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3. DIREITO AMBIENTAL

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3. DIREITO AMBIENTAL
AÇÃO CIVIL PÚBLICA - CONTESTAÇÃO - INFRAÇÃO AMBIENTAL
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA JUDICIAL DA COMARCA DE ____________ - ___.
Processo nº ____________
Contestação
____________, brasileiro, casado, contabilista, inscrito no CPF sob nº ____________, portador da 
Carteira de Identidade nº ____________, residente e domiciliado à Rua ____________, nº ____, apto. _____, 
B. ____________, ____________ – ___, por seu procurador signatário, instrumento de mandato anexo (Doc. 
01), vem respeitosamente à presença de V. Exa. apresentar Contestação à Ação Civil Pública, autuada sob 
nº ____________, movida pelo MINISTÉRIO PÚBLICO, nos termos que seguem:
DOS FATOS
Primeiramente, cumpre fazer algumas considerações importantes ao deslinde do feito.
A área sobre a qual é imputado ao Requerido o emprego de fogo trata-se de uma pequena chácara, 
localizada dentro do perímetro urbano da cidade de ____________ – ____, contendo cerca de 39 (trinta e 
nove) hectares. 
Referida chácara foi havida por herança de seu pai, Sr. ____________. 
O Requerido é contador na cidade de ____________ – ___, desenvolvendo suas atividades em 
escritório próprio há mais de 30 (trinta) anos, mantendo apenas a propriedade da chácara em comento, por 
vontade de resguardar para si o patrimônio deixado por seu pai.
Como dito, a chácara encontra-se dentro do perímetro urbano, fazendo inclusive divisa com o 
Parque Municipal, no qual se realizam as principais festas da cidade, como por exemplo, o Rodeio 
____________, evento que reúne pessoas de toda a região. 
Diante desta proximidade com o movimento urbano, o Requerido enfrenta inúmeros problemas, 
podendo citar a passagem constante de transeuntes pelo meio de sua propriedade, depredações e até furto 
de animais.
Ademais, não bastasse o constante vandalismo realizado no local, atualmente referida área encontra-
se cortada ao meio pela Rodovia Federal BR ______, que aguarda a implantação do piso de asfalto, 
conforme fazem prova as fotografias anexas (Docs. 02 a 04). 
Tal rodovia, quando aberta, invadiu a propriedade do Requerido, tendo sido derrubada a cerca por 
ele construída, sem que ao menos fosse refeita quando da finalização das obras.
Fato mais gravoso se dá em razão de que tais obras encontram-se inacabadas e paralisadas (Docs. 05 
e 06), situação esta que causa prejuízos diários ao Requerido, uma vez que a propriedade foi lesada pelo 
Poder Público, que sequer procurou deixá-la nas condições em que se encontrava anteriormente, ou seja, 
cercada de maneira que resguardasse a propriedade e impusesse respeito perante terceiros.
Após o início e paralisação das obras supramencionadas, o Requerido obrigou-se a fazer uma cerca 
provisória e mesmo assim a área continua sendo invadida diariamente, conforme comprovado pelas 
fotografias anexas (Docs. 07 e 08).
Além de a propriedade ter ficado imprópria ao uso normal por causa de uma obra inacabada, o 
Requerido sofre prejuízos constantes, eis que a sua propriedade está desprotegida, não podendo ele fazer 
uma cerca definitiva no local, em função da total falta de informações acerca da continuidade ou não das 
obras.
Não pode o Requerido, mais uma vez, despender recursos na construção de cercas e na tomada de 
outras medidas de segurança, para após novamente sofrer prejuízo em razão da continuidade das obras, eis 
que até o momento não recebeu nenhuma indenização pela “desapropriação” sofrida.
Assim, em face dos problemas acima relacionados, há muito tempo o Requerido desloca-se à cidade 
apenas para conferir a pequena plantação de “pinus illiotis” existente no local, a qual também sofre 
constante vandalismo (Docs. 09 a 11).
Desta feita, vislumbra-se que o emprego de fogo no local não passou de uma atividade de vândalos, 
que seguidamente são encontrados dentro da chácara.
O Requerido trata-se de pessoa esclarecida, com curso superior completo na área de contabilidade, 
sendo que em virtude da assessoria que presta a várias empresas na cidade de ____________ – ___, tornou-
se conhecedor das normas protetoras do meio ambiente, estando diariamente em contato com órgãos como 
a FEPAM e o IBAMA.
Em face do conhecimento adquirido, impossível que de livre e espontânea vontade ateasse fogo em 
sua propriedade, até porque desnecessário ao fim a que a mesma se destina.
Conforme demonstram as fotografias anexas (Docs. 12 e 13), a vegetação existente na área é bastante 
alta e seca, o que deixa claro a facilidade que o fogo tem para se propagar rapidamente, facilitando assim a 
atividade danosa dos vândalos. 
Por conhecer a legislação proibitiva, bem como os prejuízos advindos da queimada, como por 
exemplo, o empobrecimento do solo, é que o Requerido possui na chácara 02 (duas) lavouras com cerca de 
0,5 hectares cada uma, nas quais são plantadas forrageiras do tipo trevo e azevém para a mantença dos 
poucos bovinos que lá se encontram (Docs. 14 a 20). 
Mais uma vez, demonstra o Requerido que o uso do fogo para limpeza da área nunca foi utilizado 
por ele. 
Assim, mais do que nunca, acredita o Requerido que a atitude de atear fogo foi obra de vândalos, 
que constantemente são encontrados dentro da chácara, “passeando”. 
Aliás, importante destacar que constantemente é noticiado pela imprensa estadual, a farta existência 
de abigeato, além de inúmeros e da mesma forma rotineiros, furtos e roubos na área rural de tal cidade, 
comprovando o fato de que tal obra foi ato de terceiro.
Ademais, cumpre trazer ao conhecimento do V. Exa. que no mês de abril do corrente ano, o 
Requerido recebeu citação expedida dos autos da Ação de Contravenções Florestais, autuada sob nº 
____________.
Quando da realização da audiência, no dia 22/04/20__, foi proposta ao Requerido a transação penal, 
consistente no pagamento de R$ ______ à Fundação ____________, tendo sido aceita pelo mesmo e 
devidamente cumprida, conforme recibo de pagamento anexo (Doc. 21).
DO DIREITO
Diante das razões supramencionadas, bem como da conduta do Requerido até aqui demonstrada, 
não há que se imputar ao mesmo a obrigação de recuperar a área degradada, uma vez não ter sido ele o 
autor de tal infração, bem como, por já possuir no local, plantação de espécies vegetais. 
O Auto de Infração nº ______ refere o emprego de fogo em atividade agropastoril (campo nativo) sem 
autorização do órgão competente, tendo atingido uma área de 6,27 hectares. 
A área atingida não representa nem 20% (vinte por cento) da área total da chácara. 
Se existisse atividade pecuária com objetivo de lucro sobre a mesma, por certo que a área queimada 
seria de aproximadamente 100% (cem por cento), fato este que reforça a tese de que o fogo foi clandestino 
e contrário à vontade do Requerido.
Seria de 100% (cem por cento) da área, pois seguindo o raciocínio da signatária da inicial todos os 
agricultores ou pecuaristas, pelo menos nos campos de cima da serra, seriam poluidores, arcaicos e 
despreocupados com o meio ambiente. (fls. 09 e 10 da inicial).
Por certo que seu raciocínio encontra-se totalmente afastado da realidade, pelo menos da que vive o 
Requerido. 
Ademais, fundamentar a existência de nexo de causalidade pelo simples fato da existência de 
exploração pecuária no local é do todo absurda. 
Como narrado acima e devidamente comprovado pelas fotos carreadas à presente, no local fora 
iniciada a construção de uma estrada federal, diga-se de vital importância à região, sem que sequer fosse 
expedido decreto declarando a área de utilidade pública. 
Simplesmente, a União, por meio de seu órgão competente (DNIT), iniciou a construção sem 
autorização alguma, deixando lá a estrada totalmente inacabada. 
Nada foireconstruído pela União. 
Como já referido, o fato da construção da estrada em uma cidade de pequenas proporções passou a 
ser o acontecimento do ano, não deixando a população de acompanhar as obras, e porque não dizer 
vistoriá-las “in loco”.
Tal fato fez e faz com que, principalmente nos finais de semana, inúmeras pessoas e por vezes 
famílias inteiras sejam encontradas na área percorrendo a pé, a cavalo e por vezes de carro o trecho da 
estrada aberta no local.
Por importante, vale destacar que o local em que ocorreu o fogo é o ponto inicial da estrada na 
cidade de ____________, no trecho que liga esta localidade a ____________.
Tais fatos, por si só, demonstram a total impossibilidade de demonstração do nexo de causalidade no 
caso dos autos. 
Uma vez não sendo possível configurar o nexo de causalidade entre o fato danoso e a conduta do 
agente, impossível a responsabilização do Requerido pelo ocorrido, uma vez que também foi vítima, em 
razão dos prejuízos a ele causados. 
Para a imposição da responsabilidade ao Requerido, mister que se demonstrasse: a existência de 
uma ação (comissiva ou omissiva); a ocorrência de um dano e o nexo de causalidade (entre o dano e a 
ação).
Mais uma vez ressalta-se que não foi o Requerido o autor da ação geradora do dano, uma vez que o 
mesmo foi praticado por terceiros de má-fé, os quais agiram de maneira clandestina e irresponsável.
Ainda, salienta-se, que é impossível ao Requerido vigiar a sua propriedade 24 horas por dia, pois, 
como já dito, reside na cidade de ____________ e desenvolve outras atividades que não a pecuária, e 
mesmo que assim não fosse, a Constituição Federal não lhe atribui esta responsabilidade.
De acordo com o ensinamento de Caio Mário da Silva Pereira:
“A participação do terceiro altera a relação causal. Ocorre o dano, identifica-se o responsável 
aparente, mas não incorre este em responsabilidade, porque foi a conduta do terceiro que interveio para 
negar a equação agente-vítima, ou para afastar do nexo causal o indigitado autor” (PEREIRA, Caio Mário da 
Silva. Responsabilidade Civil. 9. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2002. p. 301.)
