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Acumulação Primitiva de Capital

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Acumulação Primitiva de Capital:
“A acumulação em um sentido histórico deve-se fazer referência à propriedade de bens e uma transferência de bens.” (M. Dobb).
O sentindo da acumulação primitiva é acumular em uma classe, nova, e acumular com valores por meios especulativos. Para isso é necessário:
Expropriação dos meios de produção dos trabalhadores (terra, por exemplo);
A ascensão da classe burguesia por meio de hipotecas feudais ou dívidas públicas. As hipotecas feudais seriam, resumidamente, que no séc. XVI/XVII houve inflação na Europa por causa da grande quantidade de metais e do aumento do comércio fazendo com que os burgueses adquirissem mais riquezas que os senhores feudais, para manter a sua renda os senhores feudais adquiriram empréstimos com a burguesia. A dívida pública seria que o Estado Absolutista adquiriu financiamento com burgueses, estes recebiam juros, acontecendo uma transferência de renda;
Moderna Colonização (novo mundo);
O resultado desse processo é a constituição de uma classe de trabalhadores assalariados (proletários), estabelecendo uma relação de capital, há também a consolidação da propriedade privada, além do desenvolvimento das forças produtivas (meios de produção + força de trabalho).
O “Pecado Original” transformou qualitivamente da estrutura da sociedade, acontece o empobrecimento dos grupos ligados ao antigo modo de produção, feudalismo, além da decadência dos senhores e uma nova posição dos antigos servos, que passam a ser trabalhadores assalariados e perdem o direito à terra.
O contexto histórico é o século XV/XVI, quando há manifestações da crise feudal inglesa, os nobres passam a aceitar no lugar da corveia dinheiro e passam a arrendar suas terras.
Outro ponto importante são os cercamentos na Inglaterra que possuem duas fases. A primeira é pela força, as terras se transformam em pastos e há um aumento nos arrendamentos, enquanto que na segunda fase os cercamentos tem caráter parlamentar, ou seja, um embasamento legal e a terras passam a ser utilizadas para produção agrícola, crescendo a demanda por trabalhadores. Não existe mais a relação senhor x servo, já que houve expropriação e concentração da terra, resultando em camponeses livres que poderiam se tornar tanto trabalhadores assalariados quanto vagabundos.
Para Karl Marx, o século XV-XVI foi marcado pelo que ele chama de Legislação Sanguinária. No Estado surge a noção de trabalhadores assalariados, uma construção de uma nova forma de trabalho e uma nova forma de coerção. Há também a ascensão da burguesia, esta depende do Estado, da formação de mão de obra, de salários baixos e do controle social.
Outros mecanismos dessa acumulação seria o Mercantilismo, responsável pela Nova Colonização, duas características importantes é o pacto colonial e o monopólio comercial. Com isso há a extração de renda extra econômica e aquisição de matéria prima barata, além de um novo mercado consumidor, beneficiando a burguesia comercial e a produtividade.
Resumo Acumulação Primitiva – Karl Marx:
No capítulo 23 do livro I do capital, Max explicita A lei geral da acumulação primitiva, expondo como ocorreu a acumulação no modo de produção capitalista, a partir da concentração e da centralização. A relação entre o camponês, a terra e o capital é histórica e traz consigo a questão da propriedade privada dos meios de produção, no qual a terra torna-se primordial.
É importante guardar que a maior ênfase é na Inglaterra, por ela ter sido o berço da revolução capitalista.
Todos os antigos regimes usurpavam de alguma maneira dos meios de produção, intensificando o empobrecimento da população. A expropriação da terra foi o primeiro para o estabelecimento dos meios de produção, além de mecanismos para sua concentração e sua centralização (riqueza).
Marx conclui que o capitalismo surgiu do “bojo” da sociedade feudal e com o seu desenvolvimento acabou com a outra, para isso implantou uma nova dinâmica: uma nova forma de trabalho, que estava em transição para o trabalho assalariado. Surge também questões jurídicas que asseguravam a posse e o direito de propriedade e quem não a possui era detentor tinha propriedade de seu corpo, podendo a ofertar no mercado de trabalho. O diferencial desta mercadoria é o tempo.
O segredo da acumulação é a apropriação de mais-valia(acréscimo de valor- troca e trabalho humano) . Com os cercamentos e a reforma protestante, os camponeses foram expulsos da terra e criou-se um “estoque” de trabalhadores que passam procurar trabalho ou vão para a vagabundagem.
As fábricas e as cidades eram os novos locais de trabalho e moradia. Há a transformação da terra em mercadoria e sua concentração com a burguesia (aristocracia perde a terra por causa de empréstimos).
A acumulação primitiva é, basicamente, a separação do produtor e do meio de produção. Através dela e a separação de suas típicas instituições (monopólios, escravos, colônias) que se da acumulação propriamente dita capitalista, caracterizada pelo processo de compra e venda no mercado.

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