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Tutoria Metabolismo de Macronutrientes

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TUTORIA 
DISCENTE: Hiago Lima Sampaio 
TUTOR (a): Paula Laurindo 
28/04 – 02/05/2017 
 
METABOLISMO E NUTRIÇÃO 
- Tutoria IV | Módulo V 
 Objetivos: 
 
1. Descrever o metabolismo, absorção, transporte e armazenamento de macronutrientes 
 Carboidratos 
 Lipídios 
 Proteínas 
2. Relacionar com o sistema digestório 
 
Absorção de Nutrientes 
 
Todas as fases químicas e mecânicas da digestão, da boca até o intestino delgado, são direcionadas com vista à 
transformação do alimento em formas que possam passar através das células epiteliais absortivas que revestem a 
túnica mucosa e para os vasos sanguíneos e linfáticos adjacentes. Essas formas são: 
o Monossacarídeos (glicose, fruto se e galactose) provenientes dos carboidratos; 
o Aminoácidos simples, dipeptídeos e tripeptídeos provenientes das proteínas; 
o Ácidos graxos, glicerol e monoglicerídios provenientes dos triglicerídios. 
A passagem desses nutrientes digeridos a partir do trato gastrointestinal para o sangue ou linfa é chamada de 
absorção. 
 
ABSORÇÃO DOS MONOSSACARÍDEOS 
 
o Todos os carboidratos são absorvidos como monossacarídeos, deixando apenas celulose e fibras indigeríveis 
nas fezes. 
o Os monossacarídeos passam do lúmen para a membrana apical via DIFUSÃO FACILITADA OU TRANSPORTE 
ATIVO. 
o A frutose, um monossacarídeo encontrado nas frutas, é transportada via DIFUSÃO FACILITADA; a glicose e a 
galactose são transportadas para as células absortivas das vilosidades VIA TRANSPORTE ATIVO SECUNDÁRIO, 
que está acoplado ao transporte ativo de Na+. 
o É necessário para o transporte 2 Na+ e uma molécula de glicose. Isso é um sim portador, porque o Na, a 
glicose e a galactose movem-se na mesma direção. 
 
ABSORÇÃO DE AMINOÁCIDOS, DIPEPTÍDEOS E TRIPEPTÍDEOS 
 
o A maioria das proteínas é absorvida como aminoácidos pelos processos de TRANSPORTE ATIVO que ocorrem, 
principalmente, no duodeno e jejuno. 
o Cerca de metade dos aminoácidos absorvidos está presente no alimento; a outra metade vem das proteínas 
nos sucos digestivos e células mortas que se desprendem da face da túnica mucosa! 
o Normalmente, 95-98% da proteína presente no intestino delgado é digerida e absorvida. 
o Alguns aminoácidos entram nas células absortivas das vilosidades por processos de TRANSPORTE ATIVO 
SECUNDÁRIO, dependente de Na+; outros aminoácidos são TRANSPORTADOS ATIVAMENTE por eles mesmos. 
o Pelo menos um sim portador transporta dipeptídeos e tripeptídeos junto com H+; peptídeos, em seguida, são 
hidrolisados a aminoácidos simples, dentro das células absortivas. 
o Os aminoácidos movem-se para fora das células absortivas via DIFUSÃO e entram nos capilares da vilosidade. 
o Tanto os monossacarídeos quanto os aminoácidos são transportados no sangue para o fígado por meio do 
sistema porta hepático. Se não forem removidos pelos hepatócitos, entram na circulação geral. 
 
ABSORÇÃO DE LIPÍDIOS 
 
o Todos os lipídios dietéticos são absorvidos via DIFUSÃO SIMPLES. 
o Como resultado de sua emulsificação e digestão, os triglicerídios são decompostos em monoglicerídios e 
ácidos graxos, que são ácidos graxos de cadeia curta (HIDROFÓBICOS) ou ácidos graxos de cadeia longa. 
o Os ÁCIDOS GRAXOS DE CADEIA CURTA, em virtude de seu tamanho, são capazes de dissolver-se no quimo 
intestinal aquoso, passar através das células absortivas VIA DIFUSÃO SIMPLES e seguir o mesmo trajeto feito 
pelos monossacarídeos e aminoácidos em um capilar sanguíneo de uma vilosidade. 
o Os ÁCIDOS GRAXOS DE CADEIA LONGA são hidrofóbicos e grandes. Os sais biliares no quimo intestinal 
envolvem os ácidos graxos de cadeia longa e os monossacarídeos, formando esferas minúsculas chamadas de 
micelas. Os sais biliares no quimo intestinal envolvem os ácidos graxos de cadeia longa e os monossacarídeos, 
formando esferas minúsculas chamadas de MICELAS. 
o Uma vez formadas, as micelas movem-se do interior do pequeno lume intestinal para a borda em escova das 
células absortivas. 
o Nesse ponto, os ácidos graxos de cadeia longa e monoglicerídios difundem-se das micelas para as células 
absortivas, deixando as micelas para trás no quimo. 
o As micelas repetem continuamente essa função de transporte, à medida que se movem da borda em escova 
de volta, por meio do quimo, para o interior do pequeno lume intestinal, para captar mais ácidos graxos de 
cadeia longa e monoglicerídios. 
o As micelas também solubilizam outras moléculas hidrofóbicas grandes, como as vitaminas lipossolúveis (A, 
D, E e K) e colesterol, que podem estar presentes no quimo intestinal, e auxiliam a sua absorção. Essas 
vitaminas lipossolúveis e moléculas de colesterol são acondicionadas nas micelas junto com os ácidos graxos 
de cadeia longa e monoglicerídios. 
o Uma vez dentro das células absortivas, os ácidos graxos de cadeia longa e os monoglicerídios são 
recombinados para formar triglicerídios, que se agrupam em glóbulos junto com os fosfolipídios e colesterol 
e tornam-se recobertos com proteínas. São os QUILOMÍCRONS. 
o Os quilomícrons deixam a célula absortiva via EXOCITOSE, entram nos lácteos, que têm poros muito maiores 
do que os capilares sanguíneos. Em seguida, são transportados, por meio dos vasos linfáticos, para o dueto 
torácico, e entram no sangue na veia subclávia esquerda. 
 
