos acreditam ser uma importante reação adversa, pode interferir no curso da radioterapia alterando o controle local do tumor e, consequentemente, a sobrevida do paciente. É dividida em quatro graus, o primeiro é aquele que não apresenta sinais e sintomas, no segundo a mucosa se apresenta eritematosa e dolorida, o terceiro é caracterizado por úlceras e o paciente se alimenta sem dificuldade; e por fim, o último grau é caracterizado por úlceras, o paciente só se alimenta por líquidos e normalmente relata dor o que pode levar a necessidade do uso de analgésico (JAHM e FREIRE, 2006). Para Albuquerque e Camargo (2007) a mucosite é uma manifestação bucal muito comum no pós-tratamento radioterápico, para evitar este efeito, o cirurgião-dentista deve antes do tratamento fazer uma adequação bucal através da limpeza de todos os dentes, avaliação e limpeza da prótese, remoção de restaurações mal adaptadas, cáries, raspagem periodontal, ou seja, adequar o meio bucal para receber todo o tratamento radioterápico. Durante o tratamento o paciente deverá higienizar a cavidade bucal com escova de cerdas macias, creme dental fluoretado e fazer bochechos com nistatina. A literatura mostra que taxas de doses de radiação entre 22,2 e 54Gy causam danos no parênquima das glândulas salivares, causando fibrose e diminuição da secreção, esses efeitos estão relacionados a dose de radiação e podem ser permanentes, resultando em xerostomia pós-radiação (SAWADA et al., 2006). A xerostomia, também relatada como “boca seca” começa após a segunda semana de tratamento radioterápico, está diretamente ligada a doses de radiação por volta de 2000 a 2500cGy, e também a área de aplicação, na qual podem existir glândulas salivares (LOBO e MARTINS, 2009). As radiações ionizantes provocam alterações nas glândulas salivares, destruição dos ácinos, atrofia e fibrose glandular, tornando a saliva espessa, viscosa e prejudicando seu efeito bactericida (MARINHO et al., 2011). A candidose também é muito comum em pessoas sob tratamento radioterápico. O fluxo salivar diminui e a cavidade fica sujeita a bactérias e fungos, além disso, uma possível explicação para a maior predisposição dos pacientes irradiados à candidose é uma atividade fagocítica reduzida dos granulócitos salivares contra estes microrganismos, normalmente os pacientes relatam dor e sensação de queimação (JHAM e FREIRE, 2006). A cárie de radiação é uma cárie aguda de progressão rápida, altamente destrutiva e localizada na cervical do dente, normalmente aparecem três meses após o tratamento radioterápico. A radiação pode alterar os componentes orgânicos e inorgânicos dos dentes fazendo com que os mesmos descalcifiquem e não produzam dentina secundária. Tal fato se agrava com a xerostomia, trismo, dieta pastosa e falta de higiene bucalpor causa da mucosite (ALBUQUERQUE et al., 2007). A osteorradionecrose (ORN) é considerada a complicação mais severa da radioterapia, pode aparecer de dois a três anos pós-tratamento, consiste na exposição do osso afetado associado com sinais e sintomas como fístulas orais ou cutâneas, drenagem de secreção purulenta, algia, dificuldade mastigatória e trismo. Normalmente acometem idosos e a região da mandíbula por apresentar estrutura óssea mais compacta e menor vascularização se comparada à maxila (RAMOS et al., 2005). Os fatores predisponentes da ORN estão relacionados à falta de higiene bucal, doença periodontal, abscesso dento-alveolar, cáries extensas, doses crescentes de radiação, extrações dentárias durante ou em período curto antes do tratamento oncológico e próteses mal adaptadas. O tratamento da ORN ainda é um desafio para o clínico, normalmente é tratada de forma conservadora, por intermédio de desbridamento e limpeza da ferida com soluções antimicrobianas, antibioticoterapia, cirurgias de