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Tecnologia de alimentos - Alimentação de suinos

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A Tecnologia avançada contribui nas muitas fases da criação moderna. Isso fica mais evidente na nutrição à medida que a formulação das dietas sintéticas se torna mais precisa e econômica.
Para facilitar a determinação das exigências nutricionais, os suínos são classificados em varias faixas de peso e idade. Leitões, do nascimento ao desmame, leitões pós-desmame, de 5 a 25 kg, leitões em crescimento, dos 25 aos 60 kg e terminação, dos 60 aos 100 kg de peso. Além delas, existem os animais em reprodução, porcas em lactação e gestação.
Leitões - É importante que os leitões recém-nascidos recebam o colostro nas primeiras 24 horas de vida. O colostro é a principal fonte de energia nesta fase. Contém anticorpos, sendo necessário para o crescimento do animal e a resistência às doenças.
Desmame Precoce Segregado – é um procedimento que visa ao controle de doenças especificas e a melhorar o desempenho produtivo na fase de crescimento-terminação. Os leitões são normalmente desmamados com 10 a 17 dias de idade. Devido às trocas dramáticas que ocorrem no sistema digestivo dos suínos nesta fase (10-17 dias), um programa nutricional especializado deve ser utilizado quando comparado com animais desmamados aos 21 ou 28 dias de idade.
Crescimento - Dietas em crescimento representam entre 20 a 25% dos custos de alimentação em criações de ciclo completo. Os suínos nessa fase estão no momento de maior velocidade de deposição de tecido magro. Portanto, níveis elevados de lisina e outros aminoácidos são necessários para promover o máximo ganho de peso (25-60 kg). A fase de crescimento usualmente tem sido dividida em duas etapas. Dos 25 aos 40 kg e dos 40 aos 60 kg. Isso atende melhor às exigências nutricionais dos animais. Nessa fase têm sido proposto níveis de lisina entre 1,2 e 0,8%. A escolha do nível de lisina dependerá do potencial de crescimento dos animais.
Terminação - As dietas de terminação representam entre 50 e 55% dos custos de alimentação. As decisões para modificar as dietas nessa fase devem ter como base o máximo retorno econômico. Os animais em terminação são mais suscetíveis às trocas nas dietas que afetem o consumo de alimentos. Dessa forma, programas de alimentação que incluam dietas de verão e inverno e sexo separado precisam ser justificadas economicamente, e é nessa fase que devem ser avaliados.
Gestação – Durante a gestação, é recomendada a alimentação restrita tanto para porcas quanto para leitoas. Um programa de restrição alimentar deve incluir apenas redução em relação à energia e não aos demais nutrientes.
Lactação – O programa para porcas em lactação deve prever o livre acesso delas à dieta, visando maximizar a produção de leite. Uma porca normalmente consome entre 4 a 8 kg de alimento por dia.
Machos – Os machos podem ser alimentados com dietas similares à das porcas em gestação.
Os Nutrientes exigidos pelos suínos se classificam em: Água, Energia, Proteínas, Minerais e Vitaminas.
ÁGUA
A água é tão comum que raramente é considerada como nutriente. Mas ela é, provavelmente, o mais essencial e mais barato de todos os nutrientes. Privando os animais do acesso à água pode ser verificada uma redução no consumo de alimentos, o crescimento fica limitado e a eficiência alimentar priora e, em porcas em lactação, a produção de leite diminui. A água afeta muitas funções fisiológicas necessárias para o desempenho máximo dos animais. Entre elas podem ser citadas a regulação da temperatura corporal, o transporte de nutrientes, os processos metabólicos, a lubrificação e a produção de leite (Kansas..., 1994).
Os suínos alcançam as suas exigências de água por três fontes: a água de consumo, a água dos alimentos (10 a 12%) e a água produzida pelos processos de oxidação metabólica, conhecida como água metabólica. A oxidação de 1 kg de gordura, glicídios ou proteína resulta na produção de 1190, 560 e 450 g de água, respectivamente. As perdas de água ocorrem principalmente por meio da urina, fezes e evaporação (respiração). As perdas de água por meio da urina são muito variadas. Os rins regulam o volume e a composição dos fluidos corporais, excretando maior ou menor volume de água. (Thulin & Brumm, 1991).
A quantidade de água totaliza 80% do corpo de um leitão ao nascer e cai para aproximadamente 50% em suínos próximos do peso de abate. As exigências de água para os suínos variam e são governadas por muitos fatores. As necessidades de água aumentam quando os suínos têm diarréia. Alto consumo de sal, alta temperatura ambiente, estado febril e lactação aumentam de maneira marcante as necessidades de água (Kansas ..., 1994).
