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Tecnologia de alimentos 15) ALIMENTOS

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Aula 44: TECNOLOGIA DOS ALIMENTOS
Profª. Dra. Iara Barros Valentim
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas – IFAL 
Curso Técnico em Química - integrado
Disciplina: Tecnologia Química
Maceió, 2015
Cronograma
4 º Bimestre
16-10-2015- Tecnologia cloro-soda
22-10-2015 – Exercício (ENEM)
23-10-2015 – Trabalho em grupo (ENEM)
29-10-2015 - Tecnologia cloro-soda
30-10-2015 - Feriado
05-11-2015 – Tecnologia de Alimentos
06-11-2015 – Apresentação de trabalho de INST
12-11-2015 – 1ª avaliação do 4º bimestre
13-11-2015 - Tecnologia de Alimentos
19-11-2015 - Tecnologia da produção de fertilizantes
20-11-2015 - Feriado
26-11-2015 – Trabalho em grupo (Empresa de alimentos, a partir das 15h30min)
27-11-2015 - 2ª avaliação do 4º bimestre
03 e 04-12-2015 – Recuperação 2
10 e 11-12-2015 - Final
Ementa
Tecnologia dos Alimentos
o Importância do estudo dos alimentos
o Aspectos nutritivos dos alimentos.
o Conceito de alimento.
o Classificação.
o Operações unitárias na indústria alimentícia (Vídeos).
o Tipos de alterações dos alimentos.
o Limpeza e sanificação
o Métodos de conservação dos alimentos
o Embalagens e sua classificação
o Armazenamento.
Tecnologia dos Alimentos
TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
Trata do estudo, aperfeiçoamento e aplicação experimental de processos, visando aplicar os conceitos na obtenção, processamento, conservação, preservação, transporte e comercialização de alimentos.
IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
A Tecnologia de alimentos, abrange o setor da Tecnologia, destinado a converter as matérias primas
simples e complexas, em produtos alimentícios.
FATORES QUE CONTRIBUÍRAM PARA O
DESENVOLVIMENTO DA T. A.:
•a elevação mundial da taxa de natalidade;
•aumento da produção de alimentos;
• influência social-trabalhista;
•aumento do consumo em situação de
emergência;
•atendimento de regiões críticas e de
coletividades carentes;
•aproveitamento das matérias-primas;
•modernos conhecimentos gerais;
•emprego de produtos dietéticos;
•concorrência comercial.
Alimentos são todas as substâncias utilizadas pelos animais como fontes de matéria e energia para poderem realizar as suas funções vitais, incluindo o crescimento, movimento, reprodução, etc. 
Para o homem, a alimentação inclui ainda várias substâncias que não são necessárias para as funções biológicas, mas que fazem parte da cultura, como as bebidas com álcool, refrigerantes, compostos químicos psicotrópicos, os temperos e vários corantes e conservantes usados nos alimentos.
CONCEITO DE ALIMENTO
CLASSIFICAÇÃO DOS ALIMENTOS
Macronutrientes: são aqueles que o organismo requer em grandes quantidades. Trata-se dos carboidratos, proteínas e gorduras.
Micronutrientes: são aqueles que o organismo necessita em quantidades pequenas, como: vitaminas e minerais.
Macronutrientes 
Constituem a maior parte na dieta. 
Fornecem energia e componentes fundamentais para o crescimento e manutenção do corpo. 
A unidade de medida é o grama. 
O equilíbrio alimentar depende da proporção ideal entre eles.
Carboidratos 
- São a única fonte de energia para o cérebro e os primeiros a serem utilizados como fonte de energia para o funcionamento do corpo. 
- São moléculas compostas principalmente de: carbono, hidrogênio, oxigênio. Os açúcares mais simples são os monossacarídios.
- São classificados em monossacarídeos (glicose, frutose e galactose); dissacarídeos (sacarose, maltose e lactose) e polissacarídeos (amido, dextrina, glicogênio e celulose).
Entre os alimentos ricos em carboidratos encontram-se: macarrão, pães, batata, batata doce, mandioca, mandioquinha, grão de bico, lentilha, cará, pinhão, farinhas, arroz, frutas, mel, geleias e leite. 
Proteínas 
- Os alimentos construtores. Elas estão intimamente relacionadas com a fabricação de proteínas que compõem os tecidos do organismo como, também, na composição de enzimas e hormônios. 
