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3 Sociologia e educação Discursivas.docx

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SOCIOLOGIA E EDUCAÇÃO – DISCURSIVAS
 Durkheim 
http://contextoshistoricos.blogspot.com.br/2012/04/saiba-mais-sobre-emile-durkheim.html
 Durkheim 
https://www.passeidireto.com/arquivo/22483319/exercicios-emile-durkheim
 A educação pode ser explicada a partir de diferentes concepções sociológicas. Neste contexto.... Diante disso, discorra sobre a concepção educacional de Emile Durkheim. A educação, para Durkheim, tem o papel de socializar o sujeito, preparando-o para viver em sociedade. Ele considerava que eram justamente as regras sociais que deveriam ser ensinadas às crianças. A teoria de Durkheim é de ajustamento, pois a educação deveria preparar o indivíduo para agir de acordo com os padrões da sociedade e não para transformá-la, a sua preocupação era de colocar ordem ao caos e evitar a desintegração social, e a educação teria o papel fundamental de inculcar nos alunos as regras sociais compartilhadas pelo grupo, pois a preservação da vida em sociedade é o que tinha mais importância e significado devendo assim a educação evitar a ausência de regras e normas evitando assim o caos social. 
 A educação pode ser explicada a partir de diferentes concepções sociológicas. Neste contexto.... Diante disso, discorra sobre a concepção educacional de Karl Marx. Karl Marx defendia uma concepção educacional de emancipação, de libertação das amarras e injustiças sociais. Oferecendo elementos aos indivíduos para que pudessem entender essa exploração e os discursos ideológicos da classe dominante, e romper com isso. Pois ele percebia as estruturas de dominação e exploração das classes menos favorecidas e a dualidade de ensino entre escola para ricos, onde se desenvolvia o intelecto e a escola para pobres que visava somente a preparação para o trabalho. Sua busca era romper com a alienação do trabalho e com a passividade frente a ideologia da classe dominante. Para ele a educação deveria ser integral e completa, os currículos deveriam integrar a preparação intelectual, física e tecnológica chamando esse modelo de educação de ensino politécnico, indicando múltiplas habilidades. 
 A educação pode ser explicada a partir de diferentes concepções sociológicas. Neste contexto.... Diante disso, discorra sobre a concepção educacional de Max Weber. A educação, para Weber, é o modo pelo qual os homens são preparados para exercer as funções que a transformação causada pela racionalização da vida lhes colocou à disposição. A educação vai ser responsável para preparar os indivíduos viver em sociedade. Essa é uma educação racional. As reflexões de Weber sobre a educação são compreendidas no âmbito de sua Sociologia Política. A educação e a escola, como instituição do Estado Moderno, passam a ser um fator de estratificação social e não mais educar para o mundo. A relação de poder mais forte é a dos órgãos governamentais sobre a escola A educação é um elemento importante por favorecer o êxito do indivíduo na seleção social. A educação pressupõe uma associação entre os indivíduos, e estes visam a um determinado objetivo. Historicamente, os dois polos opostos no campo das finalidades da educação são: despertar o carisma, isto é, qualidades heroicas e dons mágicos, e transmitir o conhecimento especializado.
 A industrialização e o surgimento concomitante de grandes centros urbanos com seus aglomerados populacionais e um crescente processo de individualização constituíram temas recorrentes na investigação sociológica clássica. Discorra a respeito da relação entre os processos de urbanização e individuação, a partir da abordagem sociológica de Émile Durkheim. Para Durkheim, a individuação é característica das sociedades modernas, ditas orgânicas, nas quais se acentuam a divisão social do trabalho e consequentemente o processo de urbanização.
Para ele processo de individualização, mediante o qual a consciência individual tende a se sobrepor à consciência coletiva de modo que as regras de comportamento passem a se basear cada vez mais em interesses particulares constitui característica marcante dos meios urbanos das sociedades modernas. O suicídio egoísta é o tipo mais característico desse tipo de sociabilidade definindo-o como aquele que resulta de uma individualidade excessiva, levando a um enfraquecimento da sociedade nos indivíduos, portanto, à falta de uma razão para suportarem com paciência as misérias da existência. Outro tipo de suicídio recorrente nos centros urbanos e industriais modernos é o anônimo decorrente de perturbações morais em função de crises ou mudanças súbitas e inesperadas. Segundo Durkheim, nessas circunstâncias marcadas por transformações súbitas, “toda regulamentação permanece defeituosa durante algum tempo. Não se sabe mais o que é possível e o que não é, o que é justo e injusto, quais são as reivindicações e as aspirações legítimas, quais são aquelas que passam da medida. Tal estado de desregramento ou anomia é acompanhado de um surto de paixões indisciplinadas e ímpetos incontrolados e, deste modo também, de aumento na curva de suicídios. 
 A sociologia parte da ideia de que os mecanismos sociais têm aspectos específicos que podem ser estudados de forma sistemática, centrando se nas análises dos fenômenos coletivos e buscando entender elementos que pode nos ajudar a antecipar problemas e encontrar soluções para questões já colocadas na sociedade.
Mesmo sendo uma atividade atualmente muito focada no individuo, a educação recebe importantes contribuições da sociologia. Descreva alguns elementos que fazem relação entre sociologia e educação. A sociologia se relaciona com a educação no sentido de desvelar o funcionamento da sociedade sua repercussão na escola. A relação se dá pela interação dos fenômenos sociais e fenômenos individuais, ou seja, vivemos em sociedade em comunidade e existem fenômenos que são típicos do tipo de vida que levamos em sociedade. Então a sociologia reconhece que a sociedade molda o indivíduo. Ela o faz entre outro por meio da educação: o nexo estabelecido. Sociologia defendia, em seus primórdios, que a sociedade opera com base em algumas leis que determinam os modos de pensar e agir das pessoas ou pelo menos ela tem o poder de influenciar o comportamento delas, fica evidente o motivo por que a educação ocupa grande parte da preocupação e da abordagem sociológica, uma vez que é um espaço privilegiado para que as pessoas absorvam os valores de sua sociedade e aprendam a se orientar e se comportar com base neles. 