pequeno porte (sequestrectomia), além do emprego da oxigenação hiperbárica (MARINHO et al., 2011). O cirurgião-dentista assim como médicos oncologistas e toda a equipe multidisciplinar deve ter conhecimento amplo de todas as manifestações que o tratamento radioterápico causa no organismo, a fim de oferecer toda assistência e uma melhor qualidade de vida durante o tratamento (FREITAS et al., 2011). É importante que o cirurgião-dentista realize tratamentos preventivos antes do paciente ser submetido a radioterapia, como remover restos radiculares, refazer restaurações com Braz J Periodontol - September 2013 - volume 23 - issue 03 - 23(3):30-38 32 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393 infiltrações, controlar a doença cárie e as periodontopatias. Desta forma, poderá evitar a instalação de doenças com quadro clínico doloroso e de difícil solução, após as modificações inerentes ao tratamento das neoplasias (SANTOS et al., 2010). Entre os cuidados que o paciente deverá tomar estão evitar escovas com cerdas duras, gargarejos com produtos que contenham álcool, hábito de lamber os lábios, alimentos ácidos, refrigerantes e água com gás, alimentos duros e alimentos quentes. Se a escova machucar, substituir por cotonete, higienizar próteses a cada refeição, manter os lábios umidecidos com vaselina ou manteiga de cacau, procurar seguir uma dieta rica em proteínas e vitaminas, beber líquidos entre as refeições e mascar ou chupar bala sem açúcar (KIGNEL et al., 2010). Diante dos efeitos secundários da terapia radiológica, o cirurgião-dentista deve realizar uma série de condutas pré e pós-tratamento com o objetivo de minimizar e até evitar esses efeitos (GRIMALDI et al., 2005). Ghelardi et al. (2008) concluiram que o tratamento odontológico realizado previamente ao início da radioterapia otimiza o tratamento antineoplásico, evitando interrupções durante sua aplicação e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Diante do exposto, o objetivo desse trabalho foi avaliar, através de aplicação de questionários, se pacientes que se encontram em tratamento radioterápico receberam adequadamente os cuidados odontológicos pré e trans tratamento radioterápico, avaliar os hábitos de higiene bucal realizado pelos mesmos e verificar a incidência de efeitos da radioterapia sobre o grupo estudado, visto que se os devidos cuidados forem tomados, estes propiciarão uma melhor condição de saúde bucal. MATERIAL E MÉTODO O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade de Taubaté sob o protocolo nº 319/11. Para a realização da pesquisa, foram avaliados 21 pacientes com media de idade de 62,6 anos, que se encontravam em tratamento radioterápico para câncer de cabeça e pescoço no Hospital Frei Galvão em Guaratinguetá – SP. A amostra de 21 pacientes foi dividida em três grupos: G1 – sete pacientes que realizaram aplicações por 15 dias (1 a 20 aplicações); G2 – sete pacientes que realizaram aplicações por 60 dias (21 a 30 aplicações) e G3 – sete pacientes que realizaram aplicações por 60 dias (31 a 40 aplicações). Os pacientes foram previamente informados sobre as características da pesquisa e aqueles que concordarem em participar voluntariamente assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foi aplicado aos participantes da pesquisa um questionário desenvolvido com o propósito de avaliar os cuidados odontológicos realizados durante o pré e trans tratamento radioterápico, os hábitos de higiene bucal e os efeitos colaterais percebidos. Os resultados foram analisados e apresentados percentualmente em tabelas e gráficos. Os dados coletados foram tabulados e em função da sua característica qualitativa foram estatisticamente testados com o teste estatístico Qui-quadrado, sempre adotando nível de significância estatística de 95% (p<0,05). RESULTADOS