As proteínas são macromoléculas orgânicas formadas pela junção de muitos aminoácidos (AA). Os aminoácidos são as unidades (monômeros) que constituem as proteínas (polímeros). Qualquer aminoácido contém um grupo carboxila e um grupo amina.
- Participam da defesa do organismo na forma de anticorpos. 
- A quebra da proteína resulta em aminoácidos. 
- Alguns aminoácidos são descritos como essenciais, pois o organismo não consegue produzi-los em quantidades suficientes, por isso, eles devem ser adquiridos através da alimentação. 
- Os aminoácidos têm importância na síntese de vitaminas e de transmissores cerebrais como a serotonina.
- Entre as leguminosas que apresentam teores significativos de proteínas estão os feijões, a soja, lentilha, ervilha, nozes e amêndoas. 
- Os alimentos ricos em proteínas são os de origem animal (carne vermelha, aves e peixes). 
Lipídeos
- O nutriente energético. Acreditava-se que o vilão das dietas era os carboidratos, mas, agora já se sabe que são os lipídeos ou gorduras (consumido em excesso). 
- Assim, ele deve compor, no máximo, 30% do valor calórico total da dieta. 
- A principal propriedade deste grupo de substâncias é o fato de serem insolúveis em água. 
 - Essas substâncias são formadas por C, H e O, mas em proporções diferentes da dos carboidratos. 
- Fazem parte deste grupo as gorduras, os óleos, as ceras e os esteróides.
- As gorduras e os óleos formam o grupo dos triglicerídios, pois, por hidrólise, ambos liberam um álcool chamado glicerol e 3 "moléculas" de ácidos graxos. O ácido graxo pode ser saturado ou insaturado.
- Dessa forma, alguns pequenos cuidados podem ser tomados: quando for ao supermercado, dê preferências às gorduras de origem vegetal, compre óleos de canela, milho ou girassol. 
LDL é a sigla de Low Density Lipoproteins, que significa lipoproteínas de baixa densidade, também chamado de "mau colesterol".
O LDL transporta o colesterol do fígado até às células dos tecidos e favorece o seu acúmulo nas paredes internas das artérias, diminuindo o fluxo do sangue, estando diretamente relacionado a doenças cardíacas.
HDL é a sigla de High Density Lipoproteins, que significa lipoproteínas de alta densidade, também conhecido como “bom colesterol”. O HDL é capaz de absorver os cristais de colesterol, que são depositados nas artérias, removendo-o das artérias e transportando-o de volta ao fígado para ser eliminado.
O HDL é chamado de “bom colesterol”, pois, uma vez que o indivíduo possui níveis elevados deste tipo de colesterol, ele pode se tornar benefíco, reduzindo o risco de doenças do coração.
- Com esse simples cuidado, ocorre um aumento da ingestão de gorduras insaturadas e polinsaturadas, relacionadas com o aumento do bom colesterol. 
- Alimentos fonte ou ricos em gorduras: óleos, manteigas, margarinas, azeites, castanhas, nozes, bolos, tortas, doces, maioneses, molhos e cremes. 
OS 10 ALIMENTOS QUE ESTÃO NA LISTA NEGRA
Queijo
Inclua a cottage na sua alimentação e esqueça aqueles mais amarelados.
Carne vermelha
Prefira os peixes e o frango sem pele. Quando não tiver esta opção, fique com as versões que apresentem menor quantidade de gordura, como o filé mignon. 
Leite
Nem chegue perto das versões integrais. Para consumir esta bebida, só mesmo comprando a opção “desnatado”.
Óleos
Neste caso, a dica é a seguinte: Quando você preparar uma receita simples que não fica tanto tempo no fogo, prefira o azeite. Isso vale para os pratos feitos até 180 ºC. Mas, no caso de receitas em altas temperaturas, fique com o óleo de canola.
Sorvete
Esta delícia pode se transformar em uma grande vilã. Consuma sorvete em dias que você teve um almoço leve, repleto de verdes, ou seja, quando a sua cota de gordura ainda permitir. Caso contrário, a sobremesa deverá ser gelatina mesmo.
Bolos, biscoitos e pães.