 A teoria de Augusto Comte, também chamada de Positivismo ou Física Social pode ser considerada como etnocêntrica? Justifique sua resposta. Sim, pelo fato de considerar a raça branca centro europeia como única, melhor e como o modelo de vivência de toda e qualquer sociedade.
 Aponte e caracterize os dois movimentos encontrados por Augusto Comte na sociedade. Estático: manutenção de quem está no poder – Mesmo que ORDEM. Dinâmico: processo de industrialização – Mesmo que PROGRESSO.
 Bourdieu e Passeron afirmavam que a escola é um instrumento de educação reprodutiva. Faça uma relação entre as ideias desses autores e o trecho do artigo. Afastaram-se das abordagens marxistas porque não entendiam o funcionamento da escola e das instituições culturais como sendo deduzidos da economia; para eles a própria cultura funcionaria como uma economia à parte. Daí o conceito de capital cultural: a cultura dominante é a que tem valor, pois ela garante vantagens. Quando já inculcado e internalizado, o capital cultural originaria aquilo que Bourdieu chamava de habitus. Habitus corresponderia ao estado em que o indivíduo já estaria convencido de que as estruturas sociais impostas pela classe dominante seriam boas e desejáveis, sem notar, no entanto, que se trata de um pensamento inculcado por um processo que Bourdieu chamava de violência simbólica, a serviço de um poder ou domínio simbólico. Primeiro, há a definição e a imposição, por parte dos grupos dominantes, daquilo que é considerado cultura. Eles definem que a cultura dominante é “a cultura”(é correto dizer que alguém não tem cultura?). Depois, há uma ocultação de que houve imposição. A isto Bourdieu chamava de dupla violência do processo de dominação cultural. Como a escola reproduz em seu interior o Sistema? Como ela atua no sentido de ser um instrumento de reprodução? Por meio de um processo ardiloso e violento de exclusão. O currículo escolar está baseado na cultura dominante, de modo que as elites entendem sua linguagem e seus códigos, enquanto que as classes dominadas não.
 Caracterize a pós-modernidade (diga o que é e como se originou) e explique qual é o papel da sociologia da educação diante de temas como esse. O sujeito pós-moderno se caracteriza como não tendo uma identidade fixa, essencial ou permanente, pois as transformações sociais são muito rápidas Pós-modernismo é o nome aplicado às mudanças ocorridas nas 
Ciências, nas artes e nas sociedades avançadas desde 1950, quando, por convenção, se encerra o modernismo. Ele nasce com a arquitetura e a computação nos anos 60. Cresce ao entrar pela filosofia, durante os anos 70, como crítica da cultura ocidental. E amadurece hoje, alastrando-se na moda, no cinema, na música e no cotidiano programado pela tecnociência. As faltas de reflexão sobre o coletivo levaram os pais e os responsáveis pelos educandos a verem a escola pública ou privada como mais um serviço de consumo. Em consequência, eles estão sempre prontos a fazer exigências e cobranças, mas não a participar da construção e do desenvolvimento da prática educativa por meio de reuniões para debater melhorias na qualidade de ensino, educar é uma forma de praticar a atividade política, ou seja, é com o envolvimento de todos os sujeitos da educação professores, pais, alunos, funcionários, poder executivo, poder legislativo e conselho de educação, que a sociedade poderá construir uma educação de qualidade na área do conhecimento.
 Caracterize o contexto histórico do surgimento da Sociologia. O contexto histórico do surgimento da sociologia é caracterizado pela revolução industrial, revolução francesa e pela necessidade de uma ciência que fosse capaz de explicar as situações sociais vivenciadas no período do século XIX.
 Como, para Emile Durkheim, a coerção é capaz de produzir a coesão na sociedade? A coerção produz a coesão à medida em que ela leva a sociedade a manter a sua hegemonia singular e coletiva. Para ele há na sociedade modos de pensar, agir e sentir que são exteriores ao indivíduo e que exercem sobre ele um poder coercitivo. Durkheim chama‑os de “fatos sociais”, e para ele o estudo da Sociologia seria justamente o estudo desses fatos. Foi a percepção de que a sociedade impõe às pessoas um determinado modo de pensar e agir que moveu os primeiros sociólogos a buscarem compreender a dinâmica de funcionamento daquilo que eles chamavam inicialmente de “leis” sociais e que chamou mais tarde de “fatos sociais”.
 Como o estudo das sociedades era feito até o surgimento da Sociologia? A partir de situações determinadas pela filosofia e pela própria igreja católica.
 Conceitue Fato Social de acordo com a teoria de Emile Durkheim. Toda maneira de agir ou ser, fixa ou não de um dado grupo social que tem de ser, obrigatoriamente, geral, exterior e coercitiva. Para ele há na sociedade modos de pensar, agir e sentir que são exteriores ao indivíduo e que exercem sobre ele um poder coercitivo. Durkheim chama‑os de “fatos sociais”, e para ele o estudo da Sociologia seria justamente o estudo desses fatos. Foi a percepção de que a sociedade impõe às pessoas um determinado modo de pensar e agir que moveu os primeiros sociólogos a buscarem compreender a dinâmica de funcionamento daquilo que eles chamavam inicialmente de “leis” sociais e que chamou mais tarde de “fatos sociais”.
 – De acordo com a teoria de Durkheim, o que é anomia? Ausência total ou parcial da lei, norma, regra, etc. Quanto mais o individualismo cresce, mais a consciência coletiva diminui, e sem ela a sociedade não sobrevive. O que se configurava diante dos olhos e da mente de Durkheim era justamente a perspectiva de que, se fosse deixada para seguir seu rumo sem controle, a solidariedade orgânica, baseada na diferença, levaria cada vez mais as pessoas a se distanciarem, se afastarem da ideia de cooperação e a trocarem‑na pelo individualismo, provocando a desintegração da sociedade. Para designar essa possibilidade, o pensador elaborou um outro conceito, o de anomia, que se caracterizaria como um estado de ausência de regras, de caos social.
