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Tecnologia de alimentos - ALIMENTOS FUNCIONAIS

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THAÍSA RENATA DA SILVA COSTA
ALIMENTOS FUNCIONAIS
Pombal
2010
INTRODUÇÃO
Este trabalho enfoca um produto alimentício cujas funções vão além da nutrição: são capazes de produzir efeitos metabólicos e fisiológicos, garantindo a saúde e o bem-estar através da redução do risco de determinadas doenças. Isso ocorre porque em sua composição são encontrados compostos bioativos capazes de atuar como moduladores dos processos metabólicos previnindo o surgimento de doenças degenerativas.
	Sozinhos, não garantem boa saúde. Somente pode melhorá-la quando fazem parte de uma dieta balanceada, equilibrada com outros tipos de alimentos. 
DESENVOLVIMENTO
Histórico
Os primeiros alimentos com algum tipo de modificação para aumentar seu valor nutritivo, especialmente com sais minerais, apareceram na década de 1920. Durante as décadas seguintes houve um grande desenvolvimento da tecnologia de alimentos em diversos aspectos como desenvolvimento de novos ingredientes, embalagens, equipamentos e processos. Após esse período de desenvolvimento uma nova preocupação, especialmente após os anos da década de 1970 e 1980, foi com o desenvolvimento de característica que além da segurança alimentar e aspectos nutricionais, pudesse oferecer um benefício adicional ao consumidor.
Esta nova preocupação levou ao desenvolvimento dos alimentos funcionais. Inicialmente este processo foi mais intenso no Japão onde, a partir de 1993 foi criada uma categoria de alimentos designados Foshu (em inglês: FOSHU um Acrónimo de Food for specific health use), estes alimentos passaram a ter maior destaque.
Com o aumento da expectativa de vida dos brasileiros e ao mesmo tempo o crescente aparecimento de doenças crônicas como obesidade, aterosclerose, hipertensão, osteoporose, diabetes e câncer, está havendo uma preocupação maior, por parte da população e dos órgãos públicos de saúde, com a alimentação.
Hábitos alimentares adequados como o consumo de alimentos pobres em gorduras saturadas, e ricos em fibras presentes em frutas, legumes, verduras e cereais integrais, juntamente com um estilo de vida saudável (exercícios físicos regulares, ausência de fumo e moderação no álcool) passam a ser peça chave na diminuição do risco de doenças e na promoção de qualidade de vida, desde a infância até o envelhecimento.
O papel da alimentação equilibrada na manutenção da saúde tem despertado interesse pela comunidade científica que tem produzido inúmeros estudos com o intuito de comprovar a atuação de certos alimentos na prevenção de doenças. Na década de 1980, foram estudados no Japão, alimentos que além de satisfazerem às necessidades nutricionais básicas desempenhavam efeitos fisiológicos benéficos. Após um longo período de trabalho, em 1991, a categoria de alimentos foi regulamentada recebendo a denominação de "Foods for Specified Health Use" (FOSHU). A tradução da expressão para o português é Alimentos Funcionais ou Nutracêuticos. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), alimentos funcionais são aqueles que produzem efeitos metabólicos ou fisiológicos através da atuação de um nutriente ou não nutriente no crescimento, desenvolvimento, manutenção e em outras funções normais do organismo humano.
De acordo com a ANVISA, o alimento ou ingrediente que alegar propriedades funcionais, além de atuar em funções nutricionais básicas, irá desencadear efeitos benéficos à saúde e deverá ser também seguro para o consumo sem supervisão médica.
O surgimento recente desses novos produtos que trazem um "algo mais", além dos nutrientes já conhecidos, teve influência de fatores como: os altos custos com o tratamento de doenças, o avanço nos conhecimentos mostrando a relação entre a alimentação e o binômio saúde/doença e os interesses econômicos da indústria de alimentos.
É importante salientar que antes do produto ser liberado para o consumo deve obter registro no Ministério da Saúde e, para isso, precisa demonstrar sua eficácia e sua segurança de uso. O fabricante deve apresentar provas científicas comprovando se a alegação das propriedades funcionais referidas no rótulo são verdadeiras e se o consumo do produto em questão não implica risco e sim, benefício à saúde da população. Lembrando ainda que as alegações podem fazer referências à manutenção geral da saúde, à redução de risco mas não à cura de doenças.