Segundo Brooks et al. (1984), citados por Thulin & Brumm (1991), o consumo de alimento diário é considerado o melhor preditor individual do consumo de água para suínos entre três e sete semanas de idade. A relação é descrita pela equação:
Consumo de água (L/dia) = 0,149 + (3,053 x Consumo MS (kg))
Uma combinação do consumo de alimentos com o peso corporal foi descrita pela equação:
Consumo de água (L/dia) = 0,788 + (2,23 x Cons. MS (kg)) + (0,367 x PC0,60)
	Com temperaturas ao redor de 25°C os suínos em crescimento apresentam um “turnover” diário de 120 a 130 mL/kg de peso corporal, ou ao redor de 250 mL/kg0,82, quando alimentados com dietas peletizadas, numa taxa de 4 a 5% do peso corporal (Thulin & Brumm, 1991).
A temperatura afeta o consumo de água. Energia adicional é necessária para líquidos quentes consumidos a temperaturas abaixo da temperatura corporal. Porcas em lactação precisam ter livre acesso à água e suínos em lactação precisam de água em adição ao leite das porcas (Kansas..., 1994).
Águas salinas são encontradas ocasionalmente e seu uso como água de consumo para animais têm causado constante preocupação. Os minerais mais comumente encontrados na água do solo e de superfície são sulfatos, cloretos e nitratos, que formam sais com o cálcio, o magnésio ou o sódio. A concentração combinada desse minerais é denominada Sais Dissolvidos Totais (SDT). As aplicações pesadas de fertilizantes nas culturas, a contaminação dos lençóis freáticos com resíduos animais e severa acidez podem aumentar o potencial para problemas de qualidade de água (Kansas..., 1994).
Sulfatos
Sais de sulfatos são de especial preocupação devido aos seus efeitos laxativos. Alguns efeitos de altos níveis de sulfatos na água de suínos são diarréia, redução no ganho de peso e na eficiência alimentar, nervosismo, dureza de articulações, aumento do consumo de água e diminuição do consumo de alimentos. Pesquisadores apontam um aumento na incidência de diarréia em leitões em crescimento consumindo água com 3000 ppm de sulfatos, mas o ganho de peso e a eficiência alimentar não foram afetados. Esses níveis não afetam o desempenho reprodutivo das porcas (Kansas..., 1994).
Nitratos/Nitritos
Nitratos reduzem a capacidade de transporte de oxigênio do sangue pela transformação da hemoglobina em metahemoglobina. A conversão de nitrato em nitrito é necessária para que ocorra toxicidade. Pesquisadores indicam que aproximadamente 100 ppm de nitrato são níveis geralmente seguros. Entretanto, 300 ppm de nitritos podem ser tóxicos (Kansas..., 1994).
Sais Dissolvidos Totais (SDT)
Para suínos, níveis moderados de contaminação de água por sulfatos ou nitritos podem ser intensificados pela concentração de outros minerais dissolvidos. Os sais dissolvidos totais indicam os minerais que contribuem para a salinidade de água, tais como cloreto de sódio e sais de cálcio e magnésio. Aproximadamente 5000 ppm parece ser o nível máximo de segurança em relação a SDT na água de consumo para suínos, sem causar efeitos adversos no desempenho (Kansas..., 1994).
ENERGIA
A alimentação corresponde a 65% dos custos de produção de suínos. Esforços têm sido realizados para maximizar a eficiência de utilização dos alimentos buscando minimizar os custos de produção. Esses esforços dependem do conhecimento da disponibilidade dos nutrientes dosalimentos e das exigências nutricionais dos suínos nos vários estágios fisiológicos (Ewan, 1991).
O corpo necessita de energia para manter suas atividades metabólicas. Os processos metabólicos incluem a manutenção dos sistemas que suportam a vida, tais como, a atividade do músculo cardíaco, pulmões, atividade muscular voluntária, renovação de células e reciclagem de tecidos. A energia também é necessária para a síntese de tecidos de crescimento, gestação e lactação (proteína, gordura e lactose) e para a manutenção da temperatura corporal em ambientes frios (Whittemore & Elsey, 1977).
Os componentes da dieta que produzem energia são necessários para diferentes propósitos. Durante os processo de oxidação biológica, eles alimentam os processos metabólicos, resultando em produção de calor pelo animal. Se não são óxidos, as proteínas, os glicídios e os lipídios da dieta são depositados no corpo do animal resultando em crescimento e ganho de peso. As variáveis que afetam as exigências de energia são o desempenho esperado, a temperatura ambiental, o sexo e o genótipo dos animais, entre outras (ARC, 1981; Whittemore & Elsey, 1977).
Na Tabela 1 está demonstrada a energia produzida por 1 kg de dieta.
Tabela 1. Energia pelos componentes de 1 kg de matéria seca.
	PRIVATE�
	Conteúdo energia(kcal/kg)
	Digestibilidade aparente (%)
	Proporção (%)
	Energia produzida
(% Total)
	Glicídios
	