Frisa-se ainda que o Requerido sempre atentou para a boa conservação de sua propriedade, zelando 
pela sua integridade, não podendo ser condenado na presente ação por atos praticados por terceiros, 
desconhecidos. 
Imperativo, portanto, concluir-se pela exclusão da responsabilidade que se pretende impor ao 
Requerido com a presente ação, em razão da inexistência de nexo de causalidade entre o dano ocorrido e o 
agente causador.
DIANTE DO EXPOSTO, face das razões aqui expostas e documentação juntada REQUER:
a) seja a ação julgada totalmente improcedente;
b) provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos. 
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
[Local], [dia] de [mês] de [ano].
[Assinatura do Advogado]
Nome do Advogado
[Número de Inscrição na OAB]
AÇÃO CIVIL PÚBLICA - DANO AO MEIO AMBIENTE - LIMINAR - EMPRESA - ZONA RESIDENCIAL - 
POLUIÇÃO SONORA
AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR DANOS CAUSADOS AO MEIO AMBIENTE
com pedido de medida liminar
 contra a Empresa ........., pessoa jurídica de direito privado, CNPJ ........, situada na Avenida ......., 
n.º ...., Bairro ...... - ........., ....., CEP ....... e ...., brasileiro, casado, industrial, residente na rua ..........., ....., 
CEP ....., ......, pelas seguintes razões de fato e de direito:
 I - DOS FATOS
 A Empresa .......... está localizada em setor residencial de ........., na Av. ........, n.º ..., e com suas 
atividades industriais vem produzindo ruídos, vibrações e sons excessivos que incomoda os vizinhos e 
contraria as normas municipais. 
Os vizinhos incomodados já realizaram abaixo assinado solicitando o imediato fechamento da 
empresa. (Anexo ... - cópia autenticada do abaixo assinado)
Em data de ... de .... de .... os vizinhos, acompanhados do Sr. ...., proprietário da empresa, munidos 
de um decibelímetro, realizaram medição dos níveis de ruídos, vibrações e sons produzidos pelas 
atividades industriais da empresa, que atestam que atingem de 63 a 82 decibéis. (Anexo ... - Laudo de 
Avaliação da intensidade sonora)
 O Laudo de Avaliação de Intensidade Sonora foi assinado pelo Sr. ..... que se comprometeu em um 
mês tomar as providências para mudar-se do local.
Tendo passado quase três meses do compromisso assumido verbalmente pelo Sr. ..... com a 
vizinhança, nenhuma providência foi tomada. As atividades industriais da empresa continuam a 
incomodar os vizinhos.
 II - DO DIREITO
A Constituição Federal em seu artigo 225 estabelece:
 “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e 
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e 
preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” 
Com muito acerto analisou José Afonso da Silva em sua Obra Direito Constitucional Ambiental que 
a denominação meio ambiente embora pareça redundante, encerra uma riqueza maior de sentido, mais 
globalizante, abrangendo a natureza natural e artificial (DIREITO CONSTITUCIONAL AMBIENTAL, José 
Afonso da Silva, 2.ª Edição, Malheiros Editores, 1977, págs. 1 e 2). 
No mesmo sentido, a qualificação que o preceito encerra de “essencial à sadia qualidade de vida”, 
mostra que não é qualquer meio ambiente que é protegido, mas aquele que propicia qualidade de vida, isto 
é, um meio ambiente que assegure condições de saúde, bem-estar e a segurança da população. 
O meio ambiente protegido é, portanto, tanto o natural como o artificial. Por isso mesmo, a 
Constituição Federal preconizando uma sadia qualidade de vida urbana, com um meio ambiente atrativo, 
prazeiroso, seguro, estabeleceu regras de política urbana nos artigos 182 e 183 e de política de saúde nos 
artigos 196 a 200, incluindo aí, no inciso VIII do art. 200, a proteção do meio ambiente do trabalho.
Visando a dar consequência ao preceito constitucional de garantia a um meio ambiente urbano 
saudável, o Município de ............... editou a Lei 8.583/95, que dispõe sobre ruídos urbanos e proteção do 
bem estar e do sossego público.(Anexo .... - Lei Municipal 8.583/95) 
O Art. 1.º da lei 8.583/95 reza:
 “É proibido perturbar o sossego e o bem estar público com ruídos, vibrações, sons excessivos ou 
incômodos de qualquer natureza, produzidos por qualquer forma ou contrariem os níveis máximos de 
intensidade, fixados por esta lei.”
De acordo com o estabelecido em zoneamento da cidade de .............., os limites máximos 
permissíveis de ruídos a serem produzidos, na zona SR-1 e SR-2 - Zona Residencial de ............, conforme o 
Anexo I - Tabela I - da Lei 8.583/95, situam-se nas faixas de 55 decibéis para o período diurno(07h00 às 
19h00), 50 decibéis para o período vespertino (19h00 às 22hoo)e 45 decibéis para o período noturno 
(22h00 às 07h00 ).
Tratam-se de atividades industriais e não de serviços de construção civil. Mesmo que a empresa 
possua alvará de funcionamento, não poderia ultrapassar em 5 decibéis os níveis acima, conforme a Tabela 
II, do Anexo II da Lei 8.583/95.
Ora, a medições aferidas com a presença do proprietário, confirmaram intensidade sonora variável 
entre 63 a 82 decibéis. (Anexo .... - Laudo de Avaliação da intensidade sonora) 
 Esses níveis são prejudiciais à saúde. Em sua obra Direito Ambiental Brasileiro, afirma o mestre 
Paulo Affonso Leme Machado:
 “Estudo publicado pela Organização Mundial da Saúde assinala como efeitos do ruído: perda da 
audição; interferência com a comunicação; dor; interferência no sono; efeitos clínicos sobre a saúde; 
efeitos sobre a execução de tarefas; incômodo; efeitos não específicos.” (Paulo Affonso Leme Machado, 
DIREITOAMBIENTAL BRASILEIRO, Ed. Malheiros, 5.ª Edição, São Paulo, 1995, pg. 419)
 É por essa razão que estabelece o Art. 15 da Lei 8.583/93, entre outras sanções, a interdição total ou 
parcial do estabelecimento ou atividades e cassação imediata do alvará de licenciamento do 
estabelecimento.
 III - DO PEDIDO
 Com fundamento na Constituição Federal, na Resolução 0001/90 do CONAMA e na Lei Municipal 
8.583/95 requer a cessação dos ruídos, vibrações e sons excessivos e incômodos, prejudiciais à saúde e ao 
bem estar e sossego público produzidos pelas atividades da Empresa .......... e ........, a interdição total do 
estabelecimento e cassação do alvará de licenciamento porventura existente.
 IV. DA MEDIDA LIMINAR
As atividades dos Requeridos contrariam o disposto na Resolução 001-90 do CONAMA, a Lei 
Municipal 8583/95 e o art. 225 da Constituição Federal e seus parágrafos.
A continuidade das ações nocivas pode ser evitada com a suspensão das atividades imediatamente.
Os vizinhos já foram tolerantes em excesso. Aguardaram em demasia o prazo estabelecido pelos 
Requeridos para deixarem o local. Os nervos de todos estão à flor da pele. Os danos à saúde não mais 
podem seguir.
 O artigo 12 da lei 7.347/85 é claro ao elencar que
 “poderá o juiz conceder mandado liminar com ou sem justificação prévia, em decisão sujeita a 
agravo”. 
Segundo nosso ordenamento jurídico, este procedimento situa-se no âmbito do poder geral de 
cautela do juiz, para o qual a doutrina exige a implementação de dois requisitos essenciais: o “fumus boni 
iuris”, que é a ocorrência do direito substancial invocado por quem pretenda a segurança, e o “periculum 
in mora”, configurado em um dano potencial maior, um risco da degradação continuar, tendo em vista a 
conduta do Requerido.
 Vale lembrar que um dos princípios basilares do direito ambiental é o da prevenção e da precaução, 
e a concessão de mandado liminar é uma forma de se evitar que danos maiores venham a ocorrer ainda no 
decurso do processo. Cuida-se para que o dano ambiental não alcance a impossibilidade de reparação e 
pressupõe, desde logo, lesão ao que é bem comum de todos, a saúde. 
Estão consagrados, nacional e internacionalmente, como princípios basilares do Direito Ambiental 
os princípios da prevenção e precaução são assim discernidos pelo Juiz Álvaro Luiz Valery Mirra: 
 “2.8. Princípio da prevenção de danos e degradações ambientais.
 Esse princípio decorre da constatação de que as agressões ao meio ambiente são, em regra, de difícil 
ou impossível reparação, ou seja: uma vez consumada uma degradação ao meio ambiente, a sua reparação 
é sempre incerta e, quando possível, excessivamente custosa. Daí a necessidade de atuação preventiva para 
que se consiga evitar os danos ambientais.
 Além disso, corresponde também àquela exigência referida anteriormente, de que as gerações atuais 
transmitam o “patrimônio” ambiental às gerações que nos sucederem, objetivo inatingível sem uma maior 
preocupação com a prevenção.
 E a tal ponto a ideia de prevenção se tornou importante que a Conferência das Nações Unidas sobre 
Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizado no Rio de Janeiro, em 1992, adotou, em sua Declaração de 
Princípios, o denominado princípio da precaução. 
 De acordo com esse princípio, sempre que houver perigo de ocorrência de um dano grave ou 
irreversível, a falta de certeza científica absoluta não deverá ser utilizada como razão para se adiar a 
adoção de medidas eficazes para impedir a degradação do meio ambiente, sobretudo em função dos custos 
dessas medidas. Por outras palavras, mesmo que haja controvérsias no plano científico com relação aos 
efeitos nocivos de uma determinada atividade sobre o meio ambiente, em atenção ao princípio da 
precaução essa atividade deverá ser evitada ou rigorosamente controlada. “
............................
