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Engenharia de Producao tomo VIII final 12.abr.2017

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Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
 
 
 
MATERIAL INSTRUCIONAL ESPECÍFICO 
 
 
 
 
 
 
 
Tomo VIII
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
2 
Questão 1 
Questão 1.1 
O lote econômico de compra é uma ferramenta importante para empresas que desejam 
minimizar o custo total anual de estoques. Esse custo é formado pelo somatório dos custos 
de pedidos anual, de armazenagem anual e de aquisição anual, sendo o lote econômico de 
compra o ponto mínimo da curva de custo total anual. 
A respeito do lote econômico de compra, assinale a alternativa correta: 
A. O custo de armazenagem anual é independente do tamanho do lote econômico de 
compra. 
B. O custo de pedidos anual pode ser considerado igual a zero, caso a empresa faça todas 
as compras de materiais sem atrasos. 
C. A demanda não precisa ser conhecida para que o lote econômico de compra seja 
encontrado, pois ela não é utilizada no cálculo do custo total anual. 
D. O custo de aquisição anual é calculado a partir dos valores do nível de estoque de 
segurança que a empresa pretende utilizar durante todo o ano. 
E. O lote econômico de compra também pode ser encontrado desconsiderando-se o custo 
de aquisição anual, pois este é sempre constante. 
 
1. Introdução teórica 
 
Lote econômico de compra (LEC) 
 
Segundo Galvão (2012), o lote econômico de compras (LEC) é a situação de equilíbrio 
econômico entre o custo da manutenção dos estoques e o custo das aquisições de material. 
O lote econômico visa a determinar a melhor quantidade a ser solicitada em uma 
compra a fim de se obter o menor custo de aquisição e de armazenagem de determinado 
item (BOWERSOX, 2014). 
A figura 1 mostra como o custo total varia em função do tamanho do lote adquirido. 
Nessa figura, é possível observar que há um tamanho de lote que minimiza o custo: o lote 
econômico de compra. 
 
1Questão 27 – Enade 2014. 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
3 
 
Figura 1. Custo em função do tamanho do lote. 
Fonte. CORRÊA, GIANESI e CAON, 2007. 
 
A determinação do LEC, segundo Slack, Johnston e Chambers (2009), pode ser feita 
pela seguinte expressão: 
 
H
SD
LECQ


2 
 
Na equação, 
Q
 é a quantidade a ser adquirida em cada pedido, 
S
 é o custo de 
colocação do pedido, 
D
 é a demanda do produto por unidade de tempo e 
H
 é o custo de 
armazenagem de uma unidade em estoque por um período de tempo. 
Conhecendo-se o LEC, é possível determinar o tempo entre pedidos (T) e a 
frequência de pedidos por período (F): 
 
D
Q
T 
 
 
Q
D
T
F 
1 
 
Segundo Slack, Johnston e Chambers (2009), o ponto de colocação de um novo 
pedido deve ser aquele em que, respeitado o lead time de entrega do fornecedor, o 
recebimento de um novo pedido coincide com o fim do estoque remanescente. 
 
 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
4 
2. Análise das alternativas 
 
A - Alternativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. A figura 1 mostra que o custo de armazenagem é linearmente dependente 
do tamanho do lote. 
 
B - Alternativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. O custo de colocação de pedidos não depende da época em que eles são 
colocados. Esse custo depende do número de pedidos que são colocados no período. 
 
C - Alternativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. O conhecimento da demanda é importante para a determinação do LEC, 
pois o custo total depende da quantidade armazenada. 
 
D - Alternativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. O custo de aquisição depende do valor unitário do material e do número de 
itens a serem adquiridos, não depende do nível de estoque de segurança. 
 
E - Alternativa correta. 
JUSTIFICATIVA. O LEC é independente do custo de aquisição. Ele depende da quantidade a 
ser adquirida em cada pedido e, também, do custo de colocação do pedido, da demanda do 
produto por unidade de tempo e do custo de armazenagem de uma unidade em estoque por 
dado período de tempo. 
 
3. Indicações bibliográficas 
 
 BOWERSOX, D. J. et al. Gestão logística da cadeia de suprimentos. Porto Alegre: AMGH, 
2014. 
 CORRÊA, L. H.; GIANESI N. G. I.; CAON, M. Planejamento, programação e controle da 
produção. São Paulo: Atlas, 2007. 
 GALVÃO, S. L. Lote Econômico de Compra. Disponível em 
<http://www.portaladm.adm.br/AM/AM17.htm>. Acesso em 16 mai. 2012. 
 SLACK, N.; JOHNSTON, R. e CHAMBERS, S. Administração da produção. São Paulo: 
Atlas, 2009. 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
5 
Questão 2 
Questão 2.2 
A viabilidade econômica de um projeto é analisada considerando-se uma taxa de mínima 
atratividade (TMA), de 3% ao período. O fluxo de caixa previsto para o projeto é 
apresentado a seguir, cujo valor no tempo 0 (zero) é o investimento inicial. Os demais 
valores são o fluxo de caixa líquido. Considere que o investimento inicial no período zero não 
está sujeito a incertezas, porém há incertezas tanto para o valor da TMA quanto para o fluxo 
de caixa liquido futuro, considerando uma série uniforme de A. O quadro apresentado é uma 
matriz de TMA x A, e mostra o fluxo de caixa descontado para a combinação de diferentes 
valores de TMA e A. 
 
Fluxo de caixa do projeto, em R$ 
0 1 2 3 
-3.172,00 A A A 
 
 Valor equivalente, em 0 (zero), do fluxo de caixa líquido A, em R$. 
TMA 1.000,00 1.050,00 1.100,00 1.150,00 1.200,00 
2% 2.884,00 3.028,00 3.172,00 3.316,00 3.461,00 
3% 2.829,00 2.970,00 3.111,00 3.253,00 3.394,00 
4% 2.775,00 2.914,00 3.053,00 3.191,00 3.330,00 
5% 2.723,00 2.859,00 2.996,00 3.132,00 3.268,00 
6% 2.673,00 2.807,00 2.940,00 3.074,00 3.208,00 
 
Com base no exposto, avalie as afirmativas a seguir. 
I. O projeto é economicamente viável. 
II. Não há relação entre o projeto e o quadro apresentado, pois os valores apresentados no 
quadro não podem ser considerados, dado que há incerteza no valor de A. 
III. Considerando a amplitude de taxas de desconto apresentadas, o projeto é 
economicamente inviável para fluxos de caixa líquidos uniformes inferiores a $1.100,00. 
IV. Caso o fluxo de caixa líquido passe a ser $1.150,00, o ponto de equilíbrio econômico 
para o projeto ocorrerá para TMA entre 4% e 5% ao período. 
 
 
2Questão 30 – Enade 2014. 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
6 
É correto apenas o que se afirma em 
A. I e II. B. I e III. C. III e IV. D. I, II e IV. E. II, III e IV. 
 
1. Introdução teórica 
 
Análise de investimento 
 
Considerando que todo investimento deve gerar valor para o investidor, é necessário 
analisar cautelosamente um possível investimento antes de sua efetivação. Entre os 
métodos de análise, os mais conhecidos são: o Valor Presente Líquido (VPL), a Taxa Interna 
de Retorno (TIR) e o Payback (MARQUEZAN, 2006). 
O VPL aponta o valor atual de uma série uniforme de capitais futuros, descontados à 
determinada taxa de juros compostos, por seus respectivos prazos (DAVIS, 2001). 
O VPL pode ser determinado por: 
 
 

 

n
j
j
j
i
FC
VPL
0 1
. 
 
