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Balanço de Pagamentos
Prof. Dr. André Luis Squarize Chagas
5.1 Introdução
Capa
da Obra
A análise das relações econômicas internacionais constitui 
condição necessária para um adequado entendimento da estrutura 
econômica de uma determinada nação. 
 por isso até países mais ‘fechados’ acabam por manter uma 
série de relações econômicas com outros países envolvendo trocas 
de mercadorias, fatores de produção e ativos financeiros. 
5.1 Introdução
No balanço de pagamentos, são registradas todas as 
transações econômicas que o país realiza com o resto do 
mundo, num determinado período de tempo, permitindo 
avaliar sua situação econômica em relação à economia 
mundial. 
A partir desse balanço, podemos avaliar quantitativa e 
qualitativamente as diversas transações que o país mantém com 
outros países. É uma conta que ocupa um papel cada vez mais 
importante na macroeconomia, tendo em vista a intensidade do fluxo 
real e financeiro entre os países (globalização). 
5.2 A Estrutura do Balanço de Pagamentos
Em termos formais, o balanço de pagamentos registra todas as 
transações entre residentes e não residentes de um país num 
determinado período de tempo. 
Assim, temos a seguinte versão completa do Balanço 
de Pagamentos:
Residentes
Todas as pessoas, físicas ou jurídicas, que tenham esse 
país como seu principal centro de interesse, ou seja, 
pessoas que moram permanentemente no país (mesmo que 
nascidas em outros países), aquelas que moram no país mas 
estão temporariamente em outros países, empresas 
sediadas no país, etc... 
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Balanço de Pagamentos
• Registro contábil de todas as transações de um país 
com o resto do mundo.
- mercadorias (físicas)
- Serviços e rendas (intangíveis, 
“invisíveis”)
- capitais financeiros (investimentos, 
empréstimos e financiamentos)
Transações
Balanço de PagamentosESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS
A – Balança Comercial
B – Serviços
C – Rendas
D – Transferências Unilaterais
E (= A+B+C+D) – Transações Correntes
(Saldo em conta corrente do Balanço de Pagamentos)
F – Conta Capital
G – Conta Financeira
H (=F+G) – Conta Capital e Financeira
I – Erros e omissões
J (=E+H+I) – Resultado do Balanço 
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Balanço de Pagamentos
(A) Balança Comercial
• Exportações FOB
• Importações FOB
– FOB = Free on board (sem custos de seguros e fretes. que 
entram na Conta de Serviços e Rendas).
– CIF: Cost. Insurance and Freight (inclui o custo de seguros e 
fretes).
• As Exportações e Importações. nas Contas Nacionais do 
IBGE. são consideradas em termos CIF
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(B) Serviços (saldos líquidos)
Relaciona os serviços relativos a 
- transportes, 
- viagens internacionais, 
- seguros, 
- financeiros, 
- computação e informações, 
- royalties e licenças, 
- aluguel de equipamentos, 
- serviços governamentais e 
- outros serviços. 
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(B) Serviços (saldos líquidos)
Os serviços financeiros compreendem as intermediações 
bancárias, tais como 
- corretagens, 
- comissões, 
- garantias e fianças, e 
- outros encargos acessórios sobre o endividamento 
externo. 
Em outros serviços estão consolidadas as informações 
referentes a 
- serviços de corretagens e comissões mercantis, 
- serviços técnicos profissionais, 
- pessoais, culturais e 
- recreação.
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(C) Rendas (saldos líquidos)
Registra a remuneração do trabalho assalariado (salários e ordenados) e as rendas 
de investimentos, que correspondem à remuneração das modalidades de 
aplicação detalhadas na conta financeira. 
Assim, as rendas de investimento direto abrangem os lucros e dividendos relativos 
a participações no capital de empresas e os juros correspondentes aos 
empréstimos intercompanhias nas modalidades de empréstimos diretos e títulos 
de qualquer prazo. 
Não incluem os ganhos de capital, classificados como investimento direto na conta 
financeira.
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(C) Rendas (saldos líquidos)
As rendas de investimento em carteira englobam os lucros, dividendos e 
bonificações relativos às aplicações em ações e os juros correspondentes às 
aplicações em títulos de dívida de emissão doméstica (títulos da dívida interna 
pública, debêntures e outros títulos privados) e no exterior (bonus, notes e 
commercial papers) de qualquer prazo. 
Excetuam-se os juros relativos à colocação de papéis entre empresas ligadas, 
alocados em rendas de investimento direto. Não incluem os ganhos de capital 
relativos a investimento em carteira, contabilizados na conta financeira.