 “Não há , assim, como ignorar tais princípios, sob pena de comprometer-se todo o sistema 
normativo a eles subjacente. Como ressaltado por Celso Antônio Bandeira de Mello, violar um princípio é 
muito mais grave do que transgredir uma norma, pois “implica” ofensa não apenas a um específico 
mandamento obrigatório mas a todos o sistema de comandos. É a mais grave forma de ilegalidade ou 
constitucionalidade, conforme o escalão do princípio atingido, porque representa insurgência contra todo 
o sistema, subversão de seus valores fundamentais, contumélia irremissível a seu arcabouço lógico e 
corrosão de sua estrutura mestra.” (PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO AMBIENTAL, REVISTA 
DO DIREITO AMBIENTAL, N.º 2, ABRIL JUNHO 1996, Editora Revista dos Tribunais, págs. 61,62 e 66)
Diante do exposto, presentes o fumus boni juris na forma da legislação acima explicitada, e o 
periculum in mora configurado pelo efeito nocivo e danoso à saúde que a continuidade da poluição sonora 
produz, a Autora requer a Vossa Excelência, como autoriza o art. 12 da lei 7.347/85, inaudita altera pars, a 
concessão de MEDIDA LIMINAR consistente de determinação do Juízo para que desde já suspenda as 
atividades no local até decisão final do presente feito. 
V.DOS REQUERIMENTOS 
Diante da flagrante infração à Resolução 001-90 do CONAMA, a Lei Municipal 8.583/95 e o art. 225 
da Constituição Federal e seus parágrafos, a Autora faz o seguinte pedido:
 1. A concessão de MEDIDA LIMINAR, inaudita altera pars, determinando a suspensão de qualquer 
atividade no local por parte dos Requeridos Empresa ............ e ......., por medida de prevenção e precaução, 
nos termos do artigo 12 da LACP, até decisão final da presente, impondo-se multa diária no caso de 
descumprimento, nos termos do artigo 11 da lei 7.347/85; 
2. A condenação do Requerido, fundada na obrigação de não fazer, consistente na abstenção de 
quaisquer atividades que venham a propiciar a continuidade dos ruídos, vibrações e sons excessivos e 
incômodos. 
3. A condenação dos requeridos com a interdição total do estabelecimento e cassação do alvará de 
licenciamento do estabelecimento que porventura possua.
4. seja promovida a citação dos Requeridos, Empresa ......... e ........, via A.R., nos termos do artigo 
221 e 222, do Código de Processo Civil, para que, querendo, conteste a presente ação, sob pena de revelia;
 5. seja julgada procedente a presente ação, em todos os termos do pedido retro, condenando-se os 
Requeridos ao pagamento das custas do processo e honorários advocatícios na base de 20% sobre o valor 
total da condenação. 
 6. Requer-se ainda o chamamento do Ministério Público para que intervenha no feito.
Protesta pela produção de todo gênero de provas admitidas em juízo, inclusive depoimentos 
pessoais, juntada de novos documentos e perícia.
Dá-se à causa o valor de R$ 00.000,00 (valor por extenso).
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
[Local], [dia] de [mês] de [ano].
[Assinatura do Advogado]
Nome do Advogado
[Número de Inscrição na OAB]
DOCUMENTOS ANEXOS:
1.Estatuto da Associação;
2.Procuração;
3.Cópia autêntica do Abaixo Assinado;
4.Laudo de Avaliação de Intensidade Sonora;
5.Lei Municipal 8.583/95.
AÇÃO CIVIL PÚBLICA - DANO AMBIENTAL - CONTESTAÇÃO - INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA - 
ACIDENTE AMBIENTAL - VAZAMENTO DE ÓLEO - FAUNA - FLORA - ÁGUA PLUVIAL - POLUIÇÃO 
HÍDRICA
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ____ Vara Cível da Comarca de __________ - ____
Autos do Processo n.° ....../.......
(Ação Civil Pública de Responsabilidade por Danos Causados ao Meio Ambiente).
............. - Engenharia e Construções Ltda., pessoa jurídica de direito privado, com sede na 
Rua .......... n.° ......., Bairro ......, Cidade de ......, Estado do .......... (CEP. .........), inscrita no CNPJ/MF., sob 
n.° ............. e Inscrição Estadualn.° .........., e ........., pessoa jurídica de direito privado, com sede no km ....., 
da Rodovia Federal BR ......., Município de ......., Estado do ........ (CEP. ......), inscrita no CNPJ/MF., sob 
n.° ........., e Inscrição Estadual n.° ........, ambas neste ato representada por seu Sócio Gerente (cópia dos 
contratos sociais em anexo doc. 02 e 03), Eng. .........., brasileiro, casado, Engenheiro Civil, portador da 
Cédula de Identidade RG., n.° ........., inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF/MF.) sob n.° ........., 
residente e domiciliado na Rua ........... n.° ......, Bairro ......, Estado do ......... (CEP. ......), por intermédio de 
seu procurador e Advogado “in fine” nominado e assinado (“ut” instrumento de mandato incluso doc. 01), 
com escritório na Rua ............. n.° ....., Bairro ....., Cidade de ......, Estado do ...... (CEP. ......................), onde 
recebe Intimações comparece perante Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 297, 300, e 301 do Código 
de Processo Civil (C.P.C.), e demais dispositivos legais atinentes à espécie para tempestivamente oferecer a 
sua Contestação a Ação Civil Pública de Responsabilidade por Danos Causados ao Meio Ambiente), nos 
autos do processo em epígrafe, que lhe move ..............., o que o faz tendo erre vista os motivos de fato e de 
direita que adiante seguem articulados:
I - Em Preliminar.
1. De conformidade com o disposto no artigo 301, do C.P.C., cumpre alegar antes de discutir o mérito 
a seguinte Preliminar:
III - Incompetência “Ratione Loci.”
2. Fundamenta-se a presente Ação na Lei n.° 7.347/85, que disciplina a Ação Civil Pública de 
Responsabilidade por Danos Causados ao Meio Ambiente.
3. O artigo 2.° do referido diploma legal, assim dispõe “in verbis”:
“Art. 2. ° As ações previstas nesta lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo 
terá competência funcional para processar e julgar a causa”. (Grifo nosso).
4. Em peça vestibular a própria Autora, afirma de que o local do incidente deu-se no município 
de .........., o que de fato o é, razão pela qual entende a Requerida, consoante ao permissivo legal de que o 
foro de competência para processar e julgar a causa é o da Comarca de ..............
5. Neste sentido ilustra a matéria o seguinte julgado:
“Ementa: Processual Civil. Mandado de Segurança. Ação Civil Pública. Proteção ao meio ambiente e 
ao patrimônio público. Juízo competente (art. 2. ° da lei 7.347/85). A competência para processar e julgar 
ação civil pública, objetivando a proteção ao meio ambiente e ao patrimônio público, é da Justiça Estadual, 
consoante a literalidade do art. 2.° da Lei 7.347, de 1985, e interativa jurisprudência desta Corte. Recurso 
improvido por unanimidade. RMS 3.106-3-PE - j. 08.09.1993 - rel. Min. Demócrito Reinaldo.
6. Ante o exposto com base no inciso II, do artigo 301, e demais dispositivos do C.P.C., requer seja 
recepcionada a presente preliminar no sentido de reconhecer a incompetência absoluta deste Juízo 
“ratione loci” para todos os fins de direito.
II - Da Contestação.
7. As alegações aduzidas pela Autora, demonstram-se extremamente exageradas com dados 
truncados que não condizem com a realidade fática do ocorrido, como ora passa a expor.
II/I - Ilegitimidade Passiva da ....... - ...............
8. Primeiramente cumpre observar que a ............, já qualificada no preâmbulo desta não é parte na 
relação, não tendo nenhuma relação com o ocorrido conforme ficou demonstrado pelos próprios órgãos 
fiscalizadores, nem existe na peça vestibular da Autora, qualquer fato que impute a esta responsabilidade 
ante o ocorrido.
9. Razão pela qual desde já protesta pela exclusão da mesma, do pólo passivo da relação.
II/II - Dos fatos.
II/II/I - Do incidente.
10. Aproximadamente às ..... horas do dia ..... de dezembro de ....., devido a uma falha operacional, 
veio a ocorrer um vazamento entre o reservatório principal e o reservatório secundário do sistema de 
transporte de óleo pie xisto que pela queima, destina-se a manter a temperatura necessária do asfalto 
CAP. ...., bem como, para a secagem do agregado na Usina de Asfalto da ............
11. Imediatamente após a constatação do incidente foi fechado o registro de transporte do óleo para 
o tanque secundário, momento no qual percebeu-se que o produto derramado tinha fluído para uma 
canaleta de águas pluviais tendo por esta sido carreado para o córrego existente nas proximidades destas 
instalações.
12. Através de levantamentos e entrevistas realizadas com os funcionários que operavam a Usina de 
Asfalto no momento do ocorrido, constatou-se que o tempo decorrido entre o derramamento do óleo e a 
constatação do mesmo tenha sido de aproximadamente 20 (vinte) minutos, ocasionando um vazamento 
estimado em cerca de 100 (cem) litros deste produto.
II/II/II - Das medidas tomadas.