Os ingredientes destes alimentos costumam ser muito ricos em gorduras saturadas. Por isso, a melhor opção é incluir um deles em apenas uma das suas refeições. O café da manhã sempre seráa melhor escolha.
Manteiga e margarina
A briga entre a manteiga e a margarina parece estar longe de chegar ao fim. De qualquer maneira, já está comprovado que nenhuma das duas trazem benefícios à saúde. Então, evite ao máximo o consumo das duas.
Gordura hidrogenada e banha
Tudo bem que a sua avó costumava cozinhar com estes produtos que deixam a comida com um sabor especial. Porém, hoje em dia, não há desculpas para você cometer um desatino desse. Prefira o azeite ou o óleo de canola mesmo.
Molhos
Não adianta de nada comer um prato de salada regado com molho à base maionese. 
Estes ingredientes contêm grande quantidade de gordura. 
Prefira as opções de tempero que levam creme de leite ou iogurte.
Pele de frango
Aqueles petiscos, tipo frango a passarinho, são mesmo irresistíveis. Contudo, se você quer ter uma alimentação saudável, corte qualquer prato em que a ave seja preparada com a pele.
Micronutrientes 
- São nutrientes necessários para a manutenção do organismo, embora sejam requeridos em pequenas quantidades, de miligramas a microgramas. 
- São substâncias essenciais e devem estar presentes na alimentação diária. 
- O déficit pode provocar doenças ou disfunções e o excesso, intoxicações. 
- Por isso, a dieta deve ser sempre equilibrada e variada.
Vitaminas 
São compostos orgânicos, que não podem ser sintetizados pelo organismo. 
Encontram-se em pequenas quantidades na maioria dos alimentos, são substâncias extremamente frágeis, podendo ser destruídas pelo calor, ácidos, luz e certos metais. 
Essenciais para o bom funcionamento de processos fisiológicos do corpo, suas principais propriedades envolvem dois mecanismos importantes:
O de coenzima (substância necessária para o funcionamento de certas enzimas que catalisam reações no organismo) e o de antioxidante (substâncias que neutralizam radicais livres). 
Podem ser: lipossolúveis - as solúveis em gordura (A, D, E e K) e hidrossolúveis - as solúveis em água (vitaminas do complexo B e a vitamina C).
Vitaminas lipossolúveis
Vitaminas hidrossolúveis
Minerais 
São substâncias de origem inorgânica que fazem parte dos tecidos duros do organismo, como ossos e dentes. 
Também encontrados nos tecidos moles como músculos, células sanguíneas e sistema nervoso. 
Possuem função reguladora, contribuindo para a função osmótica, equilíbrio ácido-base, estímulos nervosos, ritmo cardíaco e atividade metabólica. 
Podem ser: 
macroelementos - elementos maiores (Cálcio, magnésio, sódio, potássio e fósforo) ;
Microelementos ou oligoelementos - elementos traço (Ferro, cobre, iodo, manganês, zinco, molibdênio, cromo, selênio e flúor).
CLASSIFICAÇÃO BÁSICA
Classificação Básica
1. Cereais: arroz, aveia, centeio, cevada, milho, trigo, sorgo.
2. Feculentos: batata, batata-doce, mandioca.
3. Frutas ácidas: abacaxi, ameixa, acerola, caju, cidra, laranja, limão, lima, marmelo, nêspera, romã, tangerina.
4. Frutas semi-ácidas: carambola, dióspiro (caqui), goiaba, maçã, maracujá, manga, morango, pera, pêssego, uva.
5. Frutas doces: banana, cana-de-açúcar, figo, mamão, tâmara.
6. Frutas oleaginosas: abacate, azeitona, avelã, amêndoa, castanhas, coco, nozes.
7. Frutas hídricas: melão, melancia.
8. Hortaliças: as folhas comestíveis- alcachofra, aipo, alface, acelgas, agrião, berinjela, cenoura, couve, repolho, salsa.
9. Legumes: os frutos, caules, raízes, tais como o tomate (classificado como fruta), o pepino, cebola, cenoura, nabo, beterrabas, batatas, aspargos.
10. Leguminosas: os produtos hortícolas que podem ser ingeridos em verde ou em seco, tais como: ervilhas, favas, feijões, grão-de-bico, lentilhas, soja, tremoço.
