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MODULO III AULA 27 MORFOLOGIA DAS ANGIOSPERMA PARTE 03

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MÓDULO III – BOTÂNICA 
HUBERTT LIMA VERDE DOS SANTOS – huberttlima@gmail.com 
PROFº: HUBERTT GRÜN. Página 1 
MMÓÓDDUULLOO IIIIII -- BBOOTTÂÂNNIICCAA:: 
MORFOLOGIA DAS ANGIOSPERMAS – PARTE 03 
PROFº: HUBERTT LIMA VERDE – huberttgrun@hotmail.it 
 
Caule: 
Estrutura Secundária do caule: 
 A estrutura secundária é característica das dicotiledôneas e vai 
se formar à custa das atividades do câmbio e do felogênio. Entre 
os feixes líbero - lenhosos, células parenquimáticas se 
desdiferenciam e originam o câmbio interfascicular (meristema 
secundário), que se liga ao câmbio intravascular ou intrafascicular 
(meristema primário). 
 Vistos num corte transversal do caule, os dois unem – se em 
um anel completo, que vai gerar novos feixes de floema, para 
fora, e de xilema, para dentro (figura 1). Ao mesmo tempo, 
células do parênquima cortical se desdiferenciam, produzindo o 
felogênio (meristema secundário), responsável pelo aumento de 
espessura do córtex. O felogênio vai originar o súber, para fora, e 
a feloderme, para dentro, formando uma parte da casca: a 
periderme. A periderme velha do caule pode se soltar, surgindo o 
que se chama de ritidoma. 
 Em troncos cortados, podemos ver uma zona externa, de 
tonalidade clara, e outra interna, mais escura. Esta segunda zona 
– o cerne — corresponde ao xilema velho não funcional, bastante 
comprimido, o que dá maior resistência à madeira. A zona externa 
- o alburno — corresponde ao xilema ainda em atividade. 
 
Figura 1: Estrutura primária e secundária do caule de dicotiledôneas. 
 
Os Anéis de Crescimento: 
 Em regiões onde as estações do ano são bem marcadas, é 
possível observar no tronco das árvores uma série de anéis. Cada 
anel corresponde a um ano de vida da planta. Na primavera, 
quando as condições são favoráveis e existe um bom suprimento 
de água, o câmbio produz o lenho primaveril, com vasos de 
paredes finas e grandes cavidades internas. Em verões secos e no 
outono, quando o suprimento de água e outros fatores ambientais 
estão abaixo do ideal, o câmbio produz o lenho estival, com vasos 
de paredes grossas e cavidades internas estreitas. No inverno, o 
câmbio não tem atividade e na primavera seguinte reinicia - se o 
ciclo de crescimento. 
 
Figura 2: Caule: cerne, alburno e anéis de crescimento. 
 
 O lenho primaveril é mais eficiente em relação ao transporte de 
seiva. O lenho estival tem um bom desempenho em termos de 
sustentação. Como no inverno não há crescimento, o lenho 
primaveril e o lenho estival formam o anel anual, e pelo número 
de anéis, temos uma idéia da idade da árvore (conforme 
mostrado acima - figura 2). 
 
Folha: 
 Órgão laminar, clorofilado, especializado na realização da 
fotossíntese. Sua superfície laminar contribui muito para a 
fotossíntese, pois mantém grande superfície de cloroplastos 
expostos à luz, além de facilitar a absorção de gás carbônico. 
 
