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LABORATORIO CLINICO

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LABORATÓRIO CLÍNICO
SELEÇÃO – histórico completo e exame físico detalhado
EXECUÇÃO – amostra adequada e testes apropriados
INTERPRETAÇÃO – conhecimentos de fisiologia e classificações das alterações fisiológicas
	Juntos levam a um diagnóstico, estabelecimento da terapia e prognostico.
	Exames mal solicitados levam a diagnósticos errôneos.
Coleta e acondicionamento de amostras
Tubos: Lilás – EDTA 10% (preserva por até 24h sob refrigeração – barato)
	 Verde – heparina 1% (não preserva por mais de 6h – natural)
	 Azul – citrato de sódio
 	 Cinza – fluoreto de sódio
	 Amarelo – gel separador de coagulo (ativa a coagulação + rápida)
	 Vermelho – sem anticoagulante
Conservação: Bioquímicos – congelamento a 22°C (maioria)
		 Hemograma – refrigerar por no máx 12 a 24h.
Variações nos resultados: laboratoriais – estresse, espécie, sexo, estado nutricional, estado fisiológico, idade, jejum/alimento, drogas, cativeiro e erros
	 		 Bioquímicos: amostras inadequadas para análise (O soro e o plasma dos equídeos apresentam coloração discretamente laranja).
Valores de referencia: não consideram condições ambientais, fatores fisiológicos, estado nutricional, espécie e idade. Não avaliando o individuo no seu estado natural (padrão)
HEMOGRAMA – observa o estado geral de saúde, caracteriza e diferencia anemias e policitemias, caracteriza infecções, acompanha tratamentos e acompanha e avalia o manejo de animais
Sangue: sólida – eritrócitos, leucócitos e plaquetas
	 Líquida – soro e plasma
ERITOGRAMA – estudo dos eritrócitos
Alterações quantitativas: nº global de hemácias, hemoglobina e volume globular
	 Qualitativas: índices hematimétricos e morfologia
Eritrócitos: são responsáveis por transportar O2 para os tecidos, hemoglobina é o principal componente, são anucleados e flexíveis – se adaptam a forma dos capilares.
Produção: Eritrócitos começam a ser produzidos (síntese de eritropoetina) quando ocorre a baixa de oxigênio tecidual (hipóxia), mas novas hemácias só surgem após 5 dias.
Equinos não apresentam reticulócitos no sangue periférico.
Cinética: suas concentrações são mantidas pelas taxas de produção, deslocamento para o seio esplênico (baço), destruição periférica ou esplênica e pela duração ou grau de estimulação da eritropoietina (Epo).
Hemoglobina: proteína presente nos eritrócitos, permite o transporte de O2 pelo organismo.
Reticulócitos: são eritrócitos jovens, podem apresentar restos de núcleo, estão presentes nas respostas medulares (anemias), maturam-se na circulação ou no baço (1 a 2 dias). Seu aumento é evidencia de eritropoiese aumentada – Reticulocitose (exceto em equinos – não possuem)
Metarrubricitos (ou eritroblastos): eritrócitos jovens, indicam anemia regenerativa, doenças mieloproliferativas ou hemangiossarcomas.
Hematócrito ou volume globular: concentração de eritrócitos presentes no sangue em relação ao plasma, valor dado em %, diminuição sugere quadros anêmicos e seu aumento hemoconcentração.
POLICITEMIA
Relativa – não há produção de eritrócitos, está ligada a hemoconcentração (desidratação e choque endotoxico) ou contração esplênica (estresse).
Absoluta – há produção de eritrócitos na medula.
Primaria – está relacionada a medula – produção (doença mieloproliferativa)
Secundaria – o problema não está na medula (Doença pulmonar crônica, neoplasia renal e neoplasia sanguínea)
ANEMIA – se tiver metarrubricitos ou reticulócitos é sempre regenerativa
É caracterizada pela baixa de hemácias, hemoglobina e hematócrito. Podendo levar o paciente a óbito por baixa perfusão tecidual.