Foram avaliados 21 pacientes, sendo 16 (76,1%) do gênero masculino e cinco (23,8%) do gênero feminino (Figura 1), os quais realizavam tratamento radioterápico no Hospital Frei Galvão em Guaratinguetá - SP. A idade média dos pacientes foi de 62,6 anos e a mediana foi de 61 anos. AVALIAÇÃO DOS CUIDADOS ODONTOLÓGICOS PRÉ E TRANS TRATAMENTO RADIOTERÁPICO Evaluation of dental care pre and trans radiotherapy * Diferença estatisticamente significativa, p<0,05 (teste Qui-quadrado) Figura 1 – Perfil da amostra em relação ao gênero Masculino Feminino Sim Não 23,8% 76,1%* 71,4%* 28,5% AVALIAÇÃO DOS CUIDADOS ODONTOLÓGICOS PRÉ E TRANS TRATAMENTO RADIOTERÁPICO Evaluation of dental care pre and trans radiotherapy * Diferença estatisticamente significativa, p<0,05 (teste Qui-quadrado) Figura 1 – Perfil da amostra em relação ao gênero Masculino Feminino Sim Não 23,8% 76,1%* 71,4%* 28,5% Figura 1 – perFil da amosTra em relação ao gênero Figura 2 – perFil da amosTra em relação aos pacienTes que passaram por avaliação odonTológica anTes do TraTamenTo radioTerápico * Diferença estatisticamente significativa, p<0,05 (teste Qui-quadrado) * Diferença estatisticamente significativa, p<0,05 (teste Qui-quadrado) Destes pac ientes 15 (71 ,4%) passaram por acompanhamento odontológico antes do tratamento radioterápico e seis (28,5%) não o realizaram (Figura 2). Braz J Periodontol - September 2013 - volume 23 - issue 03 - 23(3):30-38 33An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393 Os procedimentos realizados antes da radioterapia estão demonstrados na Figura 3. Em relação aos efeitos da radioterapia percebidos pelos pacientes verificou-se que 18 pacientes (85,7%) perceberam algum efeito, sendo os efeitos mais referidos: xerostomia 17 (80,9%), digeusia 17 (80,9%), mancha ou irritações na pele 14 (66,6%) e trismo 12 (57,1%). Os efeitos referidos pelos pacientes estão representados na Tabela 1. Além disso, apenas um paciente (4,7%) passou por acompanhamento odontológico durante o tratamento radioterápico para confecção de uma prótese total. * Diferença estatisticamente significativa, p<0,05 (teste Qui-quadrado) Figura 2 – Perfil da amostra em relação aos pacientes que passaram por avaliação odontológica antes do tratamento radioterápico * Diferença estatisticamente significativa, p<0,05 (teste Qui-quadrado) Figura 3 – Perfil da amostra em relação aos procedimentos realizados antes do tratamento radioterápico. Exodontia Troca de restauração Raspagem periodontal Tratamento endodôntico Ajuste da prótese Técnica de Higinização Implante e enxerto Polimento de restauração Confecção de prótese fixa Encaminhamento Radiografia panorâmica 12,0% 12,0% 25,0%* 8% 25,0%* 8,0% 2,0% 2,0% 2,0% 2,0% 2,0%Figura 3 – perFil da amosTra em relação aos procedimenTos realizados anTes do TraTamenTo radioTerápico. * Diferença estatisticamente significativa, p<0,05 (teste Qui-quadrado) Tabela 1 - perFil da amosTra em relação aos eFeiTos relaTados pelos pacienTes dos grupos g1, g2 e g3. Efeitos G1 G2 G3 Total N % N % N % N % Xerostomia 4 57,1% 6 85,7% 7 100,0% 17 80,9%* Mucosite 5 71,4% 2 28,5% 3 42,8% 10 47,6% Disgeusia 4 57,1% 3 42,8% 4 57,1% 11 52,3% Disfagia 7 100,0% 5 71,4% 5 71,4% 17 80,9%* Trismo 5 71,4% 4 57,1% 3 42,8% 12 57,1% Mancha/irritações na pele 4 57,1% 5 71,4% 5 71,4% 14 66,6% Candidose 5 71,4% 3 42,8% 3 42,8% 11 52,3% *Diferença estatisticamente significativa, p<0,05 (teste Qui-quadrado) Em relação à higiene bucal oito (38,2%) escovam os dentes três vezes ao dia e seis (28,5%) não escovam os dentes todos os dias (Figura 4). A técnica de Bass modificada, preconizada como a melhor técnica de higienização, é realizada por apenas três pacientes (15,8%) (Figura 5) e apenas sete pacientes (46,6%) trocam a escova a cada três meses. Braz J Periodontol - September 2013 - volume 23 - issue 03 - 23(3):30-38 34 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393 Dos 21 pacientes estudados apenas cinco (23,8%) realizaram raspagem nos últimos seis meses e nove (42,8%) nunca fizeram (Figura 6). Treze pacientes (61,9%) escovam a * Diferença estatisticamente significativa, p<0,05 (teste Qui-quadrado) Figura 4 – Perfil da amostra em relação ao número de escovações ao dia. * Diferença estatisticamente significativa, p<0,05 (teste Qui-quadrado) 1 vez 2 vezes 3 vezes Sempre após comer alguma coisa Não escova todos os dias Circular Vai-vem De cima para baixo e de baixo para cima (Bass modificada) Todos movimentos juntos 4,7% 23,8% 38,2%* 4,8% 28,5%* 21,0% 47,4%* 15,8% 15,8% * Diferença estatisticamente significativa, p<0,05 (teste Qui-quadrado) Figura 4 – Perfil da amostra em relação ao número de escovações ao dia. * Diferença estatisticamente significativa, p<0,05 (teste Qui-quadrado) 1 vez 2 vezes 3 vezes Sempre após comer alguma coisa Não escova todos os dias Circular Vai-vem De cima para baixo e de baixo para cima (Bass modificada) Todos movimentos juntos 4,7% 23,8% 38,2%* 4,8% 28,5%* 21,0% 47,4%* 15,8% 15,8% Figura 5 – Perfil da amostra em relação à técnica de escovação. * Diferença estatisticamente significativa, p<0,05 (teste Qui-quadrado) Figura 6 - Perfil da amostra em relação à realização da última raspagem periodontal. Menos de 6 meses 1 ano Mais de 3 anos Nunca fez 23,8% 9,5% 23,8% 42,8%* Figura 4 – perFil da amosTra em relação ao número de escovações ao dia. Figura 5 – perFil da amosTra em relação à Técnica de escovação. Figura 6 - perFil da amosTra em relação à realização da úlTima raspagem periodonTal. * Diferença estatisticamente significativa, p<0,05 (teste Qui-quadrado) * Diferença estatisticamente significativa, p<0,05 (teste Qui-quadrado) * Diferença estatisticamente significativa, p<0,05 (teste Qui-quadrado) língua com a própria escova, sendo que destes seis (42,8%) escovam apenas uma vez ao dia (Figura 7). Braz J Periodontol - September 2013 - volume 23 - issue 03 - 23(3):30-38 35An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393 Em relação à realização de bochechos, 13 pacientes (61,9%) relataram o uso, sendo o produto mais utilizado por nove destes pacientes (69,2%) o bicarbonato (Figura 8). Dos pacientes avaliados dez (47,6%) usam prótese, sendo que destes, nove (90,0%) utilizam prótese total e um paciente * Diferença estatisticamente significativa, p<0,05 (teste Qui-quadrado) Figura 7 - Perfil da amostra em relação à escovação da língua. * Diferença estatisticamente significativa, p<0,05 (teste Qui-quadrado) Figura 8 – Perfil da amostra em relação aos produtos utilizados para bochechos. Com todas as escovações Uma vez ao dia Duas vezes ao dia Algumas vezes na semana Listerine Cepacol Colgate Plax Bicarbonato 35,7% 42,8%* 7,1% 7,1% 23,0% 7,6% 22,2% 69,2%* FIGURA 8 – PERFIL DA AMOSTRA EM RELAÇÃO AOS PRODUTOS UTILIZADOS PARA BOCHECHOS. Listerine Colgate Plax Bicarbonato * Diferença estatisticamente significativa, p<0,05 (teste Qui-quadrado) 23,1% 7,7% 69,2%* Figura 7 - perFil da amosTra em relação à escovação da língua. Figura 8 – perFil da amosTra em relação aos produTos uTilizados para bochechos. * Diferença estatisticamente significativa, p<0,05 (teste Qui-quadrado) * Diferença estatisticamente significativa, p<0,05 (teste Qui-quadrado) * Diferença estatisticamente significativa, p<0,05 (teste Qui-quadrado) Figura 9 – Perfil da amostra em relação à presença ou não de mau hálito Sim Não 42,8%* 57,1%* Figura 9 – perFil da amosTra em relação à presença ou não de mau háliTo * Diferença estatisticamente significativa, p<0,05 (teste Qui-quadrado) (10,0%) usa prótese fixa, além disso, oito pacientes (80,0%) relataram utilizar a própria escova para higienizá-las. Os pacientes foram também questionados