Na equação, i é a taxa de desconto, j é o período genérico que percorre todo o fluxo 
de caixa, FCj é o fluxo no período j, que pode ser positivo (entradas) ou negativo (saídas), 
VPL é o valor presente líquido descontado e n é o número de períodos do fluxo. 
 Nessetipo de análise, considera-se que do investimento retorne o mínimo esperado 
quando o VPL for igual a zero. Dizemos que, nessa situação, ocorre o ponto de equilíbrio 
econômico. 
Caso o VPL seja menor do que zero, o retorno do investimento é menor do que o 
esperado. Caso o VPL seja maior do que zero, o retorno é maior do que o esperado. 
Segundo Davis (2001), entre dois projetos analisados pelo método VPL, o melhor é aquele 
que apresenta o maior valor para o VPL. 
 
2. Solução da questão 
 
Tomando os valores do quadro que mostra o fluxo descontado de A para os vários 
valores de TMA e acrescentando o valor do investimento inicial de R$-3.172,00, obtemos o 
quadro 1, que apresenta o VPL para cada valor de A em cada TMA considerada. 
 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
7 
Quadro 1. Valor Presente líquido para os fluxos considerados nas taxas consideradas. 
 
Valor presente líquido considerando o investimento inicial de R$3.172,00 
TMA 1.000,00 1.050,00 1.100,00 1.150,00 1.200,00 
2% -288,00 -144,00 0,00 144,00 289,00 
3% -343,00 -202,00 -61,00 81,00 222,00 
4% -397,00 -258,00 -119,00 19,00 158,00 
5% -449,00 -313,00 -176,00 -40,00 96,00 
6% -499,00 -365,00 -232,00 -98,00 36,00 
 
No quadro 1, a área sombreada apresenta VPL maior do que zero ou igual a zero, o 
que se refere a situações acima do ponto de equilíbrio econômico, ou seja, aquelas em que 
o retorno é maior ou igual ao mínimo esperado. 
 
3. Análise das afirmativas 
 
I - Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. O VPL é maior do que zero ou igual a zero para fluxos com valores maiores 
do que R$1.100,00 ou iguais a R$1.100,00. 
 
II - Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. Existe relação entre o projeto e os dados do quadro. O quadro faz a 
projeção para os diversos valores de A e TMA. Ele é uma ferramenta de análise importante. 
 
III - Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. Como é possível observar no quadro 1, o VPL é positivo para fluxos de 
caixa maiores do que R$1.100,00 ou iguais a R$1.100,00. Logo, os fluxos abaixo desse valor 
tornam o projeto inviável. 
 
IV - Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. Com o fluxo de R$1.150,00, a taxa de 4% fornece VPL positivo (R$19,00) e 
a taxa de 5% fornece VPL negativo (R$-40,00). O valor nulo, que é o ponto de equilíbrio, irá 
ocorrer com taxa entre 4% e 5%. 
 
Alternativa correta: C. 
 
 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
8 
4. Indicações bibliográficas 
 
 DAVIS, M. M.; AQUILANO, N. J.; CHASE, R. B. Fundamentos da administração da 
produção. São Paulo: Bookman, 2001. 
 MARQUEZAN, L. H. F.; BRONDANI, G. Análise de investimentos. Revista Eletrônica de 
Contabilidade. n .1, jan. - jun. Santa Maria, 2006. vol. III. 
 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
9 
Questão 3 
Questão 3.3 
O pensamento enxuto considera que devem ser reduzidos os desperdícios de todos os níveis 
do processo de produção. O gerente de produção de uma determinada empresa participa de 
um projeto de desenvolvimento de produto, que objetiva obter uma nova plataforma de um 
modelo já existente na empresa. Levando em consideração o pensamento enxuto, o gerente 
de produção propõe para a equipe de desenvolvimento o uso da técnica Failure Mode and 
Effect Analysis (FMEA), tanto no desenvolvimento do produto como no novo processo de 
produção. 
Considerando as especificidades da técnica FMEA, avalie as afirmativas a seguir. 
I. Para a elaboração do FMEA de um processo, as fontes de informações necessárias são os 
dados dos fornecedores. 
II. A aplicação da técnica FMEA tem como objetivo aumentar a confiabilidade do produto ou 
processo. 
III. O uso da técnica FMEA no projeto de um novo produto possibilita a redução de dois tipos 
de desperdícios do pensamento enxuto: defeitos e superprodução. 
IV. O índice de risco no FMEA resulta da multiplicação entre índices de severidade (S), 
ocorrência (O) e detecção (D). 
É correto apenas o que se afirma em 
A. I e III. 
B. II e III. 
C. II e IV. 
D. I, II e IV. 
E. I, III e IV. 
 
1. Introdução teórica 
 
Failure Mode and Effect Analysis (FMEA) 
 
A ferramenta conhecida como FMEA, que corresponde à sigla formada pelas iniciais 
de Failure Mode and Effect Analysis, é uma ferramenta usada para aumentar a 
confiabilidade de um produto durante a fase de projeto ou a fase processo. Em resumo, a 
 
3Questão 29 – Enade 2014. 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
10 
FMEA consiste em sistematizar atividades para detectar possíveis falhas e avaliar seus 
efeitos no projeto ou durante o processo (TAHARA e AMIGO, 2012). 
Há quatro tipos de FMEA: de produto, de processos, de sistemas e de serviços. As 
etapas e a maneira de realização são as mesmas, mas os objetivos são diferentes. 
Na FMEA de produto, objetiva-se evitar falhas no produto ou no processo decorrentes 
do projeto. 
Na FMEA de processos, objetiva-se reduzir ou eliminar modos de falhas do processo, 
tendo como base as não conformidades do produto com as especificações do projeto. 
Na FMEA de sistemas, objetiva-se focar nos modos de falhas entre funções do 
sistema. Estão incluídas as interações entre sistemas e elementos dos sistemas. 
Na FMEA de serviços, são analisados os serviços antes do contato com o consumidor. 
O método FMEA consiste basicamente na identificação e na disposição, em uma 
tabela, de todos os modos de falha em potencial. Tendo os modos de falha tabelados, eles 
deverão ser analisados e classificados em relação a três aspectos: severidade, detecção e 
ocorrência. Para cada aspecto, será criado um índice. Pela multiplicação entre eles, têm-se à 
disposição os modos de falha ordenados de acordo com a sua importância. Dessa maneira, 
obtém-se uma tabela que auxilia na tomada de decisões de mudanças relacionadas com o 
aumento de confiabilidade no projeto (TAHARA e AMIGO, 2012). 
 
2. Análise das afirmativas 
 
I - Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. A FMEA é uma ferramenta que consiste em sistematizar atividades para 
detectar possíveis falhas e avaliar seus efeitos no projeto ou no processo. 
 
II - Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. Como afirma Tahara e Amigo (2012), a FMEA é uma ferramenta utilizada 
para aumentar a confiabilidade de um produto durante a fase de projeto ou processo. 
 
III - Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. A FMEA é uma ferramenta usada para a detecção de possíveis falhas no 
produto, no processo sistemas e nos serviços. 
 
 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
11 
IV - Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. Como afirma Tahara e Amigo (2012), o método FMEA consiste na criação 
de índices relacionados a três aspectos: severidade, detecção e ocorrência. Pela 
multiplicação entre eles, são obtidos índices que, colocados em ordem decrescente, 
mostram os modos de falha ordenados de acordo com sua importância, de acordo com a 
ordem do risco da ocorrência de falha. 
 
Alternativa correta: C. 
 