Regenerativa: quando ocorre aumento da eritropoiese, com visualização de eritrócitos jovens.
Arregenerativa: não apresenta atividade eritropoietica ou deficiência na produção de eritropoietina (doença renal cronina, erliquiose/anaplasmose, retroviroses em felinos e doenças mieloproliferativas)
Alterações qualitativas
Tamanho VCM – microcitica, normocitica e macrocitica
Anisocitose – eritrócitos de vários tamanhos, quanto maior a anemia, maior a varição.
Macrocitose – presença de eritrócitos grandes, células jovens recém-produzidas (reticulocitos, metarrubricitos), presentes em deficiência de fatores de multiplicação
Microcitose – predominância de células pequenas. Anemias crônicas (deficiência de ferro) – fisiológico em idosos.
Cor CHCM – hipocromica e normocromica.
Policromasia – hemácias azuladas. presentes quando há aumento da atividade eritropoietica
Hipercromica – possível erro de contagem ou hipercromia relativa, pela redução do volume globular.
Hipocromia – reticulocitose, metarrubricitos, deficiência de ferro ou piridoxina, idade.
Forma 
Poiquilocitose – células de várias formas;
Equinócitos – espiculados com várias projeções regulares. Amostras velhas, uremia, excesso de EDTA, CID;
Acantócitos – projeções irregulares e variadas. Distúrbios esplênicos e hepáticos
Esferócitos – formas esféricas, reduzidas, com intensa coloração. Anemia hemolítica auto-imune primária ou induzida por drogas, transfusão incompatível
Crenação – hemácias em forma de engrenagem. Também chamadas de equinócitos. Comum em bovinos, artefato de técnica ou desidratação em outras espécies
LEUCOGRAMA – contagem global/diferencial de leucócitos
Leucócitos – granulocitos: neutrófilo, eosinófilo e basofilo
	 Agranulocitos: leucócito e monócito
	CITOSE ou FILIA		PENIA
	Neutrófilos: primeira linha de defesa do organismo (bastonetes, metamielocitos e mielocitos)
Neutrofilia – reações inflamatórias (agudas e crônicas), de estresse e fisiológicas
Neutropenia – inflamatória (bovinos), endotoxemia, destruição periférica ou hipoplasia
Eosinófilos: imunidade parasitaria (larvas), reações alérgicas e inflamatórias
Eosinofilia – inflamações, parasitismo, paraneoplasicas, leucemia eosinofilica.
Eosinopenia – estresse
Basófilos: reações de hipersensibilidade e reações inflamatórias
Basofilia – alergias e associado a eosinofilia
Linfócitos: a maioria dos linfócitos sanguíneos são T, circulam entre vasos sanguíneos e linfáticos
Linfocitose – fisiológica (estimulação antigênica), inflamatória, distúrbios linfoproliferativos
Linfopenia – efeitos de esteroides (estresse) infecção sistêmica (viral recente) e depleção (lesão nos linfonodos)
Monócitos: ação fagocitária e fagocítica, citotóxico em células tumorais e regulação da inflamação.
Monocitose: efeitos de esteroides (estresse), piometra, inflamações/infecções agudas ou crônicas e doenças imunomediadas.
Leucograma – avalia o estado de saúde de um animal, auxilia o diagnostico/prognostico e avalia a resposta a um tratamento.
Limitações: raramente diagnostica um distúrbio especifico e não localiza o ponto de inflamação ou infecção.
Deve-se conhecer a espécie, o tempo de coleta, os medicamentos utilizados e o histórico do paciente.
Leucocitose: fisiológica: medo/excitação, gestação e exercício extremo
	 Patológica: reativas ou proliferativas
Desvio para esquerda: aumento de células jovens de neutrófilos na corrente sanguínea, podendo ser associado (mielocito, metamielocito e bastão, geralmente é só bastão)
Regenerativo: quando o nº de células jovens é menor, significa que a medula está produzindo e conseguindo maturar.