	
	
	
	Amido
	4158
	90
	65
	66,0
	Fibra
	4158
	10
	6
	0,6
	Proteína
	5640
	85
	19
	25,0
	Lipídios
	9393
	70
	5
	9,0
O calor de combustão é a quantidade máxima de energia disponível para o uso pelo animal e é definido como energia bruta do alimento (EB). A energia bruta é dependente das proporções de glicídios, lipídios, protídios, minerais e água dos alimentos, sendo que minerais e água não contribuem para a produção de energia. Glicídios dispõem de 3,7 (glicose) a 4,2 (amido) kcal/g, proteínas contribuem com 5,6 kcal/g e lipídios com 9,4 kcal/g (Ewan, 1991).
Devido às perdas da digestão e no metabolismo, apenas parte da energia bruta é disponível para as funções de produção. Vários sistemas têm sido desenvolvidos para expressar o valor energético das dietas, em termos da energia que é utilizada pelos animais (ARC, 1981).
Energia Digestível Aparente (ED)
Energia digestível é energia bruta do alimento descontada das perdas de energia que ocorrem pelas fezes (calor de combustão do material fecal). A energia não digestível é a principal variável na avaliação dos alimentos (Ewan, 1991). A ED é a mais simples para descrever as exigências de energia dos suínos e o conteúdo de energia dos alimentos. Sua determinação é mais precisa (ARC, 1981).
Energia Metabolizável Aparente (EMA)
A energia digestível de uma unidade de peso de alimento menos a energia de combustão dos produtos da digestão que correspondem a urina e gases é a EMA. Como nos suínos os produtos gasosos são usualmente considerados insignificantes (< 0,006% consumo de energia) estes são ignorados. Em nível de mantença, por definição, a EMA é igual a produção de calor diária.
Energia Metabolizável corrigida para retenção de N igual a zero (EMAn)
O valor de EMAn do alimento, determinado por dados de metabolismo, é convencionalmente ajustado pela adição ou subtração de 7,46 kcal/g de N, quando o animal está em balanço positivo ou negativo, respectivamente.
Exigências de Energia dos Suínos
As exigências energéticas têm sido estimadas por métodos empíricos ou fatoriais. Os métodos empíricos estabelecem as exigências baseados na maximização do desempenho em resposta a variações no consumo de energia. O método fatorial é baseado na quantidade de energia necessária para uma função especifica e a eficiência de utilização da EM para esta determinada função (Ewan, 1991).
Exigência de mantença
A exigência de mantença é estimada a partir de medidas da produção de calor, seguida de períodos de jejum. A EM pode ser estimada assumindo uma eficiência de conversão de energia para atingir a mantença (km). As medidas de produção de calor em jejum variam com o período de jejum, com a história nutricional prévia e com a diferença de atividade entre animais em jejum e alimentados.
As exigências de mantença podem ser estimadas através da relação entre a energia retida e o consumo de EM, e são calculadas como a EM consumida, que é necessária para retenção de energia igual a zero. Entretanto, com a retenção de energia igual a zero, os animais em crescimento continuam a depositar proteína e mobilizar gordura (Ewan, 1991).
As exigências de mantença incluem as necessidades para todas as funções corporais e uma atividade moderada. Muitos fatores influenciam essas exigências, entre eles a temperatura ambiental, o nível de atividade, o tamanho do grupo, o estresse e a composição corporal, sendo normalmente expressa com base no peso corporal metabólico (PC 0,75) (NCR, 1988).
O ARC (1981) apresenta resultados de analise logarítmica de dados de suínos entre 5 e 90 kg de peso corporal que derivam a seguinte relação para as exigências de mantença:
172 PC0,63 (kcal/dia)
O expoente derivado difere do expoente interespécies (0,75), mas os dados foram contrastados com o expoente 0,75, e a seguinte expressão foi obtida:
109 PC0,75 (kcal/dia)
Exigências de crescimento
As exigências de energia por unidade de ganho de peso corporal serão variáveis em função da proporção de ganho de proteína e de gordura que, por sua vez, são dependentes do estágio de crescimento e da disponibilidade de aminoácidos e de energia. A deposição de proteína aumenta até uma taxa máxima que é atingida em torno de 60 kg de peso corporal e é relativamente constante até atingir o peso de abate (100-120 kg). O consumo de energia continua a aumentar, a partir dos 60 kg de peso corporal, até atingir o peso de abate, sendo que uma quantidade constante de energia é necessária para manter a deposição de proteína. A energia disponível adicional é depositada como gordura. A quantidade máxima de deposição de proteína varia com a capacidade genética da linhagem e com o sexo, sugerindo que as exigências de energia também variam em função desses fatores (Ewan, 1991).
As exigências de ED para suínos em crescimento correspondem à soma das exigências de mantença (EDMan), retenção de proteína (EDRP), retenção de gordura (EDRG) e termogênes (EDT), sendo expressas pela seguinte equação:
ED (kcal/dia) = EDMan + EDRP + EDRG + EDT
A termogênese de frio influencia a exigência de energia quando a temperatura ambiente (oC) está abaixo da temperatura mínima crítica, na qual o animal pode aumentar a produção de calor para manter-se aquecido. Abaixo da temperatura crítica, o suíno precisa aumentar a sua taxa metabólica para produzir calor a homotermia (ARC, 1981). O custo energético da termogênese é descrita pela equação:
EDT = 0,36PC + 23,65 (TC – T), onde:
EDT = kcal/dia
TC = Temperatura Crítica (°C)
T = Temperatura Ambiente (°C)
PC = Peso Corporal (kg)
Segundo o NRC (1988), durante o período de crescimento (25-60 kg) os suínos necessitam de 25 g (80 kcal EM) de alimento/dia a mais para compensar cada 1°C abaixo da temperatura crítica. Durante o período de terminação (60-100 kg) os suínos necessitam de 39 g (125 kcal EM/dia).
A Tabela 2 apresenta estimativas fatoriais de exigência de energia para crescimento.
Tabela 2. Estimativa fatorial das exigências de energia de suínos em crescimento (método fatorial).
	PRIVATE�Peso Corporal (kg)
	Ganho de Peso Diário
	EM dia (kcal)
	EM diaNRC (1988)
	