 LIPASE: 
o Lipoproteína, que converte triglicerídios em quilomícrons e outras lipoproteínas em ácidos graxos e glicerol. 
o Os ácidos graxos passam para os hepatócitos e células adiposas e combinam-se com o glicerol durante a nova 
síntese de triglicerídios. 
o Duas ou três horas após uma refeição, alguns quilomícrons permanecem no sangue. 
o Esse ciclo de secreção do sal biliar pelos hepatócitos na bile, reabsorção pelo íleo e nova secreção na bile é 
chamado de circulação enterohepática. 
o Sais biliares insuficientes, em razão da obstrução dos duetos colédocos ou remoção da vesícula biliar, resultam 
na perda de até 40% dos lipídios dietéticos nas fezes, em consequência da redução na absorção de lipídios. 
o Quando os lipídios não são adequadamente absorvidos, as vitaminas lipossolúveis não são adequadamente 
absorvidas. 
 
 
Metabolismo 
 
Nos dias de hoje é bastante comum ouvir expressões como “meu metabolismo é rápido”, “meu metabolismo é lento” 
ou suas diversas variações. Entretanto, é importante ressaltar que, muitas vezes, essas expressões não são usadas de 
maneira totalmente correta. Isso acontece porque relacionam o metabolismo apenas com o engordar ou emagrecer. 
Veja bem, durante todas as etapas do ciclo de vida de um organismo (nascer, se desenvolver, se reproduzir e morrer) 
ocorrem incontáveis reações bioquímicas em seu corpo. Dessa forma, essas reações visam realizar as alterações 
necessárias para a manutenção da vida, seja construindo ou desconstruindo moléculas. Assim, o metabolismo celular 
se trata, basicamente, do conjunto dessas reações de construção ou desconstrução de moléculas realizadas pela célula 
com o intuito de manter-se viva. 
Com base no parágrafo anterior é bastante claro o porquê muitas pessoas relacionam o metabolismo apenas com 
engordar ou emagrecer. Isso ocorre porque o corpo pode acumular ou queimar gordura com base nos processos 
metabólicos do organismo (obviamente que a alimentação e os hábitos de vida influenciam imensamente tal 
fenômeno). 
Certo! Mas do que, de fato, se trata o metabolismo? Simples! Existem diversas rotas metabólicas que as moléculas 
podem percorrer: construção ou desconstrução das moléculas orgânicas básicas, ou 
seja, carboidratos, lipídeos e proteínas (aqui podem ser incluídos os nucleotídeos também). Entretanto, mesmo 
existindo essas diversas vias, o metabolismo pode ser dividido em apenas duas vias ou em dois grupos: o catabolismo e 
o anabolismo. 
O catabolismo, ou as vias catabólicas, se trata dos processos que visam a desconstrução ou a quebra das
moléculas. 
Isso ocorre tanto para obter energia quanto para gerar pequenas moléculas que a célula utilizará posteriormente. 
Exemplos que ilustram bem o catabolismo são a quebra da glicose ou de gordura para gerar energia e a quebra de 
proteínas para se obter aminoácidos. 
O anabolismo, por sua vez, é o oposto, ou seja, os processos que visam a construção de moléculas. As vias anabólicas 
também são conhecidas como vias biossintéticas, e esse nome ilustra muito bem o que se trata essa via: as rotas 
tomadas pelas partículas que visam sintetizar biomoléculas. Exemplos do anabolismo são a construção de reservas, 
como acúmulo de gordura nos lipócitos ou grânulos de glicogênio, e a própria síntese de proteínas a partir de 
aminoácidos. 
Enfim, o metabolismo celular se trata de um complexo emaranhado de reações que visam o processamento (construir 
e quebrar) de moléculas. Assim, a taxa metabólica está diretamente relacionada com engordar, emagrecer, aumentar 
ou diminuir a massa muscular, entre outros. Dessa forma, pode-se dizer que entender e saber seu próprio 
metabolismo (podendo condicioná-lo) se torna uma excelente ferramenta para a qualidade de vida nos dias atuais. 
 