 De acordo com especialista, a tecnologia está presente como recurso da educação há bastante tempo. Desde meados do século XX é possível obter relatos de usos de televisores, videocassetes, projetores, computadores e, mais recentemente lousas digitais, laptops e tablets. Na medida em que a tecnologia se torna mais presente no cotidiano das pessoas, ela também adentra as escolas e salas de aula, tudo na busca de tornar a educação mais próxima da realidade social. Mas a forma pela qual essas tecnologias se inserem nos processos de aprendizagem e como se estabelecem as relações com elas variam de acordo com diversos fatores: idade, cultura geracional, possibilidade de acesso, poder aquisitivo, relação com o processo produtivo e o mundo do trabalho, entre outros. A tecnologias não só mudam a vida das pessoas, mas também, quando inseridas na educação, elas alteram os processos de ensino aprendizagem. Quais as principais questões apontadas por Pedro Demo ao discutir as relações entre a educação e o ciberespaço. Segundo Demo o universo virtual dos computadores está entrando de modo definitivo na vida de todos, principalmente das crianças e adolescentes o que muitas vezes chega a ser preocupante por estares viciados de tal modo que só conseguem se comunicar virtualmente, ele também levanta a questão do bullying eletrônico que tem preocupado professores e pais. A educação está atenta as inovações, porém a tecnologia é colocada de forma superficial e até confundida com conhecimento. A construção do conhecimento é mais complexa e envolve interatividade entre pessoas e a aula não deve ser apenas reprodutiva, transmitir informações, mas sem estimular, é necessário o papel articulador de ideias, dados, textos e pesquisas em grupo. O papel do professor é fundamental, ele que vai intermediar. Demo ainda fala que a internet facilitou o surgimento do mercado negro de trabalhos acadêmicos o que pode levar a desconfiança da educação a distância.
 Define e caracterize o Darwinismo Social. Corrente que defende a evolução das sociedades, tendo como modelo a sociedade dita evoluída, digo, a sociedade centro europeia.
 Discorra sobre as três correntes suicidógenas em Emile Durkheim. Altruístas – Conformidade igualitária com a lei. É um ato em que o indivíduo está tomado pela obediência e força coercitiva do coletivo, seja ele um grupo social restrito ao qual pertence ou mesmo a sociedade como um todo. Uma variante contemporânea do suicídio altruísta são os atos terroristas praticados por fanáticos religiosos e extremistas políticos.
Egoísta – O suicídio egoísta é o tipo mais característico desse tipo de sociabilidade definindo-o como aquele que resulta de uma individualidade excessiva, levando a um enfraquecimento da sociedade nos indivíduos, portanto, à falta de uma razão para suportarem com paciência as misérias da existência. 
Anômico – Outro tipo de suicídio recorrente nos centros urbanos e industriais modernos é o anônimo decorrente de perturbações morais em função de crises ou mudanças súbitas e inesperadas. Segundo Durkheim, nessas circunstâncias marcadas por transformações súbitas, “toda regulamentação permanece defeituosa durante algum tempo. Não se sabe mais o que é possível e o que não é, o que é justo e injusto, quais são as reivindicações e as aspirações legítimas, quais são aquelas que passam da medida. Tal estado de desregramento ou anomia é acompanhado de um surto de paixões indisciplinadas e ímpetos incontrolados e, deste modo também, de aumentona curva de suicídios. 
Educação na abordagem sociológica. Se a Sociologia defendia, em seus primórdios, que a sociedade opera com base em algumas leis que determinam os modos de pensar e agir das pessoas ou pelo menos ela tem o poder de influenciar o comportamento delas, conforme a Sociologia contemporânea continua defendendo, fica evidente o motivo por que a educação ocupa grande parte da preocupação e da abordagem sociológica, uma vez que é um espaço privilegiado para que as pessoas absorvam os valores de sua sociedade e aprendam a se orientar e se comportar com base neles. 
 Entre os importantes temas que se apresentam para os estudiosos da educação no mundo contemporâneo, estão alguns que se propõem a refletir sobre o vir a ser da escola, isto é, sobre o caminho que a educação está seguindo e para onde ela deve ou deveria levar a formação de nossos alunos. Nesse contexto, há três formas de olhar para a sociedade e para o mundo atual que podem ser norteadores das expectativas que se atribui à escola, sendo, por isso, relevante para o pensamento sociológico da educação no mundo atual. Trata-se da afirmação de Whitaker, segundo a qual todas as visões de futuro projetadas pela imaginação humana recaem sobre três visões: caos apocalíptico, utopia tecnológica e utopia verde. Diante do exposto, eleja UMA das três visões e explique-a, respeitando o pensamento da autora Whitaker e indicando quais são suas implicações para o contexto da educação escolar.
Caos Apocalíptico – É uma visão de futuro pautada na desesperança e no pessimismo. É a ideia de que o fim está próximo e de que nada adianta ser feito. As implicações para a educação são de que os alunos não querem saber de nada, que não adianta ensinar, porque não aprendem mesmo, a escola e a educação estão falidas, não há futuro. As consequências dessa visão podem causar (medo, paralisia, conformismo, acomodação, indisciplina, depredação do espaço físico e pedagógico, e manutenção dos sistemas de injustiças). E por causa disso nada de ensino e nem de aprendizagem.
Visão da utopia tecnológica – O discurso da utopia tecnológica padece de um otimismo exacerbado e ingênuo em relação à tecnologia, como se todos os problemas da escola fossem desaparecer com o emprego de tecnologias e computadores nas escolas. Nenhum recurso tecnológico substitui o papel e a importância de professores bem formados, bem remunerados e com a autoestima bem cuidada, em dia atuando. Os recursos tecnológicos são importantes para a educação, principalmente para a educação a distância, porém sempre considerando a importância da mediação do professor.
Visão da utopia verde – Até pouco tempo atrás era um discurso considerado delírio de hippies e exotéricos, em defesa de um mundo mais natural e mais consciente. Atualmente faz parte do importante processo de conscientização do homem moderno, que consiste na ideia de que temos de nos desenvolver como civilização técnicocientífica, mas em equilíbrio com o meio ambiente. A educação implica em sabermos refletir e analisar o que é ser sustentável ou ter consciência verde, quais as medidas que estão sendo apresentadas como solução, temos que questionar o modelo de desenvolvimento adotado pela nossa sociedade urbanocêntrica, pautada na acumulação e exploração desenfreadas da natureza e das pessoas. Gerando mais consumismo na população, como exemplo a fabricação de produtos quase que descartáveis (sem durabilidade) feitos para serem trocados.