As rendas de outros investimentos registram os demais juros de empréstimos, 
financiamentos, créditos comerciais, depósitos e outros ativos e passivos. 
Abrangem, portanto, os juros relativos aos financiamentos de exportações e 
importações, tais como os créditos de compradores e de fornecedores, 
agências governamentais, organismos internacionais e bancos e, também, os 
juros de empréstimos diretos, excetuando-se os relativos a empréstimos 
intercompanhias, alocados em rendas de investimento direto.
No passado, as contas de Serviços e de Rendas compunham uma única conta, 
chamada de Balanço de Serviços e Rendas.
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(D) Transferências Unilaterais Correntes (saldo líquido)
Corresponde às transferências unilaterais, na forma de bens e 
moeda, para consumo corrente. 
Excluem-se as transferências relativas a patrimônio de 
migrantes internacionais, alocadas na conta capital.
Por exemplo:
– Remessas de residentes. sem contrapartida de bens ou serviços
– Ajuda entre países (catástrofes, doações etc.)
Essa conta é também chamada de transferências
correntes.
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(E) Balanço de Transações Correntes (Saldo em Conta-
Corrente)
• É o total de movimentação corrente em mercadorias, 
serviços e rendas.
• Soma de:
(A) Balança Comercial +
(B) Serviços +
(C) Rendas +
(D) Transferências Correntes 
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(E) Balanço de Transações Correntes (Saldo em Conta-
Corrente)
• Este saldo contém um significado muito importante ao país:
• Se o país envia mais recursos do que recebe nessas contas, 
temos um déficit em transações correntes.
• Em termos concretos, a ocorrência de um déficit em 
transações correntes no balanço de pagamentos mostra que, 
num determinado período, o país “produziu”, por meio da 
venda de bens e serviços e recebimento de transferências, 
uma quantidade de divisas insuficiente para pagar as 
despesas em divisas contraídas no mesmo período. 
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(F) Conta Capital
Registra as transferências de capital relacionadas com 
patrimônio de migrantes e a aquisição/alienação de bens 
não financeiros não produzidos, tais como cessão de 
patentes e marcas.
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(G) Conta Financeira
Registra fluxos decorrentes de transações com ativos e passivos financeiros entre 
residentes e não-residentes.
A conta financeira é dividida em quatro grupos:
i – investimento direto,
ii – investimentos em carteira,
iii - derivativos e
iv - outros investimentos.
Cada grupo é desdobrado em ativos e passivos, ou seja, há um item destinado a 
registrar fluxos envolvendo ativos externos detidos por residentes no Brasil e outro 
para registrar a emissão de passivos por residentes cujo credor é não-residente. 
Os ativos e passivos são, em seguida, desdobrados paraevidenciar detalhes 
específicos de cada conta.
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(G) Conta Financeira
i) Investimento direto
i.1 – Investimento direto no exterior - registra os ativos externos detidos por residentes no 
Brasil sob a forma de investimento direto. Está dividido em duas modalidades:
Participação no capital
Considera as saídas de recursos em moeda ou bens relativos à 
aquisição/subscrição/aumento total ou parcial do capital social de empresas não-residentes. 
Os ingressos referem-se ao retorno derivados da alienação total ou parcial do capital social 
de empresas não-residentes e dos ganhos de capital relativos a essa alienação.
Empréstimos intercompanhias
Compreende os empréstimos concedidos pelas matrizes, sediadas no país, a suas 
subsidiárias ou filiais estabelecidas no exterior. Registra, também, a concessão de créditos 
pelas subsidiárias ou filiais no exterior a suas matrizes no Brasil (investimento cruzado). O 
investimento cruzado é uma conta retificadora do ativo de investimento direto pois trata-se 
de item de natureza passiva classificado no interior de grupo de natureza ativa. São 
considerados os empréstimos diretos e a colocação de títulos, sem distinção de prazo. Os 
empréstimos efetuados entre bancos ligados não são considerados empréstimos 
intercompanhias.
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(G) Conta Financeira
i) Investimento direto
I.2 - Investimentos diretos no Brasil - representa a conta de passivo do grupo investimento 
direto. É igualmente dividido em dois grupos:
Participação no capital
Compreende os ingressos de recursos em bens, moeda e as conversões de obrigações 
externas em investimento estrangeiro direto, incluindo os valores destinados ao programa de 
privatizações, relacionados com a aquisição/subscrição/aumento total ou parcial do capital 
social de empresas residentes. As contrapartidas das conversões são alocadas nos itens 
correspondentes, amortização, renda de investimento direto (juros) e serviços. Nas saídas 
estão registradas a alienação total ou parcial do capital social de empresas residentes e a 
realização de ganhos de capital.