Arregenerativa: nº de células jovens maiores que as adultas
Desvio para direita: aumento na circulação de células (neutrófilos) excessivamente maduras (hipersegmentadas)
Leucopenia: diminuição do numero total de leucócitos circulantes (um ou mais tipos celulares diminuídos). 
Neutropenia: bactérias (aguda)
Linfopenia: vírus/corticosteroides
Pancitopenia: panleucopenia
LEUCOGRAMA DE ESTRESSE: neutrofilia (sem desvio), algumas vezes leucocitose, linfopenia, eosinopenia e monocitose.
LEUCOGRAMA INFLAMATORIO: neutrofilia e as vezes leucocitose.
PROCESSO INFLAMATORIO INFECCIOSO: leucocitose e neutrofilia com desvio a esquerda.
LEUCOGRAMA VACINAL/VIRAL: linfocitose, as vezes leucocitose e as vezes neutrofilia.
HEMOSTASIA
A hemostasia
é resultado do equilíbrio dinâmico entre os componentes que constituem os sistemas de coagulação, anticoagulaçao e fibrinólise: vasos sanguíneos, plaquetas, proteínas de coagulação, anticoagulantes naturais, proteínas da via fibrinolítica e seus inibidores.
Fluidez do sangue: depende de 3 fatores, integridade da parede vascular (endotélio e sub-endotelio), plaquetas e proteínas solúveis (pro e anticoagulantes, fibrinolíticas) – em sua maioria sintetizadas no fígado
Vaso sanguíneo
Tecido muscular liso – constrição x relaxamento
Endotélio – produção de substancias anticoagulantes
Sub-endotelio – características pro-coagulantes
Tecido conjuntivo – responsável pelo revestimento
Mecanismos de hemostasia
Hemostasia primaria: é responsável pelo controle da hemorragia, vasoconstrição local, adesão plaquetária e formação de agregados plaquetários (fator de Von Willebrand)
*Plaquetas: são produzidas na medula óssea a partir dos megacariocitos, tem meia vida de 7 a 10 dias, responsáveis pela atividade pro-coagulante da membrana lipídica – hemostasia secundária. Promove o processo de cicatrização vascular através da produção de fatores de crescimento, responsável pela manutenção da integridade vascular e formação do tampão plaquetário - envolvidas na inflamação e reparação de tecidos.
Hemostasia Secundária: estabilização do plug plaquetario, onde ocorre uma serie de reações ativando fatores de coagulação para a formação de fibrina. Os fatores de coagulação são proteínas sintetizadas pelo fígado em sua maioria – coagulo de fibrina é a estabilização, as proteínas irão identificar se há problemas.
Hemostasia terciaria: formação da fibrina + aumento do nível de trombina local = fase final do sistema hemostático. Mecanismo fibrinolítico. Plasminogenio – plasmina. Degradação enzimática do fibrinogênio e fibrina permitindo o reparo da injuria vascular – plasminas degradam o coagulo
Avaliação clinica e laboratorial dos distúrbios hemorrágicos: sangramento é diferente de distúrbio hemorrágico
Quantidade e duração da hemorragia: tempo de sangramento após o trauma
Imediato – hemostasia primaria 
Tardio – hemostasia secundária
Idade do paciente: jovem ou adulto
Raça
Exposição a drogas ou agentes tóxicos
Transfusões anteriores
Doenças intercorrentes
Ectoparasitas
Exames laboratoriais: coleta e acondicionamento de amostras (anticoagulantes: citrato de sódio e EDTA; seringas de plástico e tubos siliconizados; sangue recém colhido) e seleção dos testes
Contagem de plaquetas: esfregaço sanguíneo corado 
Avalia o tamanho – macro e microplaquetas 
Verifica a presença de hemorarasitos
Testes dos mecanismos de coagulação
Tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA) – via intrínseca
Tempo de protrombina (TP) – avaliação da hemostacia secundária
Nomenclatura
	TROMBOCITOSE	 TROMBOCITOPENIA
TESTES DE FUNÇÃO RENAL
Função dos rins: manutenção da homeostase – equilíbrio hídrico, eletrolítico e acido base, excreção de substancias – produtos do metabolismo e substancias toxicas, produção de hormônios – eritropoietina, metabolismo da vitamina D.