3. Indicação bibliográfica 
 
 TAHARA, S.; AMIGO, C. FMEA (Failure Mode and Effect Analysis). Portal do 
conhecimento, nov. 2012. Disponível em 
<http://www.portaldeconhecimentos.org.br/index.php/por/Conteudo/FMEA-Failure-
Mode-and-Effect-Analysis>. Acesso em 03 mar. 2016. 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
12 
Questão 4 
Questão 4.4 
Nem sempre os resíduos gerados pós-consumo, pós-venda ou industriais são projetados 
para serem insumos de uma cadeia de suprimentos reversa.Todavia, quando há limitações 
de recursos naturais, o seu reuso é e deve ser estimulado. Considere que uma empresa 
implantou o Programa Ciclo Sustentável, que consiste na reciclagem de seus produtos 
eletroeletrônicos e eletrodomésticos. Em operação desde 2008, esse programa recebe, em 
postos credenciados localizados em todo o Brasil, os produtos que os consumidores não 
utilizam e/ou não pretendem mais utilizar. Todos os produtos recolhidos são encaminhados 
a local ambientalmente adequado, onde cada componente presente em sua composição é 
devidamente tratado. Dessa forma, os produtos completarão seu ciclo de vida de maneira 
sustentável, mitigando os impactos no meio ambiente, com participação e contribuição 
direta do consumidor. 
A partir do texto apresentado, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. 
I. A logística reversa deve ser considerada no projeto de desenvolvimento de produtos, 
pois tem por objetivo descartar/encaminhar apropriadamente os resíduos gerados e os 
produtos não mais em uso, de forma a se obter um ciclo de vida mais sustentável. 
PORQUE 
II. Os canais reversos estabelecem o papel da logística reversa na sustentabilidade, que 
consiste em reduzir o uso de recursos não renováveis e a geração de resíduos nocivos ao 
ambiente. 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
A. As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II justifica a I. 
B. As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II não justifica a I. 
C. A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa. 
D. A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira. 
E. As asserções I e II são proposições falsas. 
 
 
 
 
 
 
4Questão 22 – Enade 2014. 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
13 
1. Introdução teórica 
 
Logística reversa 
 
A Lei Nº 12.305/10 instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e a 
responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos: dos fabricantes, importadores, 
distribuidores, comerciantes, cidadãos e titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos 
urbanos na logística reversa dos resíduos e embalagens pós-venda e pós-consumo (MMA, 
2016). 
A logística reversa é a área da logística empresarial que planeja, opera e controla o 
fluxo e as informações logísticas correspondentes ao retorno dos bens de pós-venda e de 
pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, agregando-lhes valor de diversas 
naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros 
(LEITE, 2012). 
Segundo Guarnieri (2011), a logística reversa operacionaliza o retorno de bens de 
pós-venda e de pós-consumo que possam ter como destinos os mercados de reciclados ou 
que possam ser reutilizados, incinerados para gerar energia, vendidos em partes etc. 
A logística reversa é o segmento da cadeia de suprimentos que trata dos processos 
logísticos de produtos que já foram vendidos em duas frentes. A primeira frente refere-se ao 
fluxo de retorno de produtos que foram entregues com algum problema ou alguma avaria e 
de produtos que o produtor assume a responsabilidade após sua vida útil. A segunda frente 
refere-se ao fluxo de retorno de produtos destinados basicamente à venda, à reutilização ou 
à reciclagem (SILVA, 2016). 
O conceito de ciclo de vida está associado ao conceito da logística reversa. Do ponto 
de vista financeiro, fica evidente que, além dos custos de matéria-prima, produção e 
armazenagem, o ciclo de vida de um produto inclui o custo do gerenciamento de seu fluxo 
reverso, que é uma forma de avaliar o impacto do produto no meio ambiente durante toda 
sua vida (LACERDA, 2013). 
Existe uma clara tendência de que a legislação ambiental caminhe no sentido de 
tornar as empresas cada vez mais responsáveis por todo ciclo de vida de seus produtos. Isso 
significa ser legalmente responsável pelo seu destino após a entrega dos produtos aos 
clientes e pelo impacto que eles produzem no meio ambiente. 
 
 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
14 
2. Análise das asserções 
 
I - Asserção correta. 
JUSTIFICATIVA. De acordo com Leite (2012), a logística reversa planeja, opera e controla o 
fluxo e as informações logísticas correspondentes ao retorno dos bens de pós-venda e de 
pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, agregando-lhes valor de diversas 
naturezas: valor econômico, valor ecológico, valor legal, valor logístico e valor de imagem 
corporativa, entre outros. 
 
II – Asserção correta. 
JUSTIFICATIVA. Os canais reversos representam a forma operacional da logística reversa, e 
não a razão de sua existência. Por meio do fluxo reverso, o retorno dos produtos destina-se 
à venda, à reutilização ou à reciclagem. 
 
Alternativa correta: B. 
 
3. Indicações bibliográficas 
 
 GUARNIERI, P. Logística reversa: em busca do equilíbrio econômico e ambiental. Recife: 
Clube dos Autores, 2011. 
 LACERDA, L. Logística reversa: uma visão sobre os conceitos básicos e as práticas 
operacionais. Disponível em <http://www.sargas.com.br/site/index.php?option 
=com_content&task=view&id=78&Itemid=29>. Acesso em 06 fev. 2013. 
 LEITE, P. R. Logística reversa: nova área da logística empresarial. Tecnologística. São 
Paulo: Ano 8, n. 78, maio 2012. 
 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA). Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). 
Disponível em <http://www.mma.gov.br/pol%C3%ADtica-de-res%C3%ADduos-
s%C3%B3lidos>. Acesso em 08 mar. 2016. 
 SILVA, G. A. B. Planejamento e gestão da logística reversa: oportunidades para redução 
de custos. Disponível em <https://www.linkedin.com/pulse/planejamento-e-gest%C3%A 
3o-da-log%C3%ADstica-reversa-para-redu%C3%A7%C3%A3o-alves>. Acesso em 08 
mar. 2016. 
 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
15 
Questão 5 
Questão 5.5 
Uma empresa desenvolve, fabrica e vende equipamentos de medição de alta tecnologia. 
Atualmente a equipe de engenharia de um determinado produto desenvolve um novo 
instrumento de medição. Quatro protótipos do equipamento foram manufaturados e 
submetidos a teste. Uma peça padrão com dimensão de 50mm foi usada como padrão de 
referência. Cada protótipo do instrumento foi utilizado para fazer sete medições na 
dimensão da peça padrão por um mesmo operador. 
Os resultados são apresentados na figura a seguir. O centro do alvo representa o valor 
verdadeiro da dimensão da peça padrão e os pontos representam os resultados das sete 
medidas da característica. 
 
 
 
Com relação aos resultados mostrados na figura e às definições de exatidão (capacidade de 
medir corretamente, em média, o verdadeiro valor da característica) e precisão 
(variabilidade inerente às medidas), avalie as seguintes afirmações conforme o que a equipe 
de engenharia do produto da empresa deveria inferir. 
I. O instrumento A é mais exato que o instrumento C e ambos são precisos. 
II. O instrumento D é mais exato que o instrumento B e ambos não são precisos. 
III. Os instrumentos A e B são exatos, mas o instrumento A é mais preciso que o 
instrumento B. 
 
5Questão 21 – Enade 2014. 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
16 
IV. Os instrumentos C e D são exatos, mas o instrumento C é mais preciso que o 
instrumento D. 
V. O instrumento A é mais exato que o instrumento D, mas o instrumento D é mais preciso 
que o instrumento A. 
É correto apenas o que se afirma em 
A. II e IV. B. I, III e V. C. I, IV e V. D. II, IIIe IV. E. I, II, III e IV. 
 
1. Introdução teórica 
 
Valor verdadeiro, precisão e exatidão 
 
O objetivo final de um processo de medição é a determinação do valor verdadeiro de 
uma grandeza física experimental. O valor verdadeiro também é conhecido como valor alvo 
(LIMA JR., 2012). 
A qualidade do resultado de uma medição está associada aos conceitos de exatidão e 
de precisão. O conceito de exatidão refere-se ao grau de aproximação de uma medida com 
seu valor alvo. Ou seja, quanto mais próxima do valor verdadeiro correspondente, mais 
exata é a medida. O conceito de precisão refere-se à dispersão entre medidas repetidas sob 
as mesmas condições. Medidas precisas são menos dispersas, ou seja, elas tendem a 
fornecer os mesmos resultados, mas não necessariamente resultados próximos do valor 
alvo, quando repetidas sob as mesmas condições (LIMA JR., 2012). 
Uma maneira gráfica de conceituar a exatidão e a precisão de medidas é apresentada 
na figura 1. 
 
