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Tecnologia das Massas Alimentícias Alina Albuquerque Luisa Mariana Universidade Federal do Ceará Engenharia de Alimentos Tecnologia das Massas Alimentícias e Panificação Professora: Dorasilvia Ferreira História do macarrão O macarrão começou a ser preparado logo que o homem descobriu que podia moer alguns cereais, misturar com água e obter uma pasta cozida ou assada. Textos de civilizações antigas relatam que os assírios e babilônios, por volta de 2.500 a.C. já conheciam um produto cozido à base de cereais e água. A versão mais aceita pelos historiadores faz referência aos árabes como os pais do macarrão, levando-o à Sicilia no Século IX. A partir do Século XIII, os italianos foram os maiores difusores e consumidores do macarrão por todo o mundo. Nesta época os italianos incorporaram ao macarrão um ingrediente nobre: a farinha de grano duro, que permite o cozimento correto, além de propiciar a mastigabilidade ideal. Definição: Massa Alimentícia É o produto não fermentado, obtido pelo amassamento da farinha de trigo, da semolina ou da sêmola de trigo com água, adicionado ou não de outras substâncias permitidas. (ANVISA) Classificação De acordo com a legislação, Decreto 12.486/78, as massas são classificadas: Teor de umidade Formato Composição Teor de Umidade I) Massa Fresca Sofre processo parcial de secagem. Comercializadas sob refrigeração, embalagens especiais, umidade máxima é 35,0%, menor período de validade. II) Massa Seca Sofre processo de secagem. Prazo de validade longo, umidade máxima é 13,0%. Segundo seu formato Massa comprida ou longa Cabelo de anjo, talharim II) Massa curta Conchinha, nhoque III) Massinha Letrinhas Segundo sua composição Massa Mista Farinha de trigo e outras II) Massa Recheada Recheio III) Massa glutinada e super ou hiperglutinada Adicionada de glúten Aspectos Nutricionais Estudos científicos comprovam que as massas podem e devem entrar nas refeições diárias de qualquer pessoa. A quantidade ideal de carboidrato (massas, cereais, pães) é de 6 a 11 porções por dia. Cada 100 gramas de macarrão cozido apresenta uma quantidade de calorias relativamente baixa, cerca de 110 kcal (macarrão de Sêmola) e 96 kcal (macarrão com ovos), sem molho. O Macarrão faz parte do grupo dos alimentos energéticos, por ser rico em em carboidrato e faz parte da base da pirâmide alimentar. Pirâmide Alimentar A formulação base do macarrão é composta de farinha de trigo e água, mas podem apresentar algumas variantes como a adição de vegetais desidratados, ovos, vitaminas e fibras. O tipo de trigo empregado e o processo de fabricação interferem no seu valor nutricional final. O carboidrato proveniente do macarrão é denominado de complexo, porém o fato de ser refinado faz com que ele seja uma fonte de energia facilmente disponível. Este tem digestão mais lenta mantendo uma saciedade prolongada. Diferente dos carboidratos simples que possuem estrutura química reduzida e são absorvidos rapidamente pelo organismo, como os provenientes da sacarose, mel, xarope de milho entre outros alimentos. Estes ocasionam menor saciedade resultando maior consumo de alimentos de forma desnecessária. Matérias-Primas Produção com base em material farináceo (semolina e sêmola) provenientes do trigo e água. Pode conter outros ingredientes: ovos e β-caroteno Melhorar as características reológicas da massa melhorar cor e elevar o valor nutritivo Qualidade das massas alimentícias Estimada através de sua performance durante o cozimento: Testes de cozimento Informação durante a cocção, água absorvida e aumento de volume e da textura. Testes de cor Importância para a comercialização. Teste de textura Al dente (termo italiano): textura firme e consistente percebida “no dente”. Produção Etapas: Preparação da matéria-prima Recepção da farinha Armazenamento Análise de qualidade Transporte para o dosificador Remoção materiais estranhos Combinação de lotes Obter qualidade Mistura Amassamento Mistura homogênea Farinha, Aditivos Água, ovos Cuidados com quantidade de água e temperatura Canhão extrusor Formação da rede de glúten Influencia nas propriedades viscoelásticas do glúten e qualidade da massa Massa é amassada por uma rosca Moldagem ou Trefilação Seccionamento Etapa importante Produto de boa qualidade Sem deformação ou rachadura Corte Antes da secagem Confere uma forma mais adequada para secagem posterior Mais comum: Prensagem,Cilindragem e corte Conforme sai da trefila Secagem Empacotamento e Armazenamento Importante ponto de vista de qualidade e econômico Controlar a Temperatura, Umidade relativa e velocidade do ar Caixas ou polietileno Fácil manuseio, atraentes e adaptadas ao produto Proporciona secagem rápida e garante qualidade Equipamentos Estatísticas Mundiais Produção Mundial de Massas Alimentícias - 2011 (toneladas/ano): Consumo Mundial de Massas Alimentícias - Per Capita 2011 - (kg/hab/ano) O Brasil tem um papel de destaque no cenário mundial, ocupando a posição de terceiro maior produtor de massas alimentícias, atrás apenas da Itália e dos Estados Unidos, com um volume anual de mais de 1 milhão de toneladas. Existem fábricas de massas alimentícias em todas as regiões do país. São mais de 80 empresas de pequeno, médio e grande porte, além de mais de uma centena de micro empresas que trabalham na produção de massa artesanal, totalizando mais de 20.000 empregos diretos. Obrigada Consulta ABIMA http://www.abima.com.br ANVISA http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/12_78_massas.htm MASSAS: Tecnologia e Qualidade, Ciacco, Cesar Francisco, SP,UNICAMP,1986.
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