	Peso(a)
	Proteína(b)
	Gordura(c)
	Ganho(d)
	Mantençao
	Total
	
	15
	450
	69
	72
	1650
	830
	2480
	3090
	35
	700
	106
	143
	2949
	1290
	4518
	6200
	80
	820
	118
	253
	4477
	2916
	7392
	10185
a Ganho Proteína = 2,0PC – 0,02PC2 + 0,2 GPD – 0,0001GPD2 – 10,8 Ganho músculo (GPD = ganho peso diário).
b Ganho gordura = (GPD – Ganho músculo) / matériaseca tecido adiposo.
c EMganho = ganho proteína X 10,5 kcal/g + ganho gordura X 12,8 kcal/g
d EMmantença = 109 PC0,75.
Fonte: Adaptada de Ewan, 1991.
Conforme o NRC (1988), o consume de energia dos suínos nas diferentes fases de crescimento pode ser calculado com as seguintes fórmulas:
1. Suínos em aleitamento
Consumo ED (kcal/dia) = 11,2 X dia – 151,7
Dia = idade em dias
2. Suínos pós-desmame
Consumo ED (kcal/dia)
PC = peso corporal (kg)
3. Suínos em crescimento e terminação 
Consumo ED (kcal/dia) = 13,162 x (1 – e-0,0176PC)
Exigências para reprodutoras
De acordo com o NRC (1988), a eficiência reprodutiva das porcas por longos períodos é melhor preservada pela minimização das perdas de peso (gordura) durante a lactação. Tal estratégia irá necessitar uma mínima restauração do peso da gestação seguinte.
Gestação
A exigência de energia das porcas em gestação depende do peso corporal, do ganho de peso esperado durante o período e de parâmetros de manejo e ambiente. A economia de energia apresentada por uma porca em gestação é denominada de “Anabolismo de Gestação” (Whittemore e Elsley, 1977).
O consumo de energia durante a gestação é normalmente limitado para controlar o ganho de peso e manter uma condição corporal apropriada da porca. (Ewan, 1991). Segundo o NRC (1988), as porcas devem ser manejadas e alimentas visando obter um ganho de peso líquido de 25 kg durante o período de gestação, por pelo menos as três ou quatro primeiras parições. O ganho de peso resultante da placenta e dos produtos de concepção é de aproximadamente 20 kg, para um ganho de peso total de 45 kg durante a gestação.
Como o crescimento fetal não é particularmente grande, sendo significativo apenas nos últimos 30 dias do período de gestação e as porcas apresentam uma facilidade adicional do anabolismo gravídico, as exigências de energia para o desenvolvimento fetal, por si, são efetivamente pequenas (Whittemore e Elsley, 1977). O cálculo das exigências de gestação para porcas é apresentado na tabela 3.
As estimativas de exigência de ED para mantença variam entre 96 a 176 Mcal ED/kg PC0,75/dia, com uma média calculada de 110 kcal ED/kg PC0,75, similar à de suínos em crescimento. A exigência de energia para a deposição de proteína e de gordura é calculada como sendo 12,5 Mcal Ed/kg de ganho. Quando a composição de ganho da porca em gestação é de aproximadamente 25% de gorduras e 15% de proteína, o custo de energia/kg de ganho pode ser calculado como sendo aproximadamente 5,0 Mcal ED/kg. (NRC, 1988)
Para cada 1°C abaixo da temperatura crítica (18-20°C) ocorre um aumento de aproximadamente 4% no custo de mantença (NRC, 1988).
Segundo o NRC (1988), o consumo de ED das porcas pode ser estimado pela fórmula:
Consumo ED (Mcal/dia) = (13 + 0,596 dia gestação) – (0,0172 dia gestação2)
Tabela 3. Exemplo de cálculo para exigências de gestação.
	PRIVATE�Peso cobertura
	
	120
	140
	160
	Peso antes parto
	
	165
	185
	205
	Peso após parto
	
	145
	165
	185
	Peso médio
	
	143
	163
	183
	Exigência energia (Mcal ED/dia)
	
	
	
	
	Mantença
	(110xPC0,75)
	4,53
	5,00
	5,47
	Ganho durante gestação
	
	
	
	
	Fêmea
	(25kgxMcal/kg/114dias)
	1,1
	1,1
	1,1
	Produtos concepção
	(20kgxMcal/kg/114dias)
	0,19
	0,19
	0,19
	Total
	