Néfrons: glomérulo – processo de filtração; túbulos – excreção/reabsorção
Avaliação laboratorial da função renal: urinálise, ureia, creatinina, eletrólitos e marcadores precoces de leão renal (indicam alterações antes dos 75% de comprometimento)
Bioquímica clinica do sistema urinário
URÉIA: é sintetizada no fígado e eliminada via renal, é o principal produto do catabolismo das proteínas – no sangue é verificado no soro ou plasma ou na urina
Variações na concentração de ureia plasmática: 
Pré renais
Fatores alimentares – só é possível saber conhecendo o historico
Aumento da ingestão de proteínas
Proteína alimentar de baixa qualidade
Deficiência de carboidratos
Perfusão renal diminuída
ICC
Hipovolemia – desidratação, hipotensão e choque
Quedas de pressão – anúria (não há produção de urina)
Renais
Disfunção renal
¾ dos nefrons afuncionais (75%)
Pós renais
Obstrução uretral
Ruptura de bexiga
CREATININA: enzima – substancia nitrogenada não proteica; formada durante o metabolismo muscular da creatina e fosfocreatina; creatina – presente nos músculos, envolvida no metabolismo energético.
Causas do aumento de creatinina
Pré renais: diminuição do fluxo sanguíneo
Renais: diminuição da filtração
Pós renais: ruptura e obstrução das vias urinárias
Ureia – não inteiramente especifica para os rins, também aumenta devido a efeitos pré-renais
Creatinina – mais especifica para os rins, pouco influenciada por efeitos pré-renais.
Ureia e creatinina não aumentam até que 60 a 75% dos nefrons estejam sem função, não são bons sinais iniciais.
Massa muscular x concentração de creatinina: as espécies com valores de referencias maiores – proporção de massa muscular maior em relação à massa corpórea total. Dentro de uma mesma espécie um individuo musculoso pode ter seu valor normal um pouco acima do limite do valor de referencia
AZOTEMIA/UREMIA
Pré-renal
Volume sanguíneo circulante reduzido: insuficiencia cardíaca, hipovolemia, desidratração grave e hipoalbunemia (pressão oncótica, o liquido sai do vaso e não volta). Alta densidade urinária > 1025 – rim funcionante – hipoperfusão, desidratação. hipovolemia
Densidade urinária alta: concentração alta por pouco liquido, é feita a correção através da normalização do volume sanguíneo (para verificar se o problema é somente pouco liquido). Animal está desidratado, então o rim retém liquido.
Renal
Lesões primarias no rim: 75% dos nefrons estão afuncionais, não concentrando a urina – logo a densidade fica de normal a diminuída (nos limites inferiores)
Tóxicas – gentamicina, picada de abelha
Isquêmicas – hipovolemia grave e demorada
Infecciosas – leptospirose
Tromboembólicas – endocardite, CID
Deposição de imunocomplexos (antígeno-anticorpo) – estão circulando no sangue e acabam parando nos capilares, causando inflamação.
Densidade da urina baixa: 75% dos nefrons afuncionais, é a primeira alteração que acontece na doença renal
Redução da taxa de filtração glomerular (TFG), glomerulonefrite, nefrite e nefrose
Pós renal
Prejuízo na eliminação de urina: por obstrução da pelve até a uretra (cálculos), por uroabdome , por ruptura (bexiga, uretra)
Diagnostico: anúria ou oligúria, bexiga repleta (obstrução) ou não palpável (ruptura), impossibilidade de sondagem.