 Florestan Fernandes diz que “a educação é o elemento da vida social responsável pela organização da experiência dos indivíduos na vida cotidiana, pelo desenvolvimento de sua personalidade, pela garantia de sua sobrevivência e pelo funcionamento da sociedade”. O pensamento dos teóricos clássicos da sociologia, como Durkheim, Marx e Weber, chegou ao Brasil ao longo de gerações e foi incorporado às análises de eminentes estudiosos brasileiros da sociedade e da escola, como foi o caso, por exemplo, de Florestan Fernandes. Cabe investigar, porém, qual foi o teor desse processo de incorporação, bem como os seus resultados. Assim, a partir da frase de Florestan Fernandes transcrita anteriormente, responda: O pensamento do teórico brasileiro Florestan Fernandes condiz mais com o de Durkheim ou o de Marx? Justifique. Condiz mais com Durkheim que teorizava que a educação, para ele significaria o processo necessário de socialização, pelo qual aprendemos a ser membros de uma sociedade. Ele considerava que eram justamente as regras sociais que deveriam ser ensinadas às crianças. Em seu livro Educação e Sociologia, ele dizia que é uma ilusão acreditar que podemos educar nossos filhos como queremos, pois, havendo falhas nesse processo de socialização eles correriam o risco de não se enquadrarem na sua sociedade, o que faria com que sofressem as consequências por não estarem em condições de viver de acordo com as regras daquela sociedade. Nesse sentido, a educação adequada seria aquela própria ao meio moral que cada um compartilha.
OUTRA RESPOSTA
O pensamento de Florestan Fernandes condiz mais com o de Durkheim pois ao dizer que "a educação é o elemento da vida social responsável pela organização da experiência dos indivíduos na vida cotidiana, pelo desenvolvimento de sua personalidade, pela garantia de sua sobrevivência e pelo funcionamento da sociedade", ele está fazendo relação direta com os fatos sociais conceitualizados por Durkheim. 
 Leia atentamente a seguinte frase: “Aqui está, portanto, um tipo de fato que apresenta características muito especiais: consiste em maneiras de agir, pensar e sentir exteriores ao indivíduo e dotadas de um poder coercitivo em virtude do qual se impõe como obrigação. ” A frase transcrita é de Émile Durkheim (1858-1917), considerado o fundador da sociologia científica. A partir dela, responda:
A- Qual é o conceito ao qual essa frase está fazendo referência? 
B- Qual é a relação desse conceito com o papel da escola no contexto do pensamento de Durkheim?
A- Fatos sociais – São os modos de pensar, sentir e agir de um grupo social. 
B- A educação, para Durkheim, significaria o processo necessário de socialização, pelo qual aprendemos a ser membros de uma sociedade. Ele considerava que eram justamente as regras sociais que deveriam ser ensinadas as crianças. A teoria de Durkheim é de ajuste. Sua preocupação básica e colocar ordem ao caos e evitar a desintegração social. Por isso, ele justifica e legitima uma educação que inculque nos alunos as regras sociais compartilhadas pelo grupo, estes gostando ou não delas, pois afirmava que o mais significativo era justamente a preservação da vida em sociedade ou coletiva, na qual a Educação teria papel fundamental.
 Leia o seguinte excerto. A título de ilustração apenas, ele trata de um determinado aspecto da dita Pós-modernidade. Em seguida, responda à questão que se segue: "O homem da sociedade moderna tinha uma identidade bem definida e localizada no mundo social e cultural. Mas uma mudança estrutural está fragmentando e descolando as identidades culturais de classe, sexualidade, etnia, raça e nacionalidade. Se antes estas identidades eram solidas localizações, nas quais os indivíduos se encaixava, socialmente, hoje elas se encontram com fronteiras menos definidas que provocam no indivíduo uma crise de identidade." (HALL, S. A Identidade Cultural na Pós-modernidade. Rio de janeiro: DP&A 2006).Dentre os diversos temas atuais de relevância para os estudiosos da educação e, conseguintemente, dos sociólogos, a questão da Pós-Modernidade é uma das mais emblemáticas. Diante disso, caracterize a pós-modernidade (diga o que é e como se originou) e explique qual é o papel da sociologia da educação diante de temas como esse. A Pós-Modernidade surgiu com a desconstrução de princípios, conceitos e sistemas construídos na modernidade, desfazendo todas as amarras da rigidez que foi imposta ao homem moderno. Com isso, os três valores supremos, o Fim, representado por Deus, a Unidade, simbolizada pelo conhecimento científico e a Verdade, como os conceitos universais e eternos, entraram em decadência acelerada na Pós-Modernidade. Por conta disso, para a maioria dos autores, a Pós-Modernidade é traçada como a época das incertezas, das fragmentações, da troca de valores, do vazio, do niilismo, da deserção, do imediatismo, da efemeridade, do hedonismo, da substituição da ética pela estética, do narcisismo, da apatia, do consumo de sensações e do fim dos grandes discursos. 
 Leia o trecho a seguir: A questão da identidade está sendo extensamente discutida na teoria social. Em essência, o argumento é o seguinte: as velhas identidades, que por tanto tempo estabilizaram o mundo social, estão em declínio, fazendo surgir novas identidades e fragmentando o indivíduo moderno, até aqui visto como um sujeito unificado. A assim chamada "crise de identidade" é vista como parte de um processo mais amplo de mudança, que está deslocando as estruturas e processos centrais das sociedades modernas e abalando os quadros de referência que davam aos indivíduos uma ancoragem estável no mundo social.