	5,86
	6,23
	6,76
	Consumo alimento (3300 kcal ED/kg)
	Kg
	1,8
	1,9
	2,0
Ganho materno = 25% + 15% proteína; 12,5 Mcal ED/kgx40% = 5 Mcal ED/kg;
Ganho produtos concepção = 1% gordura + 8% proteína; 12,5 Mcal ED;kgx9% = 1,1 Mcal ED/kg.
Lactação
A exigência de energia diária das fêmeas em lactação inclui a exigência de mantença (110kcal ED/kg PC0,75) e a exigência para a produção de leite (2Mcal ED/kg de leite). A exigência para produção de leite é calculada assumindo que a energia de 1 kg de leite é de 1,3 Mcal ED e, assumindo uma eficiência de utilização de 65%. A contribuição a partir das perdas corporais da porca pode ser calculada assumindo uma perda de 30% de gordura e 13% de proteína. A perda de 30% de gordura e 13% de proteína. A perda irá conter aproximadamente 4,5 Mcal ED/kg, que é convertida em energia do leite com uma eficiência de 85% (NRC, 1988; Ewan, 1991).
PROTEÍNA
O conteúdo de proteína dos alimentos e das dietas é determinado por procedimento químico conhecido como método de Kjeldahl. No entanto, o método do de Kjeldahl não determina a proteína, mas determina o conteúdo de nitrogênio. A proteína, é calculada indiretamente pela multiplicação do valor de nitrogênio pelo fator 6,25. Este fator é usado porque, em média, o conteúdo de nitrogênio das proteínas é de 16 g em 100 g de proteína. O valor de proteína determinado desta forma é denominado de proteína bruta (Lewis, 1991).
O uso da proteína bruta implica dois erros na determinação. O primeiro é que nem toda a proteína apresenta 16% de nitrogênio. No entanto, as exigências em proteína dos suínos têm sido estabelecidas utilizando esse fator. O segundo erro é que é assumido que todo o nitrogênio presente no alimento analisado é de origem protéica. Em muitos alimentos parte do nitrogênio tem origem em outros nutrientes. Por exemplo, 10% do nitrogênio do milho e 13% do nitrogênio da soja são de origem não protéica (Lewis, 1991).
Os suínos não apresentam uma exigência especifica para proteína. Eles dependem dos aminoácidos. As proteínas são formadas por combinações variadas entre os 20 aminoácidos encontrados (Kansas..., 1994).
Os aminoácidos são classificados em não-essenciais e essenciais. Os suínos são capazes de sintetizar alguns aminoácidos e estes não precisam necessariamente ser supridos através das dietas, sendo denominados aminoácidos não-essenciais ou dispensáveis. Outros aminoácidos os suínos não conseguem sintetizar, ou, se conseguem, não o fazem na velocidade necessária para suprir as exigências de crescimento e reprodução em níveis máximos. Estes aminoácidos são denominados essenciais ou indispensáveis (Lewis, 1991). Na Tabela 3 são demonstrados os aminoácidos essenciais e os não-essenciais para os suínos.
Alguns aminoácidos são essenciais na dieta em determinados períodos. A arginina, por exemplo, é necessária para suínos em crescimento, mas porcas são hábeis em sintetizar arginina em níveis suficientes para as suas exigências. A histidina é necessária durante a fase de gestação. Leitões até 5 kg necessitam de prolina. Outros aminoácidos como é o caso de cisteína que é sintetizada a partir de metionina, da fenilalanina que é convertida a tirosina (Lewis, 1991).
Durante os processos de digestão, as proteínas são desdobradas em suas unidades menores, os aminoácidos e os peptídios. Estes são absorvidos e entram na corrente sanguínea, sendo incorporados em novas moléculas de proteína e participam do metabolismo e da síntese de tecidos (Kansas..., 1994).
Quando a dieta é inadequada em algum dos aminoácidos essenciais, a síntese de proteína não ocorre na velocidade obtida quando esse aminoácido está disponível em níveis adequados. Esse aminoácido é denominado de aminoácido limitante. Outra forma de descrever um aminoácido limitante é imaginar a proteína como sendo um barril e os aminoácidos as tábuas que forma o barril. Se uma barra (aminoácido) é mais curta que as outras (limitante) o barril só poderá ser preenchido até a altura desta barra, não ficando totalmente cheio. No suíno, a deficiência de um ou mais aminoácidos provoca uma redução na velocidade de ganho de peso, uma piora na conversão alimentar e uma redução no desempenho reprodutivo. Muitos grãos de cereais são deficientes ou em lisina, ou treonina ou em triptofano (Kansas..., 1994).
Disponibilidade de aminoácidos
A composição de aminoácidos da dieta ou dos alimentos é determinada normalmente por hidrólise ácida, seguida por cromatografia com determinação dos aminoácidos por meio colorimétrico ou fluorimetria. No entanto, esses procedimentos químicos não determinam a disponibilidadedos aminoácidos para os animais. Para ser disponível, o aminoácido precisa ser absorvido e participar dos processos metabólicos aos quais se destina (Lewis, 1991).
O calor excessivo nos processos de secagem ou tratamento de produtos, como por exemplo o farelo de soja, reduzem a disponibilidade dos aminoácidos, particularmente da lisina (Kansas..., 1994).
Balanço de aminoácidos – Proteína Ideal
A proteína ideal foi melhor definida nos anos 30 por H. H. Mitchell, que estabeleceu que é uma mistura de aminoácidos ou proteínas com completa disponibilidade da digestão e no metabolismo e cuja composição deve ser idêntica às exigências do animal para a mantença e para o crescimento. Dessa forma, o conceito de proteína ideal não é novo, mas ainda um objetivo a ser alcançado.