Empréstimos intercompanhias
Compreende os créditos concedidos pelas matrizes, sediadas no exterior, a suas subsidiárias 
ou filiais, estabelecidas no país. Registra, também, a concessão de créditos pelas subsidiárias 
ou filiais no país a suas matrizes no exterior (investimento cruzado). Nesse caso, o 
investimento cruzado é conta retificadora do passivo de investimento direto, pois trata-se de 
conta de natureza ativa classificada no grupo de natureza passiva. São considerados os 
empréstimos diretos ou colocação de títulos, sem distinção de prazo. As amortizações de 
empréstimos intercompanhias no grupo investimento direto no Brasil incluem o principal de 
empréstimos convertidos em investimento estrangeiro direto. Os empréstimos efetuados 
entre bancos ligados não são considerados empréstimos intercompanhias.
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(G) Conta Financeira
ii) Investimentos em carteira 
Registra fluxos de ativos e passivos constituídos pela emissão de títulos de crédito 
comumente negociados em mercados secundários de papéis.
ii.1 – Ativos
Os ativos de investimentos em carteira referem-se às aplicações brasileiras em títulos 
estrangeiros, negociados no país ou no exterior. Compõem esses ativos:
Títulos de renda variável negociados no exterior: ações de companhias não-residentes 
adquiridas em bolsas de valores no exterior por residentes no país, não classificados como 
investimento direto.
Títulos de renda variável negociados no país: títulos do programa de BDRs (Brazilian
Depositary Receipts), que são recibos representativos de ações de companhias não-
residentes negociados em bolsas de valores brasileiras.
Títulos de renda fixa: bônus e notes negociados no exterior emitidos por não-residentes. 
Estão incluídas as movimentações de compra e venda de títulos que se constituíram em 
garantias colaterais no âmbito do acordo de renegociação da dívida externa (Plano Brady).
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(G) Conta Financeira
ii) Investimentos em carteira 
Registra fluxos de ativos e passivos constituídos pela emissão de títulos de crédito 
comumente negociados em mercados secundários de papéis.
ii.2 – Passivos
Os passivos de investimento em carteira registram as aquisições por não-residentes de 
títulos de renda variável (ações) e de renda fixa (títulos de dívida) de emissão brasileira.
A Resolução nº 2.689, de 26.01.2000, liberou para os investidores estrangeiros todos os 
instrumentos e modalidades operacionais, dos mercados financeiros e de capitais, 
disponíveis no país. A apropriação dos fluxos de balanço de pagamentos, nos diversos 
instrumentos, segue a composição da carteira informada ao Banco Central do Brasil 
(Departamento de Capital Estrangeiro e Câmbio – DECEC) pelos administradores desses 
recursos.
Os investimentos em ações relacionam as operações diretas em bolsas de valores brasileiras 
(negociadas no país), incluindo os ganhos de capital, amparados, a partir de 26.1.2000, pela 
Resolução nº 2.689. As ações negociadas no exterior estão representadas pelos DRs
(Depositary Receipts), que são os recibos de ações de companhias brasileiras negociados em 
bolsas estrangeiras.
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(G) Conta Financeira
ii) Investimentos em carteira 
Registra fluxos de ativos e passivos constituídos pela emissão de títulos de crédito comumente negociados 
em mercados secundários de papéis.
ii.2 – Passivos
Os investimentos estrangeiros relacionados com "títulos de dívida" apresentam, também, em separado, 
os valores "negociados no país" e "negociados no exterior". Os valores "negociados no país" referem-se às 
aplicações amparadas pela Resolução n.º 2.689 em títulos de dívida de curto, médio e longo prazos em 
circulação no mercado doméstico emitidos pelo Banco Central e pelo Tesouro Nacional e também de 
emissão privada. Os títulos "negociados no exterior" referem-se às captações brasileiras nas modalidades 
de Bonus, Notes e Commercial Papers lançados em mercados de capitais fora do país.
Nessa modalidade, estão registradas as operações de troca de dívida. Na contabilização dessas operações 
são realizados os seguintes lançamentos: um crédito do valor de face do novo título emitido; um débito 
do valor de face do título resgatado; outro crédito pela apropriação dos descontos obtidos na transação. O 
valor residual eventualmente remanescente refere-se a juros pagos por meio dos novos títulos emitidos 
ou de valores em moeda eventualmente pagos para igualar o valor dos lotes dos títulos emitidos e 
resgatados.
Os papéis com prazo de vencimento inferior a um ano compõem o item "títulos de curto prazo". Esses 
títulos, quando negociados no país, referem-se à parcela de recursos ingressados ao amparo da Resolução 
2.689 e aplicados em títulos de emissão do Banco Central e do Tesouro Nacional e também de emissão 
privada.