 
Figura 1. Precisão e exatidão. 
Fonte. Sawada, 2016. 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
17 
 A figura 1 mostra quatro resultados tendenciosos: cada qual apresenta um significado 
distinto e específico, conforme segue (SAWADA, 2016). 
 Caso (a). Situação ideal, na qual os resultados encontram-se no centro do alvo (exato) e 
muito próximos um do outro (preciso). 
 Caso (b). Os resultados estão muito próximos entre si (precisos), mas estão distantes do 
centro do alvo (não exatos). 
 Caso (c). Os resultados estão espalhados em torno do alvo (não precisos), mas a média 
está próxima do centro do alvo (exata). 
 Caso (d). Pior situação, pois os resultados encontram-se dispersos e, por isso, 
considerados não precisos e não exatos. 
 
2. Análise das afirmativas 
 
I - Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. O instrumento A é mais preciso do que o instrumento C. Vale ressaltar que 
ambos não são exatos. 
 
II - Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. A média do instrumento D está próxima do valor alvo, embora o 
instrumento D não seja preciso. O instrumento B. além de não ser preciso, também não é 
exato. 
 
III - Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. Os instrumentos A e B não são exatos. 
 
IV – Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. Os instrumentos C e D são exatos (a média das medidas é próxima ao valor 
alvo). O instrumento C mede valores muito mais próximos do valor exato do que o 
instrumento D. 
 
V - Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. O instrumento A é mais preciso do que o instrumento D. O instrumento D é 
mais exato do que o instrumento A. 
 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
18 
Alternativa correta: A. 
 
3. Indicações bibliográficas 
 
 LIMA JR., P. et al. O laboratório de Mecânica. Porto Alegre: IF-UFRGS, 2012. 
 SAWADA, O. K. Precisão e exatidão não são a mesma coisa. Disponível em 
<http://www.mundodametrologia.com.br/2014/09/precisao-e-exatidao-nao-sao-mesma-
coisa.html>. Acesso em 08 mar. 2016. 
 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
19 
Questão 6 
Questão 6.6 
Em projetos de desenvolvimento de novos produtos, considera-se que a participação de uma equipe 
profissional multidisciplinar contribui para o sucesso do projeto. Com relação à participação do 
representante da manufatura na equipe de projeto, espera-se que sejam usados os princípios do 
DFMA (Design for Manufacturing and Assembly) nas fases de desenvolvimento. 
BOOTHROYD, G; DEWHURST, P; KNIGHT, W.A. Product design for manufacture and assembly. 3 ed. Boca Raton: Taylor 
and Francis Group, LCC, 2011 (com adaptações). 
 
Considerando as especificidades e princípios do DFMA, avalie as afirmativas a seguir. 
I. É esperado que o produto resultante passe por menos etapas de produção e, como 
consequência, tenha menor tempo de produção. 
II. O design do produto, resultante do projeto, terá maior grau de novidade. 
III. A participação do representante da manufatura reduzirá custos de execução do projeto. 
IV. É almejado que o novo produto apresente menor número de componentes ou peças. 
É correto apenas o que se afirma em 
A. I e IV. 
B. II e III. 
C. III e IV. 
D. I, II e III. 
E. I, II e IV. 
 
1. Introdução teórica 
 
A técnica DFMA para o projeto de produtos 
 
Segundo Corrêa e Corrêa (2012), o projeto de um produto deve levar em conta não 
só o produto em si, mas também o processo de sua produção. Os processos, muitas vezes, 
restringem as possibilidades dos projetistas. Além disso, pequenas alterações no produto 
podem promover grandes alterações no processo de sua produção. 
A partir da década de 1990, as empresas passaram a usar métodos interativos para o 
desenvolvimento de produtos. Esses métodos usam equipes multidisciplinares que realizam 
simultaneamente muitas partes do desenvolvimento do produto. As vantagens desse tipo de 
abordagem para o desenvolvimento do produto estão na redução do número de problemas 
na produção, dos problemas de qualidades do produto produzido, do tempo para o 
 
6Questão 20 – Enade 2014. 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
20 
lançamento, dos custos de desenvolvimento e do tempo de retorno do investimento (SLACK 
et al, 2015). 
Segundo Tahara (2016), o Design for Manufacturing and Assembly (DFMA) é uma 
filosofia que utiliza diferentes conceitos, técnicas, ferramentas e métodos para aperfeiçoar a 
fabricação de componentes ou para simplificar a montagem de produtos. 
Geralmente, o DFMA é subdividido em duas abordagens: o projeto para manufatura 
(DFM) e o projeto para montagem (DFA) (SILVA e MELLO, 2008). 
No DFM, é considerada a aplicação de conceitos que diminuam os custos com a 
utilização de equipamentos, tais como a redução das etapas de fabricação e do número de 
equipamentos utilizados. Essa redução é considerada um fator crucial às empresas. No DFA, 
o foco é a redução da quantidade de componentes. 
Além da redução da quantidade de componentes, durante as análises de DFA, deve 
ser levada em consideração a obtenção de ganhos por meio de outros fatores, tais como 
transporte, manutenção e diminuição na geração de resíduos. 
Mello (2016) afirma que as ações gerais do DFMA são: 
 reduzir ao mínimo a quantidade de peças; 
 projetar no sentido de haver número mínimo de componentes; 
 procurar padronizar materiais, processos e componentes; 
 determinar o impacto no custo do uso de materiais e processos; 
 usar a ergonomia como ferramenta de produtividade; 
 facilitar o manuseio de peças e componentes. 
 
2. Análise das afirmativas 
 
I - Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. A redução de custos com a aplicação de equipamentos implica a redução de 
etapas de fabricação e, por consequência, a redução no tempo de produção. 
 
II - Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. A técnica DFMA é voltada para a simplificação do produto e para a redução 
de etapas de fabricação. 
 
III - Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. A execução do projeto não é abordada pela técnica DFMA. 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
21 
IV - Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. Um dos objetivos da técnica é a simplificação do produto, que passa pela 
redução do número de componentes. 
 
Alternativa correta: A. 
 
3. Indicações bibliográficas 
 
 CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração da produção e operações manufatura e 
serviços: uma abordagem estratégica. São Paulo: Atlas, 2012. 
 MELLO, C. H. P. Técnicas de desenvolvimento de produtos. Disponível em 
<http://www.carlosmello.unifei.edu.br/Disciplinas/epr-707/DFMA_2010_R0.pdf>.Acesso 
em 09 mar. 2016. 
 SILVA, C. E. S; MELLO, C. H. P. Planejamento e projeto de produto. Itajubá: UNIFEI, 
2008. 
 SLACK, N. et al. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 2015. 
 TAHARA, S. DFMA (Design for Manufaturing and Assembly). Disponível em 
<http://www.portaldeconhecimentos.org.br/index.php/por/content/view/full/9447>. 
Acesso em 09 mar. 2016. 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
22 
Questão 7 
Questão 7.7 
Uma empresa do setor moveleiro pretende lançar no mercado uma nova linha de produtos 
que atenda ao critério de prevenção de acidentes, conforme diretrizes do Ministério do 
Trabalho, e identificar os riscos potenciais ao ambiente de trabalho a fim de determinar 
quais os meios para diminui-los. Duas soluções para o projeto foram apontadas: a primeira é 
o uso de madeira plástica, que é um produto fabricado a partir de plástico reciclado e fibras 
vegetais, com vantagem de ser resistente à umidade; e a segunda é a substituição de 
resinas químicas derivadas do petróleo por adesivos à base de tanino, extraído de material 
vegetal, como a casca da acácia negra. 
A respeito do conceito e dos princípios de segurança do trabalho, a melhoria da nova resina 
aplicada ao produto deve ser vista como critério de prevenção para o trabalhador referente 
A. aos fatores relacionados com o ambiente de trabalho, devido à liberação de 
componentes que podem comprometer a saúde do trabalhador. 
B. aos fatores que causam desconforto, aumentam o risco de acidentes e podem causar 
danos consideráveis à saúde do trabalhador no posto de trabalho. 
C. ao enfoque ergonômico para desenvolver postos de trabalho que reduzam as exigências 
biomecânicas, procurando colocar o operador em uma boa postura de trabalho e 
eliminando desconfortos. 
D. aos fatores, como a postura adequada do corpo, movimentos corporais, antropometria, 
necessidade de iluminação, ventilação, dimensões de máquinas, ferramenta e, ainda, 
interações com o ambiente externo. 
E. ao conjunto de fatores interdependentes, materiais ou abstratos, que atuam direta e 
indiretamente na qualidade de vida do trabalhador, em condições ambientais 
desfavoráveis, como excesso de calor, ruído e vibrações. 
 
