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Comunicação e Expressão: Linguagem e Leitura

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COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO 
 
 
 
PROFESSORAS 
MARIA DE FÁTIMA ROCHA MEDINA 
SILVÉRIA APARECIDA BASNIAK SCHIER 
VALQUIRIA MARANHÃO 
 
2016/1
Comunicação e Expressão 
 
 Centro Universitário Luterano de Palmas – Ceulp 2 
 
PLANO DE ENSINO 
 
EMENTA 
 
Linguagem. Língua materna: oral e escrita. Variação linguística. Oralidade e retextualização. 
Leitura e estratégias de leitura. Paráfrase. Paragrafação. Coesão e Coerência. 
 
COMPETÊNCIAS 
 
Esta disciplina contribui para o desenvolvimento das seguintes competências: 
1. usar a língua em suas manifestações orais e escritas, em suas dimensões receptivas e 
produtivas, em diferentes situações ou contextos, com diversos interlocutores ou públicos, 
como meio de organização cognitiva da realidade, constituição de significados e realização 
de práticas sociais; 
2. ser ético, pontual e comprometido com a disciplina. 
 
HABILIDADES 
 
1. Compreender os vários tipos de linguagem e as diferenças entre língua falada e escrita. 
2. Distinguir as variedades linguísticas ao ler diferentes textos e aplicar a variante culta nas 
produções textuais. 
3. Reconhecer as próprias peculiaridades da fala a partir das variantes linguísticas e utilizá-las 
adequadamente nas diversas situações comunicativas. 
4. Entender as modalidades da língua - oral e escrita - ao reconhecer peculiaridades de cada 
uma em distintos textos que circulam na sociedade. 
5. Identificar tipos e gêneros textuais em textos lidos/discutidos durante o semestre. 
6. Compreender e interpretar distintos textos, verbais e não verbais, sobretudo, relacionados a 
direitos humanos. 
7. Ler/compreender/deleitar e debater a obra O cavaleiro inexistente, além de produzir textos 
sobre esse romance. 
8. Escrever/refazer textos próprios com coesão e coerência ao aplicar, adequadamente, 
elementos anafóricos, articuladores e conectivos. 
9. Aplicar corretamente particularidades da escrita ao retextualizar textos da oralidade para a 
escrita. 
10. Escrever/refazer paráfrase de forma adequada ao compreender o texto original e 
reorganizá-lo de maneira coerente e coesa, além de primar pela criatividade ao evitar 
transcrição. 
11. Elaborar/refazer parágrafo padrão ao sistematizar argumentos/informações em estrutura 
textual corretamente definida e clara. 
12. Apresentar-se oralmente, com desenvoltura e de maneira adequada, em debates e 
apresentações em sala de aula. 
 
CONTEÚDOS 
 
1. Linguagem - código verbal e código não verbal: conceitos 
2. Língua materna: oral e escrita 
3. Variação linguística 
4. Estratégias de leitura 
 - Tipos e gêneros textuais 
 - Compreensão e interpretação de textos 
 - Relacionamento entre textos (intertextualidade) 
 - Atenção a elementos coesivos dos textos 
 - Relação entre texto e realidade (contexto) 
Comunicação e Expressão 
 
 Centro Universitário Luterano de Palmas – Ceulp 3 
 
5. Estratégias de escrita 
 - Recriação textual: paráfrase (citação indireta) 
 - Recriação textual: retextualização da oralidade para a escrita 
 - Escrita de parágrafo com suas partes constituintes: sistematização de argumentos 
 - Utilização de elementos coesivos: anafóricos, articuladores e conectivos 
- Refacção de textos 
 
LEITURA OBRIGATÓRIA 
 
CALVINO, Italo. O cavaleiro inexistente. Trad. Nilson Moulin. 12. reimpressão. São 
Paulo: Companhia das letras, 2005. 
 
METODOLOGIA 
 
Para que “o aluno seja sujeito de seu processo de aprendizagem”, de acordo 
com os princípios que regem o ensino no CEULP (PDI, 2011, p. 13), a metodologia 
desta disciplina necessita do envolvimento ativo do acadêmico em atividades de leitura 
e compreensão de textos (verbais e não verbais) e da produção/refacção textual oral e 
escrita. 
Por meio de atividades de leitura e produção de textos orais e escritos, em sala 
e extraclasse, o acadêmico deve começar e/ou desenvolver a consciência de que a 
sistematização do texto escrito é distinta do texto oral. Nas aulas, o momento de escrita 
(paráfrase, retextualização, parágrafo) é precedido pela discussão de textos de 
distintos tipos e gêneros textuais a fim de que o aluno desenvolva a prática de 
compreensão ao identificar particularidades e inferências importantes de cada um deles 
(tema, intertextualidades, argumentos, contexto), além de atribuir sentido ao que lê de 
forma crítica e clara. 
Textos que tratam sobre o tema de direitos humanos têm prioridade para que o 
acadêmico adquira proximidade com as diretrizes de direitos humanos no ensino 
superior. E o romance O cavaleiro inexistente permite contato com a particularidade do 
texto literário. 
As aulas presenciais são realizadas a partir de exposições dialogadas e de 
técnicas diversas, como peritos e interrogadores, GV-GO, Phillips 66, discussão 
circular, debates e seminários a fim de que o grupo possa socializar e relacionar 
repertórios e experiências pessoais com novos conteúdos. Relevante, também, é a 
resolução e correção de exercícios para a prática da compreensão e 
produção/refacção textuais com a orientação da docente. Quanto às variantes 
linguísticas, além de identificá-las, o aluno será estimulado a utilizar a variante culta de 
maneira adequada em situações formais. 
Nesta proposta metodológica, são utilizados recursos materiais como: quadro, 
datashow, cd, dvd, livros, textos, projeções e som. O estudante tem oportunidade de 
participar do Palco 2016/1: projeto interdisciplinar que integra as disciplinas 
institucionais Comunicação e Expressão, Sociedade e Contemporaneidade e Cultura 
Religiosa. E as web atividades da disciplina são disponibilizadas no acesso interno - 
Conecta, plataforma da instituição -, a fim de que os alunos reforcem o estudo com 
exercícios de leitura/compreensão textual. 
 
AVALIAÇÃO 
 
A avaliação diagnóstica, formativa e somatória, conforme preconiza a instituição, 
ocorre de forma contínua durante o semestre por meio da prática de atividades de 
Comunicação e Expressão 
 
 Centro Universitário Luterano de Palmas – Ceulp 4 
 
compreensão e produção de textos orais e escritos, como também de participação, 
interesse, responsabilidade e pontualidade do estudante. 
Ao apresentar trabalhos individuais e em grupos, orais e/ou por escrito, o 
acadêmico deve demonstrar conhecimento, coerência e consciência crítica sobre o 
conteúdo abordado. A produção escrita que não for inédita e pessoal será 
desconsiderada. E aparelho celular pode ser utilizado, durante a aula, exclusivamente 
para consulta a material específico da disciplina. 
 
Obs.: Textos e referências bibliográficas são disponibilizados no Conecta e na 
reprografia do prédio 4. Os acadêmicos que sentirem dificuldades quanto à 
compreensão e escrita de textos devem frequentar o Laboratório de Produção 
Textual, na sala 409, Prédio 4. 
 
Notas da avaliação somatória 
 
G1 
1) Produção textual oral e escrita de acordo com os critérios estabelecidos: valor 1,0 
2) Participação em atividades orais e escritas em sala de aula: valor 0,5 
3) Livro O cavaleiro inexistente, de Italo Calvino: 
 a) Apresentação em grupo/debate a partir de roteiro proposto: valor 1,0 
 b) Registro da leitura em cordel, entrevista, rap, paródia, teatro, programa de rádio, 
poema (outros), apresentação oral em sala e escrita em cartaz/banner: valor 1,5 
4) *Prova de acordo com o calendário acadêmico: valor 6,0 
 
G2 
1) Produção textual de acordo com os critérios estabelecidos: valor 2,0 
2) Participação em atividades orais e escritas em sala de aula: valor 0,5 
3) Produção oral/escrita coletiva a partir de Phillips 66: valor 1,5 
4) *Prova deacordo com o calendário acadêmico: valor – valor 6,0 
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
 
ABREU, Antônio Suárez. A arte de argumentar: gerenciando razão e emoção. 6. ed. 
São Paulo: Ateliê Editorial, 2003. 
FULGÊNCIO, Lúcia; LIBERATO, Yara G. Como facilitar a leitura. 3. ed. São Paulo: 
Contexto, 1998. 
SERAFINI, Maria T. Como escrever textos. 11. ed. São Paulo: Globo, 2001. 
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
 
BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. 29. ed. São Paulo: 
Loyola, 2004. 
BASTOS, Lucia Kopschitz. A produção escrita e a gramática. 2. ed. São Paulo: 
Martins Fontes, 1992. 
FARACO, Carlos Roberto; TEZZA, Cristóvão. Prática de texto: para estudantes 
universitários. 17. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2008. 
FAULSTICH, Enilde L. de J. Como ler, entender e redigir um texto. Petrópolis: 
Vozes, 2001. 
SAVIOLI, Francisco Platão. Gramática em 44 lições. 15. ed. São Paulo: Ática, 1998. 
 