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(G) Conta Financeira
iii) Derivativos financeiros
Registra os fluxos financeiros relativos à liquidação de 
haveres e obrigações decorrentes de operações de 
swap, opções e futuros e os fluxos relativos aos 
prêmios de opções. 
Não inclui os fluxos de depósitos de margens de 
garantia vinculados às operações em bolsas de futuros, 
alocados em outros ativos e outros passivos de curto 
prazo.
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(G) Conta Financeira
iv) Outros investimentos
iv.1 Outros investimentos – ativos
Empréstimos
Compreende os empréstimos e financiamentos brasileiros a curto e longo prazos concedidos 
a não-residentes, incluindoaqueles relativos ao Programa de Financiamento às Exportações 
(PROEX) e os concedidos por instituições financeiras.
Moeda e depósitos
Refere-se à movimentação de depósitos mantidos no exterior na forma de disponibilidades, 
cauções, depósitos judiciais e, ainda, as garantias para os empréstimos vinculados a 
exportações. Inclui a variação dos depósitos no exterior dos bancos comerciais e os 
depósitos relativos ao excesso de posição comprada dos bancos residentes depositados no 
Banco Central. Estão incluídas, também, as movimentações de garantias colaterais, na 
modalidade de depósitos, constituídas no âmbito do acordo de renegociação da dívida 
externa (Plano Brady).
Outros ativos
Compreende a participação do Brasil no capital de organismos internacionais e depósitos de 
cauções de longo prazo. No curto prazo, estão alocados os depósitos de margens de garantia 
relacionados a operações de derivativos. 
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(G) Conta Financeira
iv) Outros investimentos
iv.1 Outros investimentos – passivos
Créditos comerciais
No item longo prazo, estão alocados as variações do passivo relacionadas com a concessão direta de crédito pelos 
exportadores estrangeiros a seus clientes no Brasil (créditos de fornecedores). No item curto prazo, estão 
considerados os pagamentos antecipados de exportações e demais créditos comerciais, inclusive os decorrentes 
da não-coincidência entre o momento do embarque e o pagamento da mercadoria.
Empréstimos
Compreende os empréstimos diretos (excetuando-se os intercompanhias), os financiamentos a importações na 
modalidade de crédito de compradores (buyers’ credit), e os concedidos pelos organismos internacionais e 
agências governamentais. Esses empréstimos são considerados, separadamente, em curto e médio e longo 
prazos, dependendo do prazo original de vencimento das obrigações. Compreende, também, os empréstimos à 
Autoridade Monetária, que englobam os créditos autônomos e as operações de regularização decorrentes de 
acordos destinados ao financiamento do balanço de pagamentos.
Moeda e depósitos
Refere-se às disponibilidades de não-residentes depositadas no país, incluindo a variação do saldo das contas de 
não-residentes abertas ao amparo da Circular 2.677, de 10.4.1996 (contas CC5).
Outros passivos
Refere-se aos depósitos de cauções e judiciais realizados no país por não-residentes, com prazo superior a um 
ano. No curto prazo, estão incluídos a variação do saldo devedor do Convênio de Credito Recíproco (CCR) e 
depósitos de margem de garantia relativos às operações em bolsa de mercadorias no país.
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(H) Conta Capital e Financeira
• É o total de movimentação de capital e financeira.
• Soma de:
(F) Conta de capital +
(G) Conta Financeira 
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(I) Erros e omissões
• As partidas a crédito e a débito lançadas no balanço de 
pagamentos provem de diversas fontes de informações, 
gerando, na prática, um total líquido diferente de zero. 
• A principal razão está nas discrepâncias temporais das 
diversas origens dos dados utilizados. Com isso, torna-se 
necessário o lançamento de partida equilibradora para o 
balanceamento das contas. 
• Os erros e omissões se prestam, portanto, a compensar toda 
sobrestimação ou subestimação dos componentes 
registrados.
• Os organismos internacionais aceitam que essa conta atinja 
no máximo 5% da soma de exportações e importações do 
país.
Balanço de Pagamentos
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(J) Saldo do Balanço de Pagamentos
• Soma de: 
E) Balanço de Transações Correntes
H) Conta Capital e Financeira
I) Erros e Omissões 
• O resultado do balanço de pagamentos representa a variação 
das reservas internacionais do país, detidas pelo Banco 
Central, no conceito de liquidez internacional, deduzidos os 
ajustes relativos a valorizações/desvalorizações das moedas 
estrangeiras e do ouro em relação ao dólar americano e os 
ganhos/perdas relativos a flutuações nos preços dos títulos e 
da cotação do ouro.