1. Introdução teórica 
 
Riscos no trabalho 
 
Segundo o artigo 19 da Lei N° 8.213/1991, acidente de trabalho é o que ocorre no 
exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação 
 
7Questão 32 – Enade 2014. 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
23 
funcional que cause morte, perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade 
para o trabalho. Segundo o artigo 20 dessa lei, são acidentes de trabalho as doenças 
profissionais desencadeadas pelo exercício do trabalho, adquiridas em função das condições 
de trabalho (CAMPOS, 2014). 
Para evitar acidentes de trabalho, a empresa deve adotar medidas coletivas e 
individuais de proteção e de segurança do trabalhador, como (CAMPOS, 2014): 
 fornecer equipamentos de proteção; 
 dotar máquinas e equipamentos de trabalho de dispositivos de segurança eficientes; 
 treinar os empregados; 
 prestar informações sobre os riscos das operações e da manipulação de produtos. 
Segundo Bastos (2011), são considerados acidentes de trabalho aqueles que, embora 
o trabalho não tenha sido a causa única, contribuem diretamente para a morte, a redução 
ou a perda da capacidade para o trabalho. 
São ainda considerados acidentes de trabalho (BASTOS, 2011): 
 a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua 
atividade; 
 o acidente sofrido pelo empregado, ainda que fora do local e horário de trabalho, na 
execução de ordem ou na realização de serviço; na prestação espontânea de qualquer 
serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; em viagem a serviço 
da empresa, inclusive para estudo, quando financiada para melhor capacitação da mão 
de obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de 
propriedade do empregado; 
 o acidente ocorrido no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para 
aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do 
empregado. 
De maneira geral, dentro do ambiente de trabalho, os riscos aos quais o trabalhador 
está sujeito podem ser agrupados em cinco grupos diferentes: os físicos, os químicos, os 
biológicos, os ergonômicos e os riscos de acidentes de trabalho (SANTOS, 2016). 
Os riscos físicos são os gerados por máquinas, equipamentos e condições físicas 
características do local de trabalho que podem causar prejuízos à saúde do trabalhador. 
Os riscos químicos são representados pelas substâncias químicas que, 
independentemente da forma em que se encontram, podem produzir reações tóxicas e 
danos à saúde quando absorvidas pelo organismo. 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
24 
Os riscos biológicos são aqueles causados por microrganismos como bactérias, 
fungos, vírus, bacilos e outros. Eles são capazes de desencadear doenças devido à 
contaminação e à própria natureza do trabalho. 
Os riscos ergonômicos são relacionados ao ambiente de trabalho que expõe o 
trabalhador a situações que não lhe propiciem bem-estar físico e psicológico. 
Os riscos de acidentes ocorrem em função das condições físicas (do ambiente físico e 
do processo de trabalho) e tecnológicas impróprias, capazes de provocar lesões à 
integridade física do trabalhador (SANTOS, 2016). 
 
2. Análise das alternativas 
 
A - Alternativa correta. 
JUSTIFICATIVA. A substituição do adesivo melhora a qualidade do ambiente de trabalho, 
pois a liberação de componentes químicos na atmosfera do ambiente do trabalho coloca o 
trabalhador em risco por um agente químico. 
 
B, C e D - Alternativas incorretas. 
JUSTIFICATIVA. A troca da resina não altera o posto de trabalho e o ambiente externo. 
 
E - Alternativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. O excesso de ruído e calor é um exemplo de risco físico que não sofre 
alteração com a liberação de componentes pelo adesivo. 
 
3. Indicações bibliográficas 
 
 BASTOS, M. Legislação sobre acidentes de trabalho. Disponível em 
<http://www.mauricio.bastos.nom.br/opinioes-comentarios/17-acidentes-do-trabalho-
doencas-equiparadas.html#post15>. Acesso em 16 fev. 2011. 
 CAMPOS, A. A. M. Cipa – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes: uma nova 
abordagem. São Paulo: SENAC, 2014. 
 SANTOS, Z. Segurança no trabalho e meio ambiente. Disponível em 
<http://www.if.ufrgs.br/~mittmann/NR-9_BLOG.pdf>. Acesso em 09 mar. 2016. 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
25 
Questão 8 
Questão 8.8 
Do ponto de vista ergonômico, é sempre desejável a adaptação individual da altura de 
trabalho. Ao invés de soluções improvisadas, como estrados para os pés ou o aumento das 
pernas das mesas, uma mesa com altura regulável é mais recomendável. Na figura abaixo 
são mostradas as alturas de trabalho desejáveis para atividades em pé, em relação à altura 
das pessoas, sendo que a linha de referência corresponde à altura do cotovelo a partir do 
chão, que é em média 1050mm para os homens e 980mm para as mulheres. 
 
 
KROEMER, K. H. E.; GRANDJEAN, E. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. 5 ed. Porto Alegre: Bookman, 
2005 (com adaptações). 
 
Considerando o texto e a figura, avalie as afirmações a seguir. 
I. Durante o trabalho em pé, se há muita exigência de emprego de força, como em 
trabalhos pesados de montagem, a altura da superfície de trabalho deveser mais baixa: 
entre 150 e 300mm abaixo da altura do cotovelo, conforme situação (c) da figura. 
II. Para um trabalho delicado, por exemplo, desenho, é desejável um apoio de cotovelos, 
sendo a altura adequada entre 50 e 100mm acima da altura do cotovelo, conforme 
situação (a) da figura. 
III. Para trabalhos manuais realizados em pé, as alturas recomendadas são de 50 a 100mm 
abaixo da altura do cotovelo, conforme situação (b) da figura. 
IV. Em atividades manuais com necessidade de espaço para ferramentas, materiais e 
recipientes variados, a altura de trabalho adequada é a da situação (c) da figura, em 
torno de 100 a 150mm abaixo da altura do cotovelo. 
 
8Questão 34 – Enade 2014. 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
26 
V. Para trabalhos de precisão, como manuseio de componentes eletrônicos, podem ser 
consideradas como adequadas as situações (a) e (b) da figura, que vão desde 50mm 
acima da altura do cotovelo a 50mm abaixo da altura do cotovelo. 
É correto apenas o que se afirma em 
A. I, II e III. 
B. I, III e IV. 
C. I, IV e V. 
D. II, III e V. 
E. II, IV e V. 
 