Para ser ideal, uma proteína, ou a combinação de várias proteínas, não deve apresentar aminoácidos em excesso. Todos os 20 aminoácidos devem estar presentes na dieta exatamente no níveis exigidos para o máximo ganho em proteínas e mantença. Como proposta, para uso na nutrição animal, todos os aminoácidos indispensáveis são expressos como relações ideais ou porcentagem em função de um aminoácido referência. Dessa forma, as exigências de todos os aminoácidos podem ser estimadas rapidamente, à medida que as exigências do aminoácido referência sejam estabelecidas. O aminoácido patrão utilizado é a enzima “ Baker, et al., 1993; Parsons & Baker, 1994)
Segundo Cole & Van Lunen, (1994) a principal diferença entre os suínos de diferentes classes (sexo, linhagem, idade, peso) deve ser a quantidade de proteína que é necessária de acordo com os diferentes potenciais de deposição de tecido magro. A quantidade relativa dos diferentes aminoácidos essenciais exigidos para depositar 1 g de proteína deverá ser a mesma em cada caso. Assim, foi sugerido que é possível estabelecer o balanço ótimo de aminoácidos essenciais e não-essenciais, mantendo uma relação adequada entre eles, e que constitua uma proteína ideal (Lewis, 1991).
A lisina foi escolhida como o aminoácido referência pelo fato de ser o primeiro aminoácido limitante na maior parte das dietas de suínos e o segundo aminoácido limitante nas dietas de aves; as analises de lisina nos alimentos são simples e existe muita formação sobre a concentração e a disponibilidade de lisina nos alimentos. Diferentemente dos demais aminoácidos, a lisina tem uma única função no metabolismo, qual seja a síntese de proteína, e, há uma grande quantidade de informação de exigências de lisina para suínos e aves (Parsons & Baker, 1994). Os valores de exigência de lisina para a utilização do conceito de proteína ideal estão expressos como lisina digestível; logo, as exigências de todos os demais aminoácidos são feitas com base em aminoácidos digestíveis.
A Tabela 5 apresenta uma comparação de três padrões de proteínas ideal propostos e os resultados de desempenho de suínos em crescimento.
Tabela 5. Fontes de proteína.
	PRIVATE�Fonte
	Proteína (%)
	Lisina (%)
	Valor relativo como fonte de lisina(%)
	Farelo de soja
	46
	2,90
	100
	Alfafa
	48
	3,01
	104
	Canola
	17
	0,80
	28
	Girassol
	38
	2,27
	78
	Trigo
	45
	1,68
	58
	Farinha
	15
	0,56
	19
	Peixe
	60
	4,75
	164
	Plasma suíno desidratado
	70
	6,10
	210
	Leite desnatado desidratado
	33
	2,54
	87
Fonte: Adaptada de Kansas..., 1994.
Parsons & Baker (1994) propõem dois padrões de aminoácidos para suínos, baseados na elevada taxa de “turnover” apresentada por suínos em crescimento e no aumento das exigências de mantença, à medida que os animais aumentam de peso. Ele propõem maiores exigências para a metionina, treonina e isoleucina para a mantença. Como discutido anteriormente, a mantença se torna relativamente mais importante, à medida que o peso e a idade dos animais aumentam. Segundo os autores, a estimativa das exigências de mantença dos aminoácidos sulfurados e da treonina forma 136 e 147% das exigências de lisina respectivamente. Portanto, as exigências de lisina de suínos em crescimento devem crescer mais lentamente do que a dos aminoácidos sulfurados e da treonina com o avanço da idade e do peso. 
Efeito do sexo
É bem conhecido que existem diferenças na composição corporal de machos inteiros, fêmeas e machos castrados. Em um determinado peso, machos inteiros são mais magros que fêmeas, que por sua vez são mais magras do que machos castrados. A expectativa é que as diferentes exigências de aminoácidos entre os três sexos determinam essas diferenças na composição corporal entre eles. Vários experimentos demonstram que machos inteiros apresentam exigências de aminoácidos e proteína maiores do que a de fêmeas e que as fêmeas têm exigências superiores a de machos castrados (Lewis, 1991).
Relação energia: proteína
O consumo voluntário de suínos alimentados à vontade é influenciado pela energia metabolizável da dieta. Quando a concentração de energia da dieta é baixa os suínos aumentam o consumo de alimentos e vice-versa. Como conseqüência, trocas na concentração de energia da dieta afetam o consumo de todos os nutrientes, incluindo os aminoácidos. Dessa maneira, se o consumo de um aminoácido deve ser mantido constante quando as dietas diferem em energia, a concentração do aminoácido em porcentagem da dieta deve ser ajustada (Lewis, 1994).
Muitos dos alimentos utilizados nas dietas de suínos apresentam relações de energia e aminoácidos praticamente constantes, e os efeitos. Entretanto, alguns ingredientes, como as gorduras, apresentam concentração de energia que são substancialmente maiores que aquela da maioria dos alimentos. Outros, como as fibras, apresentam concentração de energia muito baixa. Quando as concentrações de energia dos alimentos diferem consideravelmente daquelas encontradas nos alimentos padrões (milho e soja), a concentração dos aminoácidos deverá ser alterada (Lewis, 1991).
Embora exista pouca informação a respeito das relações ótimas entre energia e aminoácidos para suínos, é possível extrapolar relações a partir de dieta padrões com adição de gordura (> 5%). Uma dieta típica de milho e soja inicial deverá ter aproximadamente 3,7 g de lisina por Mcal de energia metabolizável, enquanto que uma dieta de crescimento terá aproximadamente 3,2 a 2,5 e uma dieta de terminação 2,5 a 2,0 (Kansas..., 1994).
MINERAIS
Os minerais constituem uma pequena porção das dietas de suínos, mas a sua importância para a saúde e o desenvolvimento deles não precisa ser enfatizada. Os minerais são classificados em dois grupos: macrominerais e microminerais. Os macrominerais, ou minerais principais, que são comumente adicionados às dietas dos suínos, são o cálcio, o fósforo, o sódio e o cloro. Magnésio e potássio também são necessários, mas são adequadamente supridos pelo grãos. Os microminerais, ou minerais-traço, de importância primária, são o zinco, o cobre, o manganês, o iodo e o selênio (Kansas..., 1994).