 
O metabolismo é a soma de todas as reações químicas do corpo. As reações que compõem estas rotas metabólicas: 
 Extraem energia dos nutrientes, 
 Usam a energia para o trabalho, 
 Armazenam o excesso de energia de modo que esta possa ser usada posteriormente. 
 
As biomoléculas que ingerimos estão destinadas a atingir um destes três destinos: 
 
→ ENERGIA: as biomoléculas podem ser metabolizadas imediatamente, sendo que a energia liberada a partir da 
quebra das ligações químicas é capturada no ATP, no fosfato de creatina e em outros compostos ricos em energia. 
Esta energia pode então ser usada para realizar trabalho mecânico. 
→ SÍNTESE: as biomoléculas que entram nas células podem ser usadas para sintetizar componentes básicos 
necessários para o crescimento e a subsistência de células e tecidos. 
→ ARMAZENAMENTO: se a quantidade de alimento ingerido excede as necessidades do corpo de energia e síntese, 
o excesso de energia vai para o armazenamento das ligações do glicogênio e da gordura. O armazenamento torna 
energia disponíveis para os períodos de jejum. 
 
As rotas metabólicas que SINTETIZAM moléculas grandes a partir de moléculas menores são chamadas de ROTAS 
ANABÓLICAS. Aquelas que QUEBRAM moléculas grandes em moléculas menores são chamadas de ROTAS 
CATABÓLICAS. 
O destino de uma biomolécula absorvida depende se ela é um carboidrato, uma proteína ou uma gordura. Cada 
biomolécula possui um fundo de uso comum nos nutrientes, chamados de POOLS DE NUTRIENTES, que são nutrientes 
disponíveis para uso imediato, estando localizados primeiramente no plasma e são três: pool ácidos graxos livres, o 
pool de glicose e o pool de aminoácidos. 
 
 
 CARBOIDRATOS FORNECEM ENERGIA: 
o A glicose absorvida após uma refeição entra na circulação do sistema porta fígado e é levada diretamente para 
o fígado, onde cerca de 30% de toda a glicose ingerida é metabolizada. Os 70% restantes continuam na 
corrente sanguínea para serem distribuídos para o encéfalo, para os músculos e para outros órgãos e tecidos. 
o A glicose move-se do líquido intersticial para as células via transportadores GLUT. 
o A maior parte da glicose absorvida de uma refeição vai imediatamente para a glicólise e para o ciclo do ácido 
cítrico para produzir ATP. Alguma glicose é usada pelo fígado para a síntese de lipoproteínas. 
o A glicose que não é usada para produção de energia e para síntese é armazenada como glicogênio ou gordura. 
o A capacidade do corpo de armazenar glicogênio é limitada, assim a maior parte do excesso de glicose é 
convertida em Triacilgliceróis e armazenada no tecido adiposo. 
 
 
 
 
 
 OS AMINOÁCIDOS FORMAM AS PROTEÍNAS: 
o A maior parte dos AA absorvidos dos alimentos vai para os tecidos para a síntese de proteínas. 
o Como a glicose, os aminoácidos são levados primeiro para o fígado pelo sistema porta do fígado. O fígado 
então os utiliza para a síntese de lipoproteínas e proteínas plasmáticas, como a albumina, fatores de 
coagulação e angiotensinogênio. 
o Os AA não captados pelo fígado são usados pelas células para produzir proteínas estruturais ou funcionais, 
como os elementos do citoesqueleto, enzimas e hormônios. 
o Os AA são também incorporados em moléculas não proteicas, como os hormônios aminas e 
neurotransmissores. 
o Se a ingestão de glicose é baixa, os AA podem ser usados para gerar energia. Contudo, se são ingeridas mais 
proteínas do que o necessário para a síntese e o gasto de energia, o excesso de AA é convertido em gordura. 
 
 AS GORDURAS ARMAZENAM ENERGIA: 
o A maior parte da gordura ingerida é reunida nos quilomícrons no epitélio intestinal e entra na circulação 
venosa via vasos linfáticos. 
 
 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS 
 
o O Metabolismo dos carboidratos inicia-se no citoplasma da célula, onde a glicose entra por difusão facilitada e 
passa a sofrer uma série de reações dentro das células, sendo essas divididas em 3 etapas, 1 Anaeróbica (Glicólise) 
e 2 Aeróbicas (Ciclo de Krebs e Cadeia de Transporte de Elétrons). 
o Após entrar na célula a glicose é fosforilada a glicose-6-PO4. A maioria das células não possuem enzimas 
necessárias para reverter essa reação, levando a diminuição da concentração de glicose intracelular, somente as 
células da mucosa intestinal, dos túbulos renais e do fígado conseguem reverter essa reação, o que indica o seu 
papel central na captação e secreção de glicose. 
 