DOENÇA RENAL
Aguda
Densidade: normal/diminuída
Proteinuria: moderada/alta
Sedimento rico: hemácias, células e cilindros
Leucocituria
Crônica
Densidade: diminuída
Proteinuria: baixa/ausente
Sedimento pobre
Leucocituria
ELETRÓLITOS – rim também faz a manutenção do equilíbrio eletrolítico.
Se um paciente tem um problema renal (retendo ou eliminando muito um determinado eletrólito) é feita a sua mensuração na urina e no sangue, porque existem valores de referencia na urina e no sangue, onde eu vou comparar. Se estiver aumentado na urina e diminuído no sangue, significa que o rim está eliminando mais e ai está diminuindo no sangue, ou diminuição na urina e aumento no sangue, indica que está retendo no rim. A não ser que o animal esteja tendo perdas eletrolíticas, aÍ não há como comparar a urina e o sangue.
Diferencias a excreção urinária fisiológica da excreção urinaria patologia (sódio, potássio, cloreto, magnésio e fosforo) – tentativa de diagnosticar precocemente alteração no rim (quando o animal esta ficando idoso ou jpa teve uma crise urêmica)
MARCADORES PRECOCES
Excreção urinária de creatinina – é alta, tem que ser eliminada.
Excreção urinária de proteína – 99% da proteína é reabsorvida, só é normal excretar um pouco quando o animal tiver uma dieta hiperproteica, se ele estiver sendo suplementado, ou seja a secreção urinaria de proteína é mínima.
Relação proteína/creatinina urinaria (Pu/CrU) – através dessa relação posso dizer se o animal já está sendo inicialmente acometido por uma doença renal
URINÁLISE – é um exame simples e barato, sendo um importante método de diagnostico no laboratório veterinário, que reflete o estado de
saúde dos rins e de outros órgãos, podendo estar alterada em processos fisiológicos e patológicos. Tem que ser realizada por um profissional qualificado.
Em temperatura ambiente as bactérias podem se proliferar rapidamente > degradação da ureia > aumento do pH
Urina alcalina > cilindros se dissolvem
Os solutos podem cristalizar > urina turva
Jejum medicamentos e dieta interferem no resultado
No momento da coleta pode deve haver cuidado para que não haja contaminação
Características organolépticas
Cor
Incolor – maior volume de líquidos
Amarelo – normal
Amarelo escuro – menor volume de liquido
Laranja – acumulo de bilirrubina
Vermelho – possui hemácias (hemorragia)
Castanho – possui miorrubina (desgaste muscular)
Odor
Sui generis – normal (carnívoros – acido / herbívoros: suave)
Amoniacal (uréase) – presença de bactérias produtoras de uréase
Acetona – degradação de corpos cetonicos (feito pela gordura)
Adocicado – presença de glicose
Transparência
Límpida – normal
Turva – em equinos é normal
Características físico-quimicas
Densidade – soluto x solvente
Densidade aumentada – hiperestenúria (desidratação, choque hipovolêmico) – o rim está reabsorvendo agua, pode levar a uremia/azotemia pré renal
Densidade diminuída – hipostenúria (doença renal aguda e crônica, hiper-hidratação)
pH – carnívoros – ácida / onívoros – mista / herbívoros – alcalina
Urina alcalina – obstrução, cistite
Urina acida – inanição e aumento do catabolismo proteico
Proteína (proteinúria) – é sempre negativa na urina. Na proteinuria fisiológica há traços de proteína, que pode ser devido a atividade muscular intensa ou estresse por exemplo.