 
Comunicação e Expressão 
 
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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ORAL 
 
Aspectos que serão avaliados desde o primeiro ao último dia: 
1. informações precisas do texto proposto; 
2. ideias claras, coerentes e com senso crítico; 
3. volume e entonação de voz adequados, além de entusiasmo ao falar; 
4. sinalização com a mão antes de falar; 
5. respeito às ideias dos colegas; 
6. uso da norma culta da língua de acordo com a oralidade. 
 
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESCRITA 
 
Os textos escritos serão avaliados a partir dos critérios expostos a seguir. 
 
1. Quanto à estrutura, o texto: (valor: 30%) 
1.1 Apresenta características do tipo e gênero textuais solicitados, de forma que é 
possível identificá-los? 
1.2 Apresenta indicadores que caracterizam o propósito textual? 
1.3 Apresenta as ideias centrais (tese e argumentos) quando o texto é 
argumentativo? 
1.4 Apresenta paragrafação correta (distribuída de forma adequada)? 
1.5 Apresenta título criativo? 
 
2. Quanto aos aspectos de coesão, coerência, clareza e criticidade, o texto: 
(valor: 30%) 
2.1 Apresenta uso adequado de anafóricos, de elementos coesivos e de 
articuladores? 
2.2 Apresenta as informações necessárias no texto produzido? 
2.3 Apresenta o assunto de maneira original, clara, crítica, criativa e progressiva? 
 
3. Quanto a aspectos gramaticais, o texto: (valor: 25%) 
3.1 Está escrito de acordo com a variante linguística proposta? 
3.2 Está adequado quanto à ortografia? 
3.3 Está adequado quanto à acentuação gráfica? 
3.4 Está adequado quanto à concordância? 
3.5 Está adequado quanto à pontuação? 
3.6 Está adequado quanto à sintaxe? 
3.7 Está adequado quanto ao uso de letras minúsculas e maiúsculas? 
 
4. Quanto a aspectos estéticos, o texto: (valor: 15%) 
4.1 Apresenta letra legível (quando manuscrito)? 
 
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CRONOGRAMA - SEGUNDA-FEIRA 
 
 
DATA 
 
TEMA 
PROCEDIMENTO 
METODOLÓGICO 
 
1/2/16 
Gerenciamento de relações: apresentação e entrosamento da 
turma. Diagnóstico: leitura e compreensão de texto verbal. 
Exercícios e correção. 
Formação de grupos a partir de 
narrativa literária. Compreensão 
de textos. Socialização e 
correção. 
15/2/16 Apresentação do plano de ensino e do cronograma. Exposição 
do conteúdo: Linguagem e língua materna. 
Exposição dialogada 
Esclarecimento de dúvidas. 
22/2/16 O que é leitura – importância da leitura. Exercícios Exposição dialogada. 
Atividade escrita. 
29/2/16 Estratégias de leitura de estudo. Exercícios. Textos sobre 
feminicídio. Elaboração de esquemas distintos. 
Exposição dialogada. Trabalho 
em pequenos grupos. Correção 
de exercícios. 
7/3/16 Paráfrase. Textos: condições de argumentação e O que é... ser 
mulher. 
Peritos e interrogadores. 
Exercícios e correção. 
Atividade avaliativa: v. 1,0 
12/3/16 1ª web atividade Acesso interno – Conecta 
14/3/16 Linguagem, Língua, fala e variações linguísticas. Esquema 
prévio: retângulo 
Phillips 66 
Exposição dialogada 
Exercícios e correção 
21/3/16 Linguagem, Língua, fala e variações linguísticas. Texto: Quem 
tem culpa no cartório. 
Correção e tira dúvidas. 
Texto escrito. 
28/3/16 Avaliação G1 Prova escrita. Valor: 6,0 
4/4/16 Devolução das avaliações, correções e comentários. Retoma- 
da do plano de ensino. 
Compreensão de texto: debate sobre a obra O cavaleiro 
inexistente, de Italo Calvino. 
Seminário v. 1,0 
11/4/16 Produção de textos de distintos gêneros e tipos a partir da obra 
O cavaleiro inexistente 
Produção de textos de distintos 
gêneros/tipos (grupos) valor 1,5 
18/4/16 Qualidades textuais – coesão: exercícios. Esquema prévio: 
flechas. Identificação dos elementos coesivos em textos. 
Batata quente 
Trabalho escrito 
25/4/16 Qualidades textuais – coerência: exercícios Peritos e interrogadores 
Exercícios. Texto escrito 
 Participação no projeto PALCO Apresentações artísticas 
2/5/16 Parágrafo padrão: conceito, tipos de introdução, tipos de 
desenvolvimento e de conclusão. Esquema prévio: chaves 
Trabalho em pequenos grupos. 
Socialização. 
9/5/16 Parágrafo padrão: atividades. 
 
Texto escrito e correção quanto 
aos argumentos e à estrutura. V. 
1,5 
14/5/16 2ª web atividade Acesso interno – Conecta 
16/5/16 Distinção entre fala e escrita. Retextualização da oralidade para 
a escrita. 
GV-GO 
Retextualização: valor: 0,5 
30/5/16 Produção textual: oral e escrita. Phillips 66 
Texto escrito: 1,5 
6/6/16 Avaliação G2 Prova escrita valor: 6,0 
13/6/16 Devolução de provas e revisão do conteúdo. Aula expositivo-dialogada 
20/6/16 Substituição de Grau Prova escrita valor: 10,0 
 
 
Comunicação e Expressão 
 
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CRONOGRAMA - TERÇA-FEIRA 
 
 
 
DATA 
 
 
TEMA 
PROCEDIMENTO 
METODOLÓGICO 
 
 
2/2/16 
Gerenciamento de relações: apresentação e entrosamento da 
turma. Diagnóstico: leitura e compreensão de texto verbal. 
Exercícios e correção. 
Formação de grupos a partir de 
narrativa literária. Compreensão 
de textos. Socialização e 
correção. 
16/2/16 Apresentação do plano de ensino e do cronograma. Exposição 
do conteúdo: Linguagem e língua materna. 
Exposição dialogada 
Esclarecimento de dúvidas. 
23/2/16 O que é leitura – importância da leitura. Exercícios Exposição dialogada. 
Atividade escrita. 
1/3/16 Estratégias de leitura de estudo. Exercícios. Textos sobre 
feminicídio. Elaboração de esquemas distintos. 
Exposição dialogada. Trabalho 
em pequenos grupos. Correção 
de exercícios. 
8/3/16 Paráfrase. Textos: condições de argumentação e O que é... 
ser mulher. 
Peritos e interrogadores. 
Exercícios e correção. 
Atividade avaliativa: v. 1,0 
12/3/16 1ª web atividade Acesso interno – Conecta 
15/3/16 Linguagem, Língua, fala e variações linguísticas. Esquema 
prévio: retângulo 
 
Phillips 66 
Exposição dialogada 
Exercícios e correção 
22/3/16 Compreensão de texto: debate sobre a obra O cavaleiro 
inexistente, de Italo Calvino. 
Seminário v. 1,0 
29/3/16 Produção de textos de distintos gêneros e tipos a partir da 
obra O cavaleiro inexistente 
Produção de textos de distintos 
gêneros/tipos (grupos) v. 1,5 
5/4/16 Avaliação G1 Prova escrita. v. 6,0 
12/4/16 Devolução das avaliações, correções e comentários. 
Retomada do plano de ensino. Linguagem, Língua, fala e 
variações linguísticas. Texto: Quem tem culpa no cartório. 
Correção e tira dúvidas. 
Texto escrito. 
19/4/16 Qualidades textuais – coesão: exercícios. Esquema prévio: 
flechas. Identificação dos elementoscoesivos em textos. 
Batata quente 
Trabalho escrito 
26/4/16 Qualidades textuais – coerência: exercícios Peritos e interrogadores 
Exercícios. Texto escrito 
 Participação no projeto PALCO Apresentações artísticas 
3/5/16 Parágrafo padrão: conceito, tipos de introdução, tipos de 
desenvolvimento e de conclusão. Esquema prévio: chaves 
Trabalho em pequenos grupos. 
Socialização. 
10/5/16 Parágrafo padrão: atividades. 
 