Balanço de Pagamentos
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(H) Variação de Reservas
• Equivalente à conta “Caixa” das empresas.
• Também chamada de Haveres e Obrigações com o 
Exterior.
• É a contrapartida contábil (Método das Partidas 
Dobradas) de todas as contas do Balanço de Pagamentos
– Exemplo: Exportações
• Crédito: Exportações FOB
• Débito: Var. de Reservas
Balanço de Pagamentos
A Estrutura do Balanço de Pagamentos
Capa
da Obra
Sendo BP o saldo do balanço de pagamentos e R o valor resultante da 
variação de reservas, temos que:
BP = - R 
Ou 
BP + R = 0
Ou seja, um BP positivo implica em um R negativo. 
A Estrutura do Balanço de Pagamentos
Capa
da Obra
O resultado do balanço de pagamentos em transações correntes 
(TC) é igual ao sinal inverso da soma do resultado do movimento de 
capitais (MC) com o saldo das variações de reservas (R), ou seja, 
TC = - (MC + R)
5.2 A Estrutura do Balanço de Pagamentos
Capa
da Obra
O movimento de capitais registra os investimentos, 
empréstimos, financiamentos e demais capitais financeiros entre 
países. Somando o seu saldo ao saldo do balanço de pagamentos 
em transações correntes e considerando eventuais erros e 
omissões, chega-se ao saldo total do balanço de pagamentos. A 
conta “variação das reservas” demonstra esse resultado, ou seja, 
mostra seu impacto sobre o nível de reservas e, no caso do déficit, 
também os eventuais empréstimos de regularização ou 
lançamento de atrasados. 
A Contabilidade do Balanço de Pagamentos
Capa
da Obra
Natureza dos lançamentos no balanço de pagamentos:
Balança Comercial
Exportações: crédito
Importações: débito
Balança de Serviços
Operação dá origem a entrada de recursos: crédito
Operação dá origem a saída de recursos: débito
Lucros reinvestidos: débito
A Contabilidade do Balanço de Pagamentos
Capa
da Obra
Transferências Unilaterais
Operação dá origem a entrada de recursos e merc.: crédito
Operação dá origem a saída de recursos e merc.: débito
Movimento de Capitais
Operação dá origem a entrada de recursos: crédito
Operação dá origem a saída de recursos: débito
Variação de Reservas
Redução das reservas: crédito
Acréscimo das reservas: débito
A Contabilidade do Balanço de Pagamentos
Capa
da Obra
Duas operações merecem comentários adicionais:
Na operação lucros reinvestidos, o lançamento é feito a 
débito na conta rendas de capital. Contudo, como tal operação
não gerou saída de divisas, a conta a ser creditada não pode ser a 
conta variação de reservas. A conta que então é creditada é a 
conta reinvestimentos.
 Como de fato a movimentação de divisas não existe nesse
caso, simplesmente debita-se a conta rendas de capital e, em vez de se 
creditar a conta investimentos, dá-se um destaque ao fato de se tratar de 
recursos reinvestidos pelo capital estrangeiro no país e credita-se então a 
conta reinvestimentos. 
A Contabilidade do Balanço de Pagamentos
Capa
da Obra
Nas transações unilaterais, apesar do termo unilateral, 
tais operações devem respeitar o método das partidas dobradas. 
Se tal operação resultou em entrada de divisas, deve ser feito um 
lançamento a débito na conta variação de reservas. Mas qual conta 
deverá ser creditada? Justamente, a conta transferência unilateral. 
 Num caso onde ocorra um terremoto ou qualquer tipo de 
catástrofe natural, e em função disso tenha recebido ajuda em espécie do 
exterior, o débito deve ser feito na conta importações. 
FONTE: Banco Central
Tabela 4 Brasil - Balanço de Pagamentos (1993-2009) – em US$ 
milhões
1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 20052006 2007 2008 2009 2010
A. BALANÇA 
COMERCIAL
13,3 10,5 -3,5 -5,6 -6,8 -6,6 -1,2 -0,7 2,7 13,1 24,8 33,6 44,7 46,5 40,0 24,8 25,3 20,2
 Exportações 
FOB
38,6 43,5 46,5 47,7 53,0 51,1 48,0 55,1 58,2 60,4 73,1 96,5 118,3 137,8 160,6 197,9 153,0 201,9
 Importações 
FOB
-25,3 -33,1 -50,0 -53,3 -59,7 -57,7 -49,2 -55,8 -55,6 -47,2 -48,3 -62,8 -73,6 -91,4 -120,6 -173,1 -127,7 -181,7
B. SERVIÇOS -5,2 -5,7 -7,5 -8,7 -10,6 -10,1 -7,0 -7,2 -7,8 -5,0 -4,9 -4,7 -8,3 -9,6 -13,1 -16,7 -19,2 -30,8
 Viagens 
Internacionais
-0,8 -1,2 -2,4 -3,6 -4,4 -4,1 -1,5 -2,1 -1,5 -0,4 0,2 0,4 -0,9 -1,4 -3,3 -5,2 -5,6 -10,5
 Outros (fretes. 