C6H12O6 + 6O2 6H2O + 6CO2 = 38 ATP + CALOR 
 
Glicose -> NADH + H+ -> Cadeira Transportadora de Elétrons -> Força motriz de prótons -> ATP 
 
1. GLICÓLISE 
o Consiste em uma série de 10 etapas químicas pela qual a GLICOSE é convertida em DUAS MOLÉCULAS DE 
PIRUVATO. 
o Ocorre no CITOSOL das células e é um processo ANAERÓBIO, sendo entendido que a Glicólise não usa oxigênio 
e ocorre com o Oxigênio estando presente ou não. 
o O produto final da Glicólise são DUAS MOLÉCUAS de PIRUVATO e DUAS MOLÉCULAS NAD+ REDUZIDAS, com 
um ganho líquido de DUAS MOLÉCULAS DE ATP por molécula de glicose. 
o O destino do Piruvato depende da disponibilidade de O2. Quando o O2 está disponível, o NADH + H+ libera a 
carga de átomos de Hidrogênio para as enzimas da Cadeia de Transporte de elétrons na mitocôndria, a qual 
libera-os para o O2, formando H2O. 
o Contudo, quando o O2 não está presente (durante exercício intenso) o NADH + H+ descarrega seus átomos de 
hidrogênio de volta para o Piruvato, reduzindo-o. Essa adição de dois átomos de hidrogênio ao Piruvato produz 
LACTATO, um pouco do qual difunde-se para fora das células e é transportado para o fígado. 
o Quando volta o O2, o lactato é oxidado a Piruvato que entra na cadeia respiratória que é aeróbica. O fígado 
também pode converter Lactato de volta em Glicose-6-PO4 (Glicólise Reversa) e armazená-la sob a forma de 
glicogênio, ou retirar o PO4 e liberá-la no sangue se os níveis de glicose no sangue estiverem baixos. 
OBS: Eritrócito fazem somente glicólise. 
 
2. CICLO DE KREBS (Ácido Cítrico) 
o Ocorre no fluido da MATRIZ MITOCONDRIAL, sendo abastecido principalmente pelo Piruvato produzido 
durante a Glicólise e Ácidos Graxos resultantes da quebra das gorduras. 
o Embora a via glicolítica seja exclusiva para a oxidação de carboidratos, produtos da degradação de 
carboidratos, gorduras e proteínas podem alimentar o Ciclo do Ác. Cítrico, sendo oxidados em energia. 
o Por outro lado, alguns intermediários do Ciclo do Ác. Cítrico podem ser utilizados para sintetizar Ác. Graxos e 
AA não essenciais. 
o Assim, o Ciclo do Ác. Cítrico além de server como via final comum para a oxidação de combustíveis alimentares 
é uma fonte de matéria prima para as reações anabólicas. 
 
 
3.
CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS 
o Do mesmo modo que a glicólise nenhuma das reações do Ciclo de Krebs usam o O2 diretamente. Nem a 
glicólise nem o ciclo de Krebs usam o oxigênio diretamente, essa é função exclusiva da Cadeia de Transporte 
de Elétrons, a qual é responsável pelas reações catabólicas finais que ocorrem nas cristas mitocondriais. 
→ Cada NADH+H+ = 3 ATP 
→ Cada FADH2 = 2 ATP 
o A oxidação de FADH2 é menos eficiente porque ele não doa elétrons para o “topo” da cadeia de transporte 
de elétrons como faz o NADH+H+, mas para um nível mais baixo de energia (coenzima Q). 
o Contudo, há uma certa incerteza sobre o rendimento energético do NAD+ gerado fora da mitocôndria pela 
glicólise. 
o A membrana da crista não é permeável ao NAD+ reduzido gerado no citosol, então o NADH+H+ formado 
durante a glicólise usa uma molécula transportadora para liberar seu par de elétrons extra para a cadeia de 
transportes de elétrons. 
o Parece que as células usando o transportador malato/aspartato recolhem um total de 3 ATPs, mas, nas células 
que usam um transportador diferente (ex: o transportador glicerol fosfato), o transporte tem um custo 
energético. 
o Até o momento se tem o consenso de um custo de 1 ATP para cada NADH+H+ que é transportado, deixando 
no total um saldo de 36 ATPs. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANABOLISMO DA GLICOSE 
Após 2h de ter sido ingerida, a glicose chega a 140mg/dl de sangue, sendo então absorvida pelas células para só então 
ser armazenada, após a secreção de insulina. Para esse armazenamento, a glicose deve ser fosforilada pela enzima 
hexocinase, aprisionando-se dentro das células. No formato de glicose-6-fosfato ela pode então dar início a 3 vias 
distintas: a glicogênese (armazenamento em forma de glicogênio), a via glicolítica (uso de glicose para fornecimento 
de energia para todo o corpo) ou a via das pentose fosfato. 
 
 
 
 
 GLICOGÊNESE (ARMAZENAMENTO DE GLICOSE): 
o Se a glicose não é necessária imediatamente para a produção de ATP, combina-se a muitas outras moléculas 
de glicose para formar glicogênio, um polissacarídeo que é a única forma armazenada de carboidrato no corpo. 
o O hormônio insulina, proveniente das células beta do pâncreas, estimula os hepatócitos e as células 
musculares esqueléticas a realizarem glicogênese, a síntese de glicogênio. 
o O corpo é capaz de armazenar cerca de 500 g de glicogênio, aproximadamente 75% nas fibras musculares 
esqueléticas e o restante nas células hepáticas (hepatócitos). 
o Durante a glicogênese, a glicose é primeiro fosforilada em Glicose-6-fosfato pela HEXOCINASE. A glicose 6-
fosfato é convertida em Glicose-1-fosfato, depois em Uridina difosfato glicose e, finalmente, em glicogênio. 
OBS: Quando há excesso de glicose no corpo, esse açúcar, por meio de enzimas e outros substratos, é convertido 
em ácidos graxos, dando origem a gordura corporal. Cerca de 125g de Glicogênio no Fígado e 375g no Fígado. 
 