13. Tão logo constatado o incidente, o responsável pela operação da Usina comunicou o ocorrido à 
gerência da empresa que imediatamente deslocou um corpo de engenheiros para o local tomando no ato as 
seguintes medidas:
13.1. Utilizando-se de uma retroescavadeira lacrou com argila a canaleta de salda de águas pluviais 
nas proximidades do tanque secundário, bem como do lançamento desta junto ao córrego, conforme 
ilustram as fotos “A” “M” e “N” tomadas quando do ocorrido (..../..../....) presentes no anexo I;
13.2. Afim de evitar o arraste do óleo pela água, munindo-se de material absorvente disponível 
(........) e de serragem, foram implantadas uma série de 8 (oito) barreiras de contenção ao longo deste curso 
d’água conforme ilustram as fotos “I”, “J”, “K”, e “Q” (anexo I);
13.3. Ao mesmo tempo em que foram introduzidas estas barreiras, os engenheiros da empresa que a 
tudo coordenaram optaram também pela implantação de uma micro lagoa de desvio conforme 
demonstram as fotos “G” e “H” (anexo I);
13.4. Tão logo estabelecidas as barreiras de contenção e a micro lagoa, a empresa utilizando-se de 
dois caminhões tanques e de todo o pessoal e equipamento disponíveis iniciou o retirada e o 
bombeamento do óleo contido nesta barreiras tendo atingido efetivo sucesso conforme ilustrara as fotos 
“I”, “Q” e “R” (anexo I);
13.5. Pode-se afirmar que por volta das 12:00h (doze horas) deste dia (.....), ante as medidas tomadas, 
todo o óleo derramado já havia sido retirado do curso d’água, momento em que, funcionários da empresa 
já se ocupavam da tarefa de verificar a eventual possibilidade de material de maior densidade ter-se 
sedimentado ao longo do trecho deste córrego como assim ilustra a foto “F” (anexo I), possibilidade esta 
que resultou negativa uma vez que nenhum material mais denso foi encontrado;
13.6. Resta portanto concluir que os procedimentos de emergência culminaram por lograr completo 
êxito, conforme foi constatado “in loco” não só pela presença de representantes do Instituto Ambiental do 
Paraná (IAP.), mais também por membros da Defesa Civil e da SANEPAR., que terminaram por acompanhar 
o desenrolar destes trabalhos, em tudo auxiliando e prestando valiosas contribuições e informações, como 
demonstra a foto “L” (anexo I).
II/II/III - Do resultado das medidas tomadas.
14. Conforme já mencionado, os procedimentos prontamente adotados restaram por coroar de pleno 
êxito a tarefa, uma vez que, conforme constatado “in loco”, não só todo o vazamento foi contido, bem 
como, houve a efetiva retirada de qualquer resíduo de óleo contido nas barreiras de contenção conforme 
demonstram as fotos “C”, “I” e “K” (anexo I).
15. Outro sim impende ressaltar que conforme declaração publicada no jornal ......... do dia ..... 
de ....... de ......., portando no dia subsequente ao ocorrido, o gerente de produção da .........., que este local 
do incidente, afirmou terquase certeza de que o óleo não atingiu a ........., tendo ele mesmo junto com 
técnicos da SANEPAR., checado o Córrego por cerca de 500 (quinhentos) metros adiante do local do 
vazamento não tendo constatado ou observado qualquer indício de óleo e aproveitando a oportunidade 
coletou amostras d’água para analises químicas conforme consta na cópia da reportagem trazida pela 
própria Autora, junto à fl. ....., dos autos.
16. Imperioso ressaltar que o resultado destas análises em que pese as diligências tomadas pela 
empresa junto à SANEPAR, não foram disponibilizadas por esta última, porém por entender ser prova 
substancial de que não houve o efetivo dano, pelo menos nas proporções divulgadas e alardeadas pela 
imprensa sensacionalista, requer a este Juízo que solicite à SANEPAR., cópias das referidas análise e junte 
as mesma a presente defesa corno prova material.
17. Resta por concluir que, não obstante a ocorrência do incidente ao qual a Empresa não procura 
eximir-se, a mesma pode afirmar que, ante as meditas prontamente tomadas não causou comprometimento 
algum quer seja em relação fauna, quer seja em relação a flora.
II/II/IV - Da elaboração do plano emergencial.
18. Dando seguimento as medidas adotadas a ............., através de técnicos especialmente 
contratados para este fim desenvolveu um plano emergencial, o qual foi formalizando perante este 
Instituto (IAP), mediante protocolo n.° .......... datado de ..... de .......... de ......., onde destacam-se os 
seguintes procedimentos e comprometimentos a seguir transcritos:
18.1. O tanque de armazenagem secundário de óleo de xisto que ocorreu o vazamento será 
eliminado, sendo substituído por alimentação direta com sistema de segurança duplo;
18.2. Toda a área ao redor dos tanques existentes deve ser enclausurada em uma barreira de 
contenção, com dispositivo de extração de líquidos de densidades diversas e uma impermeabilização de 
piso para evitar infiltração;
18.3. Deverão ser designados observadores do sistema de operação da Usina, para a verificação do 
sistema durante 24 horas por dia;
18.4. O sistema de coleta de águas pluviais deverá ser retificado para uma locação de 
impossibilidade de contaminação por material da Usina;
18.5. O atual sistema de drenagem deverá continuar lacrado e ao final das medidas complementadas 
para segurança na Usina, deverá sofrer total limpeza e descarte ambiental do material utilizado no seu 
lacramento emergencial;
18.6. A empresa deverá manter controle de água do Rio à jusante e à montante em cerca de 50 
metros da Usina, dentro dos parâmetros do IAP., em especial DBO, DQO, sólidos sedimentáveis, pH, óleos 
e graxas. Tais relatórios deverão ser ao mínimo mensais, o que não impede coletas aleatórias dos órgãos 
ambientais envolvidos;
18.7. A empresa deverá indicar no mínimo um profissional com atuação em meio ambiente para ser 
responsável pelas medidas e responsabilidade técnica junto ao IAP.;
18.8. Recomendamos a imediata aquisição de roupas, botas, luvas, óculos e máscaras específicas 
para tal caso. Ainda recomendamos que as barreiras continuem montadas e com material de maior 
capacidade absorvente (polímeros específicos), pelo período de 15 dias, com verificação diária em dos 
turnos das mesmas;
18.9. Ainda, levando em conta a utilização de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), 
recomenda-se que durante a desativação da usina de asfalto e após, na ativação e continuação de operação, 
os funcionários utilizem equipamentos de proteção adequados, aqui ressalta-se o uso de máscaras contra 
finos;
18.10. Deverá ser montada uma equipe de no mínimo 03 (três) elementos entre os profissionais da 
Usina, que possam ser acionados para ativar bombas, operar máquinas e lidar com equipamentos de 
barreiras para operar em casos emergências;
18.11. A empresa passa a manter diariamente um livro ata, anotando todas as operações, atividades 
e ocorrências de seu processo industrial;
18.12. A empresa imediatamente instalará sistema de circuito fechado e não poderá operar sob outro 
sistema;
18.13. Levantamento topografia e altimétrica geral da área industrial para o controle das águas 
pluviais, piscinas de decantação, tanques de contenção e sistema de lançamentos das águas nas drenagens;
18.14. Tendo finalmente solicitado, o prazo de 45 dias para a entrega de um PLANO DE 
GERENCIAMENTO AMBIENTAL, que contemple todas as medidas cabíveis;
II/II/V - Da implantação do plano emergencial.
19. O plano proposto foi imediatamente colocado em prática tendo a empresa iniciado os trabalhos 
previstos conforme demonstram as fotos ilustrativas constantes no anexo II, datadas de ..... de dezembro de 
......., onde pelo conjunto destas visualiza-se a implantação das obras necessárias a elidir qualquer eventual 
futuro acidente.
20. Há de se ressaltar ainda que, além das obras previstas no plano emergencial a Empresa realizou a 
implantação de 2 (dois) tanques de contenção visando a retornada da operação da Usina na bacia pluvial 
com total segurança a qual chamamos a atenção para as fotos 07, 08, 09 e 10, do anexo II, que foram 
tomadas durante a sua execução.
21. Impende frisar que a implantação destas medidas foram acompanhadas e vistoriadas por 
técnicos especialmente contratados para este fim, e restaram por concluídas no dia ...... de ....... de ........
22. Resta portanto concluir que tanto pela implantação das medidas emergenciais propostas, bem 
como pelo acréscimo de medidas complementares, qual seja a implantação e construção de eficientes 
tanques de decantação da bacia pluvial, a Usina em questão pode retornar a suas atividades (que até a 
presente data encontram-se paralisadas) com total segurança ambiental.
III - Da empresa.
23. A empresa ..........., opera no local uma Usina de Asfalto desde ......., quando adquiriu esta Usina 
da Empresa ............ empreendimentos que já operava no local.
24. Ao longo destes 23 (vinte e três) anos de operação a referida empresa operou seus equipamentos 
sem que tenha ocorrido qualquer incidente desta natureza ou dano ao meio ambiente.
25. Devido a legislações pertinentes, posteriores à instalação e início de operações da Empresa no 
local, esta adequando-se às exigências legais formalizou pedido de licença de operação perante este órgão 
Ambiental em ...... de .......... de ......., tendo sido o mesmo objeto do protocolo n.° ......., não tendo até o 
presente momento obtido qualquer informação sobre a análise do mesmo.
26. Portanto forçoso concluir que a empresa nunca absteve-se de assumir e providenciar a 
documentação necessária quer seja, perante os órgãos ambientais quer seja perante os demais órgãos 
competentes, destinados à adequação de sua operação no local.
27. Há de se levar em conta ainda todas as medidas tomadas pela Empresa até aqui exaustiva e 
minuciosamente relatadas e inclusive comprovadas min loco” por técnicos e fiscais do Instituto Ambiental 
do Paraná (IAP), o que bem demonstram o empenho e total sucesso na operação de contenção e reparação 
do dano causado.
V - Da conclusão e do requerimento final.
28. Ante todos os fatos apresentados finalmente requer:
28.1. Seja recepcionada a preliminar, arguida no sentido de reconhecer a incompetência absoluta 
deste Juízo “ratione/loci” para todos os fins de direito;
28.2. Seja acolhida a arguição da ilegitimidade passiva da .........., determinado a exclusão da mesma 
desta relação processual;
28.3. A intimação do Instituto Ambiental do ........, para que preste as devidas informações técnicas 
inerentes ao procedimento e extensão do dano;
28.4. Seja intimada SANEPAR., a apresentar cópias das análises d’ água realizadas quandodo 
ocorrido e junte as mesma a presente defesa como prova material;
28.5. No mérito seja julgada totalmente improcedente a presente ação face a dimensão e inexistência 
do dano na forma alardeada, bem como as medidas tomadas;
28.6. Desde logo protesta por todos os meios de provas em direito admitidas, especialmente 
depoimento pessoal do representante da parte Autora, oitiva de testemunhas, juntada de novos 
documentos, consoante ao permissivo legal e perícias;
28.7. Finalmente requer que todas as intimações ao Requerido sejam encaminhadas, na forma da lei 
processual, no profissional que esta subscreve.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
[Local], [dia] de [mês] de [ano].