royalties. etc)
-4,5 -4,5 -5,1 -5,1 -6,3 -6,0 -5,5 -5,1 -6,3 -4,6 -5,1 -5,0 -7,5 -8,2 -9,8 -11,5 -13,7 -20,3
C. RENDAS -18,6 -15,4 -19,0 -20,4 -24,4 -29,6 -33,7 -32,5 -34,6 -31,3 -31,6 -33,9 -39,5 -38,8 -36,6 -47,8 -42,8 -49,3
 Juros -8,3 -6,3 -7,9 -8,8 -9,5 -11,4 -14,9 -14,6 -14,9 -13,1 -13,0 -13,4 -13,5 -11,3 -7,3 -7,2 -9,1 -9,7
 Lucros e 
Dividendos
-1,9 -2,6 -3,0 -2,8 -5,4 -6,9 -4,1 -3,3 -5,0 -5,2 -5,6 -7,3 -12,7 -16,4 -22,4 -33,9 -26,4 -31,3
 Outros -8,4 -6,5 -8,1 -8,8 -9,4 -11,3 -14,7 -14,6 -14,8 -13,0 -12,9 -13,2 -13,3 -11,1 -6,9 -6,7 -7,3 -8,3
D. TRANSF. 
UNILAT. CORR
1,6 2,4 3,6 2,4 1,8 1,5 1,7 1,5 1,6 2,4 2,9 3,2 3,6 4,3 4,0 4,2 3,3 2,8
E = A+B+C+D = 
BAL. TRANS. COR -3,7 -2,5 -18,8 -23,6 -29,3 -34,7 -33,2 -31,7 -30,3 -15,8 -3,9 3,0 8,8 12,0 7,5 -18,7 -14,1 -26,2
F. CAPITAL 0,1 0,2 0,4 0,5 0,4 0,3 0,3 0,3 0,0 0,4 0,5 0,4 0,7 0,9 0,8 1,1 1,1 1,1
G. FINANCEIRA 10,4 8,5 28,7 33,5 25,4 29,4 17,0 19,1 27,1 7,6 4,6 -7,9 -10,1 16,4 88,2 28,3 70,2 98,5
 Investimentos 
Diretos
0,8 1,5 3,3 11,3 17,9 26,0 26,9 30,5 24,7 14,1 9,9 8,3 12,5 -8,5 27,5 24,6 36,0 36,9
 Investimentos 
em Carteira
12,3 50,6 9,2 21,6 12,6 18,1 3,8 7,0 0,1 -5,1 5,3 -4,8 4,9 8,6 48,4 1,1 50,3 63,0
 Derivativos 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,3 -0,5 -0,1 -0,2 -0,5 -0,4 -0,2 -0,7 0,0 0,0 -0,7 -0,3 0,2 -0,1
 Outros 
investimentos
-2,7 -43,6 16,2 0,7 -4,8 -14,3 -13,6 -18,2 2,8 -1,1 -10,4 -10,8 -27,5 15,7 13,0 2,9 -16,3 -1,3
H=CAPITAL E 
FINANCEIRA
10,5 8,7 29,1 34,0 25,8 29,7 17,3 19,3 27,1 8,0 5,1 -7,5 -9,5 17,3 88,9 29,4 71,3 99,7
I=ERROS E 
OMISSÕES
-1,1 0,3 2,2 -1,8 -3,3 -4,3 0,2 2,6 -0,5 -0,1 -0,8 -1,9 -0,2 -0,2 -3,2 1,8 -0,3 -3,2
J = E+H+I = BAL. 