→ GLICOGENÓLISE (LIBERAÇÃO DE GLICOSE): 
o Quando as atividades do corpo requerem ATP, o glicogênio armazenado nos hepatócitos é convertido em 
glicose e liberado para o sangue para ser transportado para as células, nas quais é catabolizado pelos processos 
de respiração celular já descritos. 
o O processo de conversão do glicogênio em suas subunidades de glicose é chamado de glicogenólise. 
o Começa separando as moléculas de glicose da molécula de glicogênio ramificada, via fosforilação, para formar 
glicose-6-fosfato. 
o A fosforilase, a enzima que catalisa essa reação, é ativada pelo glucagon proveniente das células alfa do 
pâncreas e pela epinefrina proveniente da medula da glândula suprarrenal. 
o A glicose 1-fosfato é, então, convertida em glicose e 6-fosfato e, finalmente, em glicose, que deixa os 
hepatócitos via transportadores de glicose (GluT) presentes na membrana plasmática. No entanto, as 
moléculas de glicose fosforiladas não viajam a bordo dos transportadores GluT, e afosfatase, a enzima que 
converte glicose 6-fosfato em glicose, está ausente nas células musculares esqueléticas. Assim, os hepatócitos, 
que têm fosfatase, liberam glicose derivada do glicogênio para a corrente sanguínea, mas as células 
musculares esqueléticas não. Nas células musculares esqueléticas, o glicogênio é convertido em glicose 1-
fosfato, que é, em seguida, catabolizada para a produção de ATP via glicólise e ciclo de Krebs. Contudo, o ácido 
lático produzido pela glicólise nas células musculares é convertido em glicose no fígado. Dessa forma, o 
glicogênio presente no músculo é uma fonte indireta de glicose no sangue. 
 
→ GLICONEOGÊNESE: 
o A parte glicerol dos triglicerídios, ácido lático e certos aminoácidos é convertida, no fígado, em glicose. O 
processo pelo qual a glicose é formada a partir dessas fontes de não carboidratos é chamado de 
gliconeogênese. 
o Uma forma fácil de distinguir esse termo de glicogênese ou glicogenólise é lembrar que nesse caso a glicose 
não é convertida de volta a partir do glicogênio, mas, ao contrário, é recém formada. 
o Aproximadamente 60% dos aminoácidos presentes no corpo são usados para gliconeogênese. 
o Ácido lático e aminoácidos, como alanina, cisteína, glicina, serina e treonina, são convertidos em ácido pirúvico 
que, em seguida, pode ser sintetizado em glicose ou entra no ciclo de Krebs. 
o O glicerol pode ser convertido em gliceraldeído-3-fosfato, que pode formar o ácido pirúvico ou ser usado para 
sintetizar glicose. A gliconeogênese é estimulada pelo cortisol, o principal hormônio glicocorticoide do córtex 
da glândula suprarrenal, e pelo glucagon, do pâncreas. 
o Além disso, o cortisol estimula a conversão das proteínas em aminoácidos, expandindo, assim, a quantidade 
de aminoácidos disponíveis para a gliconeogênese. 
o Hormônios tireoidianos (tiroxina e tri-iodotironina) também mobilizam proteínas e podem mobilizar 
triglicerídios do tecido adiposo, tornando, assim, o glicerol disponível para a gliconeogênese. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 METABOLISMO DOS LIPÍDIOS 
 
o Os lipídios, como os carboidratos, podem ser oxidados para produzir ATP. 
o Se o corpo não tem necessidade imediata do uso de lipídios para essa finalidade, são armazenados no tecido 
adiposo (depósitos de gordura) por todo o corpo e no fígado. 
o Alguns lipídios são usados como moléculas estruturais ou para sintetizar outras substâncias essenciais. 
o Alguns exemplos incluem os fosfolipídios, que são constituintes das membranas plasmáticas; lipoproteínas, 
que são usadas para transportar colesterol por todo o corpo; tromboplastina, que é necessária para a 
coagulação do sangue; e bainhas de mielina, que aceleram a condução do impulso nervoso. 
o Muitos dos lipídios, como o colesterol e os triglicerídios, são moléculas apolares e, consequentemente, muito 
hidrofóbicas. Não se dissolvem na água. Para serem transportadas no sangue aquoso, tais moléculas primeiro 
devem tornar-se hidrossolúveis, combinando-se às proteínas produzidas pelo fígado e intestino. 
o As combinações de lipídios e proteínas assim formadas são as lipoproteínas, partículas esféricas com um 
revestimento externo de proteínas, fosfolipídios e moléculas de colesterol, que circundam um núcleo interno 
de triglicerídios e outros lipídios. 
o As proteínas no revestimento externo são chamadas de apoproteínas (apo), e são designadas pelas letras A, 
B, C, D e E, mais um número. 
o Além de ajudar a tornar solúvel a lipoproteína nos líquidos do corpo, cada apoproteína também tem funções 
específicas, mas todas essencialmente são veículos transportadores. 
o As quatro principais classes de lipoproteínas são: 
 