Texto escrito e correção quanto 
aos argumentos e à estrutura. v. 
1,5 
14/5/16 2ª web atividade Acesso interno – Conecta 
17/5/16 Distinção entre fala e escrita. Retextualização da oralidade para 
a escrita. 
GV-GO 
Retextualização: v. 0,5 
31/5/16 Produção textual: oral e escrita. Phillips 66 
Texto escrito: v.1,5 
7/6/16 Avaliação G2 Prova escrita v. 6,0 
14/6/16 Devolução de provas e revisão do conteúdo. Aula expositivo-dialogada 
21/6/16 Substituição de Grau Prova escrita v. 10,0 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comunicação e Expressão 
 
 Centro Universitário Luterano de Palmas – Ceulp 8 
 
CRONOGRAMA - QUARTA-FEIRA 
 
 
 
DATA 
 
 
TEMA 
PROCEDIMENTO 
METODOLÓGICO 
 
 
3/2/16 
Gerenciamento de relações: apresentação e entrosamento da 
turma. Diagnóstico: leitura e compreensão de texto verbal. 
Exercícios e correção. 
Formação de grupos a partir de 
narrativa literária. Compreensão 
de textos. Socialização e 
correção. 
17/2/16 Apresentação do plano de ensino e do cronograma. Exposição 
do conteúdo: Linguagem e língua materna. 
Exposição dialogada 
Esclarecimento de dúvidas. 
24/2/16 O que é leitura – importância da leitura. Exercícios Exposição dialogada. 
Atividade escrita. 
2/3/16 Estratégias de leitura de estudo. Exercícios. Textos sobre 
feminicídio. Elaboração de esquemas distintos. 
Exposição dialogada. Trabalho 
em pequenos grupos. Correção 
de exercícios. 
9/3/16 Paráfrase. Textos: condições de argumentação e O que é... ser 
mulher. 
Peritos e interrogadores. 
Exercícios e correção. 
Atividade avaliativa: v. 1,0 
12/3/16 1ª web atividade Acesso interno – Conecta 
16/3/16 Linguagem, Língua, fala e variações linguísticas. Esquema 
prévio: retângulo 
 
Phillips 66 
Exposição dialogada 
Exercícios e correção 
23/3/16 Linguagem, Língua, fala e variações linguísticas. Texto: Quem 
tem culpa no cartório. 
Correção e tira dúvidas. 
Texto escrito. 
30/3/16 Avaliação G1 Prova escrita. v. 6,0 
6/4/16 Devolução das avaliações, correções e comentários. Retoma- 
da do plano de ensino. 
Compreensão de texto: debate sobre a obra O cavaleiro 
inexistente, de Italo Calvino. 
Seminário v. 1,0 
13/4/16 Produção de textos de distintos gêneros e tipos a partir da obra 
O cavaleiro inexistente 
Produção de textos de distintos 
gêneros/tipos (grupos) v. 1,5 
20/4/16 Qualidades textuais – coesão: exercícios. Esquema prévio: 
flechas. Identificação dos elementos coesivos em textos. 
Batata quente 
Trabalho escrito 
27/4/16 Qualidades textuais – coerência: exercícios Peritos e interrogadores 
Exercícios. Texto escrito 
 Participação no projeto PALCO Apresentações artísticas 
4/5/16 Parágrafo padrão: conceito, tipos de introdução, tipos de 
desenvolvimento e de conclusão. Esquema prévio: chaves 
Trabalho em pequenos grupos. 
Socialização. 
11/5/16 Parágrafo padrão: atividades. 
 
Texto escrito e correção quanto 
aos argumentos e à estrutura. v. 
1,5 
14/5/16 2ª web atividade Acesso interno – Conecta 
18/5/16 Distinção entre fala e escrita. Retextualização da oralidade para 
a escrita. 
GV-GO 
Retextualização: v. 0,5 
1/6/16 Produção textual: oral e escrita. Phillips 66 
Texto escrito: v. 1,5 
8/6/16 Avaliação G2 Prova escrita v. 6,0 
15/6/16 Devolução de provas e revisão do conteúdo. Aula expositivo-dialogada 
22/6/16 Substituição de Grau Prova escrita v. 10,0 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comunicação e Expressão 
 
 Centro Universitário Luterano de Palmas – Ceulp 9 
 
CRONOGRAMA - SEXTA-FEIRA 
 
 
 
DATA 
 
 
TEMA 
PROCEDIMENTO 
METODOLÓGICO 
 
 
5/2/16 
Gerenciamento de relações: apresentação e entrosamento da 
turma. Diagnóstico: leitura e compreensão de texto verbal. 
Exercícios e correção. 
Formação de grupos a partir de 
narrativa literária. Compreensão 
de textos. Socialização e 
correção. 
12/2/16 Apresentação do plano de ensino e do cronograma. Exposição 
do conteúdo: Linguagem e língua materna. 
Exposição dialogada 
Esclarecimento de dúvidas. 
19/2/16 O que é leitura – importância da leitura. Exercícios Exposição dialogada. 
Atividade escrita. 
26/2/16 Estratégias de leitura de estudo. Exercícios. Textos sobre 
feminicídio. Elaboração de esquemas distintos. 
Exposição dialogada. Trabalho 
em pequenos grupos. Correção 
de exercícios. 
4/3/16 Paráfrase. Textos: condições de argumentação e O que é... ser 
mulher. 
Peritos e interrogadores. 
Exercícios e correção. Texto 
escrito: v. 1,0 
11/3/16 Linguagem, Língua, fala e variações linguísticas. Esquema 
prévio: retângulo 
 
Phillips 66 
Exposição dialogada 
Exercícios e correção 
12/3/16 1ª web atividade Acesso interno – Conecta 
18/3/16 Linguagem, Língua, fala e variações linguísticas. Texto: Quem 
tem culpa no cartório. 
Correção e tira dúvidas. 
Texto escrito. 
1/4/16 Avaliação G1 Prova escrita. v. 6,0 
8/4/16 Devolução das avaliações, correções e comentários. Retoma- 
da do plano de ensino. 
Compreensão de texto: debate sobre a obra O cavaleiro 
inexistente, de Italo Calvino. 
Seminário v. 1,0 
15/4/16 Produção de textos de distintos gêneros e tipos a partir da obra 
O cavaleiro inexistente 
Produção de textos de distintos 
gêneros/tipos (grupos) v. 1,5 
22/4/16 Qualidades textuais – coesão: exercícios. Esquema prévio: 
flechas. Identificação dos elementos coesivos em textos. 
Batata quente 
Trabalho escrito 
 Participação no projeto PALCO Apresentações artísticas 
29/4/16 Qualidades textuais – coerência: exercícios Peritos e interrogadores 
Exercícios. Texto escrito 
6/5/16 Parágrafo padrão: conceito, tipos de introdução, tipos de 
desenvolvimento e de conclusão. Esquema prévio: chaves 
Trabalho em pequenos grupos. 
Socialização. 
13/5/16 Parágrafo padrão: atividades. 
 
Texto escrito e correção quanto 
aos argumentos e à estrutura. v. 
1,0 
14/5/16 2ª web atividade Acesso interno – Conecta 
3/6/16 Distinção entre fala e escrita. Retextualização da oralidade para 
a escrita. 
GV-GO 
Retextualização: v. 0,5 
10/6/16 Produção textual: oral e escrita. Phillips 66 
Texto escrito: v.1,5 
17/6/16 Avaliação G2 Prova escrita v. 6,0 
24/6/16 Devolução de provas e revisão do conteúdo. Aula expositivo-dialogada 
29/6/16 Substituição de Grau Prova escrita v. 10,0 
 
 
 
 
Comunicação e Expressão 
 
 Centro Universitário Luterano de Palmas – Ceulp 10 
 
CRONOGRAMA – SÁBADO 
 
 
 
DATA 
 
 
TEMA 
PROCEDIMENTO 
METODOLÓGICO 
 
 
6/2/16 
Gerenciamento de relações: apresentação e entrosamento da 
turma. Diagnóstico: leitura e compreensão de texto verbal. 
Exercícios e correção. 
Formação de grupos a partir de 
narrativa literária. Compreensão 
de textos. Socialização e 
correção. 
13/2/16 Apresentação do plano de ensino e do cronograma. Exposição 
do conteúdo: Linguagem e língua materna. 
Exposição dialogada 
Esclarecimento de dúvidas. 
20/2/16 O que é leitura – importância da leitura. Exercícios Exposição dialogada. 
Atividade escrita. 
27/2/16 Estratégias de leitura de estudo. Exercícios. Textos sobre 
feminicídio. Elaboraçãode esquemas distintos. 
Exposição dialogada. Trabalho 
em pequenos grupos. Correção 
de exercícios. 
5/3/16 Paráfrase. Textos: condições de argumentação e O que é... ser 
mulher. 
Peritos e interrogadores. 
Exercícios e correção. Texto 
escrito: v. 1,0 
12/3/16 Linguagem, Língua, fala e variações linguísticas. Esquema 
prévio: retângulo 
 