As propriedades relacionadas à saúde dos alimentos funcionais podem ser provenientes de constituintes normais desses alimentos como no caso das fibras e dos antioxidantes (vitamina E, C, betacaroteno) presentes em frutas, verduras, legumes e cereais integrais ou através da adição de ingredientes que modifiquem suas propriedades originais exemplificada por vários produtos industrializados, tais como: leite fermentado, biscoitos vitaminados, cereais matinais ricos em fibras, leites enriquecidos com minerais ou ácido graxo ômega 3.
Um ponto que vale a pena ser comentado, é o fato de alguns alimentos industrializados possuírem concentrações muito baixas dos componentes funcionais, sendo necessário o consumo de uma grande quantidade para a obtenção do efeito positivo mencionado no rótulo. No caso do leite enriquecido com ômega 3, por exemplo, seria mais fácil e vantajoso, o consumidor continuar ingerindo o leite convencional e optar pela fonte natural de ômega 3 que é o peixe. Primeiro, porque normalmente os produtos industrializados com ação funcional são mais caros, segundo pois o peixe tem outros nutrientes importantes a oferecer como proteínas de boa qualidade, vitaminas e minerais. Portanto, o produto contendo a substância funcional não substitui por completo, o alimento de onde foi retirado tal composto, uma vez que apresenta apenas uma característica deste.
Ainda em relação aos produtos industrializados com caráter funcional, é importante esclarecer que o simples consumo desse tipo de alimento, com a finalidade de obter um menor risco para o desenvolvimento de doenças, não atingirá o objetivo proposto se não for associado a um estilo de vida saudável levando em consideração principalmente, a alimentação e a atividade física.
Substâncias Consideradas Funcionais
ÁCIDOS GRAXOS:
São ácidos monocarboxílicos de cadeia normal que apresentam o 
carboxila" �grupo carboxila� (–COOH) ligado a uma longa cadeia alquílica, saturada ou insaturada. Como nas células vivas dos animais e vegetais os ácidos graxos são produzidos a partir da combinação de acetilcoenzima A, a estrutura destas moléculas contém números pares de átomos de carbono. Mas existem também ácidos graxos ímpares, apesar de mais raros.
Os considerados funcionais são:
Monoinsaturados: 
graxo" �ácidos graxos� com uma ligação dupla na molécula. Estão presentes em alimentos como o azeite de oliva, canola, abacate, amendoim e alguns tipos de nozes. Ajuda a reduzir o colesterol ruim no sangue (LDL-Colesterol), sem reduzir os de HDL-Colesterol. Porém seu consumo em excesso não é recomendável. As gorduras monoinsaturadas são estáveis, podem ser aquecidas, além de protegerem as polinsaturadas da oxidação, sendo estas últimas muito oxidáveis e instáveis.
Ômega 3: são ácidos carboxílicos poliinsaturados, em que a dupla ligação está no terceiro carbono a partir da extremidade oposta à carboxila. Muitos deles (e outros ômega 6) são chamados de "essenciais" porque não podem ser sintetizados pelo corpo e devem ser consumidos sob a forma de gorduras.
A ingestão do ômega 3 auxilia na diminuição dos níveis de triglicerídeos e colesterol ruim LDL, enquanto pode favorecer o aumento do colesterol bom HDL. Possui ainda importante papel em alergias e processos inflamatórios, pois são necessários para a formação das prostaglandinas inflamatórias, tromboxanos e leucotrienos.
Podemos encontrá-lo nas nozes, castanhas, peixes especialmente de águas frias, rúcula e nos óleos vegetais, como azeite, canola, soja e milho.
Ômega 6:ajudam no desenvolvimento humano, e por isso é importante o seu consumo como suplemento alimentar diário.
Podemos encontrá-lo nos cereais, peixes gordurosos e nos 
vegetal" �óleos vegetais�.
CAROTENÓIDE:
É qualquer substância química de um grupo de substâncias tetraterapêuticas relacionadas ao caroteno, que são pigmentos amplamente difundidos na natureza. Caracterizam-se por apresentar moléculas oxidáveis, exibir cores que vão do amarelo ao vermelho, ser lipossolúveis, encontradiças em vegetais e essenciais como precursores da síntese da vitamina A em animais.