[Assinatura do Advogado]
Nome do Advogado
[Número de Inscrição na OAB]
AÇÃO CIVIL PÚBLICA - MUNICÍPIO - ANIMAIS - MAUS-TRATOS - CRIME AMBIENTAL - RODEIO - LEI 
7347 85 - LIMINAR - MULTA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA 
DE ..........
 
DISTRIBUIÇÃO URGENTE - PEDIDO LIMINAR
 
SOCIEDADE PROTETORA DA DIVERSIDADE DAS ESPÉCIES, Organização Não Governamental 
legalmente constituída sob a forma de Associação Civil, por seu representante legal e Presidente (cf. 
Estatuto Social anexo), e por intermédio de seu advogado que esta subscreve (procuração anexa), com 
supedâneo na Lei Federal n° 7.347/85 (Lei da Ação Civil Pública), e com fundamento no artigo 225 da 
Constituição Federal, 193 da Constituição Estadual, arts. 1º e seguintes do Decreto nº 24.645/34 e artigo 32 
da Lei nº 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais), de 12 de fevereiro de 1998, e pela Lei Municipal Orgânica 
do Município de Campinas, vem, mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente. 
AÇÃO CIVIL PÚBLICA AMBIENTAL COM PEDIDO LIMINAR
Em face do estabelecimento comercial denominado ........, nome de sociedade comercial ignorada, 
localizada na ............., nº ........, .........., nesta cidade e Comarca de .........., nas pessoas de seus 
representantes legais ora desconhecidos, da PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ..........., representante da 
Subprefeitura do Distrito de ..........., na pessoa de seu representante legal, o Excelentíssimo Senhor Prefeito 
.........., que poderá ser localizado no ........., na Avenida ......., nº ......, ........, ..........; ......, pelos fatos e 
motivos a seguir expostos:
I. DOS FATOS
Conforme consta dos documentos em anexo, cujas peças passam a fazer parte integrante desta 
petição, as requeridas e seus representantes legais pretendem realizar nos próximos dias ....... de ........ 
de ......, o .........., na sede da casa de diversões ......, situada na ................, ........, cidade de ........ - ......, local 
escolhido pelos organizadores do evento para a prática de verdadeiras atrocidades e torturas contra 
animais, dentre elas o desafio em touros.
A Administração Pública, ora co-ré, descurando de seu poder-dever de polícia dos costumes, 
pretende conceder alvará para a sua realização, se já não o fez.
 Na aludida festa serão desenvolvidas diversas modalidades com bovinos (peões versus touros) e 
sabe-se lá se não até mesmo equinos (embora não mencionado em cartaz promocional) e, seguramente, 
dentre elas: rodeio, pega garrote, fut-boi e mesa da amargura, além de outras modalidades rotineiras neste 
tipo de espetáculo-barbárie, possíveis de ensejar maus tratos aos animais.
Esta barbárie talvez seja do agrado de alguns, ou até de muitos, e gosto nós não podemos deixar de 
respeitar. Na realidade, o que não se pode respeitar é o abuso, a prática de maus tratos e, até mesmo, a 
verdadeira crueldade praticada contra os animais na arena. Diga-se, até, que tal evento poderia ser normal 
num tempo muito antigo e retrógrado, sendo certo podermos afirmar que a evolução da sociedade já não 
mais admite atrocidades como estas nos tempos modernos, assim como já condenam muitos, na Espanha e 
em Portugal, as touradas, verdadeiro ritual de sacrifício no qual homens e mulheres desafiam um animal, 
num “autêntico drama religioso”, como descrevera as touradas o poeta García Lorca.
Além de representar uma sórdida selvageria, constitui uma patente ilegalidade, aqui agravada por 
ser autorizada pela Administração Pública. Inaceitável o retrocesso histórico e a degradação dos valores 
éticos da sociedade. Nas modalidades acima citadas, os animais são submetidos a maus-tratos, golpes 
dolorosos, cansaço, crueldades e atos desumanos desmedidos. E pelos documentos em anexo verifica-se a 
palavra de profissionais que atestam a ocorrência de todos estes reflexos aos animais.
É sabido que os animais irracionais são dotados de sentimentos e instintos. Assim, como os animais 
racionais, sentem dor, medo, angústia, stress, prazer, desprazer, tristeza etc.
 Para o animal pular e saltar, o peão faz uso de equipamentos, como o sedém, esporas, peiteiras e, 
não raras vezes, chega-se ao absurdo de utilizar-se choque elétrico, maltratando os animais ainda que por 
alguns segundos.
O SEDEM consiste em uma tira feita de crina animal, fortemente amarrada no flanco inguinal 
(virilha) do animal, que comprime os ureteres (canais que ligam os rins à bexiga) e aperta o prepúcio e o 
pênis ao escroto, tornando, com isso, o animal bravio e desesperado, pois obriga-o a desvencilhar-se de tal 
ato, agressivo e doloroso. Quando os animais amarrados por esta tira são soltos na arena e recebem um 
forte puxão, recebem uma forte compressão na região dos vazios do animal, fazendo com que ele reaja com 
coices, enquanto estiver correndo;
As ESPORAS, às vezes pontiagudas, consistem em metais que são usados pelos peões durante o 
rodeio, fincados no baixo ventre, peito, pescoço e cabeça do animal. Tal fato é tão grave que há casos 
registrados em relação a alguns animais que foram cegados ao serem atingidos pela espora.
As PEITEIRAS consistem em uma corda de couro amarrada fortemente em volta do peito do animal, 
causando-lhe desconforto, dor e lesões no tecido.
 Algumas peiteiras são dotadas de sinos e colocados, geralmente, nos bois, provocando um ruído 
característico, alterando o estado do animal diante da elevação drástica da adrenalina. Este incômodo 
ocasiona uma reação imediata do animal que procura se desvencilhar do seu instrumento de tortura.
Os peões, de outra parte, costumam utilizar laços para outras modalidades, dentre elas o “pega 
garrote”, o “laço de oito braças”, que provocam constantes quedas do animal-vítima ao solo, 
violentamente. Prática comum também é a “mesa da amargura”, onde grupos de pessoas ficam sentados 
em mesas na arena aguardando a ação do animal que se lança em direção às mesas e acabam por se ferir. 
 Frise-se que o animal, de regra, é estimulado com choques e estocadas produzidas por instrumentos 
contundentes, a fim de que se torne bravio antes de ingressar na arena, o mesmo ocorrendo com o “fut-
boi”. Registram-se casos de fraturas nos animais, especialmente nos pescoços e nas pernas.
Por estas razões é que diversas entidades de defesa do meio ambiente, especialmente as 
organizações de proteção aos animais, condenam esse tipo de “festa”, a qual também é vedada na 
Inglaterra, país conhecido como exemplo de respeito ao meio ambiente. E também não é por acaso que a 
malfadada festa de rodeio está proibida em diversas cidades do Estado de .........
E, ainda, importante salientar a existência de inúmeros trabalhos realizados pela 
Associação ..........., ....... e ....... (Sociedade Mundial para a Proteção dos Animais), formadas e mantidas 
pela sociedade civil, que se baseiam em pareceres de veterinários de renome e que são categóricos em 
afirmar que os animais, no curso de um rodeio, são submetidos a maus-tratos e crueldade.
ANTÔNIO FERNANDOBARIANI, zootecnista da UNESP - Jaboticabal, concluiu que:
 “... em atividades desta natureza, normalmente são utilizados mecanismos como sedém, esporas, 
choques, alfinetes e outros, visando estimular os animais de forma a deixá-los inquietos, bravios e 
desesperados para viabilizar o esporte a que se propõem (...) Agindo desta forma, expõem os animais a 
torturas e sacrifícios desnecessários e incompatíveis com a legislação vigente e a nossa ética profissional” .
MARINA MOURA, Doutora e Professora da USP, com 32 anos de profissão, sentencia:
“... o uso do sedém, instrumento de tortura que consiste em uma corda, muitas vezes, 
criminosamente, entremeada de objetos pontiagudos, como alfinetes encurvados, tachas e anzóis, ao ser 
amarrado fortemente em volta do abdome, localizando-se na parte inferior do mesmo entre os testículos e 
o pênis, causando lesões de dilaceramento da pele, esmagamento dos cordões espermáticos com congestão 
dos vasos, grande edema e até gangrena, ruptura da uretra com retenção urinária, uremia e morte”.
Com efeito, os animais pulam não por índole ou por que sentem cócegas, como dizem alguns, mas 
porque sentem dor, desespero, medo, raiva, aflição, insatisfação, incômodo. 
Aliás, pode parecer até engraçado, mas reconhece-se na própria cócega um meio de tortura. E mais: 
para aqueles que alegam que somente por alguns segundos o animal é submetido a uma pressão ou 
cansaço ou dor, impõe-se lembrar que algumas contravenções penais e alguns crimes, punidos com maior 
severidade pela lei penal pátria, também são praticados em apenas alguns segundos. O fato de alguém 
lançar um copo de cerveja contra o rosto de alguém é contravenção penal (vias de fato). Quantos segundos 
duram esta conduta? O lançamento de um vidro com ácido no rosto de alguém (vitriolagem) também dura 
alguns segundos e deixa marcas para sempre, além de causar dor. 
 Tal fato é crime (lesão corporal dolosa). O soco desferido contra alguém também dura alguns 
segundos. E é crime. Montar em um animal, aparelhado de instrumentos cortantes ou contundentes, ainda 
que em alguns segundos, causa dor, é considerado maus tratos e, agora, é crime (artigo 32, Lei n° 9.605/98).
 II - DO DIREITO E DOS FUNDAMENTOS
A legislação brasileira é farta na proibição de tal evento. Em defesa dos animais irracionais 
encontramos a Constituição Federal, a Constituição Estadual, a Lei Orgânica do Município de Campinas e 
demais leis extravagantes e estatutos.