As funções dos minerais são extremamente diversas, variando de funções estruturais, em alguns tecidos, e uma grande variedade de funções regulatórias. 
Alguns minerais, quando adicionados em excesso, particularmente o cálcio, interferem na absorção de outro nutrientes. Como exemplo, o cálcio interfere na absorção de zinco, quando em excesso, e resulta em um desarranjo da pele denominado paraqueratose. A combinação de altos níveis de cálcio (acima de 0,9%) e níveis marginais de zinco resultam nessa condição (kansa..., 1994).
Cálcio e Fósforo
Esses dois elementos são importantes no desenvolvimento da estrutura do esqueleto, mas sua presença nos tecidos mole também é importante. Ambos são utilizados na coagulação do sangue, na contração muscular e no metabolismo de energia, 99% do cálcio e 80% do fósforo são encontrados nos ossos e nos dentes. Dessa forma, deficiência de cálcio e fósforo resultará em prejuízo na mineralização dos ossos, redução do crescimento ósseo e crescimento deficiente. Suínos jovens irão apresentar raquitismocomo sinal de deficiência de cálcio e fósforo. Suínos adultos, consumindo dietas deficiente, irão mobilizar cálcio e fósforo dos ossos, apresentando ossos frágeis (osteoporose). Isso pode resultar em uma condição denominada “Porcas Deitadas”, que pode ser prevenida por uma formulação adequada (Kansas..., 1994).
Fontes de Cálcio e Fósforo
Os ingredientes utilizados nas dietas de suínos variam grandemente no conteúdo mineral. Muitos grãos de cereais são particularmente baixos em cálcio. O conteúdo de fósforo dos cereais é na sua maioria fitato de fósforo pobremente utilizado pelos suínos. A forma na qual o fósforo é encontrado nos alimentos influencia a sua eficiência de utilização. Em cereais e oleaginosas entre 60 e 75% do fósforo esta ligado ao ácido fítico, sendo pobremente disponível. A disponibilidade de fósforo nos grãos de cereais é variável, entre 15% (milho) e até aproximadamente 50% (trigo). A maior disponibilidade do fósforo no trigo está associada à presença da enzima natural fitase, presente no trigo e seus subprodutos. O fósforo do milho e do sorgo de alta umidade é considerado mais disponível do que nos grãos secos (NRC, 1988). Nos grãos de oleaginosas também apresenta baixa disponibilidade. Em contraste, o fósforo nas fontes protéicas de origem animal é, na sua maior parte, de origem orgânica e apresenta alta disponibilidade (NRC, 1988). De uma maneira prática, 30% do fósforo são considerados disponíveis (Kansas..., 1994).
Os suplementos inorgânicos também variam quando à disponibilidade de fósforo. Os fosfatos de amônio, cálcio e sódio apresentam alta disponibilidade de fósforo (NRC, 1988).
Pouco é conhecido sobre a disponibilidade de cálcio nos alimentos. Muitos alimentos contribuem com tão pouco cálcio para as dietas que a disponibilidade desse mineral é de pequena conseqüência. O cálcio no calcário calcítico e na farinha de ostras é altamente disponível. Por outro lado, o tamanho das partículas de mais de 0,5 mm de diâmetro médio apresentam pouco efeito sobre a disponibilidade do cálcio. O cálcio no calcário dolomítico é apenas 50 a 75% disponível em relação ao do calcário calcítico (NRC, 1988).
Relação Cálcio (Ca): Fósforo Total (P)
Para o máximo desempenho, níveis mínimos de cálcio e fósforo total são necessários, assim como uma correta relação de um com outro. A relação desejada de 1,0 a 1,3 de cálcio para 1,0 de fósforo total nas dietas é preferida. Porém, se o níveis de fósforo estiverem adequados, uma relação Ca:P de 2:1 não irá afetar o desempenho dos animais (NRC, 1988; CSIRO, 1990; Kansas..., 1994).
Sódio e Cloro
O sódio e o cloro são respectivamente os principais cátion e ânion extracelulares. O cloro é o principal ânion do suco gástrico (NRC, 1988).
A exigência de sódio (Na) da dieta de suínos não é maior do que 0,08 a 0,10%, enquanto que a exigência de cloro (Cl) não é superior a 0,08%, embora estas não estejam bem estabelecidas (NRC, 1988).
Os grãos e os suplementos protéicos são baixos em Na e Cl, mas as exigências de suínos em crescimento-terminação podem ser atingidas pela adição de 0,25 a 0,35% de sal na dieta (Kansas ..., 1994).
Altos níveis de sal na dieta podem ser tolerados se água, de qualidade, estiver disponível em quantidades adequadas para consumo.
Ferro
Os leitões ao nascer apresentam deficientes reservas de ferro no organismo, e, uma vez que o leite das porcas é baixo em ferro, a suplementação desse mineral é necessária em leitões entre o primeiro e o terceiro dia de idade. As fontes mais comuns de ferro para prevenir a anemia ferropriva dos leitões recém-nascidos são injetáveis ou orais. O ferro injetável é preferido para a prevenção da anemia. Uma injeção de 200 mg de ferro dextrano entre o primeiro e o terceiro dia de idade previne os problemas de anemia.
VITAMINAS
O termo vitaminas descreve compostos orgânicos distintos dos aminoácidos, glicídios e lipídios e que são necessários em quantidades diminutas nas dietas para o funcionamento normal do metabolismo, o desenvolvimento normal dos tecidos, o crescimento, a saúde e a reprodução. Algumas vitaminas não são necessárias na dieta, pois podem ser sintetizadas a partir dos alimentos ou de constituintes metabólicos ou pelos microorganismos no trato gastrintestinal. As vitaminas são classificadas como hidrossolúveis ou lipossolúveis (NRC, 1988; Kansas..., 1994).
Vitaminas lipossolúveis
Vitamina A
A vitamina A é essencial para a visão, reprodução, crescimento e a manutençao da diferenciação epitelial e secreção de muco. Tanto a vitamina A quanto as provitaminas podem suprir as exigências de vitamina A. As provitaminas ocorrem nas plantas como pigmentos carotenóides (NRC, 1988).