Morfologia Externa e Tipos de Folhas: 
 A folha apresenta apenas estrutura primária, derivada do 
primórdio foliar. É composta de limbo, pecíolo e bainha, podendo 
aparecer também as estipulas, formações pequenas dos lados da 
bainha e que protegem o meristema nas folhas jovens (figura 3). 
 O limbo é a região laminar. O pecíolo, o cabo da folha e a 
bainha são as partes do órgão que se prendem ao caule. O pecíolo 
diminui a sombra que as folhas da arte superior da planta lançam 
nas folhas inferiores, além de facilitar o movimento da folha pelo 
vento, ajudando no arejamento. 
 Nas folhas pequenas ou nas folhas longas e estreitas — ou 
ainda em plantas que vivem em ambientes com muita luz - a 
sombra não chega a ser grande problema e o pecíolo pode estar 
ausente. Essas folhas são chamadas invaginantes, sendo comuns 
entre as monocotiledôneas, como o milho (figura 3). Outras, as 
pecioladas, não possuem a bainha, como é freqüente entre as 
dicotiledôneas. Um caso mais raro é a ausência do pecíolo e da 
bainha, como ocorre no fumo: a folha é chamada séssil, com o 
limbo prendendo-se diretamente ao caule. 
 
 
Figura 3: Folha completa e folhas incompletas. 
 
 Quanto ao aspecto das nervuras (ramificações dos feixes 
condutores), temos dois tipos principais: as folhas peninérveas 
com nervura mediana de onde saem ramificações (característica 
das dicotiledôneas); as folhas paralelinérveas — com nervuras 
paralelas (características das monocotiledôneas). Veja a figura 4. 
 Quanto à forma, as folhas apresentam uma grande variedade, 
que pode ser observada na figura 4. 
 As folhas podem ainda ser classificadas em simples — limbo não 
dividido — e compostas — o limbo está dividido em folíolos. As 
folhas compostas podem ser: imparípenadas — de folíolos pares, 
com um folíolo terminal (roseira); paripenada — com folíolos 
pares e dois folíolos terminais (cássia); digitadas — com folíolos 
irradiando - se da extremidade do pecíolo (paineira). Também 
aqui encontramos adaptações. Por exemplo, folhas com limbos 
muito largos correm o risco de serem destruídas pelo vento — a 
não ser que o limbo seja dividido em folíolos (figura 5). 
 
MÓDULO III – BOTÂNICA 
HUBERTT LIMA VERDE DOS SANTOS – huberttlima@gmail.com 
PROFº: HUBERTT GRÜN. Página 2 
 
 Quanto a modificações da folha, podemos citar: as gavinhas 
foliares da ervilha — que têm as mesmas funções das gavinhas de 
caule; o espinho do cacto; as brácteas — que são folhas 
existentes na base das flores, às vezes coloridas, servindo de 
atrativo a animais polinizadores; os catafilos — que protegem o 
broto vegetativo durante o inverno, podendo também acumular 
substâncias nutritivas, como na cebola e no alho. Existem ainda 
as folhas especializadas em digerir pequenos animais (sobretudo 
insetos), encontradas nas plantas carnívoras. 
 
Morfologia interna da folha: 
 Num corte transversal de um limbo típico, notamos que a 
epiderme superior é muito cutinizada na face externa (tecido 
epidérmico ou cutinoso). Abaixo desta aparece um tecido 
clorofiliano de células em paliçadas (parênquima paliçádico). Em 
seguida, outro tecido clorofiliano (menos rico em cloroplastos) de 
células irregulares com espaços intercelulares (parênquima 
lacunoso). Por fim, a epiderme inferior com cutinização mais fraca 
e cheia de estômatos (figura 6). 
 Notamos também nervuras salientes na face inferior, onde 
estão os vasos lenhosos e liberianos. 
 O conjunto dos dois tecidos clorofilianos forma o mesofilo. Pelos 
espaços do parênquima lacunoso circulam os gases utilizados ou 
produzidos pela fotossíntese (gás carbônico e oxigênio), que se 
comunicam com o exterior através dos estômatos (figura 6). 
 
Figura 6: A estrutura interna da folha. 
 