sobre a presença ou não de mau hálito e dos 21 pacientes, nove (42,8%) referiram apresentar o quadro (Figura 9). Braz J Periodontol - September 2013 - volume 23 - issue 03 - 23(3):30-38 36 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393 DISCUSSÃO A incidência do câncer localizado na cabeça e pescoço vem crescendo nos últimos tempos, sendo mais afetados homens na quarta década de vida, tabagistas que ingerem regularmente bebida alcoólica e não possuem boa higiene bucal. Justamente por isso, Lima et al. (2005) realizaram uma pesquisa para avaliar o conhecimento de universitários sobre causa e prevenção do câncer bucal, demonstrando que uma parcela representativa da população universitária sabe que o câncer pode acometer a cavidade bucal e que o tabagismo é um dos fatores de risco, entretanto, desconhecem o papel do álcool. Por isso, a necessidade de se implementar medidas preventivas visando a divulgação dos reais fatores de risco para o câncer bucal. Segundo Araújo et al. (2007) o paciente com câncer é afetado por diversas condições não-infecciosas decorrentes do tratamento oncológico, seja cirúrgico, quimioterápico ou radioterápico; sendo que estes influenciam, de modos diversos, alterações na cavidade bucal. A terapia mais convencional empregada para o tratamento do câncer de cabeça e pescoço é a radioterapia, porém apresenta muitos efeitos deletérios que comprometem as glândulas salivares, ossos, dentes, mucosas, músculos e articulações (Lima et al., 2004). Para Muniz e Zago (2008) a radioterapia é uma terapêutica remédio-veneno que causa temor nos pacientes, mas que é necessária, se a meta for a cura ou mesmo a sobrevivência ao câncer. Sendo assim, é de suma importância que o cirurgião-dentista saiba tratar esse paciente antes e durante o tratamento radioterápico a fim de minimizar e prevenir os danos decorrentes do tratamento colaborando para uma melhor qualidade de vida para esses pacientes. Araújo et al. (2008) em trabalho realizado com trinta pacientes de um hospital público verificaram que 26,7% destes referiram atendimento odontológico nos últimos seis meses. Contudo, neste trabalho a maior parte da amostra, 15 pacientes (71,43%), referiram terem sido avaliados por um cirurgião-dentista antes do tratamento radioterápico, porém verificou-se como insatisfatória a conduta em pontos importantes como a higienização bucal no dia a dia, técnicas de escovação, troca de escova e raspagem periodontal a cada seis meses. Em relação aos tratamentos realizados antes da radioterapia, verificou-seneste trabalho que cinco pacientes (20,0%) realizaram raspagem periodontal, três pacientes (12,0%) passaram por exodontia, três pacientes (12,0%) trocaram as restaurações, dois pacientes (8,0%) passaram por tratamento periodontal, dois pacientes (8,0%) fizeram radiografia panorâmica, um paciente (4,0%) passou por técnica de higienização, um paciente (4,0%) realizou implante e enxerto, um paciente (4,0%) realizou polimento das restaurações e um paciente (4,0%) confeccionou prótese fixa. Quanto aos efeitos colaterais pesquisados neste trabalho, 18 pacientes (85,7%) relataram algum tipo de efeito da radioterapia. A xerostomia predominou sendo referida por 17 pacientes, ou seja, 80,9% do total de casos, o que também foi observado em trabalhos como o de Caccelli et al. (2009), no qual foi observado que 75,5% dos pacientes apresentaram este quadro e o de Sawada et al. (2006) onde o relato de xerostomia foi de 84,5%. No entanto, Machado et al. (2009) utilizando também a aplicação de questionário encontrou taxa de ocorrência xerostomia de 53%, valor abaixo dos supracitados, mas ainda referido pela maioria dos pacientes. A alta ocorrência deste efeito se deve ao fato de que o tratamento radioterápico reduz gradativamente o fluxo e o pH salivar durante o procedimento