PAGAMENTO
5,7 6,5 12,5 8,6 -6,7 -9,3 -15,7 -9,7 -3,8 -7,9 0,4 -6,4 -0,9 29,0 93,2 12,4 56,8 70,2
K = -J = 
VARIAÇÃO 
RESERVAS
-5,7 -6,5 -12,5 -8,6 6,7 9,3 15,7 9,7 3,8 7,9 -0,4 6,4 0,9 -29,0 -93,2 -12,4 -56,8 -70,2
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a) O país importa, pagando à visa, mercadorias no valor de $350 
milhões
b) O país importa equipamentos no valor de $50 milhões financiados a 
prazo
c) Ingressa no país, sob forma de investimento direto sem cobertura 
cambial, $20 milhões em equipamentos
d) O país exporta, recebendo à vista, $400 milhões em mercadorias
e) O país paga ao exterior, à vista, $50 milhões de fretes
f) Remetem-se para o exterior, em dinheiro, $10 milhões ´de lucros de 
companhias estrangeiras, $20 milhões de juros e $30 milhões de 
amortizações
g) O país recebe $10 milhões de donativos sob a forma de mercadorias
h) O país recebe, em moeda, um empréstimo compensatório do FMI, 
para regularização do déficit no balanço de pagamentos, no valor de 
$30 milhões
Contabilidade do Balanço de Pagamentos - exemplo
Conta a b c d e f g h Total
Exportações +400 +400
Importações -350 -50 -20 -10 -430
Fretes -50 -50
Lucros -10 -10
Juros -20 -20
Donativos +10 +10
Investimentos +20 +20
Financiamentos +50 +50
Amortizações -30 -30
Empréstimos do FMI +30 +30
Haveres no Exterior +350 -400 +50 +60 -30 +30
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a) Balança comercial = Exportações – importações = +400- 430 = -30
b) Balanço de serviços = Fretes = -50
c) Balanço de rendas = Lucros + Juros = - 10 – 20 = -30
d) Transferências unilaterais = +10
e) Balanço em conta corrente = -30 -50 -30 +10 = -100
f) Movimento de capitais autônomos = 20 + 50 – 30 = +40
g) Movimentos de capitais compensatórios = +30
h) Movimento de capitais = 40 + 30 = +70
i) Saldo do Balanço de Pagamentos = -100 + 70 = -30
j) Haveres no exterior (-Saldo do BP) = +30
Contabilidade do Balanço de Pagamentos - exemplo
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Posição Internacional de Investimento
• As estatísticas de Posição Internacional de Investimento 
apresentam os ativos e os passivos externos do país, de acordo com 
a 5ª Edição do Manual de Balanço de Pagamentos do Fundo 
Monetário Internacional - FMI (BPM5). 
• Os saldos guardam estreita relação com os fluxos da conta 
financeira do balanço de pagamentos e são compilados em cinco 
itens para posições ativas: 
– investimento direto no exterior, 
– investimento em carteira, 
– derivativos, 
– outros investimentos e 
– reservas internacionais; 
• e em quatro itens para posições passivas: 
– investimento estrangeiro direto, 
– investimento em carteira, 
– derivativos e 
– outros investimentos.
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Abrangência dos dados
• Todos os indivíduos, empresas e entes econômicos 
no país estão, em princípio, abrangidos pela Posição 
Internacional de Investimento.
• Os estados brasileiros, o Distrito Federal, assim como 
representações diplomáticas e consulares no exterior 
também o são.
• Todos os países nos quais existam ativos brasileiros 
ou que detenham ativos no país estão incluídos nos 
dados da Posição Internacional de Investimento.
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Convenções contábeis
• A Posição Internacional de Investimento é apresentada em 
milhões de dólares norte-americanos (US$).
• A dívida externa, incluída na Posição Internacional de 
Investimento, é apurada com base no valor histórico dos 
registros, na moeda de origem, efetuados pelo devedor junto 
ao Banco Central do Brasil, no sistema Registro Declaratório 
Eletrônico - Registro de Operações Financeiras (RDE-ROF), 
convertida para dólares norte-americanos (US$), utilizando-se 
a taxa de câmbio de final de período, divulgada pelo Banco 
Central do Brasil. 
• Também são incluídos dados da dívida externa não registrada. 
Os últimos são obtidos pelo Banco Central através do Plano 
Contábil das Instituições Financeiras Nacionais (Cosif) e 
através de relatórios sobre linhas de crédito externas de 
empresas privadas (Petróleo Brasileiro S/A - Petrobras).
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Natureza dos dados
• I. Ativos
• I.1. Investimento direto no exterior 
Obtidos da declaração de Capitais Brasileiros no Exterior (CBE) 
compilada pelo Banco Central;
I.2. Investimento em carteira no exterior
Obtidos da declaração de Capitais Brasileiros no Exterior (CBE) 
e relatórios do Banco de Compensações Internacionais (BIS) 
sobre títulos depositados como colaterais;
I.3. Derivativos
Obtidos da declaração de Capitais Brasileiros no Exterior 
(CBE);
I.4. Outros investimentos
Obtidos da declaração de Capitais Brasileiros no Exterior (CBE) 
e cotas de participações brasileiras em organismos 
internacionais;
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Natureza dos dados
• I. Ativos
• I.5. Ativos de reservas
Dados enviados pelo Departamento de Operações das Reservas Internacionais 
(Depin) e pelo Departamento da Dívida Externa e Relações Internacionais (Derin). 