Consagra o artigo 225, § 1º, inciso VII, da Constituição Federal:
“TODOS TEM DIREITO AO MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO, BEM DE USO 
COMUM DO POVO E ESSENCIAL À SADIA QUALIDADE DE VIDA, IMPONDO-SE AO PODER PÚBLICO 
E À COLETIVIDADE O DEVER DE DEFENDÊ-LO E PRESERVÁ-LO PARA AS PRESENTES E FUTURAS 
GERAÇÕES”.
 E estabelece o seu § 1º:
“Para assegurar a efetividade deste direito, incumbe ao poder público:
(...)
Inciso VII - proteger a fauna e a flora, vetadas na forma da lei as práticas que coloquem em 
risco sua função ecológica, provoquem a extinção das espécies ou submetam os animais a 
crueldade”.
O artigo 193, da Constituição do Estado de São Paulo informa:
“O Estado, mediante lei, criará um sistema de administração da qualidade ambiental, proteção, 
controle e desenvolvimento do meio ambiente e uso adequado dos recursos naturais, para organizar, 
coordenar e integrar as ações de órgãos e entidades da administração pública direta e indireta, assegurada 
participação da coletividade, com o fim de:
 Inciso X - proteger a flora e a fauna, nesta compreendidos todos os animais silvestres, exóticos e 
domésticos, vedadas as práticas que coloquem em risco a sua função ecológica e que provoquem a 
extinção das espécies ou submetam os animais a crueldade, e fiscalizando a extração, produção, criação, 
métodos, abate, transporte, comercialização e consumo de seus espécimes e subprodutos”.
 Ressalte-se que maus-tratos e crueldades contra animais constituem, hoje, normas tipificadas pela 
legislação penal pátria (artigo 64, da L.C.P.) e, mais recente, com a promulgação da Lei nº 9.605, de 12 de 
fevereiro de 1998, que passou a vigorar a partir de 30 de março futuro, passa a ser considerada crime 
(artigo 32). 
E mesmo antes, previa o Decreto nº 24.645/34 ainda em vigor (que trata das medidas de proteção aos 
animais), proteção aos animais, coibindo a prática de maus tratos contra os respectivos, estabelecendo que 
todos os animais existentes no país merecem proteção do Estado (artigo 1º). Já o artigo 2º estabelece que, 
“aquele que, em lugar público ou privado aplicar ou fizer maus-tratos aos animais, incorrerá em multa de 
500$000 e na pena de prisão celular de 2 a 15 dias, quer o delinquente seja ou não respectivo proprietário, 
sem prejuízo da ação civil que possa caber”.
E o parágrafo terceiro do aludido artigo define o que é maltratar um animal, estabelecendo que 
consideram-se maus-tratos:
a) a prática de atos de abuso ou crueldade em qualquer animal;
b) o ato de golpear, ferir ou mutilar, voluntariamente, qualquer órgão ou tecido do animal;
c) a realização ou promoção de lutas entre animais da mesma espécie ou de espécies diferentes, 
touradas e atividades assemelhadas à tourada (em lugares públicos ou privados), como a farra do boi, a 
vaquejada e o rodeio.
A referida lei trata ainda sobre castigos violentos contra animais (artigos 8º, 10, 12, 14, 15, 16 e 17).
De outra parte, diz o artigo 32 da nova lei (Lei nº 9.605/98) que constitui crime:
“Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animal silvestre, domésticos ou domesticados, 
nativos ou exóticos”.
E está pontificado pela Assembleia da UNESCO, em Bruxelas (27 de janeiro de 1978), a Declaração 
Universal dos Direitos dos Animais, mais um documento importante que condena a prática de abusos e 
maus-tratos aos animais.
Enfim, a festa do rodeio é ofensiva a tais diplomas legais e deve ser coibida.
Acrescente-se que ........ sempre foi conhecida e reconhecida como pólo industrial, inclusive 
mundialmente, não se podendo admitir que, agora, passe a ser conhecida e reconhecida como centro da 
barbárie contra os animais, principalmente seu .........., conhecida pela sua luta pela defesa da natureza.
Aliás, não é comum nem é estereótipo do brasileiro ser frio, insensível e agressivo. Brasileiro é povo 
pacífico, que não admite violência, que condena a agressão, a qualquer ser vivo, não sendo crível que o 
Brasil queira perder sua identidade histórico-cultural para se equiparar ao povo norte-americano ou aos 
europeus com seus rodeios ou suas touradas. 
Oportuno registrar que a ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL, Regional de ........ - região onde 
começaram a se instalar os rodeios (juntamente com .........)-, condenou tal tipo de festa, destacando-se do 
referido documento a seguinte observação:
“Sabidamente, inúmeras são as formas de maltratarem-se animais nestes tipos de espetáculos, com 
aplicações de estimulantes físicos (esporas, espetos etc), e até aplicações de estimulantes químicos, o que 
significa tratamento cruel, juridicamente falando.”
A sociedade moderna tende a dispensar tratamento cada vez mais humanizado aos animais em 
geral, o que contribui para o aprimoramento dos costumes.
Vários são os movimentos objetivando coibir espetáculos que submetem os animais a tratamento 
cruel, não só no Brasil. Soma-se a isso o fato da cidade de ........... não ter nenhuma tradição ou vocação 
para este tipo de espetáculo, aqui talvez nunca apresentados, e que, pela graça de Deus, nunca venha a ser.
Pelo que supra resumidamente pretendeu-se expor, manifesta-se a Ordem dos Advogados do Brasil 
contrária a todo espetáculo que submeta qualquer tipo de animal a tratamento cruel”.
E, ainda, mais recentemente, decisões em outras Comarcas confirmaram quea prática de rodeio é 
condenável pois maltrata os animais.
III - DA JURISPRUDÊNCIA E DA DOUTRINA
Destaque-se aqui que coragem já teve o Egrégio Tribunal de Justiça deste Estado ao denegar 
Mandado de Segurança impetrado por promotores de eventos desta natureza, que pretendiam obter alvará 
de funcionamento para a realização de rodeio, ensinamentos que passamos a reproduzir pois encaixam-se 
ao presente caso. Vejamos:
CONTRAVENÇÃO PENAL - CRUELDADE CONTRA ANIMAIS -CIRCO DE RODEIOS - 
ESPETÁCULOS QUE MASCARAM, EM SUBSTÂNCIA, UM SIMULACRO DE TOURADAS - CASSAÇÃO 
DE ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO - PRETENDIDA VIOLAÇÃO DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO - 
PRETENSÃO REPELIDA - SEGURANÇA DENEGADA - ILÍCITO PENAL - ATIVIDADE QUE INCIDE EM 
NORMA PUNITIVA DA LEI DE CONTRAVENÇÕES PENAIS - INVOCAÇÃO INADMISSÍVEL DE DIREITO 
LÍQUIDO E CERTO - Uma vez que a autoridade pública informa que a atividade exercitada pelo 
Impetrante, em seu chamado circo de “rodeios” incide na norma punitiva do art. 64 da Lei das 
Contravenções Penais, a segurança deve ser denegada. Ninguém pode pretender direito líquido e certo à 
prática de um ilícito penal. 
 Saber se os animais utilizados pelo Impetrante, na realização de seus espetáculos, eram realmente 
tratados com crueldade, qual o afirma, com presunção de verdade, a autoridade pública, constitui matéria 
de fato, cuja apuração transcende o âmbito do mandado de segurança. O que, todavia, é fora de dúvida, é 
que ninguém pode pretender direito, muito menos direito líquido e certo, a perpetrar, sob a égide da 
Justiça, um ilícito penal” (RT 247/105).
Acrescente-se que o estúpido evento não causa ferimentos somente aos animais, havendo registros 
também de violência contra os próprios peões e, não menos possível, a ocorrência de morte ou 
incapacidades físicas, fatos que podem e devem ser evitados. 
Aliás, em ação civil pública proposta pelo Ministério Público da Comarca de ....... andou bem o 
Poder Judiciário ao reconhecer a necessidade de se coibir a prática destas atividades de rodeio, tendo sido 
concedida liminar para determinar-se a abstenção dos promotores do evento de usarem instrumentos ou 
praticarem atos de crueldade aos animais na arena (Processo n° 937/95, daquela Comarca, ação promovida 
pelo digno Promotor de Justiça Wanderley Trindade, em citação feita por Laerte Fernando Levai, em “ 
Direito dos Animais”, Editora Mantiqueira, 1998, p. 73).
Idêntica decisão encontra-se nos autos da AÇÃO CIVIL PÚBLICA promovida pelo Ministério 
Público deste Estado, pelo DD. Promotor de Justiça do Meio Ambiente Doutor Luís Henrique Paccagnella, 
em Jaboticabal, no início deste ano, e cuja decisão inicial foi pela concessão da liminar pleiteada, 
determinando-se que os réus da ação, nos rodeios que promoverem ou que participarem, se abstivessem de 
utilizar os instrumentos da tortura, como sedéns, esporas, “mesas da amargura”, sinos, peiteiras e 
quaisquer outros instrumentos que provoquem sofrimento nos animais, bem como que se abstenham de 
praticar o “fut-boi” e o “pega-garrote”, sob pena de multa diária.
 E o E. Tribunal de Justiça de São Paulo, analisando pedido de reconsideração e suspensão de 
liminar, em processo da Serra-SP (MS 48.925), negou o pedido, mantendo a decisão nos autos da ação 
proposta pelo Ministério Público para impedir a realização do rodeio naquela cidade.
 Depreende-se claramente, da análise dos dispositivos mencionados, a inobservância a dispositivo 
constitucional perpetrada pelas requeridas, com evidente abuso na prática das atividades acima 
encionadas, da qual decorre a possibilidade de risco a danos irremediáveis ou irreparáveis aos animais que 
participarem desta barbárie, em flagrante contrariedade ao ordenamento jurídico pátrio vigente e à recente 
decisão do Supremo Tribunal Federal que, inclusive, de maneira sábia, já condenou de vez tais atividades, 
como a farra do boi, a vaquejada e o próprio rodeio.