Os carotenóides são o segundo pigmentos mais importantes para a fotossíntese, pois protege a clorofila do excesso da luz, além de absorver a luz azul. Atua como pigmento nas plantas e nos animais, inclusive nos seres humanos, onde se acumula no tecido subcutâneo adiposo. Encontram-se, também, em organismos fotossintéticos, como algas, alguns tipos de fungos e algumas bactérias.
Os carotenóides são lipídios essenciais na alimentação humana, quatro deles (beta-caroteno, alfa-caroteno, gama-caroteno e beta-criptoxantina), pois são os precursores da vitamina A que, entre outras funções, atua diretamente na respiração celular e sintetiza pigmentos da retina, outro deles podem ser poderosos antioxidante, especialmente a Astaxantina, encontrada em algas.
Os mais de 600 tipos de carotenóides conhecidos são dividos em dois grupos: carotenos e xantofilas. Os carotenos são pigmentos alaranjados, que dão cor à cenoura, por exemplo; são puramente hidrocarbonetos e não contêm oxigênio. Já as xantofilas podem variar de amarelo a marrom-avermelhado e contêm oxigênio.
Licopeno: é uma substância carotenóide que dá a cor avermelhada ao tomate, melancia, goiaba, entre outros alimentos. É um antioxidante que, quando absorvido pelo organismo, ajuda a impedir e reparar os danos às células causados pelos radicais livres.
Os radicais livres são produzidos durante funções normais do corpo humano, como respiração e atividade física. Também são formados como resultado do hábito de fumar, superexposição ao sol, poluição do ar e estresse. São altamente reativos e, se não controlados, podem danificar as moléculas importantes das células saudáveis do corpo humano. Isso pode contribuir para o desenvolvimento de várias doenças, como câncer e doenças cardiovasculares.
Assim como o betacaroteno, o licopeno é transportado no sangue humano por meio de lipoproteínas, principalmente a LDL. A principal função da LDL é fornecer colesterol para as células do corpo e, ao fazer isso, também fornece licopeno e betacaroteno. Os maiores níveis de licopeno e betacaroteno são encontrados no fígado (principal local de armazenamento). No tecido adiposo, a taxa de carotenóides é muito baixa. No entanto, devido à quantidade total de tecido adiposo no organismo, também pode ser um importante local de armazenamento.
A melhor fonte de licopeno é o tomate. É um alimento pouco calórico, com seus efeitos antioxidantes, fonte de fibras e bem utilizado na culinária pela sua cor, melhorando a aparência dos pratos. O tomate é matéria prima que pode entrar em diversas refeições. Quanto maior a concentração de tomate em uma receita, maior o teor de licopeno e os benefícios por ele proporcionados. Este possui maior aproveitamento quando combinado a uma pequena quantidade de gordura, preferencialmente do tipo monoinsaturada.
Encontra-se presente em alimentos como o tomate (média de 3,31 mg em 100 alimento em questão é cozido, pois o rompimento das paredes celulares facilita o contato deste com a mucosa intestinal. O licopeno da melancia e do mamão é muito biodisponível (em torno de 60%), enquanto o do tomate cru está em 13%, contra 70% do mesmo quando cozido. Assim sendo, alimentos como a massa e o molho de tomate são ótimas fontes desse antioxidante valioso e barato.
Existem algumas evidências de que o consumo regular de licopeno diminui a probabilidade de o indivíduo ter câncer de próstata. De fato, estudos australianos em fase avançada estão demonstrando que o uso regular do licopeno reduz a incidência de alguns tumores viscerais.
Luteína: Também chamado de Lipocromo, de tonalidade amarelo-limão é um carotenóide presente em alguns vegetais, como espinafre, couve-flor,ervilha, brócolis, e em alguns frutos, como laranja, mamão, pêssego e kiwi, além da gema de ovo. É um dos responsáveis pela pigmentação desses mesmos vegetais, sendo utilizado em como antioxidante, notadamente no tratamento da DMI (Degenerescência Macular da Idade), e pode melhorar ou prevenir a degeneração ocular. É o principal antioxidante presente nas membranas oculares (retina e mácula).
Zeaxantina: é uma substância responsável pela cor de peixes, aves, flores e alimentos.
É encontrada predominantemente nos vegetais amarelos, alaranjados, vermelhos e verdes; tais como nectarina, laranja, mamão, pêssego, brócolis, couve de bruxelas, repolho, couve-flor, ervilha, milho, rúcula, dentre outros.
É resultante do metabolismo secundário de muitos vegetais pode ser agrupada no grupo dos carotenóides, que incluem também os carotenos. De fato, a zeaxantina é resultante da oxidação de carotenos.