 Quilomícrons 
o Se formam nas células epiteliais da túnica mucosa do intestino delgado, transportem lipídios (não digeridos) 
da dieta para o tecido adiposo para armazenagem. 
o São transportados pela linfa e dá
ao plasma sanguíneo uma aparência leitosa. 
o À medida que os quilomícrons circulam pelos capilares do tecido adiposo, uma de suas apoproteínas, a apo C-
2, ativa a LIPOPROTEÍNA LIPASE ENDOTELIAL, uma enzima que remove os ácidos graxos dos triglicerídios dos 
quilomícrons. 
o Os ácidos graxos livres são, então, absorvidos pelos adipócitos para síntese e armazenamento como 
TRIGLICERÍDIOS e pelas células musculares para produção de ATP. 
o Os hepatócitos removem os quilomícrons restantes do sangue, via endocitose mediada pelo receptor de 
atração da apo E. 
 
 
 Lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL) 
o Se formam nos hepatócitos, contêm basicamente lipídeos endógenos (produzidos no corpo). 
o As VLDL transportam triglicerídeos sintetizados nos hepatócitos para os adipócitos, para armazenamento. 
Após depositar parte de seus triglicerídios nas células adiposas, as VLDL são convertidas em LDL. 
 
 Lipoproteínas de densidade baixa (LDL): 
o Transportam aproximadamente 75% do total do colesterol no sangue e entregam-no para as células por todo 
o corpo para uso no reparo das membranas celulares e síntese dos hormônios esteroides e sais biliares. 
o As LDL contêm uma única apoproteínas, a apo B-100, que é a proteína de atração que se liga aos receptores 
de LDL na membrana plasmática das células do corpo, entrando nas células por endocitose. 
o Dentro da célula, a LDL é decomposta e o colesterol é liberado para servir às necessidades das células. 
o Uma vez que uma célula teve o colesterol suficiente para suas atividades, um sistema de retroalimentação 
negativa (feedback negativo) inibe a síntese, na célula, de novos receptores de LDL. 
o Quando presentes em quantidade excessivas, as LDL também depositam colesterol nas fibras musculares 
lisas e em torno delas, nas artérias, formando placas de gordura que aumentam o risco de doença da artéria 
coronária. Por essa razão, chamado de colesterol-LDL, é conhecido como “mau” colesterol. 
o Devido à genética, algumas pessoas podem não ter os receptores de LDL e por isso estarão mais propensas a 
desenvolver placas de gorduras. 
 
 Lipoproteínas de densidade alta (HDL): 
o Removem o excesso de colesterol das células do corpo e transportam-no para o fígado, para ser eliminado. 
o Como as HDL impedem o acúmulo de colesterol no sangue, uma alta concentração de HDL está associada a 
um risco menor de doença da artéria coronária. Por essa razão, o colesterol-HDL é conhecido como “bom” 
colesterol. 
 
ARMAZENAMENTO DE TRIGLICERÍDEOS 
 
o Função essencial do tecido adiposo é remover os triglicerídios dos quilomícrons e VLDL e armazená-los até 
que sejam necessários para a produção de ATP em outras partes do corpo. 
o Triglicerídios armazenados no tecido adiposo constituem 98% de todas as reservas de energia do corpo. 
o São armazenados mais facilmente do que o glicogênio, em parte porque os triglicerídios são hidrofóbicos e 
não exercem pressão osmótica nas membranas celulares. 
o O tecido adiposo também isola e protege várias partes do corpo. Os triglicerídios no tecido adiposo são 
continuamente decompostos e sintetizados novamente. 
o Resumidamente teríamos seis passos desde a ingestão até o acúmulo de gordura no tecido adiposo: 
1. Ingestão 
2. Fracionamento de triglicérides no intestino. 
3. Síntese de triglicérides na mucosa intestinal (quilomícrons) e fígado (VLDL) 
4. Fracionamento dos quilomícrons e VLDL pela lipoproteína lípase dos adipócitos (resultando em ácidos 
graxos e glicerol). 
5. Entrada de ácidos graxos nos adipócitos e ida do glicerol para o fígado e rins 
6. Síntese de triglicérides nos adipócitos 
 
 
CATABOLISMO DOS LIPÍDIOS: LIPÓLISE 
 
o Para o músculo, o fígado e o tecido adiposo oxidarem os ácidos graxos provenientes dos triglicerídios para 
produzirem ATP, os triglicerídios precisam, primeiro, ser convertidos em glicerol e ácidos graxos, um processo 
chamado de lipólise. 
o A lipólise é catalisada por enzimas chamadas de lipases. 
o Epinefrina (Adrenalina) e Norepinefrina(Noradrenalina) intensificam a degradação dos triglicerídios em 
ácidos graxos e glicerol. 
o Esses hormônios são liberados quando o tônus simpático aumenta, como ocorre, por exemplo, durante o 
exercício. 
o Outros hormônios lipolíticos incluem o cortisol, hormônios tireoidianos e fatores de crescimento 
insulinossímiles. Por outro lado, a insulina inibe a lipólise. 
 