As reservas internacionais no Banco Central são constituídas por ouro monetário, 
Direitos Especiais de Saque (DES) e ativos em moeda estrangeira, representados 
por depósitos (overnight, acordo de recompra no Federal Reserve Board - FED e 
prazo fixo), títulos e créditos cursados em acordo de convênio. A posição de 
reserva no FMI também é computada nas reservas no Banco Central.
Os títulos eos créditos de convênios de pagamentos são registrados pelo valor de 
mercado. O estoque de ouro é avaliado pela London PMFixing de final de período. 
Os haveres em DES são avaliados pela taxa de final de período fornecida pelo FMI.
• Nota: a declaração de Capitais Brasileiros no Exterior (CBE) é prestada ao Banco 
Central do Brasil anualmente, com dados de fim de período, por todos os 
residentes com ativos no exterior em montante igual ou superior a R$200 mil (esse 
valor pode ser alterado a cada ano pelo Banco Central). As posições trimestrais 
(março, junho e setembro) dos ativos da PII, cuja fonte é o CBE, são estimadas com 
base nos fluxos do balanço de pagamentos.
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Natureza dos dados
• II. Passivos
• II.1. Investimento estrangeiro direto (relação entre empresas ligadas)
Os investimentos estrangeiros diretos no país, participação no capital, são compilados pelo Banco 
Central do Brasil através do censo de capitais estrangeiros, de periodicidade qüinqüenal. As últimas 
posições divulgadas referem-se a 1995 e 2000. Para os demais anos é feita estimativa com base nos 
fluxos mensais de investimentos estrangeiros diretos do balanço de pagamentos.
O estoque dos empréstimos intercompanhias é oriundo das estatísticas do RDE-ROF, compiladas 
trimestralmente e publicadas na Nota para a Imprensa do Setor Externo do Banco Central do Brasil;
II.2. Investimento estrangeiro em carteira
Renda variável:
No país: Inclui os investimentos de não residentes em ações no Brasil, regidos pela Resolução 
2.689, do Conselho Monetário Nacional, de 26 de janeiro de 2000. Essa Resolução determina que o 
investidor deve nomear representante no país, responsável pelo registro do investimento no Banco 
Central e na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Os dados sobre esses registros são obtidos no 
Sistema de Informações Banco Central (Sisbacen).
No exterior: Inclui os investimentos de não residentes regidos pelo Anexo V a Resolução 1.289, do 
CMN, de 20 de março de 1987, relativos a valor de mercado do programa Depositary Receipts
(ações de companhias brasileiras negociadas no exterior). Dados oriundos da CVM.
Renda fixa:
No país: Inclui os investimentos de não residentes em títulos de dívida no Brasil, regidos pela 
Resolução 2.689, do Conselho Monetário Nacional, de 26 de janeiro de 2000. Essa Resolução 
determina que o investidor deve nomear representante no país, responsável pelo registro do 
investimento no Banco Central. Os dados sobre esses registros são obtidos no Sistema de 
Informações Banco Central (Sisbacen).
No exterior: Inclui dados do sistema RDE-ROF relativos à dívida externa (bônus, notas e commercial
papers);
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Natureza dos dados
• II. Passivos
• II.3. Derivativos
Investimentos estrangeiros em derivativos: dados oriundos da CVM;
II.4. Outros investimentos
Crédito comercial e empréstimos: dados oriundos do sistema RDE-ROF, relativos à 
dívida externa, incluindo créditos de fornecedores e empréstimos, além de dados 
de dívida externa não registrada obtidos através do Plano Contábil das Instituições 
Financeiras Nacionais (Cosif) mais linha de crédito da Petrobras;
Moeda e depósitos: dados obtidos na contabilidade do Banco Central e no Cosif;
Outras obrigações: saldo negativo do Convênio de Crédito Recíproco (CCR), obtido 
junto ao Derin.
• Nota:
Os dados da dívida externa registrada, sistema RDE-ROF, são incluídos nos 
seguintes itens da PII:
Passivo - Investimentos em carteira - Títulos de renda fixa - Bônus e notas;
Passivo - Outros investimentos - Crédito comercial;
Passivo - Outros investimentos - Empréstimos - Autoridade monetária e demais 
setores.
Os dados da dívida externa não registrada são incluídos no seguinte item da PII:
Passivo - Outros investimentos - Empréstimos - Demais setores.
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Balanço de Pagamentos
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