Betacaroteno: é um pigmento carotenóide antioxidante. Natural, é uma das formas de se obter indiretamente a vitamina A.
Tem recebido grandes propriedades nas pesquisas das quais é alvo. Sabe-se hoje que ele é um antioxidante (inibe radicais livres, prevenindo o envelhecimento), beneficia a visão noturna, aumenta a imunidade, dá elasticidade à pele, aumenta o brilho dos cabelos e o fortalecimento das unhas, além de atuar no metabolismo de gorduras.
Também é favorável na obtenção do bronzeamento da pele. Quando transformado em vitamina A em nosso organismo, auxilia na formação de melanina, pigmento responsável por proteger a pele dos raios ultravioleta e conferir o bronzeamento.
As principais fontes de betacaroteno são: cenoura, abóbora, beterraba, mamão, manga e a batata doce. Em quantidades menores, pode ser encontrado nos vegetais folhosos como couve, repolho, espinafre, agrião e brócolis.
Consumir grande quantidade de betacaroteno não é perigoso para o organismo. O único efeito colateral conhecido pelo excesso do mesmo é o aparecimento de uma coloração amarelada na pele, que é inócua e não deixa sequelas, que desaparece com a redução do consumo, denominada por hipercarotenodermia.
FIBRAS ALIMENTARES
O termo Fibras Alimentares ou Fibras Dietéticas é uma denominação genérica incluindo uma grande variedade de substâncias que são: 
"Resíduos de células vegetais que não são digeridas pela parte superior do tubo digestivo do homem. São compostas de celulose, oligossacarídeos, pectina, goma e ceras". (Trowell e Burkitt, 1986).
A passagem das fibras dietéticas pelo trato digestivo resulta em diversos efeitos fisiológicos importantes para a saúde do ser humano.
No entanto, nem todas as fibras atuam da mesma forma. As fibras alimentares compõem-se fundamentalmente de 2 categorias, tecnicamente classificadas como: insolúveis e solúveis.
Assim por exemplo, essas fibras encontram-se nas frutas, sendo que as fibras insolúveis localizam-se na casca e no bagaço enquanto as solúveis compôem a parte gelatinosa da polpa.
Fibras Insolúveis: São encontradas nos farelos de cereais, empregados em vários produtos facilmente disponíveis no mercado na forma de cápsulas, cereais matinais, flocos e mesmo biscoito.
A ação fundamental destas fibras é a aceleração do trânsito intestinal. Isto se deve à extrema capacidade de retenção de água destas mesmas pois, absorvendo a água disponível, aumentam em volume distendendo a parede do cólon e facilitando a eliminação do bolo fecal.
Interessante ressaltar que ao absorver a água, estas fibras absorvem também eventuais agentes cancerígenos, prevenindo o câncer de cólon.
Devido à sua insolubilidade, elas não são fermentadas pela flora intestinal e, portanto, não são praticamente metabolizadas.
Fibras solúveis: Estão presentes em vários produtos que possuem exclusivamenteeste tipo de fibras com destaque para: a goma acácia, a pectina e a goma xantana, mas também nos produtos citados acima, embora em quantidade muito menor à das fibras insolúveis.
O primeiro aspecto importante das fibras solúveis é o aumento do tempo de exposição dos nutrientes no estômago, proporcionando uma melhora na digestão dos mesmos, em particular os açúcares e as gorduras. Este aspecto contribui na regularização do metabolismo energético para um melhor aproveitamento no desempenho de todas as atividades físicas.
Assim como as insolúveis, agem igualmente sobre a velocidade do trânsito intestinal, porém sem aumento da absorção de água.
 	Provocam reações de fermentação, produzindo altas concentrações de substâncias específicas denominadas de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC).
Esses elementos são os principais promotores da motilidade do conteúdo fecal e regularizam o trânsito intestinal de forma suave.
No intestino, os AGCC funcionam como fonte de energia para a mucosa e como agentes protetores de várias doenças como: diarréia, inflamações intestinais e do câncer de cólon.
Por outro lado, as fibras solúveis formam uma camada superficial suave ao longo da mucosa do intestino delgado e servem de barreira na absorção de alguns nutrientes, atrasando o metabolismo essencialmente dos açúcares e das gorduras. Isto contribui sobremaneira para a estabilização do metabolismo energético, controlando os aumentos bruscos da taxa de glicemia.