IV - DA CORRESPONSABILIDADE DA MUNICIPALIDADE
A administração pública, na pessoa de seu representante legal, o Excelentíssimo Senhor 
Prefeito .........., certamente concedeu alvará para a realização do imoral evento, senão não se realizaria por 
óbvio, o que a coloca na desconfortável -- mas justa -- posição de corré pela omissão em seu poder de 
polícia dos bons costumes e da moral coletiva.
Como ensina o sempre festejado HELY LOPES MEIRELLES, em Direito Municipal Brasileiro, Editora 
Malheiros, p. 366,
 “... deve o Poder Público reprimir a imoralidade que se manifesta por palavras obscenas, gestos 
inconvenientes, ações indecorosas, bem como impedir o exercício de atividades ilícitas ou propiciadoras 
de corrupção social. Para tornar efetiva a polícia de costumes, administração local pode ... interditar ... 
qualquer outra atividade recreativa que se revele atentatória à moralidade pública ou prejudicial ao bem-
estar geral; pode negar ou cassar alvará ...”
Continuando, o eminente administrativista arremata:
 “ ... as infrações relativas à polícia de costumes (contravenções) não são somente os jogos de azar 
que acabamos de enumerar, mas também ... o tratamento cruel de animais (art. 64). 
Como infrações penais, esses atos antijurídicos ficam sujeitos à repressão por parte da polícia 
judiciária, mas a sua prevenção cabe igualmente à polícia administrativa, através de medidas destinadas a 
impedir a formação de ambiente para seu cometimento”.
Portanto, como se vê, a administração omite no seu dever de ofício, ou seja, não está fazendo valer o 
seu poder-dever de polícia dos costumes. E mais, a administração não apenas se omite, como também 
contribui para a realização do evento, conforme se pode extrair do cartaz publicitário original anexado à 
presente petição, onde se lê SUB PREFEIURA DE ..........., entidade de direito público representada pela 
PREFEITURA MUNICIPAL DE ........, que sobre ela exerce ingerência total, portanto esta última responsável 
pelos atos daquela. 
V - DO PEDIDO LIMINAR
Isto posto, requer-se:
1) diante da farta documentação apresentada, considerando a legislação em vigor, secundada pela 
doutrina e jurisprudência, que sejam reconhecidos o “periculum in mora” e o “fumus boni iuris”, 
pressupostos para a concessão de liminar, e determine Vossa Excelência o deferimento da liminar, sem 
prévia oitiva das requeridas, para o efeito de ser vedada a realização de espetáculo de rodeio e/ou outro 
evento semelhante que envolva maus-tratos e crueldade a animais, neste município e distritais e, 
notadamente, nas dependências da requerida “..........” ou qualquer outro lugar indicado pelos 
organizadores para a realização do evento, sob pena de multa diária de R$ 100.000,00 (cem mil reais),valor 
subestimado para o lucro diário do evento, apreensão dos instrumentos utilizados em tais espetáculos e 
dos respectivos animais (Decreto nº 24.645/34 e Lei nº 9.605/98, esta se em vigor estiver), sem prejuízo da 
prisão em flagrante dos responsáveis por crime de desobediência.
O pedido se faz necessário ante a proximidade da realização do evento, sob pena de tornar sem 
efeito as leis em estudo e o fim desta medida (festa marcada para os dias .............. de .......... próximo 
futuro).
2) “ad argumentandum tantum”, na hipótese de não ser deferida a liminar, o que não se espera em 
razão dos motivos acima apontados e que certamente irão coibir a realização do “.......”, isso no que se 
refere ao uso de animais em rodeio e práticas que constituam crueldade ou maus-tratos aos animais, 
requer-se a concessão de liminar onde seja especificado que deverão se abster os peões de fazer uso de 
esporas, sejam elas pontiagudas ou não; sedéns; sinos; peiteiras, tudo para que as requeridas não façam 
uso deexpedientes espúrios para a realização do evento e que possam mascarar a ocorrência dos danos aos 
animais, sob pena de multa diária, nos mesmos moldes estabelecidos no item anterior, sem prejuízo à 
prisão em flagrante dos promotores do evento e responsáveis por crime de desobediência.
 VI - DO PEDIDO PRINCIPAL
1) Posto isto, requer-se a citação das requeridas, nas pessoas de seus representantes legais, para, 
querendo, responderem os termos da presente ação, sob pena de revelia e confissão, tudo para o efeito de, 
ao final, ser julgada procedente, condenando-as na obrigação de não fazer o rodeio indicado, mais 
precisamente no que tange à realização do rodeio na casa “...........” ou de qualquer outro lugar indicado 
pelos promotores do evento, seja ele público ou privado, sob pena de multa diária no valor de R$ 
100.000,00 (cem mil reais) e demais penas acima, bem como à condenação da Municipalidade na 
obrigação de não conceder alvará ou qualquer outro ato administrativo comissivo ou omissivo a pessoas 
físicas ou jurídicas para que promovam os mesmos eventos nos limites deste município, devendo, ainda, 
fiscalizar para que seja cumprida a decisão judicial, seja ela provisória ou definitiva, sob pena de multa 
diária no importe de R$ 100.000,00, sem prejuízo à apreensão dos instrumentos e dos animais e prisão em 
flagrante por crime de desobediência para os responsáveis.
2) Requer-se, ainda, a condenação das requeridas ao pagamento de todas as despesas processuais e 
demais encargos de sucumbência.
3) Por fim, requer-se isenção da requerente ao pagamento de custas e despesas processuais, 
conforme reza o art.18 da Lei da Ação Civil Pública.
VII - DAS PROVAS
1) Requer-se a produção de todas as provas em Direito admitidas, especialmente, depoimento 
pessoal dos representantes legais das requeridas, provas testemunhal (rol oportunamente a ser 
representado), documental e pericial, vistorias e inspeções judiciais.
2) Requer-se, finalmente, se digne Vossa Excelência determinar a expedição de ofícios às Polícias 
Civil e Militar (e, caso julgue necessário, designação de Oficial de Justiça para verificar “ in loco” o 
cumprimento da r. decisão liminar) deste município a fim de que fiscalizem o efetivo cumprimento da 
decisão liminar e sentença final, providenciando-se, inclusive, o reforço policial no local onde se pretende 
realizar o evento, a fim de se evitar incidentes indesejáveis, semelhantes aos que ocorreram em outras 
cidades deste Estado onde foi proibida a realização de rodeios, incidentes estes que visaram única e 
exclusivamente o descumprimento da ordem judicial.
Dá-se à causa o valor de R$ 00.000,00 (valor por extenso).
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
[Local], [dia] de [mês] de [ano].
[Assinatura do Advogado]
Nome do Advogado
[Número de Inscrição na OAB]
AÇÃO CIVIL PÚBLICA DE RESPONSABILIDADE
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA CÍVEL DA COMARCA DE _______________-____.
A Associação ____________, pessoa jurídica de direito privado, com inscrição no CNPJ sob nº 
____________, entidade não governamental, de caráter socioambiental, sem fins lucrativos, com sede nesta 
cidade, na Rua ____________, n.º ____, Bairro ____________, por meio de seu Presidente, Sr. ____________, 
brasileiro, casado, professor, portador da Cédula de Identidade/RG sob o n.º ____________, residente e 
domiciliado na Rua ____________, n.º ____, ap. ____, Bairro ____________, nesta Cidade de ____________, 
com fundamento no art. 5° da Lei n° 7347/85, por seu advogado infra-assinado (doc. 01), com escritório 
situado nesta cidade, à rua ____________, n°___, bairro ____________, também nesta cidade, onde recebe 
intimações e avisos, vem à presença de V. Exa., propor:
 AÇÃO CIVIL PÚBLICA DE RESPONSABILIDADE
 em face de ____________ Ltda., empresa com sede à Rua ____________, n.º ___, Bairro 
____________, Cidade ____________, CEP ____________, neste Estado, pelos motivos de fato e de direito 
que passa a expor:
1. A Empresa Requerida adquiriu a chácara denominada “_____”, localizada na Rua ____________, 
n.º ___, Bairro ____________, nesta cidade, onde pretende instalar depósito de materiais tóxicos, conforme 
cópia autenticada da planta de construção protocolada na prefeitura desta cidade ___________(doc. 02). 
2. O local, na rua ____________, é dos locais mais aprazíveis da cidade, composto de vários bosques, 
entremeados com campos, cogitou-se na câmara de vereadores, através de projeto do vereador ________, a 
transformação do local em parque e área de preservação de espécies nativas, em especial o pinheiro-do-
paraná, espécie em extinção, infelizmente o projeto está parado na câmara desde __/__/__.
3. A obra em fase inicial é perfeita agressão ao meio ambiente, à estética e à paisagem da rua e do 
bairro, privando os cidadãos de uma inigualável área verde, agressão resta cristalina e acabada, bastando 
um simples exame das fotografias ora exibidas (docs. 03 ao 06).
4. Fulcrados na Lei n° 7347/85, in verbis:
Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações de 
responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados:
I - ao meio ambiente;
(...)
III - a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (art. 1°). 
Pelo exposto, REQUER:
a) A citação da Empresa Requerida, na pessoa de seu representante legal e Diretor Administrativo 
Sr. ____________, para responder, sob pena de revelia, aos termos da presente ação, que visa à 
OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER a obra supracitada;
b) Sejam, “Inaudita Altera Parte”, suspendidos todos os serviços preparatórios da construção;
c) Seja a Requerida, ao final, condenada a não realizar esta construção pois constitui do ato danoso 
aos interesses da comunidade e a meio ambiente desta cidade;
d) Que seja intimado o M.D. representante do Ministério Público;
e) A condenação do Requerido nas custas e honorários advocatícios;
f) Protesta-se pela produção de prova documental, testemunhal, pericial e inspeção judicial e de 
todos os meios probantes em direito admitidos, desde que moralmente legítimos e obtidos de forma lícita, 
especialmente depoimento pessoal do representante legal da requerida, sob pena de confissão se este não 
comparecer, ou, comparecendo, negar-se a depor.
