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1 AGÊNCIA NACIONAL DE PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS (ANP) Lei n. 9.478/1997 Trata-se de Agência Reguladora vinculada ao Ministério das Minas e Energia, criada pela Lei n. 9.478/1997 (art. 7º e seguintes). Sua finalidade é promover a regulação, a contratação e a fiscalização das atividades econômicas integrantes da indústria do setor, cabendo-lhe elaborar os editais e promover as licitações para a concessão de exploração, desenvolvimento e produção, celebrando os contratos delas decorrentes e fiscalizando a sua execução (art. 8º, IV). 2 A ANP é dirigida, em regime de colegiado, por uma Diretoria composta de um Diretor-Geral e quatro Diretores. Sua estrutura organizacional também comporta um Procurador-Geral. Os membros da Diretoria serão nomeados pelo Presidente da República, após aprovação dos respectivos nomes pelo Senado Federal. Cumprem mandatos de quatro anos, não coincidentes, permitida a recondução. Na composição da primeira Diretoria da ANP, o Diretor-Geral e dois Diretores foram nomeados pelo Presidente da República por indicação do Ministro da pasta, respectivamente com mandatos de três, dois e um ano. Outros dois Diretores foram nomeados pela regra geral, com mandatos de quatro anos. No que tange a quarentena, a Lei estabelece que terminado o mandato, ou uma vez exonerado do cargo, o ex-Diretor ficará impedido, por 12 meses, de prestar, direta ou indiretamente, qualquer tipo de serviço a empresa das indústrias do petróleo e dos biocombustíveis ou de distribuição. Incorre na prática de advocacia administrativa o ex-Diretor que violar o impedimento previsto nessa regra. 3 Cabem à ANP o controle e o cálculo da distribuição dos valores de royalties, participação especial e pagamentos por retenção de área. O repasse dos recursos é feito pelo Tesouro Nacional, através do Banco do Brasil. A riqueza do subsolo é propriedade do Estado brasileiro. Assim, além dos impostos, as empresas que produzem petróleo e gás natural pagam royalties a municípios, a estados e à União. Quanto a fiscalização, sua atuação começa antes da exploração (pesquisa ou prospecção) e da produção de petróleo e gás natural. A ANP promove estudos geológicos e geofísicos necessários para delimitar as áreas com potencial para produção. Decididas as áreas, a ANP elabora editais e minutas dos contratos, tanto para concessão quanto para partilha,o promove as licitações para a concessão e para a partilha de produção e assina os contratos em nome da União, fiscalizando seu cumprimento. A fiscalização pode ser exercida diretamente ou por órgãos conveniados dos estados, municípios e do DF. 4 EMENTA: COMPETÊNCIA. Criminal. Ação penal. Crime contra a ordem econômica. Comercialização de combustível fora dos padrões fixados pela Agência Nacional do Petróleo. Art. 1º, inciso I, da Lei nº 8.176/91. Interesse direto e específico da União. Lesão à atividade fiscalizadora da ANP. Inexistência. Feito da competência da Justiça estadual. Inteligência do art. 109, IV e VI, da CF. Para que se defina a competência da Justiça Federal, objeto do art. 109, IV, da Constituição da República, é preciso tenha havido, em tese, lesão a interesse direto e específico da União, não bastando que esta, por si ou por autarquia, exerça atividade fiscalizadora sobre o bem objeto do delito. (RE 513446, CEZAR PELUSO, STF.) .
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