Estudos já realizados comprovam também a que a ingestão de fibras solúveis contribui na diminuição da taxa de colesterol.
Além do mais, é importante ressaltar uma das propriedades mais interessantes das fibras solúveis. Estas não são digeridas no estômago mas no intestino aonde são expostas à flora bacteriana (flora intestinal), material necessário à sua degradação.
A fermentação destas fibras pelas bactérias da flora permite abaixar o pH deste meio, o que é favorável à saúde do organismo sob vários aspectos.
As fibras fermentadas convertem-se em nutrientes necessários para um melhor desenvolvimento das bactérias biofidos e lactobacilos, aumentando favoravelmente a flora bacteriana. Um dos pontos mais positivos da formação desta superpopulação bacteriana benéfica é a inibição do crescimento de bactérias patogênicas (malignas). Com isso, o sistema imunológico do órgão também torna-se fortalecido, prevenindo casos de infecção gastro-intestinais e até mesmo de câncer de cólon.
FITOESTRÓGENOS:
São um grupo de substâncias vegetais que, apesar de terem estruturas químicas diferentes do estrógeno, tem ação parecida no metabolismo.
Provavelmente encontrados em milhares de espécies vegetais, pesquisas indicam sua presença em leguminosas como soja e feijão e em folhas como as da amora, que é utilizada como repositor hormonal fitoterápico por conter o fitoestrógeno isoflavona.
Isoflavona: São compostos orgânicos naturais (metabólitos secundários) de origem vegetal pouco distribuídos na natureza, presentes principalmente na família Fabaceae, sendo abundantes na soja (Glycine max Merr.) e em seus derivados[1]. Estes compostos apresentam efeito estrogênico por apresentarem semelhança estrutural com os hormônios estrogênicos, encontrados em maior concentração nas mulheres. Estruturalmente podem ser consideradas como derivadas da 3-fenilcromana.
Pertencem à classe dos flavonóides e podem ocorrer tanto na forma de aglicona como na forma glicosilada, quando possui uma ose (açúcar) ligada à posição 5 ou 7 do anel A. A forma glicosilada ocorre naturalmente nos grãos da soja e na farinha de soja; já os acetil-derivados e as agliconas são formados durante o processamento industrial da soja ou no metabolismo da soja no organismo. O isolado protéico de soja possui maiores teores das formas agliconas.
A genisteína é a isoflavona mais comumente encontrada na natureza.
FITOESTEROIS: 
São compostos naturalmente presentes em óleos vegetais, nozes, feijão, legumes e verduras.
 Estudos realizados durante algumas décadas demonstram que os fitoesteróis reduzem significativamente os níveis de colesterol total e LDL-colesterol (“colesterol ruim”), quando consumidos regularmente e associados a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis.
A ingestão média dos fitoesteróis em dietas ocidentais é de 150mg a 310mg/dia, sendo as principais fontes os óleos vegetais, frutas, legumes e verduras. Dietas vegetarianas, as quais contêm alimentos fonte de fitoesterol em maior quantidade, fornecem cerca de 600mg/dia.
No entanto, para que haja uma redução significativa do colesterol (aproximadamente 10%) é necessária a ingestão de 1,6 a 2,0g de fitoesterol por dia.
Porém, para atingir essa recomendação seria necessária uma quantidade muito grande de alimentos, como:
• 340 tomates;
• 168 cenouras;
• 120 maçãs;
• 66 laranjas;
• 56 fatias de pão integral;
• 9 xícaras de nozes.
Portanto, o melhor jeito de conseguir ingerir essa quantidade de fitoesteróis é através do consumo de alimentos enriquecidos com fitoesteróis, como margarinas, leites e iogurtes.
Os alimentos enriquecidos com fitoesteróis são indicados para pessoas com níveis elevados de colesterol sanguíneo e com histórico familiar de hipercolesterolemia.
POLIÓIS:
São alcoóis na forma sólida, chamados hexahidricos. Usados como adoçantes em produtos dietéticos, chicletes e balas dado seu efeito não cariogênico. 
Sorbitol: obtidos comercialmente da redução da glicose e é 60% tão doce quanto a sacarose.
Manitol: obtidos comercialmente da redução da sacarose e é 30% tão doce quanto a sacarose.
Os dois tem em média 4 caloria por grama cada um deles.