1. Introdução teórica 
 
Ergonomia aplicada ao trabalho 
 
Para da Silva e Barboza (2005), a utilização da ergonomia na empresa tem o objetivo 
de melhorar a qualidade de vida dos colaboradores e reduzir a necessidade de assistência 
médica e o número de acidentes, além de aumentar a eficiência do trabalho humano. 
A ergonomia estuda vários aspectos: a postura e os movimentos corporais, fatores 
ambientais, informação, relações entre mostradores e controles, bem como cargos e tarefas. 
De acordo com Iida (2005), a ergonomia é o estudo da adaptação das condições de 
trabalho ao ser humano. Essas condições abrangem não apenas máquinas e equipamentos, 
mas também toda situação em que ocorre algum relacionamento entre o ser humano e seu 
trabalho. Ela contempla o ambiente físico e os aspectos organizacionais de como o trabalho 
é programado e controlado para produzir os resultados desejados. 
A ergonomia baseia-se em conhecimentos de outras áreas científicas, como a 
antropometria, biomecânica, fisiologia, psicologia, toxicologia, engenharia mecânica, 
desenho industrial, eletrônica, informática e gerência industrial. Ela integrou os 
conhecimentos relevantes dessas áreas, para desenvolver métodos e técnicas específicas 
para aplicação desses conhecimentos na melhoria do trabalho e das condições de vida, tanto 
dos trabalhadores, como da população em geral (DUL e WEERDMEESTER, 2012). 
No que se refere à postura de trabalho, ela deve ser a mais confortável possível. 
Mesmo nas tarefas em que é necessária a permanência em pé, o mobiliário, a iluminação e 
a execução da tarefa devem causar o menor esforço físico possível. 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
27 
A tabela 1 apresenta as recomendações para as alturas das mãos e dos olhos nas 
posturas sentada ou em pé feitas por Dul e Weerdmeester (2012). 
 
Tabela 1. Recomendações para as alturas das mãos e dos olhos, nas posturas sentada ou em pé. 
 
Tipo de tarefa Altura da superfície de trabalho 
Uso dos olhos: muito 
Uso das mãos e braços: pouco 
10 a 30cm abaixo da altura dos olhos 
Uso dos olhos: muito 
Uso das mãos e braços: muito 
0 a 15cm acima da altura do cotovelo 
Uso dos olhos: pouco 
Uso das mãos e braços: pouco 
0 a 30cm abaixo da altura do cotovelo 
Fonte. DUL e WEERDMEESTER, 2012. 
 
Kroemer e Grandjean (2005) apresentam, na figura 1, as alturas de trabalho 
desejáveis para atividades leves em relação à altura das pessoas. 
 
 
Figura 1. Alturas das mesas recomendadas para o trabalho em pé 
Fonte. KROEMER e GRANDJEAN, 2005. 
 
2. Análise das afirmativas 
 
I – Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. Como é possível observar na figura 1, a altura da superfície de trabalho 
para trabalhos pesados deve ficar entre 150 e 300mm abaixo da altura do cotovelo. 
 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
28 
II - Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. Para os trabalhos de precisão, a altura da superfície de trabalho deve estar 
na linha dos cotovelos. 
 
III - Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. Para os trabalhos leves, a superfície de trabalho deve estar entre 50 e 
100mm abaixo da linha dos cotovelos. 
 
IV – Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. Como é possível observar na figura 1, a altura da superfície de trabalho 
para trabalhos pesados deve ficar entre 150 e 300mm abaixo da altura do cotovelo. 
 
V - Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. Para trabalhos de precisão, apenas a posição (a) da figura da questão é 
recomendada. 
 
Alternativa correta: B. 
 
3. Indicações bibliográficas 
 
 DUL, J., WEERDMEESTER, B. Ergonomia prática. São Paulo: Blücher, 2012. 
 KROEMER, K. H. E.; GRANDJEAN, E. Manual de ergonomia – adaptando o trabalho ao 
homem. Porto Alegre: Bookman, 2005. 
 IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. 2. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2005. 
 SILVA, D. A.; BARBOZA, R. J. Ergonomia aplicada ao trabalho. Garça: Revista Científica 
Eletrônica de Administração, ano V, n. 9, dez. 2005. 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
29 
Questão 9 
Questão 9.9 
Uma empresa que atua no envase e distribuição de GLP acaba de anunciar que o Centro 
Operativo (CO) manteve a tríplice certificação das normas NBR ISO 9001, NBR ISO 14001 e 
BS OHSAS 18001. A equipe especializada do órgão certificador concluiu que o CO tem um 
sistema de gestão da qualidade solidamente implementado em todas as áreas produtivas, 
bem como alto nível de comprometimento dos colaboradores com as normas de excelência. 
Manter a certificação do CO é um marco para a empresa e para o setor nacional de GLP, 
pois se trata da primeira unidade operacional de uma distribuidora com atuação nacional a 
se adequar e a permanecer em conformidade com as três normas. Essa unidade 
operacional é modelo corporativo e de excelência de gestão para as demais unidades da 
Companhia espalhadas pelo Brasil que, gradualmente, também passarão pelo processo de 
implantação do Sistema de Gestão Integrado (SGI) a certificação assegura as boas práticas 
de gestão e os novos padrões de trabalho, que trouxeram benefícios à unidade, como 
aumento da eficiência operacional, maior satisfação do cliente em relação à qualidade do 
produto, além de reduções de custo de produção, acidentes e incidentes ambientais e de 
trabalho. 
Considerando os benefícios que o SGI proporcionou à empresa, avalie as afirmações a 
seguir. 
I. Um SGI necessita, obrigatoriamente, da certificação nos três sistemas de gestão: ABNT 
NBR ISO 9001, ABNT NBR ISO 14001 e BS OHSAS 18001. 
II. A ABNT NBR ISO 9001, ABNT NBR ISO 14001e BS OHSAS 18001 referem-se a sistemas 
de gestão da qualidade, a sistemas de gestão ambiental e a sistemas de gestão de 
segurança e saúde ocupacional, respectivamente. 
III. As concessões de certificação desta natureza são concedidas individualmente para 
sistemas de gestão. 
IV. Uma vez certificada, em um sistema de gestão, a empresa necessita, a cada três anos, 
da renovação da certificação com o propósito de confirmar a conformidade com todos os 
requisitos da norma de sistema de gestão. 
É correto apenas o que se afirma em 
A. I e II. B. I e IV. C. II e III. D. I, III e IV. E. II, III e IV. 
 
 
9Questão 33 – Enade 2014. 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
30 
1. Introdução teórica 
 
1.1. ISO 9001 
 
A ISO 9001 trata dosrequisitos para um sistema de gestão da qualidade (SGQ) e é 
uma norma que permite, às organizações, verificar a consistência de seus processos e medir 
e monitorá-los com o objetivo de aumentar a sua competitividade e, com isso, assegurar a 
satisfação de seus clientes. Seu objetivo principal é gerenciar os requisitos do cliente para 
que o entendimento e o atendimento desses requisitos sejam eficazes (RIBEIRO NETO, 
2008). 
Somente há mercado se existir necessidade; se existe necessidade, existem 
requisitos. Para a organização ter sucesso no mercado, ela deve identificar, monitorar e 
atender os requisitos do cliente. 
A ISO 9001 exige padronização de procedimentos, controle de documentos, registros, 
auditorias, manuais, reuniões e pesquisas de satisfação, que são instrumentos para que os 
requisitos do cliente sejam monitorados e atendidos (RIBEIRO NETO, 2008). 
A padronização dos processos baseada na ISO 9001 possibilita a previsibilidade, o 
que minimiza os riscos e os custos de operação, itens decisivos nos resultados econômicos e 
sociais de uma organização (VALLS, 2004). 
 
1.2. ISO 14001 
 
Segundo Lima (2011), as normas ambientais tratam da utilização de recursos 
naturais, sua transformação, seus registros e sua disposição final. As responsabilidades 
ultrapassam as fronteiras das fábricas, que passam a cuidar do meio ambiente em torno da 
atividade produtiva. 
As normas ISO 14000, que estabelecem as diretrizes para a gestão ambiental, foram 
constituídas quando houve a necessidade de se controlar e acompanhar as atividades 
industriais quanto à proteção ambiental (SOUZA, 2012). Nessa série, encontra-se a ISO 
14001, cuja finalidade básica é fornecer às organizações os requisitos necessários de um 
sistema de gestão ambiental eficaz (ANDREOLI, 2012). 
Segundo Barbato e Blatt, apud SOUZA (2012), a ISO 14000 protege as organizações 
que respeitam as leis e os princípios da conservação ambiental. O principal objetivo da 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
31 
norma é adequar a produção de bens às necessidades de preservação do meio ambiente, de 
segurança e saúde no ambiente de trabalho. 
 