e até seis meses após o tratamento, como foi observado por Lima et al. (2004). Nicolatou-Galitis et al. (2003) afirmaram que a xerostomia pode ser influenciada pelo estado psicológico, somático e de hidratação do paciente entre outro fatores. Nas mesmas proporções, a disfagia foi citada neste trabalho por 17 pacientes, correspondendo a 80,9%. De acordo com dados de literatura, este achado ainda continua sendo referido pela maioria dos pacientes, porém apresentando proporções diferentes como visto nos trabalhos de Cintra et al. (2005) onde foi referida taxa de 64,4% e Cardoso et al. (2005) que encontraram taxas de 91,6%, sendo que o maior percentual encontrado por Cintra et al. (2005) se deve aos métodos mais precisos de avaliação como a vídeo- fluoroscopia. Todavia, em estudo realizado por Machado et al. (2009) com a aplicação de questionário verificou-se que 43% de pacientes relataram disfagia. As manchas e irritações na pele foram citadas por 14 pacientes representando 66,6% da amostra, dados similares foram encontrados por Sawada et al. (2006) 65,7%, porém Cardoso et al. (2005) referiram este efeito em 100% de sua amostra. O trismo foi citado por 57,1% do total de casos analisados totalizando 12 pacientes, o que difere dos resultados observados por Cerdeira Filho (2008) que verificou este efeito em 6% de uma amostra de 111 pacientes. Entretanto, este dado foi levantado através da coleta de informações em prontuários, o que pode ter resultado na diferença observada. A candidose foi refer ida em 52,3% dos casos correspondendo a 11 pacientes, achado próximo ao encontrado por Cardoso et al.(2005) os quais observaram a presença de candidose em cinco dos 12 pacientes analisados Braz J Periodontol - September 2013 - volume 23 - issue 03 - 23(3):30-38 37An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393 (41,6%). Foi observado uma porcentagem de 47,6% de pacientes referindo disgeusia como efeito pós-radioterapia, diferindo dos valores encontrados por Sawada et al. (2006) de 72% e Cardoso et al. (2005) de 100% da amostra estudada. Sobre os hábitos de escovação, seis pacientes (28,5%) referiram não escovar os dentes todos os dias, sete pacientes (46,6%) trocam a escova de dente a cada três meses e apenas três (15,7%) realizam a técnica de Bass modificada para a escovação. Com relação à escovação da língua, treze pacientes (61,9%) relataram escová-la, sendo que destes, cinco (35,7%) realizam após todas as escovações e treze (61,9%) utilizavam a própria escova de dente para higienizá-las. Quanto ao uso de prótese, dez pacientes (47,6%) a utilizam, sendo que nove pacientes, 42,8% do total da amostra fazem uso de prótese total e um paciente prótese fixa e para higienizá-las, oito pacientes (80,0%) utilizam a própria escova. Araújo et al. (2008) utilizando questionários observaram que dos 25 pacientes estudados, 43% usavam prótese total superior e 23,3% prótese total inferior. De 13 (61,9%) pacientes que utilizam enxaguatórios bucais, nove (69,2%) utilizam bicarbonato de sódio e quatro demais marcas comerciais. De acordo com Albuquerque e Camargo (2007) o bochecho com bicarbonato de sódio deixa o meio bucal alcalino e interfere na redução de colonização bacteriana e candidose bucal, no entanto, pesquisas apontam impacto negativo no paladar e sensação desagrável com o uso. Segundo Moysés e Watt (2000), a Promoção de Saúde visa atuar sobre os determinantes biológicos, sociais e ambientais do processo saúde-doença, proporcionando maior autonomia ao paciente sobre a sua saúde e o cuidado de si mesmo. Em busca dessa prática devem ser conhecidos os fatores que causam dano à saúde bucal do paciente oncológico, comprometendo assim sua qualidade de vida. O papel do cirurgião-dentista dentro da equipe oncológica multidisciplinar é de proporcionar um