O propósito deste livro é explorar algumas das questões sobre a identidade cultural na modernidade tardia e avaliar se existe uma "crise de identidade", em que consiste essa crise e em que direção ela está indo. O livro se volta para questões como: Que pretendemos dizer com "crise de identidade"? Que acontecimentos recentes nas sociedades modernas precipitam essa crise? Que formas ela toma? Quais são suas consequências potenciais? Para os teóricos que acreditam que as identidades modernas estão entrando em colapso, o argumento se desenvolve da seguinte forma. Um tipo diferente de mudança estrutural está transformando as sociedades modernas no final do século XX. Isso está fragmentando as paisagens culturais de classe, gênero, sexualidade, etnia, raça e nacionalidade, que, no passado, nos tinham fornecido sólidas localizações como indivíduos sociais. Estas transformações estão também mudando nossas identidades pessoais, abalando a ideia que temos de nós próprios como sujeitos integrados. Esta perda de um "sentido de si" estável é chamada, algumas vezes, de deslocamento ou descentração do sujeito. Esse duplo deslocamento - descentração dos indivíduos tanto de seu lugar no mundo social e cultural quanto de si mesmos - constitui uma "crise de identidade" para o indivíduo. Esses processos de mudança, tomados em conjunto, representam um processo de transformação tão fundamental e abrangente que somos compelidos a perguntar se não é a própria modernidade que está sendo transformada. 
Três concepções de identidade: 
1- Sujeito do Iluminismo – O sujeito do Iluminismo estava baseado numa concepção da pessoa humana como um indivíduo totalmente centrado, unificado, dotado das capacidades de razão, de consciência e de ação, cujo "centro" consistia num núcleo interior, que emergia pela primeira vez quando o sujeito nascia e com ele se desenvolvia, ainda que permanecendo essencialmente o mesmo - contínuo ou "idêntico" a ele - ao longo da existência do indivíduo. O centro essencial do eu era a identidade de uma pessoa. 
2- Sujeito sociológico – A noção de sujeito sociológico refletia a crescente complexidade do mundo moderno e a consciência de que este núcleo interior do sujeito não era autônomo e autossuficiente, mas era formado na relação com "outras pessoas importantes para ele", que mediavam para o sujeito os valores, sentidos e símbolos - a cultura - dos mundos que ele habitava. De acordo com essa visão, que se tornou a concepção sociológica clássica da questão, a identidade é formada na "interação" entre o eu e a sociedade. O sujeito ainda tem um núcleo ou essência interior que é o "eu real", mas este é formado e modificado num diálogo contínuo com os mundos culturais "exteriores" e as identidades que esses mundos oferecem.
3 - Sujeito pós-moderno – Contextualizado como não tendo uma identidade fixa, essencial ou permanente. A identidade torna-se uma celebração móvel: formada e transformada continuamente em relação às formas pelas quais somos representados ou interpelados nos sistemas culturais que nos rodeiam. É definida historicamente, e não biologicamente. O sujeito assume identidades diferentes em diferentes momentos, identidades que não são unificadas ao redor de um "eu" coerente. Dentro de nós há identidades contraditórias, empurrando em diferentes direções, de tal modo que nossas identificações estão sendo continuamente deslocadas. 
O caráter da mudança na modernidade tardia – Um outro aspecto desta questão da identidade está relacionado ao caráter da mudança na modernidade tardia; em particular, ao processo de mudança conhecido como "globalização" e seu impacto sobre a identidade cultural. Em essência, o argumento é que a mudança na modernidade tardia tem um caráter muito específico. As sociedades modernas são, por definição, sociedades de mudança constante, rápida e permanente. Os modos de vida colocados em ação pela modernidade nos livraram, de uma forma bastante inédita, de todos os tipos tradicionais de ordem social. 
 Leia o texto a seguir: Atualmente, três em cada dez crianças abandonam a escola, em definitivo, antes de completar o ensino fundamental e praticamente a totalidade delas vem dos setores economicamente mais desfavorecidos. Como o investimento anual na educação dessas crianças está na casa dos dois ou três mil reais, todo o investimento ao longo da vida pode não exceder os dez ou vinte mil reais. No outro extremo, onde estão os mais ricos, o investimento por criança e por ano pode exceder – e em muito, se considerarmos as escolas de elite e incluirmos cursos de línguas, aulas particulares, material didático, viagens culturais etc. – os trinta mil reais por ano. Ao longo de toda a vida escolar esse investimento pode chegar a meio milhão de reais, ou ainda muito mais que isso. Essa perversa desigualdade na formação educacional, quando combinada com a dependência da renda de uma pessoa adulta com seu nível de escolarização, fecha um círculo vicioso extremamente perverso. Em valores aproximados, segundo vários levantamentos feitos por especialistas, cada ano de escolaridade a mais de uma pessoa implica em um aumento de renda da ordem de 10% a 20% (variação essa devida à época, à sistemática adotada no levantamento dos dados e aos níveis escolares considerados). A qualidade da educação, por sua vez, medida, por exemplo, pelo nível escolar do professor, pode contribuir com uma diferença de cerca de 50% na renda de pessoas com mesmos níveis de formação educacional.
Assim, ao escolarizar mal as crianças e jovens mais desfavorecidos, nosso sistema educacional está contribuindo para preservar ou mesmo acirrar nossas desigualdades econômicas, respondendo aos desígnios das elites econômicas, que consideram inaceitável qualquer destinação de recursos públicos para fins sociais, inclusive para a educação pública. Programas como o Bolsa Família e sua extensão, o Brasil Sem Miséria, ainda que sejam importantes instrumentos de distribuição de renda, têm efeitos apenas nos casos de pauperização extrema, pouco contribuindo para combater as raízes do problema da distribuição de renda. Para isso, seriam necessários instrumentos mais permanentes e mais sólidos, que viabilizassem a desconcentração de renda em longo prazo. E a educação é um deles. A luta por uma educação pública e igualitária deve estar na pauta daslutas políticas nos mesmos níveis das demais lutas sociais e econômicas, como a reforma agrária, a luta por moradia, a defesa do setor público e a luta por salários dignos. Se não rompermos com a atual situação educacional – e esse rompimento só será possível por meio de uma ampla luta social – jamais construiremos bases realmente sólidas para superarmos nossa desigualdade. Bourdieu e Passeron afirmavam que a escola é um instrumento de educação reprodutivista. Faça uma relação entre as ideias desses autores e o trecho do artigo. Bourdieu e Passeron defendem a ideia de que a escola não é neutra, não é justa, não promove a igualdade de oportunidades, e também não transmite da mesma forma determinados conhecimentos, pois é a cultura da classe dominante que predomina, acaba privilegiando o que por sua herança cultural já são privilegiados e assim podemos observar no texto acima. Hoje em dia muito se fala, mas pouco se pensa sobre as soluções para os problemas da educação, as desigualdades sociais estão cada vez mais visíveis e podemos relaciona-la com a falta de investimento e recursos para uma educação mais digna com o objetivo de formar cidadãos comprometidos com o seu desenvolvimento e o da sociedade. 