Phillips 66 
Exposição dialogada 
Exercícios e correção 
12/3/16 1ª web atividade Acesso interno – Conecta 
2/4/16 Linguagem, Língua, fala e variações linguísticas. Texto: Quem 
tem culpa no cartório. 
Correção e tira dúvidas. 
Texto escrito. 
9/4/16 Avaliação G1 Prova escrita. v. 6,0 
16/4/16 Devolução das avaliações, correções e comentários. Retoma- 
da do plano de ensino. 
Compreensão de texto: debate sobre a obra O cavaleiro 
inexistente, de Italo Calvino. 
Seminário v. 1,0 
23/4/16 Produção de textos de distintos gêneros e tipos a partir da obra 
O cavaleiro inexistente 
Produção de textos de distintos 
gêneros/tipos (grupos) v. 1,5 
 Participação no projeto PALCO Apresentações artísticas 
30/4/16 Qualidades textuais – coesão: exercícios. Esquema prévio: 
flechas. Identificação dos elementos coesivos em textos. 
Batata quente 
Trabalho escrito 
7/5/16 Qualidades textuais – coerência: exercícios Peritos e interrogadores 
Exercícios. Texto escrito 
14/5/16 Parágrafo padrão: conceito, tipos de introdução, tipos de 
desenvolvimento e de conclusão. Esquema prévio: chaves 
Trabalho em pequenos grupos. 
Socialização. 
14/5/16 2ª web atividade Acesso interno – Conecta 
4/6/16 Parágrafo padrão: atividades. 
 
Texto escrito e correção quanto 
aos argumentos e à estrutura. v. 
1,0 
11/6/16 Distinção entre fala e escrita. Retextualização da oralidade para 
a escrita. 
GV-GO 
Retextualização: v. 0,5 
18/6/16 Produção textual: oral e escrita. Phillips 66 
Texto escrito: v.1,5 
25/6/16 Avaliação G2 Prova escrita v. 6,0 
28/6/16 Devolução de provas e revisão do conteúdo. Aula expositivo-dialogada 
30/6/16 Substituição de Grau Prova escrita v. 10,0 
 
 
 
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CAPÍTULO 1: ESTRATÉGIAS DE LEITURA
 
Já é coisa sabida que o mais importante não são as 
informações em si, mas o ato de transformá-las em 
conhecimento. As informações são os tijolos e o 
conhecimento é o edifício que construímos com eles. 
(Antônio Suárez Abreu) 
Introdução 
Neste capítulo, discutiremos sobre o ato de ler. Veremos aspectos relacionados 
à compreensão e à interpretação da leitura, aos posicionamentos do leitor diante dos 
textos e às estratégias que podemos utilizar nessa tarefa. É preciso perceber que a 
leitura é indispensável para nossa formação. Ela deve fazer parte de nossa rotina, 
principalmente quando nos propomos a frequentar um curso superior. 
 
1.1 Noções preliminares 
A leitura auxilia no aprendizado logo nos primeiros anos de nossas vidas. Ela 
está presente no constante desejo de decifrar e interpretar o sentido das coisas que 
nos rodeiam, de perceber o mundo sob diversas perspectivas, de relacionar a realidade 
ficcional com a que vivemos. Enfim, em todos esses casos, estamos, de certa forma, 
lendo. Por meio da leitura, temos a oportunidade de ampliar e aprofundar nossos 
conhecimentos, pois os textos formam uma fonte inesgotável de informações. 
Para que a leitura seja eficiente, eficaz e proveitosa e para que tenhamos uma 
compreensão adequada e assimilação do conteúdo, a atenção no que estamos lendo é 
essencial, caso contrário a leitura se torna superficial e sem aproveitamento para a 
construção do conhecimento. O processo de compreensão de textos não é uma tarefa 
simples, visto que depende de conhecimentos linguísticos, conhecimento prévio a 
respeito do assunto do texto, conhecimento geral a respeito do mundo, motivação e 
interesse na leitura, entre outros. É sobre isso que conversarmos na seção a seguir. 
 
1.2 O que é leitura? 
Segundo Fulgêncio e Liberato (2007), leitura não é uma atividade meramente 
visual. O acesso à informação visual (IV), isto é, à informação captada pelos olhos, é 
obviamente necessário, mas não suficiente. Podemos enxergar perfeitamente um texto 
e, ainda assim, não conseguir lê-lo por estar escrito em uma língua que não 
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conhecemos. Portanto, o conhecimento da língua é imprescindível para a leitura. Ele 
faz parte do conhecimento que temos estocado na memória, ao qual damos o nome de 
conhecimento prévio ou informação não visual (InV). 
Além do conhecimento da língua, outros tipos de InV são igualmente importantes 
na leitura. Um deles é o conhecimento sobre o assunto de que trata o texto. É possível 
que um leitor não consiga ler um texto que, embora escrito em uma língua que ele 
domina, trate de um assunto sobre o qual ele não tem informações. Também nesse 
caso diríamos que lhe falta InV adequada (FULGÊNCIO; LIBERATO, 2007). 
Outro fator que contribui com o ato de ler é todo e qualquer outro conhecimento 
que temos e que compõe a nossa teoria de mundo. Isso inclui tudo o que sabemos, 
desde as coisas mais simples, como a de que “macacos comem bananas”, até 
relações mais complexas que podemos perceber entre objetos e acontecimentos do 
mundo. Todo esse conhecimento está, de alguma forma, armazenado em nossa 
memória, juntamente com o conhecimento da linguagem, e é utilizado no processo da 
leitura, permitindo dar sentido àquilo que a visão capta (FULGÊNCIO; LIBERATO, 
2007). 
Portanto, para o processamento textual, ativamos quatro grandes conjuntos de 
conhecimento: 
 o conhecimento linguístico (o lexical e o gramatical); 
 o conhecimento de mundo (que inclui os esquemas, os cenários, os protótipos 
ou os modelos de eventos e episódios em vigor nos grupos a que pertencemos); 
 o conhecimento referente a modelos globais de texto (que inclui as 
regularidades de construção dos tipos e gêneros); 
 o conhecimento sociointeracional, ou o conhecimento sobre as ações 
verbais (que inclui o saber acerca da realização social das ações verbais ou de 
como as pessoas devem se comportar/interagir em diferentes situações sociais). 
Resumidamente, podemos afirmar que leitura é o resultado da interação entre o 
que o leitor já sabe e o que ele retira do texto. Em outras palavras, a leitura é o 
resultado da interação entre IV e InV. Portanto a atividade pode ser representada pela 
seguinte fórmula: 
 LER = IV + InV 
 
 
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1.3 Aprendizado da leitura 
A partir da definição que vimos sobre leitura, podemos dizer que é possível 
ensinar alguém a ler? Os pesquisadores afirmam que se aprende a ler, lendo. Dizem 
que, para ser um bom leitor, é necessário ler muito. É lendo muito que adquirimos a 
experiência para fazer uma leitura fluente e selecionar as informações mais 
importantes do texto (FULGÊNCIO; LIBERATO, 2007). 
 
1.4 O que é leitura de estudo? 
Castello-Pereira (2003, p. 55) destaca que a leitura de estudo 
 
[...] é a leitura em que se faz uma interlocução com o texto [...], é a leitura que 
tem a finalidade de retirar tudo o que dele se possa extrair. Ou seja, é a leitura 
em que se busca não uma informação pontual, mas perceber como o texto se 
organiza, o que discute e como discute. É a leitura do estudo e do trabalho. A 
leitura necessária no dia a dia de quem exerce uma atividade intelectual, 
necessária aosestudantes de um modo geral, mas ESPECIALMENTE 
NECESSÁRIA AOS ALUNOS UNIVERSITÁRIOS (grifo nosso). 
 