Pré renal – hemoglobinúria, mioglobinúria
Renal – aumento da permeabilidade glomerular
Pos renal – urolitíases e cistites
Glicose (glicosúria) – deve ser analisada em relação a glicemia
Fisiológica
Patológica – glicosúria + hiperglicemia = diabetes, hepatopatia crônica, endocrinopatia
Corpos cetonicos (cetonúria) – são resultantes da degradação de lipídeos
Diabetes mellitus; Inanição; Hepatopatias; Cetose em vacas leiteiras; Cetose em ovelhas prenhas, associada a hipoglicemia
Pigmentos biliares 
bilirrubinúria – é sempre negativo na urina
Hepatopatias – leptospirose, neoplasias, hepatite infecciosa canina
Obstrução biliar – colestases
Urobilinogênio – pigmento biliar resultante da degradação da hemoglobina
Ausência – colestase, diarreias
Aumento – hepatopatias (cirrose), distúrbios hemolíticos
Sangue (hematúria) – presença de hemácias em quantidade anormal
Exame do sedimento
Leucócitos (piúria) – são denominados de piócitos, 1 – 2 por campo é considerado normal, o aumento dessas células indica um processo patológico.
Hemácias (hematúria) – são pequenas, arredondads, anucleadas, crenadas ou esféricas, 1 – 2 hemacias por campo é normal
Células epiteliais
Descamativas – vaginal, uretral e bexiga
Renais
Pélvis renal
Cilindros (cilindrúria) – são formados a partir de proteínas (mucoproteinas), secretada pelas células tubulares renais, são formados em urina ácida, no lumen dos túbulos distais e coletores. A formação de cilindros aumenta quando proteínas plasmáticas, em quantidades acima do normal, entram nos túbulos. Geralmente, a proteína em excesso é albunemia urinaria, porém, as globulinas, e a hemoglobina ou mioglobina podem aumentar a formação de cilindros.
Cilindros hialinos – a presença de 0 – 2 por campo é considerada normal. Estão associados a proteinúria, são homogêneos, semitransparentes, incolores e cilíndricos com extremidades arredondadas. Geralmente são encontrados em urina ácida e em grandes animais sua presença é rara
Cilindros granulosos – a presença de 0 -2 por campo é considerada normal. Contém grânulos finos ou grosseiros e as granulações são derivadas da desintegração do epitélio tubular, agregados de proteínas plasmáticas ou imunocomplexos. Estão associados a doença degenerativa nos túbulos.
Cristais (cristalúria): são produtos finais da alimentação animais e são diretamente dependentes do pH. É um achado geralmente inespecífico, mas pode predispor a formação de cálculos.
Na urina alcalina – fosfato triplo (estruvita), fosfato amorfo, carbonato de cálcio e urato de amônio
Na urina acida – urato amorfo, oxalato de cálcio, ácido hipúrico e cistina.
Bactérias: são frequentemente observadas como pequenos artefatos com mobilidade própria, sua presença em pequenas quantidade é normal pelo tipo de coleta realizada, nas infecções urinárias o numero está aumentado no sedimento e deve ser interpretada de acordo com o numero de leucócitos presentes na lamina – se houver muitas bactérias e muitos leucócitos há um processo inflamatório infeccioso, mas se há muita bactéria e pouco leucócito, indica que houve contaminação da amostra!!!!
Parasitos: se a amostra tiver contaminação fecal, poderá visualizar outros tipos de parasitas (ovos)
Stephanurus dentatus no suíno
Dioctophyma renale no cão
Capillaria plica no cão e no gato
Porque a presença de cilindros é rara em grandes animais? Porque a urina dos grandes animais (herbívoros) é alcalina, o que acaba por dissolver os cristais
Como posso diferenciar um azotemia pré-renal de uma renal? Através da densidade da urina. Pré renal – densidade > 1025 indica um rim funcionante, densidade aumentada (hiperestenuria) devido a diminuição da taxa de filtração glomerular. Renal – densidade normal a diminuida
Quais são os principais indicativos de doença renal em exame de urina? Densidade urinaria e a quantidade de proteínas (proteinúria), as outra alterações indicam problemas em outros locais.

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