 
 
 
 
o O glicerol e os ácidos graxos que resultam da lipólise são catabolizados por vias diferentes: 
 
 GLICEROL 
 É convertido por muitas células do corpo em gliceraldeído-3-fosfato, um dos compostos também 
formados durante o catabolismo da glicose. 
 Se o suprimento de ATP é alto, o gliceraldeído-3-fosfato é convertido em glicose, o que é exemplo de 
gliconeogênese. 
 Se o suprimento de ATP em uma célula está baixo, o gliceraldeído-3-fosfato entra na via catabólica para 
ácido pirúvico. 
 
 ÁCIDOS GRAXOS 
 Produzem mais ATP que glicerol. 
 O primeiro estágio no catabolismo dos ácidos graxos é a série de reações coletivamente chamadas de 
Betaoxidação, que ocorre na matriz das mitocôndrias. 
 As enzimas removem dois átomos de carbono de cada vez, a partir da cadeia longa de átomos de carbono 
que compõe um ácido graxo, e fixam o fragmento de dois carbonos resultante à coenzima A, formando 
Acetil-CoA. 
 Em seguida, a Acetil-Coa entra no ciclo de Krebs. 
 Como parte do catabolismo normal dos ácidos graxos, os hepatócitos tomam duas moléculas de Acetil-
Coa de cada vez para condensá-las e formar o Ácido Acetoacético. Essa reação libera a fração volumosa 
de CoA que não se difunde para fora das células. Parte do ácido acetoacético é convertida em Ácido 
Betahidroxibutírico e Acetona. A formação dessas três substâncias, coletivamente conhecidas como 
Corpos Cetônicos, é chamada de Cetogênese. 
 O Músculo Cardíaco e o Cortex Renal usam ácido acetoacético em lugar de glicose para gerar ATP. 
 Os hepatócitos, que produzem o ácido acetoacético, não o usam para produção de ATP porque não têm 
a enzima que transfere o ácido acetoacético de volta para a CoA. 
OBS: O nível de corpos cetônicos no sangue normalmente é muito baixo porque outros tecidos os usam para 
produzir ATP tão rapidamente quanto são gerados no fígado. Cetose extrema ou prolongada leva a acidose 
(cetoacidose), um pH do sangue anormalmente baixo. A diminuição do pH do sangue, por sua vez, provoca 
depressão da parte central do sistema nervoso, resultando em desorientação, coma e, até mesmo, morte se 
a condição não for tratada. Quando um diabético fica seriamente privado de insulina, um dos sinais 
indicadores é o odor adocicado na respiração proveniente da acetona dos corpos cetônicos. 
 
 
 
 
1. Hidrólise das triglicérides contidas nos adipócitos 
em glicerol e ácidos graxos. 
2. Aproveitamento do glicerol na glicólise. 
3. Beta oxidação dos ácidos graxos, resultando em 
Acetil-CoA. 
4. Entrada de acetil-CoA no ciclo de Krebs 
 
 
 
ANABOLISMO OS LIPÍDIOS: LIPOGÊNEGE 
 
As células do fígado e as células adiposas (adipócitos) sintetizam lipídios a partir da glicose ou de aminoácidos por 
meio da lipogênese, que é estimulada pela insulina. A lipogênese ocorre quando as pessoas consomem mais calorias 
do que o necessário para satisfazer suas necessidades de ATP. O excesso de carboidratos, proteínas e gorduras na 
dieta tem o mesmo destino e é convertido em triglicerídios. 
 
→ Certos aminoácidos passam pelas seguintes reações: 
Aminoácidos → Acetil-CoA → Ácidos graxos → Triglicerídios. 
 
→ O uso de glicose para formar Lipídios ocorre por duas vias: 
(1) Glicose → Gliceraldeído 3-fosfato → Glicerol 
(2) Glicose → Gliceraldeído 3-fosfato → Acetil-CoA → Ácidos graxos. 
 
O glicerol e os ácidos graxos resultantes passam por reações anabólicas para se tornarem triglicerídios
armazenáveis, 
ou podem passar por uma série de reações anabólicas para produzirem outros lipídios, como lipoproteínas, 
fosfolipídios e colesterol. 
 
 
 
 
 
 METABOLISMO DE PROTEÍNAS 
 
Durante a digestão, as proteínas são decompostas em aminoácidos. Diferentemente dos carboidratos e triglicerídios, 
que são armazenados, as proteínas não são armazenadas para uso posterior. Ao contrário, os aminoácidos são 
oxidados para produzir ATP ou usados para sintetizar novas proteínas para o crescimento e reparo do corpo. O excesso 
de aminoácidos na dieta não é excretado na urina ou nas fezes, mas, ao contrário, é convertido em glicose 
(glicogênese) ou triglicerídios (lipogênese). 
 
O DESTINO DAS PROTEÍNAS 
 
O transporte ativo dos aminoácidos nas células do corpo é estimulado pelos Fatores de Crescimento Insulin Like (IGF). 
Quase imediatamente após sua digestão, os aminoácidos são reincorporados às proteínas. 
 