Para estudar um determinado texto, devemos fazê-lo como um todo até adquirir 
uma visão global, para que possamos dominar e entender a mensagem que o autor 
pretendia relatar quando escreveu. Os textos de estudos requerem reflexão por 
aqueles que os estudam e, portanto, a leitura dos mesmos exige um método de 
abordagem. Devemos compreender, analisar, interpretar e, para isso, temos de criar 
condições capazes de permitir a compreensão, a análise, a síntese e a interpretação 
de seu conteúdo. 
 Analisar: decompor um texto completo em suas partes para melhor estudá-las. 
 Sintetizar: reconstituir o texto decomposto pela análise. 
 Interpretar: tomar uma posição própria a respeito das ideias enunciadas no 
texto, isto é, dialogar com o autor. 
Precisamos ainda, mais detalhadamente, verificar como se pode estudar um 
texto. Para Geraldi (1984), um bom roteiro para estudar um texto é o de: 
 especificar a tese defendida; 
 os argumentos apresentados em favor da tese; 
 os contra-argumentos expostos em teses contrárias; 
 a coerência entre tese e argumentos. 
Sugere ainda que cada um desses tópicos pode ser posto em questão quanto à 
veracidade e à validade dos argumentos apresentados. Para tanto, é importante 
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observar a “costura” do texto, isto é, como se dá a passagem de um parágrafo para 
outro e como, no interior do parágrafo, se passa de uma afirmação para outra. Pode-se 
ainda analisar os objetivos do autor, que contra-argumentos invalidam seus 
argumentos, ou de outros argumentos confirmam sua posição etc. 
Para avaliar se o texto foi bem compreendido, responda às três questões 
básicas. 
 Qual é a questão de que o texto está tratando? Ao tentar responder a essa 
pergunta, o leitor será obrigado a distinguir as questões secundárias da 
principal, isto é, aquela em torno da qual gira o texto inteiro. Quando o leitor não 
sabe dizer do que o texto está tratando, ou sabe apenas de maneira genérica e 
confusa, é sinal de que ele precisa ser lido com mais atenção ou de que o leitor 
não tem repertório suficiente para compreender o que está diante de seus olhos. 
 Qual é a opinião do autor sobre a questão posta em discussão? Disseminados 
pelo texto, aparecem vários indicadores da opinião de quem escreve. Por isso, 
uma leitura competente não terá dificuldade em identificá-la. Não saber 
responder a essa questão é um sintoma de leitura desatenta e dispersiva. Quais 
são os argumentos utilizados pelo autor para fundamentar a opinião exposta? 
Deve-se entender por argumento todo tipo de recurso usado pelo autor para 
convencer o leitor de que está falando a verdade. Saber reconhecer os 
argumentos do autor é também um sintoma de leitura bem feita, um sinal claro 
de que o leitor acompanhou o desenvolvimento das ideias. Na verdade, 
compreender um texto significa acompanhar com atenção o seu percurso 
argumentatório. 
Cada um desses tópicos pode ser posto em questão quanto à veracidade e à 
validade dos argumentos apresentados. Para tanto, é importante observar a “costura” 
do texto, isto é, como ocorre a passagem de um parágrafo para outro, e como, no 
interior do parágrafo, se passa de uma afirmação para outra. Pode-se ainda analisar os 
objetivos do autor, que contra-argumentos invalidam seus argumentos ou que contra-
argumentos confirmam sua posição. 
Outra dica interessante para você localizar a informação principal de um 
parágrafo é identificar o tópico frasal. Mas o que é um tópico frasal? Tópico frasal é a 
introdução do tema, é a ideia-chave do parágrafo. É(são) a(s) frase(s) que traduz(em), 
de maneira geral e sucinta, a ideia núcleo do parágrafo. Sua função é delimitar o tema 
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e fixar os objetivos da redação. Ele introduz o assunto e o aspecto desse assunto, a 
ideia central com o potencial de gerar outros períodos, chamados de ideias 
secundárias. O tópico frasal serve para orientar o restante do parágrafo. Segundo 
Faulstich (2001), em geral, o tópico frasal está na primeira frase do parágrafo – ideia 
genérica –, seguido de períodos que o desenvolvem – ideias secundárias. Observe o 
exemplo a seguir. 
 
Enquanto não existe a norma que regulamenta algum direito constitucional, o cidadão 
ou grupo de cidadão poderá utilizar o mandado de injunção para garantir o exercício do 
direito. Funciona assim: se existe um direito constitucional, e autoridade pública se nega a 
respeitá-lo porque não existe uma lei que regulamente, a pessoa prejudicada entra com um 
mandado de injunção perante a Justiça, e a decisão do Juiz, resolvendo aquele caso concreto, 
fica valendo como lei para as partes. 
 
Há parágrafos em que se particularizam as ideias no início do parágrafo, para, 
ao seu final, lançar a ideia principal genérica, como no exemplo exposto na sequência. 
 
O povo não tinha liberdade para decidir sobre o que seria melhor para si, sobre a própria vida. 
Sua liberdade de manifestação do pensamento foi cerceada por medidas de repressão, as leis 
foram-lhe impostas por uma minoria opressora, ficou à mercê de governantes ditadores. Essa 
foi a situação do povo brasileiro durante o período de ditadura militar. 
 
Também há parágrafos em que a ideia principal é implícita ou diluída. Nesse 
caso, após uma leitura atenta do parágrafo, temos de construir a ideia principal, que 
não estaria expressa claramente. Examine o seguinte exemplo. 
 
Na Idade Média, as aulas da Universidade de Paris começavam às cinco horas da manhã. As 
primeiras atividades constavam de palestras ordinárias; eram as mais importantes palestras do 
dia. Após várias palestras regulares, havia pequeno lanche; depois, os estudantes assistiam a 
leituras extraordinárias, dadas à tarde pelos professores menos importantes, os quais 
geralmente tinham de 14 a 15 anos. O estudante gastava 10 ou 12 horas diárias com os 
professores, assistindo às aulas até à tardinha, quando ocorriam eventos esportivos. Depois 
dos esportes, o dia escolar prosseguia: existiam, ainda, as tarefas de copiar, recopiar e 
memorizar notas, até a luz permitir. Havia pouco intervalo no calendário escolar; as férias do 
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Natal eram de aproximadamente três semanas, e as férias de verão, apenas de um mês. 
(Figueredo) 
 
A ideia principal parcial implícita: “o dia escolar medieval exigia muita 
dedicação”. Detalhamento dessa ideia: 
 palestras comuns das cinco horas até o lanche; 
 palestras extraordinárias após o lanche; 
 eventos esportivos à tardinha; e 
 tediosas tarefas até o cair da tarde. 
Com base no esquema das ideias do parágrafo, podemos formular a ideia 
principal: o longo dia escolar da Universidade de Paris, durante a Idade Média, requeria 
muita dedicação dos estudantes. A ideia principal está implícita no parágrafo, basta 
para tal que façamos um esquema das ideias desenvolvidas. 
 
Atividades 
Leia com atenção os parágrafos e grife seus tópicos frasais. Se estiverem 
implícitos, elabore um tópico frasal a partir das informações expostas no parágrafo. 
 
a) Uma das consequências mais visíveis da perda da influência cultural da Igreja é a 
crise de vocações. O número de padres ordenados cai ano a ano, na Europa como na 
América Latina. O Brasil, com um padre para cada10 mil habitantes, é uma das 
maiores vítimas desse esvaziamento. Na Europa, importam-se padres da Ásia e da 
África para ocupar altares vazios. Havia 19.700 padres na Alemanha em 1990. Vinte 
anos depois, o número caiu para 15 mil – dos quais 1.600 estrangeiros. O que se pode 
fazer sobre isso? Cabe agora ao papa Francisco responder a essa pergunta. Sem 
sacerdotes, não há Igreja (Época, n. 773, 18 mar. 2013, p. 77). 
 
b) A Suécia é um primor no que diz respeito à igualdade entre os sexos no trabalho e 
na vida pública. No Parlamento, 45% das cadeiras são ocupadas por mulheres, o maior 
índice internacional de participação feminina e quase o triplo da média europeia. Por 
consenso entre os partidos políticos, elas também estão no comando de metade dos 
ministérios. Um terço dos cargos de confiança no governo é reservado para as 
mulheres. Em nenhum outro lugar da Europa é maior a presença feminina no mercado 
de trabalho e tão alta a média salarial, comparada com a masculina, como na Suécia. 
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Dentro de casa, infelizmente, a história é outra. A violência contra a mulher – incluindo 
aí espancamento doméstico, relações sexuais forçadas e constrangimento psicológico 
– é também uma das maiores da Europa. Nos últimos quinze anos, o número oficial de 
casos de violência contra mulheres na Suécia aumentou 40%. Em 2003, de acordo 
com um relatório da Anistia Internacional, 50% das agressões que chegaram ao 
conhecimento da polícia se referiam a surras aplicadas por marido, namorado e toda 
sorte de ex. Quatro em cada dez suecas, em algum momento da vida, já foram 
agredidas por homens. É o dobro da média europeia e um índice encontrado com 
maior facilidade em países menos desenvolvidos, como o Brasil. Na Europa, só em 
Portugal as mulheres são mais espancadas que as suecas. De acordo com 
estatísticas, metade das portuguesas já foi surrada pelo menos uma vez na vida. Na 
Holanda essa proporção é de 20% e na Espanha, de 11%. Na Inglaterra, onde a 
orientação policial é tratar com rigor os suspeitos de espancamento doméstico, o índice 
de violência no lar caiu 50% desde o início dos anos 90 (Veja, ed. 1902, 27 abr. 2005, 
p. 70). 
 
c) Em uma briga entre lagarto e jararaca, a cobra leva a melhor. A picada dela o deixa 
fraco, perto da morte. Mas ele é esperto: foge da briga e corre atrás de remédio. 
Mastiga umas folhas e dias depois fica forte novamente. O índio, na espreita, 
acompanha todo o processo. Se alguém for picado por uma jararaca, ele corre em 
busca da mesma planta mastigada pelo lagarto. Primeiro, testa o remédio. Se der 
certo, a planta entra na lista de medicações daquela aldeia. Foi assim que, ao verem 
animais machucados roçando em uma árvore, os índios descobriram o poder 
cicatrizante do óleo de uma árvore chamada copaíba, por exemplo (Superinteressante, 
ed. 313, mar. 2013, p. 71-72). 
 