Flor: 
 A raiz, o caule e a folha são órgãos vegetativos, ou seja, 
encarregados da manutenção da planta. A reprodução fica por 
conta de um grupo de folhas especializadas, a flor. 
 Uma flor completa apresenta pedúnculo — haste que prende a 
flor no caule — e receptáculo — uma dilatação na extremidade do 
pedúnculo, que serve de base de inserção aos verticilos. 
 Cada verticilo é um círculo de folhas modificadas. Observando 
uma flor completa da periferia para o centro, temos quatro 
verticilos: o cálice, a corola, o androceu e o gineceu. No 
receptáculo ou em outras partes da flor, formam-se os nectários, 
responsáveis pela produção do néctar usado pelos animais 
polinizadores. 
 Nas dicotiledôneas encontramos em cada verticilo uma simetria 
tetrâmera ou pentâmera, isto é, com quatro peças (múltiplo de 
quatro) ou cinco peças (múltiplo de cinco). Nas monocotiledôneas 
a simetria é trímera, com três peças (múltiplo de três) em cada 
verticilo. 
 
O Cálice e a Corola: 
 O cálice é um conjunto de folhas pouco modificadas — 
chamadas de sépalas —, geralmente verdes e com função 
protetora (figura 7). 
 
Figura 7: Partes de uma flor completa.A corola é um conjunto de pétalas — folhas mais modificadas do 
que as sépalas (figura 7). Coloridas, devido à presença pigmentos 
nos vacúolos celulares, as pétalas possuem glândulas da epiderme 
que secretam produtos aromáticos. As cores e secreções 
aromáticas servem de atrativo a animais polinizadores. Os 
diversos tipos e cores de pétalas permitem ao animal polinizador 
identificar seu tipo ―preferido‖ de flor facilitando o transporte do 
grão de pólen para outra flor da mesma espécie (o transporte 
para uma espécie diferente não resultaria em fecundação). 
 O cálice e a corola não estão ligados à produção de esporos ou 
gametas: são verticilos auxiliares do processo reprodutivo e 
juntos formam o que se chama de perianto. Quando faltam esses 
dois verticilos, a flor é de chamada de aperiantada ou aclamídea. 
Quando falta um deles, denomina - se monoclamídea. Algumas 
vezes as sépalas e as pétalas são semelhantes e, nesse caso, são 
chamadas de tépalas — o conjunto delas forma o perigônio —, 
como ocorre nas liliáceas (lírio, alho, cebola). 
 Existem flores em que as 
sépalas e as pétalas são 
soldadas entre si — flores 
gamossépalas e gamopétalas — 
como no fumo. Caso essas peças 
sejam separadas, a flor é 
chamada de dialissépala e 
dialipétala. Às vezes, apenas o 
cálice é soldado, como no brinco 
– de - princesa, ou só a corola, 
como na campânula (figura 8). 
 
Figura 8: Tipos de flores 
 
Androceu: 
 É composto por folhas bem modificadas, chamadas estames. 
Nestes, a parte correspondente ao limbo está reduzida a uma 
região que se fecha, formando uma dilatação: a antera. Esta 
divide - se em dois compartimentos por uma região chamada 
conectivo. Uma continuação do conectivo — o filete — prende a 
peça no receptáculo. Cada compartimento possui dois sacos 
polínicos (microsporângios), que vão produzir esporos; estes, 
mais tarde, vão gerar os grãos de pólen (gametófito masculino). 
O grão de pólen vai dar origem ao gameta masculino. Como 
vemos, o androceu é a parte masculina da flor, daí o seu nome 
(andro = homem). Veja a figura 9. 
MÓDULO III – BOTÂNICA 
HUBERTT LIMA VERDE DOS SANTOS – huberttlima@gmail.com 
PROFº: HUBERTT GRÜN. Página 3 
 
Figura 9: O estame e a produção do pólen. 
 
 
 
 
 
 
FORMATAÇÃO E EDIÇÃO: 
LAST UPDATE: 30.01.2011 
PROF: LIMA VERDE, HUBERTT. 
huberttlima@gmail.com; 
BIOLOGIA 
MÓDULO III - BOTÂNICA.

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