 Leia o texto a seguir e responda ao que se pede: Temos um sistema que instrui e usa de forma fraudulenta a palavra educação para designar o que é apenas a transmissão de informações. É um programa que rouba a infância e a juventude das pessoas, ocupando-as com um conteúdo pesado, transmitido de maneira catedrática e inadequada. O aluno passa horas ouvindo, inerte, como funciona o intestino de um animal, como é a flora num local distante e os nomes dos afluentes de um grande rio. É uma aberração ocupar todo o tempo da criança com informações tão distantes dela, enquanto há tanto conteúdo dentro dela que pode ser usado para que ela se desenvolva. Como esse monte de informações pode ser mais importante que o autoconhecimento de cada um? O nome educação é usado para designar algo que se aproxima de uma lavagem cerebral. É um sistema que quer um rebanho para robotizar. A criança é preparada, por anos, para funcionar num sistema alienante, e não para desenvolver suas potencialidades intelectuais, amorosas, naturais e espontâneas. Importante conceito do corpo teórico marxista, Marx clamou de alienação o processo ou expropriação dos meios de produção e do saber de produção (conhecimento de todas as etapas de produção). Qual a relação do conceito de alienação com as ideias desse autor sobre educação? Combater a alienação e a desumanização era para Marx a função social da educação. Por isso seria necessário aprender as competências que são indispensáveis para a construção do mundo físico e social. Marx não conferia a educação a função de ajustamento do indivíduo às regras sociais; ele a vislumbrava como meio de emancipação.  Para ele, a educação deveria ser integral e pelo trabalho, de modo a relacionar o saber escolar com o saber laboral. A principal busca é romper com a alienação (de alienar, estar alheio, separado, fora) do trabalho e com a passividade frente à ideologia da classe dominante. O modelo de educação que propôs foi chamado de ensino politécnico, indicando múltiplas habilidades.
 Leia o texto que segue: Do nacional ao local, do federal ao estadual: as leis e a educação escolar Indígena. Passados mais de dez anos da promulgação da atual Constituição brasileira, é possível afirmar que o direito dos povos indígenas no Brasil a uma educação diferenciada e de qualidade, ali inscrito pela primeira vez, encontrou amplo respaldo e detalhamento na legislação subsequente. É isso que percebemos quando reunimos a legislação brasileira que trata da Educação Escolar Indígena em âmbito nacional. Com a Constituição de 1988, assegurou-se aos índios no Brasil o direito de permanecerem índios, isto é, de permanecerem eles mesmos com suas línguas, culturas e tradições. Ao reconhecer que os índios poderiam utilizar as suas línguas maternas e os seus processos de aprendizagem na educação escolar, instituiu-se a possibilidade de a escola indígena contribuir para o processo de afirmação étnica e cultural desses povos e ser um dos principais veículos de assimilação e integração. Depois disso, as leis subsequentes à Constituição que tratam da Educação, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e o Plano Nacional de Educação, têm abordado o direito dos povos indígenas a uma educação diferenciada, pautada pelo uso das línguas indígenas, pela valorização dos conhecimentos e saberes milenares desses povos e pela formação dos próprios índios para atuarem como docentes em suas comunidades. Comparativamente a algumas décadas atrás, trata-se de uma verdadeira transformação em curso, que tem gerado novas práticas a partir do desenho de uma nova função social para a escola em terras indígenas. Nesse processo, a Educação Indígena saiu do gueto, seja porque ela se tornou tema que está na ordem do dia do movimento indígena, seja porque há de se construírem respostas qualificadas a essa nova demanda por parte daqueles a quem cabe gerir os processos de educação no âmbito do Estado. Com isso, ganham os índios e ganha também a educação brasileira, na medida em que será preciso encontrar novas e diversificadas soluções, exercitando a criatividade e o respeito diante daqueles que precisam de respostas diferentes. (Luís Donizete Benzi).  Numa perspectiva de educação e multiculturalidade, faça uma análise sobre o texto anterior e os pontos destacados por Pedro Demo (2004) quando se refere ao tratamento da diversidade no âmbito educacional. Podemos perceber o quão é importante valorizar e respeitar a diversidade, tanto no texto acima quanto nos pontos destacados por Pedro Demo podemos perceber que todos os povos têm direito a educação nas suas culturas e línguas próprias, direito de preservar a identidade na sociedade e passar por mudanças, pois a cultura que resiste a qualquer mudança simplesmente desaparece. É importante também que se participe da sociedade moderna, para não se perder nela e, por outro lado lutar em igualdade. Os linguarejes e dialetos dos grupos sociais menos privilegiados socialmente devem ser respeitados porem ensinado a norma culta. Segundo Demo multiculturalidade significa a biodiversidade da sociedade humana. Este é o conjunto complexo e não linear de sociedades, estabelecendo entre elas historicamente linhas por vezes muito popularizadas, como é o caso das sociedades desenvolvidas e subdesenvolvidas, ou civilizadas e primitivas.