A partir dos exemplos analisados e das atividades, você deve ter notado que não 
há uma regra para identificação do tópico frasal. O importante é que você leia e analise 
o parágrafo com atenção, verifique em torno de que período(s) as informações são 
desenvolvidas. 
Na leitura de estudo, precisamos ficar atentos também na intertextualidade, 
assunto do próximo tópico. 
 
 
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1.5 Intertextualidade 
É o diálogo entre texto. Ocorre quando um texto retoma uma parte ou a 
totalidade de outro texto – o texto fonte. Geralmente, os textos fontes são aqueles 
considerados fundamentais em uma determinada cultura, como podemos notar no 
anúncio publicitário da Chevrolet. 
 
 
No exemplo, percebemos que a propaganda buscou inspiração no texto bíblico 
"Do pó vieste e ao pó voltarás". 
 
Atividades 
Leia os textos para responder às questões 1 e 2. 
 
Texto 1 
FEMINICÍDIO: uma lei necessária? 
2/4/2015 por Valéria Diez Scarance Fernandes 
A história do nosso país revela que as mulheres morrem a todo momento nas mãos dos 
parceiros. Mulheres de todas as idades, classes sociais e níveis de instrução são assassinadas 
porque homens não aceitam receber o “não” da parceira. Não toleram o “não” às suas mínimas 
ordens, ao seu desejo sexual ou ao término do relacionamento. Por isso, matam. 
Mas existe razão para uma lei de feminicídio? Nossas leis não são suficientes? A maior 
incidência de mortes no recinto do lar é de mulheres: 92,1 mil assassinatos entre 1980 e 2010 
(Mapa da Violência 2012: homicídio de mulheres no Brasil), 472 por mês, 15,52 por dia ou 1 a 
cada 90 minutos (Pesquisa do IPEA Violência contra a Mulher). Apesar disso, nunca houve 
norma específica para tratar do assassinado de mulheres no Brasil, nem mesmo a Lei Maria da 
Penha tratou desse grave crime. 
Lentamente a legislação evolui e, quando nasce a nova lei, gestada após inúmeras e 
infindáveis discussões, muitos aplicadores resistem às mudanças e preferem modelos já 
consolidados em seu dia a dia. Estão engessados por um argumento de autoridade, traduzido 
nas sábias palavras do Presidente do Tribunal de Justiça, José Renato Nalini: “é assim porque 
sempre foi assim e cada um acha que está fazendo o máximo que pode. Esse é o argumento 
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de autoridade” (Conferência de Abertura do Curso Psicologia Judiciária, COGEAE-PUC/SP, 
24.03.2015). 
Essa resistência ao novo também ocorreu na proteção sexual da mulher. Pela 
legislação vigente até esta década, o crime de estupro tinha como bem jurídico tutelado a 
honra e não a dignidade sexual da vítima. É fato que, no Código Criminal do Império, de 
1830, estuprar significava praticar um crime contra a “segurança da honra”, tal como a calúnia 
e a injúria. Anos mais tarde, no Código de 1890, o estupro configurava crime contra a 
“segurança da honra e honestidade das famílias” e, em 1940, crime contra “os costumes”. Até o 
advento da Lei 11.106/2005, o casamento do autor do estupro com a vítima acarretava a 
extinção da punibilidade do agente. Essa era a mentalidade que reinava na época. Em 
1969, Magalhães Noronha dizia que o marido tinha direito a ter relação sexual com a esposa, 
que não poderia se negar “por mero capricho”: “As relações sexuais são pertinentes à vida 
conjugal, constituindo direito e dever recíprocos dos que casaram. O marido tem direito à posse 
sexual da mulher, ao qual ela não se pode opor”. 
E os crimes passionais? Por muitos anos, nossa legislação autorizou ou indiretamente 
permitiu o assassinato para a defesa da honra. Nas Ordenações do Reino, legislação vigente 
até 1832, havia autorização expressa para o marido matar a esposa adúltera (Título XXXVIII). 
Anos mais tarde, embora formalmente abolida essa norma, o Código de 1890 criou a isenção 
de pena para o agente privado de sentimentos e inteligência no momento do crime (art. 27, § 
4º), quando era entregue à família ou recolhido em hospitais, se o estado mental assim o 
exigisse (art. 29). As absolvições por legítima defesa da honra eram constantes até a década 
de 1970. 
[...] 
A resistência ao novo por parte de aplicadores não pode fazer cair por terra uma lei que 
sequer chegou a firmar suas raízes. Trata-se de uma lei necessária, pois: 
 a maior incidência de mortes no lar é de mulheres; 
 a repetição da violência reduz a capacidade de resistência – física e psicológica – da 
vítima. O feminicídio – diversamente de uma “briga de bar” – é o resultado final de uma 
história de violência e submissão; 
 pelo sistema antigo,havia denúncias por homicídio simples ou mesmo desclassificação 
para crimes menos graves – ante a retratação da vítima sobrevivente na fase de “lua de 
mel”; 
 o agressor tem um padrão incorporado de violência e pode matar ou colocar em risco 
outras mulheres; 
 com a alteração, o feminicídio passa a ser crime hediondo. 
A Lei nº 13.104/2015, com vigência a partir do dia 10 de março, modificou o Código 
Penal e inseriu uma qualificadora do homicídio, chamada de “feminicído”, quando o crime é 
praticado “contra a mulher por razões da condição de sexo feminino”. A expressão “por razões 
de gênero”, constante do projeto inicial, foi substituída. Apesar disso, foi mantido o conceito de 
gênero: crime praticado contra a mulher, pelo fato de ser mulher. 
[...] 
Nesse momento inicial, a lei de feminicídio tem gerado controvérsias – inclusive quanto 
à sua necessidade. Seus opositores, em regra não familiarizados com a violência de gênero, 
negam-se a ver o caminho de morte que está sendo trilhado por inúmeras mulheres brasileiras. 
Tivessem imperado os ideais revolucionários de liberdade, igualdade e fraternidade na nossa 
sociedade e não haveria necessidade de uma lei de feminicídio: liberdade de escolha (também 
afetiva), igualdade de oportunidades e fraternidade como humanidade para as mulheres. Se 
assim fosse, mulheres não morreriam. Mas é certo que os “Direitos da Mulher e da Cidadã” 
proclamados por Olympe de Gouges na Revolução Francesa tiveram o mesmo destino de sua 
autora: execução em praça pública. E agora: por que querem matar uma lei que pode salvar 
mulheres? (Disponível em: <http://cartaforense.com.br/conteudo/artigos/feminicidio-uma-lei-
necessaria/15183>. Acesso em: 18 nov. 2015) 
 