Compatibilidade
A má combinação dos alimentos pode provocar: mal-estar, azia, dores de cabeça, má digestão. 
Pois, os alimentos contêm substâncias químicas que podem reagir quando combinados entre si formando fermentações alimentares, putrefação gástrica ou intestinal e flatulência. 
Designa-se este transtornos de incompatibilidade alimentar. Quando não ocorre isso, ou seja, não há reação química que desencadeia os distúrbios referidos, designa-se de compatibilidade alimentar.
Produtos Compatíveis e Incompatíveis
TIPOS DE ALTERAÇÕES NOS ALIMENTOS
São todas as modificações que ocorrem nos alimentos, destruindo parcial ou totalmente suas características essenciais, comprometendo:
suas qualidades físicas e químicas, 
sanidade e 
capacidade nutritiva.
Essas modificações podem tornar o alimento indesejável ou inadequado à sua ingestão.
Classificação segundo a resistência aos processos de alterações principalmente os de origem microbiana:
 alimentos perecíveis ou alteráveis;
 alimentos semi- perecíveis ou semi-alteráveis;
 alimentos não perecíveis, estáveis ou não alteráveis.
A alteração do alimento vai desde a simples mudança organoléptica até à putrefação.
Utilização do alimento alterado -depende do grau de alteração:
 qualidades essenciais conservadas – consumo sem perigo;
- alterações de pouca intensidade ou superficial - podem ser utilizadas como matéria prima, na fabricação de seus derivados
Ex: produtos com alterações que são aproveitados: 
 leite acidificado (para a preparação de produtos de panificação e de confeitaria); 
 leite “talhado” (para fazer requeijão); 
 queijos fora dos padrões exigidos (para a elaboração de queijos fundidos); 
 frutas fermentadas (para a obtenção de vinagre); 
 o pão “dormido” (farinha de rosca ou pudim) etc. 
- ingestão contra indicada; 
- aproveitamento - tolerado para a indústria de adubos, de sabão etc.
 alteração da totalidade do alimento:
 crescimento e atividade dos micro-organismos;
 ação das enzimas presentes nos alimentos;
 reações químicas não enzimáticas;
 alterações provocadas por insetos e roedores;
 mudanças físicas, como aquelas ocasionadas por queimaduras, congelação, desidratação, pressão, etc;
ação de agentes de outras origens.
CAUSAS DE ALTERAÇÕES DE ALIMENTOS
DIMENSÕES DAS ALTERAÇÕES ALIMENTARES
	
É possível considerar as alterações alimentares em tipos separados.
Às vezes, a ação combinada de diferentes causas torna a alteração de tipo misto. 
A ação destes fatores isolados ou combinados pode ser favorecida por várias circunstâncias e podem ser agrupadas como:
falhas na coleta e obtenção do produto alimentício.
omissões na elaboração do produto.
incorreções nos processos de preservação.
inadequações do material de envasamento.
impropriedades do transporte.
Crescimento e atividade dos micro-organismos
Seus efeitos podem ser benéficos ou maléficos.
Micro-organismos mais importantes na Tecnologia de alimentos:
fungos (mofos e leveduras);
Bactérias
Mofos
São multicelulares;
crescimento é logo conhecido 
aspecto semelhante ao 
algodão					
Algumas espécies são: 
 responsáveis pela decomposição de hortaliças;
 patógenas para raízes, etc
 alteração em cerejas, hortaliças e pão.
Outras espécies participam da elaboração de alguns produtos:
 maturação de queijos;
 alimentos e bebidas orientais (saké – preparada a partir do arroz);
 > teor alcóolico e sabor especial de alguns vinho
Leveduras
São unicelulares.
Benéficas:
 elaboração de vinhos, 
 cervejas, aguardentes, 
 pão, maturação superficial de queijos, etc.
Prejudiciais: 
 podem alterar sucos de frutas, xaropes, carnes e outros alimentos.
Bactérias
Benéficas:
 acéticas - fabricação de vinagres, 
 lactobacillus – 
 - elaboração de produtos derivados do leite;
 - fermentação láctica de produtos vegetais (picles, 	chucrute, azeitona.
Prejudiciais: 
 salmonellas – infecções alimentares.
 clostridium – alterações em milho, 
ervilha; 
	
57
intoxicação alimentar (C. botulinum)
 pseudomonas – deterioração de produtos de laticínios e de pescados.