 Londres, desde o início do século XIX, se fez uma megalópole. Desenvolveu o setor de transportes e aumentou o espaço público com os grandes subúrbios-dormitórios. A população triplicou e a cidade não planejada, fez com que se acumulasse um grande número de obras públicas nos anos de 1850. Portanto, a industrialização das cidades gerou mudanças drásticas na vida urbana, visto que os produtos que anteriormente, os artesãos levavam muito tempo para produzir, agora eram produzidos em tempo proporcionalmente menor nas fábricas, em grande quantidade e à preços mais baixos. Com isso, os artesãos passaram a sofrer dificuldades em encontrar e manter clientes dispostos a comprar seus produtos, já que esses, passaram a ser produzidos por preços menores nas fábricas. Por isso, muitos dos artesãos e dos trabalhadores que tinham negócio próprio, desistiram de seus ofícios e ficaram desempregados. Muitos deles se viram forçados a incorporar o sistema fabril a favor da sua subsistência. Outro ponto importante, é que a população das cidades industrializadas cresceu em demasiado. Antes pelo fato de que as taxas altas de crescimento populacional da época já eram aceleradas e, pelo novo fato de que se atingiu um forte êxodo rural, no qual um crescente número de agricultores passou a sair dos campos procurando melhores condições de vida nas cidades. Mais um ponto que vale ser destacado, é a instabilidade do mercado de trabalho que aumentava a extrema exploração do trabalhador, fazendocom que esse, passasse a morar próximo de seu local de trabalho, ou seja, das fábricas. Nessas áreas, a superpopulação convivia com as péssimas condições de higiene das casas e com as más condições de moradia, tidas como constantes dos bairros operários londrinos. O rápido crescimento populacional gerava problemas urbanos como a pobreza, a poluição, a desorganização e além disso, com a grande quantidade de mão-de-obra para trabalhar nas fábricas, começa-se a explorar mais o trabalhador com as altas jornadas de trabalho; com as péssimas condições do mesmo; a ausência de direitos trabalhistas, dentre outros fatores. Com a entrada das máquinas, criou-se um mal-estar entre os trabalhadores, já que o ritmo do trabalho agora era imposto por ela. Além do desemprego que ela oferecia, pois era crescente a substituição do homem pela máquina, o alto crescimento populacional e tecnológico urbano, provocou revoltas. (Soares, F, E. As classes subalternas de Londres no século XIX: miseráveis, operários, criminosos e prostitutas.)
Quais os principais elementos sociais e políticos que contribuíram para o surgimento da sociologia?  Como se deu essa influência? Podemos dizer que o contexto que criou as condições e as bases para o surgimento da Sociologia foi marcado por questões sócio-histórica, trazendo em sua composição, evidentemente, elementos políticos e econômicos, ou seja, a primeira base é de ordem material, pois envolve o modo de vida, de produção e de organização da sociedade em um determinado momento histórico. Por outro lado, a segunda base para compreensão do contexto que originou o surgimento da Sociologia como disciplina científica é da ordem das ideias, ou seja, envolve a proposição e a defesa de determinadas ideias. Assim, temos uma base que é material e outra que é ideológica, mas ambas as esferas se relacionam e se influenciam mutuamente. O cenário material que deu origem à Sociologia foi marcado pelas consequências de duas revoluções, a Industrial e a Francesa. E os elementos de ordem intelectual (ideológica) foram o renascimento cultural e o Iluminismo.
 Louis Althusser é amplamente conhecido como um teórico das ideologias e seu ensaio mais conhecido é Idéologie et appareils idéologiques d'etat (ideologia e aparelhos ideológicos do estado) para ele, a manutenção das relações de produção implica a separação entre aparelhos repressivos de Estado e aparelhos ideológicos de estado. Diante disso explique: 
A- Althusser pode ser considerado um teórico reprodutivista? Porquê?
B) Para Althusser, a escola é um aparelho ideológico do estado? Por quê? 
A- Sim – porque Althusser era um dos teóricos que acreditava que a sociedade sofria de uma injustiça social, e essa injustiça era reproduzida pelas escolas no sentido de que eram mantidas as desigualdades sociais ao invés de combate-las.
B- Sim a escola é um dos segundo mecanismos que compõem os aparelhos ideológicos do poder – Segundo Althusser, raros são os professores que se posicionam contra a ideologia, contra o sistema e contra as práticas que os aprisionam. A maioria nem sequer suspeita do trabalho que o sistema os obriga a fazer ou, o que é ainda pior, põem todo o seu empenho e engenhosidade em fazê-lo de acordo com a última orientação (os métodos novos). Eles questionam tão pouco que pelo próprio devotamento contribuem para manter e alimentar essa representação ideológica da escola, que hoje faz da Escola algo tão natural e indispensável quanto era a Igreja no passado. 
OUTRA RESPOSTA
A- Para Althusser a escola é um veículo do pensamento dominante e que, por assim ser, é um dos instrumentos utilizados pelo poder estabelecido no sentido de reproduzir as desigualdades sociais. É isso mesmo, a escola contribui para reproduzir – e não para romper – com as desigualdades sociais. 
B- Ele defende que o sistema capitalista, ao contrário do que se pensa e parece, não é “todo poderoso” e inabalável – ele tem pontos fracos e tende, assim como todos os outros sistemas econômicos que o precederam, a desaparecer caso passe por crises profundas e delas não consiga se recuperar. Sendo assim, percebeu o autor, foi preciso criar lhe mecanismos de sobrevivência, pois a permanência do modelo de sociedade capitalista depende da reprodução de seus componentes essenciais, sendo eles econômicos (força de trabalho x meios de produção) e ideológicos. Althusser com sua defesa de que a escola reproduz as desigualdades sociais ao invés de combatêlas. Louis Althusser defendia que ela é um aparelho ideológico do Estado e que reproduz as desigualdades sociais por meio de um inculcamento viabilizado por um currículo que coloca na cabeça do aluno aquilo que os grupos dominantes querem.
 Normalmente, quando se fala de socialização, se pensa no processo de interiorização de normas e de comportamentos sociais pela criança. Durkheim afirma que a socialização primária da criança, que ocorre nos primeiros anos de vida, é de responsabilidade da família, e a socialização secundária se faz em instituições como a igreja e a escola. Considerando que vivemos no século XXI, que outras instituições participam hoje da socialização da criança? Cite duas e justifique sua escolha. Além da família, da escola e da igreja qua são as instituições que hoje fazem parte do cotidiano e da socialização da criança, podemos indicar a mídia: internet, TV, rádio e etc... Nesses meios a formação de opinião é emanada e, por vezes, aceita sem críticas. Além disso, soma-se a isso a instituição financeira/econômica, que, apesar de existir há séculos, é hoje uma importante peça na formação humana: o modo como expressamos a vida é dado, por muitas vezes, através de transições econômicas.