 
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Texto 2 
A LEI DO FEMINICÍDIO 
Marcelo Jugend 
Desde semana passada passou a fazer parte do vocabulário nacional o termo 
feminicídio, ou seja, o assassinato de uma mulher por razão de seu gênero ou por violência 
doméstica. No dia 9 foi sancionado projeto de lei que modifica o Código Penal para aumentar 
as penas de prisão para esse tipo de delito. 
O tema é sensível. 15 mulheres são assassinadas por dia, no Brasil, em média. Esse 
dado, sozinho, já é aterrorizante. Mas nem é o pior. O pior é que cerca de 42% delas são 
mortas por seus maridos ou companheiros. Então, cerca de 2,3 mil mulheres são vítimas fatais 
de violência doméstica todos os anos em nosso país. Muito embora esses sejam números 
assustadores, o fenômeno em si não é privilégio brasileiro. No mundo inteiro homens agridem 
suas parceiras, pelos mais variados motivos – ou sem motivo algum – com maior ou menor 
frequência e violência. 
Não sou sociólogo, antropólogo ou psicólogo para me atrever a tentar explicar com 
alguma profundidade as razões desse fato. Por isso, limito-me ao lugar comum: a cultura 
machista que em grande parte ainda domina a humanidade e a força da dominação econômica 
à qual homens provedores do lar ainda submetem muitas mulheres que não atingiram a 
autossuficiência ou a autonomia são dois fatores essenciais à sua gênese. Também o álcool 
desempenha papel não desprezível. 
O que não se discute, porém, é a circunstância de que, quaisquer que sejam os fatores 
que o constroem, trata-se de fenômeno que envolve, e muito, a violência. E que necessita, 
portanto, de uma resposta social capaz de inibi-lo com a maior eficácia possível. Daí o debate 
ora em evidência. 
A opção do governo, aumentando as penas para os agressores, vem com endossos 
respeitáveis. É fruto de amplo debate travado por instituições seriamente comprometidas com a 
democracia, os direitos humanos e os padrões civilizatórios. Deveria, portanto, ser consensual 
entre tantos quantos, como o signatário, se pautam pelos mesmos valores e paradigmas. 
Contudo, não é assim tão simples. 
Desta modesta trincheira, tenho defendido com denodo a posição de que aumentar 
penas, endurecer castigos, flagelar criminosos não produz, enquanto medida isolada, qualquer 
impacto significativo nos índices de cometimento dos crimes correspondentes. Está provado 
que isso, por si só, não inibe o perpetrador de agir. Em princípio, não vejo razão pela qual 
neste caso seria diferente. 
É evidente que as causas últimas deste tipo de crime não possuem relação alguma com 
aquele conjunto de injustiças sociais que sabidamente constituem o caldo de cultura da 
violência urbana mais geral, aquela que recheia diariamente os noticiários com atentados 
contra o patrimônio, as pessoas e a própria vida. Estes têm como agentes, na sua grande 
maioria, jovens privados dos mais elementares direitos de cidadania, que se veem empurrados 
para a marginalidade como única e última saída em busca de alguma melhora de vida. Quase 
sempre pelo caminho das drogas ilícitas. 
Mas não aqueles. A eles essa forte condicionante não se aplica. Até porque não 
escolhe classe social ou nível de instrução. Seu ato é de pura, simples e abjeta covardia. Fruto 
de um livre arbítrio muitas vezes distorcido, seja pela cultura, seja pelo álcool, seja por um 
deformado sentimento de posse sobre o(a) outro(a). Merecem, portanto, sem a menor dúvida, 
reprovação social muito maior. 
Nem por tudo isso, entretanto, parece-me, se intimidarão com a ameaça de resposta 
penal mais severa. Vai ser preciso que a sociedade continue debatendo em busca de outras 
alternativas para atacar esse mal, nas causas e nas consequências. (Disponível em: 
<http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/a-lei-do-feminicidio-
4bc2z3mht6akgv9crapab7fu4>. Acesso em: 12 nov. 2015) 
 
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1. Releia os textos para responder às questões a seguir. 
a) Os dois autores têm a mesma opinião a respeito da Lei do Feminicídio? Comente sua resposta. 
b) Quais são os principais argumentos expostos por cada um dos autores para 
defender sua tese. 
 
2. O que você pensa a respeito da Lei do Feminicídio? Produza um texto expondo seu ponto 
de vista e defenda-o com argumentos pertinentes. 
 
3. Analise a imagem a seguir, explique como se dá a intertextualidade e como ela 
contribuiu para a divulgação do produto. 
 
 
4. Leia a tirinha com atenção. 
 
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A partir da leitura da tirinha de Quino, é possível afirmar que 
a) o pai, ao sair, se dirige a Mafalda e deseja “melhoras para o mundo” ao perceber 
que a filha está triste, porque o globo terrestre que ela utiliza na escola está 
quebrado. 
b) o pai de Mafalda, no início, não leva a sério o que a garota afirma, porque ela 
tem costume de brincar com o globo terrestre e inventar inúmeras histórias. 
c) o pai de Mafalda ri da filha, inicialmente, porque não consegue perceber que a 
menina utiliza o globo terrestre como metáfora dos problemas sociais existentes 
no mundo. 
d) os colegas de trabalho se surpreendem com o pai de Mafalda, porque ele teve 
medo de ser assaltado por uma criança no caminho para o escritório. 
e) essa tirinha de Quino, quanto ao gênero, é narrativo e apresenta tipo textual 
injuntivo. 
 
Leia com atenção o texto a seguir para responder às questões 5 e 6. 
 
O galo que logrou a raposa 
Monteiro Lobato 
 
Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se numa árvore. 
A raposa, desapontada, murmurou consigo: 
"Deixe estar, seu malandro, que já te curo..." 
Em voz alta: 
- Amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os animais. 
Lobo e cordeiro, gavião e pinto, onça e veado, raposae galinhas, todos os bichos andam agora 
aos beijos, como namorados. 
Desça desse poleiro e venha receber o meu abraço de paz e amor. 
- Muito bem! - exclama o galo. - Não imagina como tal notícia me alegra! 
Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras, crueldade e traições! 
Vou já descer para abraçar a amiga raposa, mas... Como lá vêm vindo três cachorros, acho 
bom esperá-los, para que também eles tomem parte na confraternização. 
Ao ouvir falar em cachorro Dona Raposa não quis saber de história, e tratou de pôr-se ao 
fresco, dizendo: 
- Infelizmente, amigo, tenho pressa e não posso esperar pelos amigos cães. 
Fica para a outra vez a festa, sim? Até logo. 
E raspou-se. 
Contra esperteza, esperteza e meia. 
 
5. Em relação ao conteúdo da fábula, o que não podemos afirmar? 
a) Ao perceber que uma raposa se aproximava, o galo esperto subiu em uma árvore. 
b) Para fazer o galo descer da árvore, a raposa disse que a guerra entre os animais 
tinha acabado. 
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c) Para convencer o galo a descer, a raposa disse que os grandes inimigos entre os 
animais viviam como namorados. 
d) O galo acreditou na história da raposa e quis que ela fizesse amizade com os 
cachorros. 
e) A raposa inventou uma desculpa e foi embora com medo dos cachorros. 
 
6. O que significa “contra esperteza, esperteza e meia”? 
a) A raposa queria ser esperta para comer o galo, mas o galo foi mais esperto e 
enganou a raposa e conseguiu fugir da morte. 
b) A raposa foi muita esperta ao inventar que os grandes inimigos da floresta se 
tornaram bons amigos. 
c) A raposa conseguiu seu objetivo com a mentira que inventou. 
d) A raposa só não comeu o galo porque tinha medo dos cachorros que chegaram para 
atrapalhar seus planos. 
e) O galo confiou nas palavras da raposa e pensou que seriam grandes amigos. 
 
7. Analise a charge com atenção. 
 
Disponível em: <https://www.google.com.br/search?q=charges+olimpiadas+2016&rlz=>. Acesso em: 13 fev. 2016. 
As charges utilizam os recursos do desenho e do humor para tecer algum tipo de crítica 
a diversas situações do cotidiano. A partir da charge de Dum, avalie as seguintes 
asserções e a relação proposta entre elas. 
I. A expressão da rainha da Inglaterra apresenta entusiasmo por causa da realização 
das Olimpíadas no Brasil. 
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PORQUE 
II. A expressão da presidente do Brasil sugere que pontualidade britânica será modelo 
para a realização dos Jogos Olímpicos no Brasil. 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. 
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. 
c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
e) As asserções I e II são proposições falsas. 
 
1.6 Leitura de estudo: estratégias 
Segundo Brito (apud CASTELLO-PEREIRA, 2003), para estudar um texto, 
podemos usar algumas estratégias, como sublinha, anotações de margem no texto, 
marcas diversas que orientam a leitura, fichamento, resumo, esquema. 
Examinaremos alguns desses recursos mais detalhadamente. 
 
1.6.1 A técnica de sublinhar 
Ao sublinhar um texto, considere o que Castello-Pereira (2003, p. 57-58) 
evidencia em relação a essa estratégia de estudo: 
Sublinhar um texto é destacar as ideias principais, para tanto é importante ter 
a percepção do conteúdo do texto. “Sua finalidade é destacar elementos que 
servirão de orientação para consulta futura; por isso, tem de ser objetivo e 
restringir a palavras ou frases” (BRITO, 2001). Como é necessário encontrar 
as ideias que nortearam o desenvolvimento do texto, é uma estratégia que 
monitora a compreensão. Permite que se faça um mapeamento do texto, 
destacando partes ou subdivisões, tese, principais argumentos, 
contraposições, definições etc. Para isso, é importante perceber como o autor 
desenvolveu o texto. Essa marcação, além de ajudar na compreensão do texto, 
auxilia na concentração na hora da leitura, pois, com um objetivo, uma tarefa a 
realizar, uma ação concreta, se tem mais facilidade de fixar a atenção na leitura 
e na compreensão das ideias. Além disso, possibilita voltar ao texto lido, num 
outro momento, quando for necessário buscar uma ideia para fundamentar 
uma posição ou relembrar o lido ou, por qualquer outro motivo, fazer uma 
retomada do texto (grifos nossos). 
 