cuidado integral para o paciente, prevenindo e atuando sobre condições bucais deletérias consequentes da terapêutica. As consequências adversas à saúde bucal relacionada às diversas formas de tratamento do câncer de cabeça e pescoço podem ser minimizadas através do adequado planejamento cirúrgico, com ações de promoção de saúde bucal (ARAÚJO et al. 2007). CONCLUSÃO Diante do exposto conclui-se que os efeitos da radiação acometeram um percentual significativo da amostra e apesar da maioria dos pacientes terem realizado tratamento odontológico antes do tratamento radioterápico apenas um se consultou durante a realização do mesmo, além disso, o conhecimento sobre higiene bucal está aquém do esperado. Portanto, é importante que se faça uma ampla divulgação dos efeitos, cuidados e prevenção a serem realizados por pacientes e cirurgiões-dentistas visto que a prevenção é fundamental para minimizar, prevenir ou controlar os danos à saúde bucal causado pelo tratamento radioterápico, colaborando desta forma para uma melhor qualidade de vida. ABSTRACT The aim of this study was to evaluate through questionnaires if patients irradiated in the head and neck, properly received dental care before and during radiotherapy treatment in order to prevent or minimize such effects and evaluate the oral hygiene habits realized. Out of 21 patients under treatment at Frei Galvão Hospital (Guaratinguetá/SP), 7 realized applications for 15 days (1 to 20 applications), 7 for 30 days (21 to 30 applications) and 7 for 60 days (31 to 40 applications). Among the 21 participants, 16 (76.1%) were male and 5 (23.8%) were female. Results showed that 15 (71.4%) underwent dental treatment before radiotherapy; 18 (85.7%) reported effects of radiation being the most cited: xerostomia 17 (80.9%), dysgeusia 17 (80.9%) and blemishes or skin irritation 14 (66.6%). Regarding oral hygiene 8 (38.10%) brush their teeth three times a day, only 5 (23.8%) underwent periodontal scaling 6 months prior to radiation. Thus, it was concluded that radiation affected a significant percentage of the sample causing some oral damage; although most patients have been treated before radiotherapy only one was monitored during it. Knowledge about oral hygiene was less than expected. UNITERMS: radiotherapy, radiotherapy effects, head and neck cancer AGRADECIMENTO À UNITAU pela concessão de bolsa de estudos através do Programa de Iniciação Científica. Braz J Periodontol - September 2013 - volume 23 - issue 03 - 23(3):30-38 38 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1- Cotran S, Robbins SL, Kumar V, et al. Fundamentos de Patologia. 7ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier. 2006. p.153. 2- Instituto Nacional de Câncer, INCA Estimativa 2012. Disponível em URL: http://www.inca.gov.br/estimativa/2012/index.asp?ID=5. Acesso em: 08 de maio de 2010. 3- Barasch A, Safford M. Oral cancer and oral effects od anticancer therapy Mt Sinai J Med. 1998; 65, 370-77. 4- Sawada NO, et al. Efeito da radioterapia na qualidade de vida dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço, Revista Brasileira de Canceriologia. 2006; 4: 52, 323-29. 5- Da Silva LCF. Avaliação dos fatores de risco dentais e de malignidade em radioterapia da cabeça e do pescoço, Rev. de Cirug. e Traum. Buco-maxilo-facial. 2004; 3: 4, 187-95. 6- Cardoso MFA, et al. Prevenção e controle das sequelas bucais em pacientes irradiados por tumores de cabeça e pescoço, Radiologia Brasileira. 2005; 2: 38, 107-15. 7- Tolentino ES, et al. Oral adverse effects of head and neck radiotherapy: care guideline for irradiated patients, J Appl Oral Sci. 2011; 5: 19, 448-54. 8- Jham BC, Freire ARS. Complicações bucais da radioterapia em cabeça e pescoço, Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. 2006; 5: 72, 704-08. 