 O pensamento de Althusser era mais parecido com Marx ou Durkheim e porquê. Parecido com de Marx, pois identificava-se bastante com o marxismo, sendo, portanto, crítico do capitalismo e engajado com as questões do seu tempo e do seu país. Concorda mas vai além de Marx ao discutir o conflito e fazer uma conexão entre a educação e o que chamou de aparelhos ideológicos de Estado, certos dispositivos que quando acionados tendem a manter as classes dominantes no poder. As instituições escolares seriam um desses aparelhos e funcionariam como aparelhos de reprodução e alienação, meios através dos quais o Estado exerceria o controle da sociedade, sem utilizar a violência ou a repressão, gerando e mantendo a reprodução social e submetendo o indivíduo à ideologia dessa classe dominante. A escola seria, então, o aparelho ideológico mais expressivo, até em função do tempo em que permanece exposta à sua influência. Quando esse processo não atinge seu objetivo, isto é, controlar os indivíduos, modelando-os para a vida em sociedade, entraria em ação.  Um dos aparelhos repressivos do Estado, que é a polícia feita entre outras coisas, para conter qualquer manifestação de descontentamento e ou resistência ao sistema.
 O pensamento de Augusto Comte, embora considerado controverso por muitos, foi bastante significativo no sentido de contribuir para o surgimento da Sociologia enquanto disciplina científica.... Explique esse conceito e diga como ele se vincula à questão da educação pela perspectiva da sociologia. Página 28. Física Social é a ciência que tem como próprio objeto de estudo os fenômenos sociais, é a ciência que deveria conhecer e estabelecer as leis imutáveis da vida social. O vínculo que faz com a educação se dá porque assim como as ciências físicas e químicas possuem leis, Augusto Comte acreditava que a sociedade também tem leis, as leis sociais, e é preciso compreender essas leis para se atuar na sociedade, pois só por meio da educação as pessoas poderiam alcançar a formação moral que lhes faria chegar a um consenso, esse consenso geraria um estado de harmonia e ordem. Essas leis sociais deveriam ser captadas e estudadas pela sociologia.
 Os primeiros pensadores da sociologia tinham como um dos principais objetivos definir parâmetros científicos de analise que pudessem ser aplicados aos fenômenos sociais;esses estabeleceriam as leis universais dessa ciência nascente. Para Marx, qual era o elemento fundamental para entender o movimento das sociedades? Explique. Marx procura entender os movimentos da sociedade tendo como objeto as “relações sociais” e a “luta de classes” transformando os fenômenos sociais. Para Marx a história da sociedade tem sido a história de lutas de classes, para ele a luta de classes é o motor que faz a história se mover. No início de nossa história não havia divisão entre trabalho intelectual e trabalho manual assim como não existia divisão de classes, conceito fundamental na análise de Marx.
 Paulo Freire foi um dos maiores educadores que o Brasil já teve...como Paulo Freire concebia a educação e por que seu pensamento educacional é considerado otimista. Página 64. A concepção de Freire tinha como característica a tentativa de construir uma educação que possibilitasse aos menos favorecidos romper com a dominação e a visão do mundo ingênua que lhes era imposta, partindo de um ensino significativo. Um ensino que partisse da realidade das suas vidas, partindo do senso comum, do conhecimento que o aluno trazia com ele dando um valor as coisas, os fatos do cotidiano sempre vinculado á pratica. Ele era considerado otimista porque acreditava na possibilidade de mudanças. Ele assumiu a luta a favor de uma educação que enfrentasse e superasse as desigualdades sociais, que fosse libertadora e não opressora.
 Qual a relação entre os dois movimentos encontrados por Augusto Comte na sociedade? A ordem deve levar e fazer acontecer o progresso, já o progresso não deve deturpar a ordem.
 Qual é o papel da escola para Karl Marx e para Durkheim? Para Karl Marx, a educação é um objeto de pesquisa que está inserida numa sociedade com luta de classes. Sua obra nos legou alguns princípios importantes que devem ser levados em conta, quando quisermos estabelecer uma prática educacional transformadora do contexto social no qual estamos inseridos, o tão famigerado capitalismo. Para Marx são os homens que transformam as circunstâncias e, por isso, é necessário primeiro mudar os homens e sua consciência para só depois mudar as circunstâncias. É necessário que se estabeleça uma prática revolucionária, uma teoria viva, que passa a existir a partir da prática concreta, da luta, da revolução. Em suma, “o indivíduo exerce o principal papel na construção da nova sociedade e, consequentemente, numa dimensão dialética, de um novo homem” 
A educação, para Durkheim, tem o papel de socializar o sujeito, preparando-o para viver em sociedade. Para Durkheim o objeto da sociologia é o fato, e a educação é considerada como o fato social, isto é, se impõe coercitivamente como uma norma jurídica ou como uma lei. Para ele cada tipo de sociedade real, histórica, cria e impõe o tipo de educação de que necessita. A educação existe na sociedade dentro da cultura cada sociedade, considerada em momentos determinados de seu desenvolvimento, possui um sistema de educação que se impõe aos indivíduos de modo geralmente irresistíveis. Durkheim sugeria que a ação educativa funcionasse de forma normativa. “A educação tem por objetivo suscitar e desenvolver na criança estada físicos e morais que são requeridos pela sociedade política no seu conjunto”.
 Toda a disciplina cientifica, para ser reconhecida como tal, precisa ter basicamente um objetivo de estudo, bem como orientações metodológicas e um corpo conceitual especifico. Desse modo a sociologia só se tornou reconhecidamente uma ciência com Durkheim, porque foi justamente dele o esforço em dotá-la de tais elementos. Descreva como Durkheim dotou a sociologia de um objeto próprio de conhecimento. Página 30 a 35. O status da ciência só foi alcançado pela sociologia por Durkheim, que formulou as primeiras orientações para a Sociologia e demonstrou que os fatos sociais têm características próprias, evidenciando que neles a Sociologia teria um objeto de estudo específico e distinto daqueles estudados pelas outras disciplinas científicas.  Por fato social, Durkheim entendia os modos de pensar, sentir e agir de um grupo social. Para o ele, os fatos sociais são “coisas” que, embora existam na mente dos indivíduos, são exteriores a ele e exercem um poder coercitivo. Durkheim notou que temos uma ideia vaga e confusa dos fatos sociais em nossa vida cotidiana justamente porque, sendo realidades vividas, construímos a ilusão de conhecêlos. A tarefa do sociólogo seria a de olhar para além dessas ilusões e compreender os fatos sociais de modo objetivo e científico.

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