Xilitol: obtidos comercialmente pela hidrogenização da xilose.
PROBIÓTICOS:
O termo probiótico deriva do grego e significa "pró-vida", sendo o antônimo de antibiótico, que significa "contra a vida".
Foi definido inicialmente como: organismos vivos que quando ingeridos exercem efeito benéfico no balanço da flora bacteriana intestinal da pessoa que os consumiu. Passado um tempo o termo foi ampliado para: organismos vivos que quando ingeridos em determinado número (concentração) exercem efeitos benéficos para a saúde por sua ação no trato intestinal.
A definição mais atual de probióticos é: suplemento alimentar, rico em microorganismos vivos, que afeta de forma benéfica seu consumidor, através da melhoria do balanço microbiano intestinal.
Portanto, os alimentos probióticos são aqueles ricos em bactérias que produzem efeitos benéficos na flora intestinal, normalmente indicados para prevenir e tratar doenças como as indicações abaixo.
Vários microorganismos são reconhecidos como probióticos, entre eles bactérias ácido-lácticas, bactérias não ácido lácticas e leveduras. As mais conhecidas bactérias que exercem essas funções no organismo são as Bifidobacterium e Lactobacillus.
As espécies de probióticos mais utilizadas são:
- Especialmente o Lactobacillus acidophillus
- Lactobacillus casei
- Lactobacillus rhamnosus
- Lactobacillus reuterii
- Enterococus faecium
- Bifidobacterium adolescentis
- Bifidobacterium breve
- Bifidobacterium bifidum
- Bifidobacterium infantis
- Bifidobacterium longum
Os alimentos PRObióticos exercem as seguintes funções no organismo:
- Aumentam de maneira significativa o valor nutritivo e terapêutico dos alimentos, pois ocorre um aumento dos níveis de vitaminas do complexo B e aminoácidos;
- Aumentam a absorção e fixação de cálcio e ferro;
- Fortalecem o sistema imunológico através de maior produção de células protetoras; portanto na redução do risco de câncer e doenças infecciosas de repetição;
- Possuem efeito funcional benéfico no organismo, equilibrando a flora intestinal, atuando na capacidade do organismo se desintoxicar de excessos e venenos;
- Possuem uma particular importância para os indivíduos com intolerância à lactose, devido ao aumento de uma enzima que facilita a digestão da lactose.
Como microorganismos,  normalmente são termo-sensíveis e têmpouco tempo de vida, por isso mesmo, devem ser mantidos bem refrigerados. Ao serem ingeridos, integrados aos alimentos, vão para o intestino e ali se integram à flora já existente, sem se fixarem, mas auxiliando no trabalho de absorção dos nutrientes.
Podem ser componentes de alimentos industrializados presentes no mercado, como leites fermentados, iogurte, ou podem ser encontrados na forma de pó ou cápsulas. Os leites fermentados são o principal exemplo de fonte de probióticos, embora, na forma de cápsulas, poderá ser adicionado em leites de sementes ou sucos desintoxicantes, evitando o consumo alimentos de origem animal como leites e laticínios, que sabidamente, são inadequados ao consumo humano.
Além do consumo de  de bons fornecedores, é preciso manter uma espécie de ritual de ingestão diária para que os efeitos desejados aconteçam.
CONCLUSÃO
Os Alimentos Funcionais têm essa função e o consumo destes deve ser estimulado. No entanto, é importante saber que uma vida saudável está relacionada não somente com os alimentos que são ingeridos, mas também com o estilo de vida, a hereditariedade, influência do meio ambiente e atividade física. Assim, é fundamental perceber que uma boa saúde não depende somente de alimentos funcionais e sim de vários fatores que juntos proporcionam uma vida saudável. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.saudenarede.com.br/?p=av&id=Alimentos_Funcionais
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alimento_funcional
http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?materia=7141
http://vidasimples.abril.com.br/100respostas/conteudo_258610.shtml
http://www.todabiologia.com
http://www.docelimao.com.br/site/desintoxicante/simplesmente-saude/232-o-que-significa-alimentos-probioticos.html
http://www.saudenainternet.com.br/portal_saude/fitoestrogenos--uma-nova-opcao-para-a-reposicao-hormonal.php
http://www.diabete.com.br/biblio/alimento2.html
http://cyberdiet.terra.com.br/carotenoides-pigmentos-que-dao-saude-2-1-1-55.html

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