Dá-se à causa o valor de R$ 00.000,00 (valor por extenso).
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
[Local], [dia] de [mês] de [ano].
[Assinatura do Advogado]
Nome do Advogado
[Número de Inscrição na OAB]
CONTESTAÇÃO - PROCESSO ADMINISTRATIVO - AUTO DE INFRAÇÃO - MEIO AMBIENTE
Excelentíssimo Sr. Prefeito Municipal de ________-__
Processo Administrativo: ________
_______ LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº ________, estabelecida 
nesta cidade, na rua ________, ___, bairro ______, neste ato representado pelo Sr. _______, na qualidade de 
representante legal da empresa supra, face ao Auto de infração nº _____, cuja SECRETARIA DO MEIO 
AMBIENTE MUNICIPAL efetuou em __/__/__, às ___ horas, vem à presença de V.S.a., para dizer e requerer 
o quanto segue:
DA DENÚNCIA
Consoante matéria publicada no Jornal _______ de _____, pág. __, e através de denúncia efetuada 
pelo Sr. _______, tornou-se pública a notícia da existência de um depósito de lixo clandestino, contendo 
material dos mais diversos, que vai desde papéis até produtos químicos. Dita reportagem acusa a _______ 
Ltda e a empresa _______ como sendo os causadores e responsáveis diretos da lixeira. 
A realidade dos fatos é singela e diversa da realidade, senão vejamos:
DA REPORTAGEM
1º) A fotografia exposta na reportagem não diz respeito ao local onde no dia __/__/__ foi determinada 
a queima depapéis que estavam espalhados pela rua _____. Numa vistoria há de se concordar que se existe 
o anunciado depósito de lixo clandestino, não é o mesmo local onde houve a incineração dos papéis. 
2º) A Empresa ______ Ltda., não produz lixo industrial, madeira, plástico, químico ou qualquer 
outro que seja tóxico, produzindo apenas lixo de material reciclável, ou seja, papéis que são 
acondicionados em sacos plásticos e colocados na via pública, para que a _______ proceda na sua coleta.
3º) Aduz o denunciante que a _______ realiza limpeza na área, não sendo causa determinante para 
que o fato danoso ocorresse.
Muito embora, não se discorde de que a _______ execute suas tarefas, é de se recordar que a 
queimada do dia __/__/__, só foi determinada, em função de que havia lixo espalhado por toda frente da 
empresa _______ Ltda. Não se questiona, aqui, quem os colocou, podendo inclusive haver material do 
próprio denunciante na queimada. O fato é que se o recolhimento do lixo, tivesse sido efetuado, o mesmo, 
não haveria se espalhado.
DO AUTO DE INFRAÇÃO 
O aludido auto nº _____ determinou que a empresa apresente em 05 dias, projeto de destinação final 
dos resíduos gerados. Nessa oportunidade, a empresa vai além do projeto requerido pelo órgão público.
 1º) Já adquiriu e está providenciando a instalação, que deverá ocorrer dentro dos próximos dias, de 
uma lixeira metálica para colocação dos resíduos de papel de escritório, ÚNICO, resíduo gerado pela 
empresa.
2º) Com relação ao solo, espaço de 1 x 1 metros quadrados, onde realizou-se a incineração, já foi 
recolhida as cinzas produzidas bem como já foi colocado 1/3 de caminhão de terra, evitando, assim, que a 
famigerada queimada produza danos à natureza.
FATO NOVO
A _______ Ltda., é uma empresa séria e de idoneidade moral inquestionável. Atua nesta cidade 
desde a década de __, e jamais se viu envolvida em problemas de ordem pública ou particular, quer seja 
com a comunidade ou vizinhança.
Não obstante, no dia __/__/__, foi compelida a fazer uma prova cabal de sua inocência, frente as 
sérias acusações que seu vizinho _______ fez. 
Quase ao terminar a tarde, alguns funcionários da empresa _________ avistaram pessoas despejando 
dejetos e significativa quantidade de lixo próximo da empresa, exatamente no local fotografado pela 
imprensa. Telefonou à esse órgão público, e foi relatado ao Sr. _____ o ocorrido. Esse, prontificou-se a 
apurar e verificar os fatos bem como a tomar as providências cabíveis. 
Diante de toda narrativa acima exposta, vem requerer que seja desconstituido o auto de infração nº 
______, bem como a extinção do processo administrativo nº _______, sem ônus monetário ou qualquer 
outra consequência punível para empresa _______ Ltda.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
[Local], [dia] de [mês] de [ano].
[Assinatura do Advogado]
Nome do Advogado
[Número de Inscrição na OAB]
AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR DANO AMBIENTAL - TUTELA ANTECIPADA - EMBALAGEM PET - 
PLÁSTICO - POLUIÇÃO - LIXO - AUSÊNCIA DE RECICLAGEM - DANO AMBIENTAL - ART 225 CF - 
RESPONSABILIDADE DO FABRICANTE E ENGARRAFADOR
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ...VARA CÍVEL DA COMARCA 
DE ............ ESTADO DO .........
A ............., entidade civil, sem fins lucrativos, com sede na Rua ........., ....., .....º andar. 
Conj. ....., ......., em ......... - ....... Através de seu representante legal, por seu advogado regularmente 
constituído, com endereço profissional na Alameda .........., ....., onde recebe notificações e intimações, 
vem, pela presente, com o devido acatamento perante o MM Juízo de Vossa Excelência, nos termos que 
dispõe os artigos 23, inciso VI; 225, parágrafo 1º, incisos I, V, VI, e VII e parágrafo 3º da Constituição 
Federal; artigos 3º incisos, I, II, III, IV, e V; incisos III, V, VII; 14º, incisos I e IV, parágrafo 1º da Lei 6.938/81; 
artigos: 1º inciso I, 3º, 4º, 5º, 11º, 13º, e 18º da Lei 7.347/85; artigos: 1º, incisos I, III, 17º, parágrafo 2º e 19º 
do Decreto 99274/90; artigos: 1º, 2º, 3º, inciso I, 17º, 18º, inciso I, 19º da Lei Estadual 12.493/99 e demais 
disposições da Lei adjetiva civil, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor:
AÇÃO CIVIL PÚBLICA DE RESPONSABILIDADE POR DANOS CAUSADOS AO MEIO AMBIENTE 
COMINADA COM ANTECIPAÇAO DE TUTELA
Contra: ............., pessoa jurídica de direito privado, com sede na Avenida ........., ....../...., Bairro ......., 
em ......, ........, na pessoa de seu representante legal:
Para tanto, expõe as razoes de fato e de direto a seguir aduzidas:
1 - “DA LEGITIMATIO AD CAUSAM”
Os requisitos para que a exigência de pré-constituição seja dispensada, restam evidenciados pela 
ampla divulgação do caso pela imprensa paranaense e nacional e ainda pela relevância do problema 
causado pelas embalagens “PET”.
Pleiteia-se, como base no artigo 5º, parágrafo 4º da Lei 7.347/85, seja relevado o requisito da pré-
constituição ante a relevância e emergência da causa, caso não seja o entendimento de Vossa Excelência, 
pugna-se pela intervenção do “Parquet”, nos termos da Lei.
2 - DOS FATOS
2.1 - No Brasil, o uso das embalagens “PET” (politereftalato de etileno) esta crescendo, substituindo 
embalagens como: latas de flandres, vidros, multilaminados (tipo longa vida ou caixinha) e até de outros 
plásticos. Hoje é comum observar o “PET” em garrafas de sucos, óleos vegetais, água mineral e 
principalmente refrigerantes.
2.2 - De 1993 até hoje, a produção de refrigerante no país teve um aumento de 89% atingindo a 
marca de 10,6 bilhões de litros por ano. O Brasil é o terceiro maior mercado do mundo, sendo que hoje 
estamos atrás apenas dos Estados Unidos e do México. A previsão é de que neste ano os refrigerantes 
respondam por um consumo de 200.000 toneladas de embalagens “PET” que, se não recolhidas e 
destinadas adequadamente, ficarão dispersas no meio ambiente!!!
2.3 - Seguindo esta linha de raciocínio, o ........., particularmente ......... não foge à regra. Para se ter 
uma noção da gravidade do problema basta imaginar que cada habitante, ao consumir o conteúdo das 
embalagens “......” e destiná-las ao lixo, acumula anualmente, algo em torno de 15 quilos de plástico.
Considerando que ......... tem em torno de 1.500,000 habitantes, teremos ao final de um ano, 
22.500,000 quilos de embalagens plásticas!!!
2.4 - Conforme dados fornecidos pela própria associação dos fabricantes de embalagens, ABEPET, 
somente 15% deste total é reciclado!!!
Temos então, que 85% ou seja, 19.125,000 de quilos de plásticos são jogados, diretamente, no meio 
ambiente, quer seja em ruas, rios, mares, lagos, aterros. Este último, inclusive recusa, por vezes, tal 
material ante a dificuldade de compactação e compostagem e a baixa degrabilidade deste material.
2.5 - Na metade do século, a composição do lixo coletado era predominantemente de matéria 
orgânica, restos de comida. Com o avanço da tecnologia, materiais como embalagens plásticas, isopores e 
lâmpadas são presença cada vez mais constante nas ruas das cidades.
2.6 - Antes, para o envase, eram utilizadas garrafas de vidro, as quais estas não eram descartadas 
devido ao seu razoável valor de recompra. A troca do “casco” era algo consagrada na cultura popular. 
Havia um ciclo quase perfeito que se quebrou com o “PET”.
2.7 - Em entrevista recente, publicada no jornal ....... de ..... de ...... de ......, o Senhor ......., presidente 
da ABEPET, órgão dos fabricantes de embalagens “PET”, fala em ambientalismo moderno e em 
desenvolvimento sustentável mas, não reconhece a semelhança que salta aos olhos: Quando a indústria 
deixou de usar o vidro e passou a usar o “PET” teve um ganho

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