- Escherichia coli e Enterobacter formam o grupo coliforme e são utilizadas como índice de sanidade de um alimento, por ser uma boa indicadora de contaminação por fezes.
2. Ação dasenzimas presentes nos alimentos;
As alterações enzimáticas de alimentos, ocorrem por enzimas procedentes do próprio produto ou elaboradas por microrganismos.
 Ao contrário das alterações microbianas, que podem tornar os alimentos perigosos para o consumo, as alterações enzimáticas raramente lhe conferem nocividade.
 
 Enzimas mais importantes na tecnologia de alimentos:
amilases, invertases e lactases;
pécticas;
proteolíticas 
oxidases.
Os tipos de alterações que as enzimas causam aos alimentos, mais relacionadas às modificações de seus caracteres organoléticos, do que à sua total decomposição.
- Os mais atingidos são a cor (clorofila ou carotenóides), aroma (rancidez em gorduras) e a textura do produto.
- Ação da lipase (do alimento ou do microorganismo) promovendo a transformação (lise) de triglicerídeos em di e monoglicerídeos com a liberação de ácidos graxos livres e glicerol.
Rancidez hidrolítica:
+
+
+
	- Maior ação da lipase ocorre em ácidos graxos de 4 a 10 átomos de carbono (butírico, capróico, caprílico e cáprico). 
A formação do odor de ranço se deve às propriedades de volatilização e solubilidade destes ácidos graxos (4 a 10). 
3. Reações químicas não enzimáticas
Entre as principais temos o ranço oxidativo e o escurecimento químico dos alimentos.
Ranço Oxidativo
Esta reação é acelerada pelo oxigênio, luz (especialmente ultravioleta), temperatura, metais (especialmente cobre e ferro), enzimas (lipoxidase) e presença de oxidantes naturais.
Escurecimento químico
Escurecimento ou “browning” químico é o nome que se dá a uma série de reações químicas que culminam com a formação de pigmentos escuros conhecidos com o nome genérico de melanoidinas. 
É uma reação desejável em alguns casos, como na fabricação de cerveja, pão, café, batata-frita, produção de caramelo e indesejável, como nas frutas desidratadas, ovo em pó, suco concentrado de frutas, especialmente de limão, etc. 
Três mecanismos ou tipos principais de escurecimento químico não enzimático: 
 reação de Maillard, 
mecanismo do ácido ascórbico e 
caramelização. 
Reação de Maillard
Envolve uma série de reações que se iniciam com a combinação entre o grupamento carbonila de um aldeído, cetona ou açúcar redutor, com o grupamento amino de aminoácido, peptídeo ou proteína, e culminando com a formação de pigmentos escuros. 
Açúcar redutor
HC O
 (HCOH)n
 H2COH
Proteínas, peptídeos ou aminoácidos
NH2
 R
+
Produtos de condensação e eliminação (Rearranjo de Amadori e Heyns)
Intermediários incolores com ou sem N na molécula
Degradação de Strecker libera CO2 e novos compostos carbonila
Compostos pirazínicos
Melanoidinas com nitrogênio na molécula
Mecanismo do ácido ascórbico
O ácido ascórbico tem sido considerado como o responsável pelo escurecimento de sucos cítricos concentrados, principalmente os de limão e tangerina. 
O ácido ascórbico, quando
 aquecido em meio ácido, 
origina compostos de coloração escura.
Caramelização
A caramelização ocorre quando compostos polidroxicarbonilados (açúcares ou certos ácidos) são aquecidos a temperaturas relativamente altas. 
CARAMELIZAÇÃO (Açúcar)
Utiliza-se sacarose para produzir o caramelo em preparo caseiro de caldas para pudins.
 A sacarose pura, aquecida diretamente, funde a 160ºC (derrete) torna-se amarela e depois marrom claro. Neste ponto se adiciona água, por exemplo, para preparo de caldas, ou leite para preparo de leite caramelizado.
 Houve portanto alteração na cor, aroma, sabor e textura em relação à sacarose pura.
 Ao se fundir, a sacarose perde água e se transforma nos anidridos de glicose e anidridos de frutose ou glicosanos e levulosanos. 
A reação é autocatalisada pois a água formada acelera a reação.