1.3. Occupational Health and Safety Assessment Services (OHSAS) 18001 
 
A OHSAS 18001 é uma norma britânica que foi desenvolvida para ser compatível com 
as normas de gestão ISO 9001 e ISO 14001, a fim de facilitar a integração dos sistemas de 
gestão da saúde e da segurança do trabalho aos sistemas de gestão ambiental e aos 
sistemas de gestão da qualidade. 
As normas OHSAS destinam-se a proporcionar às organizações os elementos de 
sistemas de gestão da segurança e de saúde do trabalho eficazes, que possam ser 
integrados a outros requisitos de gestão, com o intuito de ajudar essas organizações a 
atingirem os objetivos econômicos, de segurança e de saúde no trabalho (OHSAS 18001, 
2007). 
Vale lembrar que a certificação de cada norma tem validade de três anos e, para ser 
renovada, é necessário que o processo seja realizado da mesma forma inicial. 
 
1.4. Sistemas de gestão integrada (SGI) 
 
Os sistemas de informações gerenciais (SIG) são sistemas que fornecem as 
informações necessárias para gerenciar com eficácia as organizações. Um SIG gera produtos 
de informação que apoiam as tomadas de decisão administrativa e é o resultado da 
interação colaborativa de pessoas, tecnologias e procedimentos (MARTINEZ, 2015). 
Um SIG pode incluir softwares que auxiliam na tomada de decisão pelo fornecimento 
de informações, abrangendo sistemas especialistas, sistemas de informação executiva e 
sistemas de gestão de pessoas e gestão de projetos. 
Um SIG é um sistema que disponibiliza a informação certa, para a pessoa certa, no 
lugar certo, na hora certa, da forma correta e com o custo adequado (MARTINEZ, 2015). 
Esses sistemas permitem que a gestão da empresa seja feita de forma integrada e 
uniforme. Segundo Ferro, Ferreira Neto e Waqued (2016), os objetivos de um sistema 
integrado de gestão empresarial são aumentar a sobrevivência de uma empresa, controlar 
as atividades, integrar os departamentos e atender às obrigações dos órgãos públicos afetos 
à fiscalização fiscal e tributária. 
 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
32 
2. Análise das afirmativas 
 
I - Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. Um sistema integrado de gestão é um sistema que disponibiliza a 
informação certa, para a pessoa certa, no lugar certo, na hora certa, da forma correta e com 
o custo adequado e não depende de certificação. 
 
II - Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. A ABNT NBR ISO 9001 trata dos requisitos para um sistema de gestão da 
qualidade. A ABNT NBR ISO 14001 fornece os requisitos necessários de um sistema de 
gestão ambiental eficaz. A BS OHSAS 18001 destina-se a proporcionar às organizações os 
elementos de um sistema de gestão da segurança e saúde do trabalho eficaz que possam 
ser integrados a outros requisitos de gestão. 
 
III - Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. Cada norma tem certificação própria. 
 
IV - Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. Cada certificação tem validade de 3 anos. 
 
Alternativa correta: E. 
 
3. Indicações bibliográficas 
 
 ANDREOLI, C. V. Gestão ambiental. Disponível em <http://www.unifae.br/ 
publicacoes/pdf/gestao/empresarial.pdf>. Acesso em 06 fev. 2013. 
 FERRO, D. A.; FERREIRA NETO, M.; WAQUED, C. A. A importância do sistema integrado 
de gestão empresarial para as instituições privadas ou públicas. Disponível em 
<http://www.cpgls.pucgoias.edu.br/8mostra/Artigos/SOCIAIS 
%20APLICADAS/A%20IMPORT%C3%82NCIA%20DO%20SISTEMA%20INTEGRADO%20
DE%20GEST%C3%83O%20EMPRESARIAL%20PARA%20AS%20INSTITUI%C3%87%C3
%95ES%20PRIVADAS%20OU%20P%C3%9ABLICAS%20-
%20DERIVAL%20E%20MARIO.pdf>. Acesso em 16 mar. 2016. 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
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 ISO 14001. Sistema de gestão ambiental, especificação e diretrizes para uso Disponível 
em <http://www.ibamapr.hpg.ig.com.br /14001iso.htm>. Acesso em 16 mar. 2016. 
 LIMA, E. E. Sistemas de gestão ambiental. Disponível em 
<http://www.universoambiental.com.br/novo/artigos_ler.php?canal=6&canallocal=10&ca
nalsub2=28&id=195>. Acesso em 03 mai. 2011. 
 MARTINEZ, M. Sistema de informação gerencial. Disponível em <http://www.infoescola. 
com/administracao/sistema-de-informacao-gerencial/>. Acesso em 25 fev. 2015. 
 OHSAS 18001:2007. Sistemas de gestão da segurança e da saúde do trabalho – 
Requisitos. Disponível em <http://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26 
/7319/2/Anexo%20I%20OHSAS180012007_pt.pdf>. Acesso em 16 mar. 2016. 
 RIBEIRO NETO, J. B. M.; TAVARES, J. C.; HOFFMANN, S. C. Sistemas de gestão 
integrados: qualidade, meio ambiente, responsabilidade social e segurança e saúde no 
trabalho. São Paulo: Senac, 2008. 
 SOUZA, A. V. S. O sistema de gestão ambiental e a utilização racional da água. 
Disponível em <http://www.viannajr.edu.br/revista/eco/doc/artigo_60003.pdf>. Acesso 
em 17 jun. 2012. 
 VALLS, V. M. O enfoque por processos da NBR ISO 9001 e sua aplicação nos serviços de 
informação. Ciência da Informação. Brasília, v.33, n.2, p.172-178, maio 2004. Disponível 
em <http://www.scielo.br/pdf/ci/v33n2/a18v33 n2.pdf>. Acesso em 16 mar. 2016 
 
 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
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Questão 10 
Questão 10.10 
Iniciativas para sustentabilidade vêm sendo uma preocupação mundial. A Organização das Nações 
Unidas, em seu Programa para o Meio Ambiente, aborda os esforços que as organizações devem 
fazer, em todas suas decisões e atividades, com foco na sustentabilidade. Nesse programa, uma das 
recomendações é a adoçãoe prática da Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) do Produto. 
Disponível em <http://www.unep.org>. Acesso em 05 ago. 2014 (com adaptações). 
 
No Brasil, a Resolução Nº 04, de 15 de dezembro de 2010, do Ministério do Desenvolvimento, 
Indústria e Comércio Exterior, dispõe sobre a aprovação do Programa Brasileiro de Avaliação do Ciclo 
de Vida. 
Disponível em <http://www.inmetro.gov.br>. Acesso em 05 ago. 2014 (com adaptações). 
 
A respeito das características e princípios da Avaliação do Ciclo de Vida do Produto, avalie as 
afirmações a seguir. 
I. Permite a quantificação das emissões ambientais ou a análise do impacto ambiental de 
um produto. 
II. É utilizada para comparar o impacto ambiental de diferentes produtos com similar 
função. 
III. A avaliação do impacto ambiental de um produto é considerada desde a fase de 
montagem até seu final de vida. 
IV. A fase de inventário consiste na realização de um levantamento quantificado de dados de 
todas as emissões das entradas (insumos e energia) e saídas (produtos e subprodutos). 
V. As fases que compõem um estudo de ACV são: prospecção de materiais; definição de 
objetivo e escopo; análise de inventário, avaliação de impacto e interpretação. 
É correto apenas o que se afirma em 
A. I e III. 
B. II e V. 
C. I, II e IV. 
D. I, III, IV e V. 
E. II, III, IV e V. 
 