 
 
 
CATABOLISMO DAS PROTEÍNAS 
 
o Boa parte do catabolismo das proteínas ocorre diariamente no corpo, estimulado principalmente pelo cortisol 
proveniente do córtex da glândula suprarrenal. 
o As proteínas provenientes de células desgastadas (tais como os eritrócitos) são decompostas em aminoácidos. 
o Alguns aminoácidos são convertidos em outros aminoácidos, ligações peptídicas são refeitas e novas proteínas 
são sintetizadas como parte do processo de reciclagem. 
o Hepatócitos convertem parte dos aminoácidos em ácidos graxos, corpos cetônicos ou glicose. 
o Células por todo o corpo oxidam uma pequena quantidade de aminoácidos para produzir ATP via ciclo de 
Krebs e Cadeia de Transporte de Elétrons. 
o Contudo, antes que os aminoácidos sejam catabolizados, primeiro devem ser convertidos em moléculas que 
são parte do Ciclo de Krebs ou capazes de entrar no ciclo de Krebs, como a acetil-CoA, a-cetoglutarato, succinil-
Coa, fumarato ou oxalacetato. 
o A molécula chave nessas conversões é o AA não-essencial Ácido Glutâmico. 
o Antes que os aminoácidos entrem no ciclo de Krebs, seu grupo Amino (NH2) deve ser removido, um processo 
chamado de Desaminação. 
o A desaminação ocorre nos hepatócitos e produz Amônia (NH3). As células do fígado, em seguida, convertem 
a amônia extremamente tóxica em ureia, uma substância relativamente inofensiva que é excretada na urina. 
o Os eventos que ocorrem: 
1. Transaminação: Alguns AA podem transferir seu grupo amino para o a-cetoglutarato, transformando-o 
em Ácido Glutâmico. Nesse processo, o AA original torna-se um cetoácido. 
2. Desaminação Oxidativa: No fígado, o grupo amino do Ácido Glutâmico é removido como amônia, e o a-
acetoglutarato é regenerado. As moléculas de NH3 liberadas são combinadas com CO2, produzindo uréia 
e H2O A ureia é liberada para o sangue e removida do corpo na urina. Como a NH3 é tóxica para as células 
do organismo, a facilidade com a qual o ácido glutâmico direciona os grupos amino para o Ciclo da Ureia 
é extremamente importante. Esse mecanismo livra o organismo não somente da NH3 produzida durante 
a desaminação oxidativa, mas também da NH3, circulante produzida pelas bactérias intestinais. 
3. Modificação dos Cetoácidos: Os cetoácidos resultantes da transaminação são alterados quando necessário 
para produzir metabólitos que possam entrar no ciclo do ácido cítrico. Como as reaçõesde glicólise são 
reversíveis, os AA convertidos a Piruvato podem ser convertidos a glicose e contribuir para a 
gliconeogênese. 
 
 
 
 
ANABOLISMO DAS PROTEÍNAS 
o Os AA são os nutrientes anabólicos mais importantes. Não somente formam todas as estruturas das proteínas, 
como também formam a maior parte das moléculas funcionais do organismo. 
o Anabolismo das proteínas, a formação de ligações peptídicas entre aminoácidos para produzir novas 
proteínas, é realizado pelos ribossomos de quase todas as células no corpo, dirigido pelo DNA e RNA das 
células. 
o A quantidade e o tipo de proteína sintetizada são precisamente controlados por hormônios (hormônio do 
crescimento, tiroxina, hormônios sexuais, fatores de crescimento insulinlike e outros), e assim o anabolismo 
proteico reflete o balance hormonal de cada etapa da vida. 
o Durante toda a vida, suas células terão sintetizado 225 a 450kg de proteínas, dependendo do seu tamanho. 
Contudo, você não necessita consumir nem perto dessa quantidade de proteínas, pois os AA não-essenciais 
são facilmente formados retirando cetoácidos do clico do ácido cítrico e transferindo grupos amino para eles. 
o A maior parte dessas transformações ocorre no fígado, o qual fornece uma quantidade relativamente pequena 
de proteínas que o organismo sintetiza a cada dia. 
o No entanto, um kit complete de AA deve estar presente para a síntese de proteínas acontecer, assim, todos 
os AA essenciais devem ser fornecidos pela dieta. Se alguns não estão presentes, os demais são oxidados para 
energia, mesmo que possam ser necessários para o anabolismo. Em tais casos, ocorre balance negative de 
nitrogênio, porque as proteínas do organismo são degradadas para suprir as necessidades de AA essenciais. 
 
 
 
APÊNDICE: ESTABILIDADE CATABÓLICA-ANABÓLICA DO ORGANISMO 
Como os carboidratos são transformados em lipídeos com frequência e facilmente, o pool de carboidratos e o pool de 
lipídeos em geral são considerados em conjunto. Há duas principais diferenças entre este pool e o pool de AA. 
1. Lipídeos e Carboidratos são oxidados diretamente para produzir energia celular, enquanto os AA podem ser 
usados para suprimento energético apenas após terem sido convertidos a intermediários de carboidratos 
(um cetoácido). 
2. O excesso de carboidratos e lipídeos pode ser armazenado diretamente, enquanto o excesso de AA não é 
armazenado como proteína. Eles são oxidados para produzir energia ou convertidos em gordura ou glicogênio 
para serem armazenados.

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