 
Os anidridos formados se combinam com a água e produzem ácidos derivados que hidrolisam a sacarose remanescente, produzindo glicose e frutose.
 Os levulosanos e glucosanos formados também podem combinar-se com a água e reaparecer a frutose e a glicose.
 Durante todo o tempo da reação ocorrem desidratações e hidrólises, chegando ao final com 
Predominância de ácidos como o acético e o fórmico, de aldeídos como o formaldeído e o hidroximetilfurfural, diacetil, carbonilas e grupos enólicos. 
Estes são compostos responsáveis pelo aroma, porque são voláteis e pela cor, porque são ativos, recombinam-se e formam o polímero que é um pigmento chamado melanoidina.
 Com aquecimento a 200 ºC a degradação da sacarose se faz por desintegração, com formação de espuma e pigmento, em 3 estágios de formação da cor.
 Ao final, os produtos de degradação se recombinam e formam o caramelo. 
Pode-se dizer que essa é a reação clássica de caramelização. 
Se o aquecimento continuar, haverá a carbonização ou queima. 
 Caramelização em meio ácido ou alcalino
 Em meio ácido ou alcalino, o açúcar redutor isomeriza e enoliza. 
Numa segunda etapa em meio ácido, desidrata,"encolhe" e forma o HMF; em meio alcalino se fragmenta em compostos lábeis. 
Na terceira etapa formam-se polímeros que são as melanoidinas coloridas. 
São reações autocatalizadas pelo desprendimento de água, aceleradas pelo calor e umidade
FIM
PROVA ATÉ AQUI
4. Alterações provocadas por insetos e roedores;
Os insetos são importantes, principalmente na destruição de cereais e frutas e hortaliças. 
O problema maior da presença do inseto não é o alimento que ele consome mas, sim o fato de ele deixar uma porta de entrada para o ataque dos microrganismos.
Os roedores, principalmente os ratos, são, também, consumidores de alimentos e por isso sérios competidores do homem. 
Alteram os alimentos não só pelo que consomem, mas, principalmente pela contaminação que provocam. 
5 Ação de agentes de outras origens
5.1 Falhas na coleta e obtenção do produto 
Relacionam-se com a não observância e a falta de cautela na defesa da integridade do produto, a ausência de certas operações inevitáveis e as práticas condenáveis que repercutem nos caracteres organoléticos dos alimentos.
Ex: 
 a ordenha do leite (contaminação do leite); 
 colheita de frutas, com o arrancamento do pedúnculo (facilidade de apodrecimento da fruta); 
 utilização de explosivos ou de arpões, durante a pesca (danificação do pescado); 
sangramento insuficiente (na matança de gado ou outros animais de grande porte) etc.
5.2 omissões na elaboração de produtos – 
condições de menor defesa diante dos agentes de alterações.
Ex: os desequilíbrios proporcionais de substâncias indispensáveis às preparações (quantidade inadequada de coalho, para a coagulação do leite); 
o emprego em alimentos, de temperaturas desajustadas em tempo e grau de calor; 
cocção deficiente de pesos de carnes de grande espessura, etc. 
5.3 Incorreções nos processos de preservação
Conferem aos alimentos maior fragilidade e, conseqüentemente, sua maior acessibilidade às alterações.
além do processo de sua preservação, eles passem por operações complementares.
Ex: manutenção do peixe, após seu descongelamento em temperatura imprópria; 
o não arejamento de carnes submetidas à salga; 
a permanência em geladeiras ou câmaras frigoríficas, de produtos de sensibilidade à baixa temperatura e umidade; a congelação de verduras, sem que haja prévio “branqueamento” etc.
5.4 inadequações do material de envasamento 
Ex: -latas fechadas, que apresentam fissuras, por defeitos de soldagem; 
- alimentos de concentração lipídica, contidos em embalagens transparentes; 
- certos alimentos envasados em embalagens flexíveis, sujeitos à trocas gasosas ou permeáveis aos raios ultra-violeta, etc.
5.5 impropriedades do transporte cooperam para que determinados alimentos, atingidos principalmente em sua textura, fiquem mais sujeitos às alterações.
 acondicionamento mal feito; 
 longos percursos sem os cuidados exigidos;
 exposições ao calor; 
 choques durante os trajetos.
Referência

Outros materiais