 
 
 
 
 
10Questão 35 – Enade 2014. 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
35 
1. Introdução teórica 
 
Sustentabilidade 
 
Segundo Corrêa e Corrêa (2012), o projeto de um produto para a sustentabilidade 
deve levar em conta todo o processo produtivo. Ele deve ser pensado desde a obtenção da 
matéria-prima até a reutilização de suas partes após o término de sua vida econômica. Além 
disso, considera-se a tecnologia de produção, que deve consumir a menor quantidade de 
energia possível, a embalagem e a forma de reutilização, recuperação e/ou reciclagem do 
produto no fim de sua vida útil. 
De acordo com Francisco, Gianneti e Almeida (2016), no projeto de um produto, deve 
ser examinado todo seu ciclo de vida de forma a minimizar-se o impacto ambiental desde 
sua fabricação até seu descarte. Os projetistas devem prever o fluxo total dos materiais, da 
extração à disposição final, pesquisar materiais que facilitem a reciclagem e que permitam a 
utilização de seus resíduos e desenvolver novas tecnologias e sistemas de produção que não 
imponham riscos aos seres humanos envolvidos em toda cadeia produtiva. 
Com relação à unidade fabril, o projeto deve prever o impacto causado pela 
construção da planta, pela sua operação e pela sua desativação. 
Existe uma clara tendência de que a legislação ambiental caminhe no sentido de 
tornar as empresas cada vez mais responsáveis por todo ciclo de vida de seus produtos. 
Isso significa ser legalmente responsável pelo seu destino após a entrega dos produtos aos 
clientes e pelo impacto que esses produtos causam no meio ambiente. 
 Do ponto de vista financeiro, fica evidente que, além dos custos de matéria-prima, 
produção e armazenagem, o ciclo de vida de um produto inclui o custo do gerenciamento de 
seu fluxo reverso, que é uma forma de avaliar qual o impacto do produto no meio ambiente 
durante toda sua vida (LACERDA, 2016). 
A necessidade de considerar toda a cadeia produtiva na análise dos impactos 
ambientais dos produtos fez surgir uma ferramenta, denominada Avaliação do Ciclo de Vida 
(ACV), cujo objetivo é acompanhar os ciclos de produção e identificar as oportunidades de 
melhoria dos aspectos ambientais (GIANNETTI e ALMEIDA, 2006). 
Essa ferramenta é um estudo de avaliação do impacto ambiental de um produto que 
considera o ciclo de vida completo do produto e contabiliza toda sua existência, desde a 
extração e o processamento de matérias-primas, até a disposição final. A ACV quantifica os 
fluxos de energia e de materiais no ciclo de vida do produto. 
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As etapas para realização de uma ACV podem ser classificadas, de acordo com ISO 
14040 (1997) apud Gianneti e Almeida (2006), em: definição dos objetivos e limites do 
estudo, realização do inventário e avaliação do impacto ambiental do ciclo de vida. 
Na fase da realização do inventário, são feitos os levantamentos das emissões que 
ocorrem durante o ciclo do produto e das quantidades de energia e matérias-primas 
utilizadas. 
Na fase da avaliação do impacto ambiental, o objetivo é determinar a intensidade e a 
relevância dos impactos ambientais com base na análise do inventário. Essa avaliação 
procura determinar a gravidade dos impactos sobre o meio ambiente com base em três 
etapas: classificação, caracterização e valoração (GIANNETI e ALMEIDA, 2006). 
Na etapa de classificação, são agrupados os dados obtidos por meio do inventário em 
categorias de impacto que, de acordo com Chehebe (2002), são os que seguem. 
 Entradas: energia, matérias-primas, materiais auxiliares etc. 
 Produtos: produtos obtidos. 
 Emissões: emissões para o ar, emissões para a água, emissões para a terra e outras 
emissões. 
Com relação às emissões gasosas, elas devem ser conhecidas, mensuradas e 
tratadas. As principais etapas para o levantamento dessas informações são as que seguem 
(CHEHEBE, 2002). 
 Inventário de todas as emissões (identificação de todas as saídas de efluentes 
gasosos). 
 Especificação (determinação da quantidade de cada emissão - balanço de massa). 
 Técnicas utilizadas para redução da poluição. 
 Planejamento e resultados do controle das emissões. 
De maneira geral, a quantificação das emissões é muito importante para que se possa 
avaliar o impacto no meio ambiente de cada etapa. Quanto maior a quantidade de emissões 
por unidade produzida, maior o impacto ambiental do produto. 
 
2. Análise das afirmativas 
 
I - Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. Na fase da realização do inventário, são feitos os levantamentos das 
emissões que ocorrem durante o ciclo do produto e das quantidades de energia e matérias-
primas utilizadas. 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
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II - Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. Na fase da avaliação do impacto ambiental, o objetivo é avaliar a 
intensidade e a relevância dos impactos ambientais com base na análise do inventário. Isso 
permite comparar o impacto de diferentes produtos com funções similares. 
 
III - Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. A avaliação do impacto ambiental é feita desde a extração das matérias 
primas até a disposição final do produto. 
 
IV - Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. Na fase de inventário, são feitos os levantamentos das emissões que 
ocorrem até mesmo antes da fabricação do produto em si e das quantidades de energia e 
matérias-primas utilizadas ao longo da vida desse produto. 
 
V - Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. As fases que compõem um estudo de ACV são: definição dos objetivos e 
limites do estudo, realização do inventário e avaliação do impacto ambiental do ciclo de vida. 
 
Alternativa correta: C. 
 
3. Indicações bibliográficas 
 
 CHEHEBE, J. R. Análise do ciclo de vida de produtos. São Paulo: Qualitymark, 2002. 
 CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração da produção e operações manufatura e 
serviços: uma abordagem estratégica. São Paulo: Atlas, 2012. 
 FRANCISCO Jr., M.; GIANNETI, B. F.; ALMEIDA, C. M. V. B. Ecologia industrial: Projeto 
para meio ambiente. Disponível em <http://www.hottopos.com/regeq12/art5.htm>. 
Acesso em 16 mar. 2016. 
 GIANNETI, B. F.; ALMEIDA, C. M. V. B. Ecologia industrial- projeto para meio ambiente. 
São Paulo: Edgard Blucher, 2006. 
 LACERDA, L. Logística reversa: Uma visão sobre os conceitos básicos e as práticas 
operacionais. Disponível em <http://www.sargas.com.br/site/ 
index.php?option=com_content&task=view&id=78&Itemid=29>. Acesso em 16 mar. 
2016. 
Material Específico – Tomo VIII – Engenharia de Produção – CQA/UNIP 
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 ÍNDICE REMISSIVO 
Questão 1 
Cadeia de suprimentos. Gestão de estoques. Lote econômico de compra 
(LEC). Custos e demandas. 
Questão 2 
Engenharia Econômica. Gestão de investimentos. Análise de investimento. 
Fluxo de caixa. 
Questão 3 
Engenharia da qualidade. Gestão de sistemas da qualidade. Ferramentas de 
qualidade. FMEA. 
Questão 4 Cadeia de suprimentos. Logística reversa. Ciclo de vida. 
Questão 5 
Engenharia da qualidade. Sistemas metrológicos para qualidade. Valor 
verdadeiro, precisão e exatidão. 
Questão 6 
Engenharia do produto. Processo de desenvolvimento de produto. A técnica 
DFMA. 
Questão 7 
Engenharia do Trabalho. Higiene e segurança do trabalho. Riscos no 
ambiente de trabalho. 
Questão 8 Engenharia do Trabalho. Ergonomia. 
Questão 9 
Engenharia da qualidade. Normalização, auditoria e certificação para 
qualidade. Engenharia do trabalho. Engenharia da sustentabilidade. 
Sistemas de gestão ambiental e de certificação. Normas ISO 9001, ISO 
14001 e BS OHSAS 18001. 
Questão 10 Engenharia do Produto. Ciclo de vida de produto.

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