9- Albuquerque ILS, Camargo TC. Prevenção e tratamento da mucosite oral induzida por radioterapia: revisão de literatura, Revista Brasileira de Canceriologia. 2007; 2: 53, 195-209. 10- Lobo ALG, Martins GB. Consequências da radioterapia na região de cabeça e pescoço: revisão de literatura, Revista Portuguesa de Estomatologia. 2009; 50: 4, 251-55. 11- Marinho TG, et al. Complicações da radioterapia de cabeça e pescoço: revisão de literatura, Cadernos da graduação-ciências biológicas e da saúde. 2011; 13: 13, 81-7. 12- Albuquerque RA, et al. Protocolo de atendimento odontológico a pacientes oncológicos pediátricos: revisão de literatura, Rev. Odontologia da UNESP. 2007; 36: 3, 275-80. 13- Ramos FMM, et al. O papel do Cirurgião-Dentista na radioterapia de cabeça e pescoço, Odontologia. Clí. Científ. 2005; 4: 2, 89-94. 14- Freitas DA. Sequelas bucais da radioterapia de cabeça e pescoço; Rev. CEFAC. 2011; 13: 6,1103-108. 15- Santos MG, et al. Fatores de risco em radioterapia de cabeça e pescoço, Rev Gaucha Odontol. 2010; 58: 2, 191-96. 16- Kignel S. Lesões bucais. São Paulo; 2010. Disponível em URL : http:// www.lesoesbucais.com.br/ler_artigo.asp?codigo=54&cat=5 Acesso em: 20 de abril de 2010. 17- Grimaldi N, et al. Conduta do cirurgião-dentista na prevenção e tratamento da osteorradionecrose: revisão de literatura, Revista Brasileira de Canceriologia. 2005; 51: 4, 319-24. 18- Guelardi IR, et al. A Necessidade da Avaliação e Tratamento Odontológico Pré-Radioterapia, Prática Hospitalar. 2008; 10: 58, 149-51. 19- Lima AAS, et al. Conhecimento de universitários sobre câncer bucal, Rev Bra de Canceriologia. 2005; 51: 4, 283-88. 20- Araújo SSC, et al. Saúde Bucal e Qualidade de Vida em Pacientes com Câncer de Cabeça e Pescoço, Rev Fac Odontol. 2007; 48: 1/3, 73-6. 21- Lima AASL. Velocidade do fluxo e Ph salivar após radioterapia da região de cabeça e pescoço, Rev Bra de Canceriologia. 2004; 50: 4, 287-93. 22- Muniz RM, Zago MMF. A experiência da radioterapia oncológica para pacientes: um remédio-veneno, Rev. Latino-am Enfermagem. 2008; 16: 6, 25-32. 23- Araújo SSC, et al. Avaliação da Condição da Saúde Bucal e da Qualidade de Vida de Pacientes com Câncer de Cabeça e Pescoço Atendidos Em um Hospital Público de Porto Alegre, Rev Brasileira de Canceriologia. 2008; 55: 2, 129-38. 24- Cacceli EMN, et al. Avaliação da mucosite e xerostomia como complicações do tratamento de radioterapia no câncer de boca e orofaringe, Rev Bras Cir Cabeça Pescoço. 2009; 38: 2, 80-3. 25- Machado BCP, et al. Avaliação da qualidade de vida dos pacientes portadores de câncer de cabeça e pescoço no Estado do Maranhão, Rev Brasileira de Pesquisa em Saúde, 2009; 11: 4, 62-8. 26- Nicolatou-Galitis O, et al. Oral candidiasis in head and neck câncer patients receiving radiotherapy with aminofostine cytoprotection, Oral Oncol. 2003; 39: 4, 397-401. 27- Cintra AB, et al. Deglutição após Quimioterapia e Radioterapia Simultânea para Carcinomas de Laringe e Hipofaringe, Rev Assoc Med Bras. 2005; 51: 2, 93-9. 28- Cerdeira FF. Prevalência de lesões bucais em pacientes submetidos a radioterapia, associada ou não a quimioterapia para o tratamento de câncer localizado na região de cabeça e pescoço, UNIGRANRIO, Rio de Janeiro, 2008. Disponível em: http://www.unigranrio.br/ unidades_adm/pro_reitorias/propep/stricto_sensu/cursos/mestrado/ ppg_odontologia/galleries/download/Dissertacao_Francisco_Cerdeira_ UNIGRANRIO.pdf. Data de acesso: 28 de outubro de 2012. 29- Moysés ST, Watt R. Promoção de Saúde Bucal – Definições. In: BUISCHI, Y. de P. Promoção de Saúde Bucal na Clínica Odontológica, EAP-APCD Artes Médicas 2000; 3-22. Endereço para correspondência: Alexandre Prado Scherma Av. Monte Castelo, 307 – Jaboticabeiras CEP:12030-660 – Taubaté – SP Tels.: (12) 36811289 / (12) 81179232 E-mail: scherma@uol.com.br
Compartilhar