A exigência dos suínos para vitamina A é influenciada pela proteína, pelos elementos traço (especialmente Cu), ergocalciferol, fungos, nitratos e nitritos na dieta e pela temperatura ambiente (CSIRO, 1990).
Segundo o NRC (1988), é sugerido que b-caroteno desempenha um papel independente da vitamina A na reprodução.
Os suínos armazenam vitamina A no fígado.
Vitamina D (Colecalciferol e Ergocalciferol)
As duas principais formas de vitamina D são o colecalciferol (D3) e o ergocalciferol (D2). A luz ultravioleta ativa o ergosterol presente nas plantas em ergocalciferol. A conversão fotoquímica do 7-dehidrocolesterol na pele dos animais forma colecalciferol.
A vitamina D e seus metabólicos hormonais atuam na mucosa das células do intestino delgado, provocando a formação de proteínas ligadoras de cálcio. Essas proteínas facilitam o transporte e a absorção de cálcio e de magnésio e influenciam a absorção de fósforo (NRC, 1988). A ação dos metabólicos de vitamina D, juntamente com o hormônio da paratireóide e a calcitonina, mantém a homeostase do cálcio e do fósforo.
As exigências são afetada pelo conteúdo de cálcio e pela relação cálcio: fósforo da dieta (CSIRO, 1990).
Deficiências de vitamina D provocam um distúrbio na absorção e no metabolismo do cálcio e do fósforo, que resultam em calcificação insuficiente de vitamina D resulta em raquitismo, enquanto em animais adultos resulta em osteomalácia (NRC, 1988).
Vitamina E (tocoferol)
Sintomas de deficiência em suínos em crescimento incluem perda de desempenho, aumento de taxa de mortalidade, degeneração muscular, necrose hepática, anemia, lesão arterial. Deficiência de vitamina E em porcas causa mortalidade neonatal e depressão na secreção de leite (CSIRO, 1990).
A exigência de vitamina E depende de fatores como nível de silencio, ácidos graxos insaturados, aminoácidos sulfurados, retinol, cobre, ferro e antioxidantes em nível de membrana celular com um papel estrutural nas membranas celulares (NRC, 1988).
Vitamina K
A vitamina k é essencial para a síntese de protrombina, fator VII, fator IX e fator X, que são necessários para a coagulação sanguínea. Essas proteínas são sintetizadas no fígado, na forma de precursor inativo. A ação da vitamina K converte esses fatores para a forma biologicamente ativa (NRC, 1988).
Vitaminas hidrossolúveis
Riboflavina
A riboflavina é componente de duas coenzimas, a flavina mononucleotídio (FMN) e flavina adeninadinucleotídio (FAD), sendo elas importantes no metabolismo das proteínas, dos lipídios e dos glicídios (NRC, 1988).
Deficiência de riboflavina leva a anestro e falhas reprodutivas em leitoas. Sinais de deficiência de riboflavina em leitões em crescimento incluem crescimento lento, catarata, seborréia, vômito e alopecia (Whittemore & Elsley, 1977; NRC, 1988).
Niacina (ácido nicotínico)
Quase toda a niacina presente no milho, e em muitos outros cereais, está numa forma ligada que é indisponível para os suínos. No entanto, o triptofano acima das exigências mínimas para a síntese de proteína pode ser convertido em nicotinamida adenina (ADN) dinucleotídio. É considerado que 50 mg de triptofano equivalem a 1 mg de ácido nicotínico (ARC, 1988; CSIRO, 1990).
A niacina é um componente das coenzimanicotinamida adenina dinucleotídio fosfato (NADP) e da nicotinamida adenina dinucleotídio (NAD). Essas coenzimas são essenciais para o metabolismo de glicídios, de proteínas e de lipídios. (NRC, 1988).
Os sinais de deficiência de niacina incluem reduzido ganho de peso, anorexia, vômito, pele seca, dermatite, pêlos compridos, perda de pelos, diarréia, ulcerações na mucosa bucal, gastrite ulcerativa, inflamação e necrose do ceco e cólon e anemia normocitica (NRC, 1988).
Ácido Pantotênico
Como um componente da coenzima A, o ácido pantotênico é importante no metabolismo e na síntese de unidades de dois carbonos durante o metabolismo de lipídios e de glicídios (NRC, 1988).
Sinais de deficiência de ácido pantotênico incluem crescimento lento, anorexia, diarréia, pele seca, pêlos compridos, alopecia, resposta imune reduzida e um movimento anormal do trem posterior, conhecido como passo de ganso (NRC, 1988).
Cianocobalamina (Vitamina B12)
A cianocobalamina, como coenzima, é envolvida na síntese de grupos metil, derivados da formação de glicina ou serina e da transferência para a homocesteína para formar novamente a metionina. Ela é importante na metilação da uracila, pra formar timina, que é convertida a timidina, e usada para a síntese do DNA (NRC, 1988).
Suínos deficientes em cianocobalamina apresentam reduzido ganho de peso, perda de apetite, pele enrugada e pêlos duro, irritabilidade, hipersensibilidade e perda de coordenação do trem posterior (NRC, 1988).
Colina
Importante nas funções nervosas, síntese de proteína e desenvolvimento estrutural. A colina não é considerada como uma vitamina, uma vez que os suínos podem sintetizá-la em quantidades suficientes para as suas necessidades, utilizando substâncias químicas específicas que são disponíveis.
Sendo assim, como fator de segurança, a suplementação de colina é recomendada. A colina é uma das vitaminas mais caras. Ela pode representar entra 10 e 25% do custo da suplementação de vitaminas. O custo da colina nas dietas de gestação pode ser justificada pelo aumento do número de leitões vivos e desmamados quando adicionada em um nível de 500 g/t (Kansas..., 1994).
Embora as exigências para a colina não estejam bem definidas, 100 g/t são recomendadas para prevenir uma possível deficiência dela em suínos em crescimento-terminação (Kansas..., 1994).

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