A autora destaca que, ao estudar um texto, devemos sublinhar apenas as 
ideias principais (apenas palavras-chave ou frases). A finalidade dessa estratégia é: 
 orientar uma consulta futura; 
 mapear as informações principais do texto (tese, principais argumentos, 
contraposições, definições etc.); 
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 ajudar na compreensão do texto e na concentração. 
Sugerimos que, ao utilizar a técnica de sublinhar, realize os seguintes passos: 
 leia integralmente o texto, para ver do que trata e como o conteúdo é 
apresentado; 
esclareça dúvidas de vocabulário e termos técnicos; 
 releia o texto para identificação das ideias principais; 
 grife, em cada parágrafo, as palavras que contêm a ideia-núcleo e os detalhes 
importantes; 
 assinale com uma linha vertical, à margem do texto, os tópicos mais 
importantes; 
 assinale, à margem do texto, com um ponto de interrogação ou outro sinal, os 
casos de discordâncias, as passagens obscuras, os argumentos discutíveis; 
 leia o que foi grifado para verificar se há sentido; 
 reconstrua o texto, tomando as palavras grifadas como base. 
Ao estudar um texto, sublinhe apenas o estritamente necessário, evite o 
acúmulo de anotações que, em vez de facilitar o trabalho, poderá dificultar e gerar 
confusão. 
 
Atividade 
Leia com atenção o texto, analise-o e grife as informações principais. 
As reuniões periódicas de avaliação do progresso são instrumento fundamental de 
planejamento e controle da equipe. Como o próprio nome sugere, o objetivo é avaliar o 
andamento de uma atividade ou projeto, ou mesmo o estado geral das tarefas de uma 
equipe, sob o ponto de vista técnico e administrativo, e tomar as decisões necessárias a seu 
controle. Uma reunião destas também serve para reavaliar em que pé estão as decisões 
tomadas na reunião anterior, e pode começar com uma apresentação feita pelo líder, sobre 
a situação geral das coisas. Em seguida, cada um dos membros pode fazer um relato das 
atividades sob sua responsabilidade. Depois disso, repete-se o processo para o período que 
vai até a reunião seguinte, especificando-se então quais são os planos e medidas corretivas 
a ser postas em prática nesse período. Dada essa sua característica de estar orientada para 
uma finalidade muito particular, uma reunião desse tipo tende a ser, quando bem 
administrada, extremamente objetiva e de curta duração. 
 
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Você deve ter notado que sublinhamos apenas palavras-chave ou parte de 
frases e o que está grifado faz sentido, já que podemos reconstruir o texto tomando 
os trechos grifados como base. Releia o que está grifado para verificar se realmente 
as informações destacadas fazem sentido e se sintetizam as ideias que embasam o 
texto. Asinformações sublinhadas servem para mapearmos as informações principais 
do texto e, consequentemente, fazermos uma consulta futura sem a necessidade de 
reler o texto todo. Portanto, pratique essa estratégia e verá que ela é bastante útil 
ao seu estudo. 
Até aqui você deve ter percebido que fazer leitura de estudo é bastante 
diferente de ler um romance, uma revista ou um jornal, já que estudar um texto é 
bem mais trabalhoso. Mas é assim que conseguiremos memorizar os conteúdos e 
ampliar nosso conhecimento na área em que estamos nos especializando. 
 
1.6.2 Elaboração de esquemas 
Ao elaborar um esquema, lembre-se das seguintes palavras de Castello Pereira 
(2003, p. 58): 
 
O esquema “é uma forma de reorganizar um texto em tópicos sequenciais ou 
arranjo de um modo espacial específico para permitir a visualização global e 
rápida” (BRITO, 2001). É uma atividade que pode ajudar na seleção e na 
organização das informações mais importantes. “O esquema é um texto que 
corresponde, grosso modo, a uma radiografia do texto, pois nele aparece 
apenas o ‘esqueleto’, ou seja, as ‘palavras-chave’, sem necessidade de 
apresentar frases redigidas”. Utilizam-se normalmente de colchetes, chaves, 
setas e outros símbolos (ANDRADE, 1997) que possam ajudar na organização 
e visualização das ideias. É um texto que auxilia na leitura, fundamental para 
desenvolver a capacidade de usar a escrita para intervenção social, estudo e 
trabalho (grifos nossos). 
 
 A autora expõe que, na elaboração do esquema, devemos selecionar e 
organizar as informações mais importantes, apenas palavras-chave (“esqueleto” do 
texto) para que, ao final, tenhamos a visualização global e rápida, a radiografia do 
texto. Para isso, podemos usar chaves, flechas, retângulos, subdivisão numérica, como 
podemos visualizar na sequência. 
 
 
 
 
 
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Esquema: chaves 
 
 
Esquema: retângulos 
 
 
Esquema: flechas 
 
Esquema: retângulos 
 
 
 
 
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Esquema: subdivisão numérica 
 
 
Segundo Galliano (1989), o esquema deve ser disposto em uma sequência 
lógica que ordene claramente as principais partes do conteúdo do texto e que, 
mediante divisões e subdivisões, represente sua hierarquia. Assim, para a elaboração 
do esquema, é necessário compreender bem as relações existentes entre as diversas 
partes do texto, captar os conteúdos principais e refletir melhor sobre o texto. Depois 
de elaborado, o esquema possibilita uma rápida recordação da leitura em consultas 
futuras. 
 
Atividade 
Elabore um esquema do texto grifado na atividade anterior. 
 
1.6.3 Como parafrasear textos 
Paráfrase é a representação de um texto ou fragmento de texto com outra forma 
e (hipoteticamente) o mesmo sentido básico. Para tanto, é necessária uma boa 
compreensão adequada do texto. Consiste no desenvolvimento explicativo (ou 
interpretativo) de um texto. Corresponde a uma espécie de tradução dentro da própria 
língua, em que se diz, de maneira mais clara, num texto B, o que contém um texto A 
(GARCIA, 2006). Na paráfrase, ocorre uma transformação da parte formal do texto, 
vocabulário e estrutura da frase, sem, no entanto, haver modificações das ideias ou 
acréscimo de informações. Resumos e explicações são tomados como paráfrase. 
Leia com atenção o texto exposto a seguir. 
 
A armadilha do PET 
Norbert Suchanek 
 
Foi na última semana, quando uma amiga me enviou uma foto de seu quintal de 
permacultura e com orgulho ela escreveu: "Olha estou reciclando garrafas de PET, utilizando 
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no viveiro para as minhas plantinhas". A minha amiga se acha ecologicamente correta e 
consciente, mas sem querer ela entrou na armadilha da grande indústria do plástico e do 
petróleo. 
Por anos, incontáveis workshops de reciclagem ensinaram a brasileiros, criancinhas, 
adultos, idosos, donas de casa, comunidades carentes e povos indígenas a maravilha de 
“reciclar” garrafas PET. As garrafas de PET usadas passam, então, a servir para várias coisas. 
Vasos para plantas, brinquedos, bijuterias, árvores de Natal, móveis ou qualquer coisa 
inimaginável. Paralelo a isso, foi criado um mercado de roupas com malha PET, identificada 
como ecologicamente correta. Camisas caríssimas, porque salvam o Planeta, diz a 
propaganda. 
Uma mentira que só virou verdade nesta sociedade do século 21, porque foi repetida 
milhares vezes. A realidade é esta: o uso de uma garrafa PET velha no seu quintal ou em 
forma de roupa, ou como um “telhado verde” não é reciclagem e nem preserva o meio 
ambiente. Reciclagem é quando uma garrafa PET velha vira uma garrafa PET nova, como é 
feito com as garrafas de vidro. Só assim o uso da matéria-prima, o petróleo e o gasto de 
energia estarão reduzidos. Mas o que acontece com a PET, na realidade, é o contrário disso. A 
garrafa PET na prática mundial não vira uma nova garrafa PET. A garrafa velha vira outro 
produto, um processo que internacionalmente recebeu o nome “Downcycling”. 
Ao contrário do vidro, a PET não pode ser reutilizada na linha de produção original, e o 
seu processo de reciclagem de verdade é ainda caro e complicado. Por isso a indústria de 
embalagens prefere utilizar matéria-prima para seus produtos e inventou a propaganda da 
PET-Recicling. 
Novos mercados para o lixo de PET foram criados que de fato estão estimulando a 
produção de novas garrafas PET à base da matéria-prima petróleo. Por exemplo, o novo 
mercado de Eco-Camisas, Eco-Bolsas ou Eco-mochilas de PET, precisa de produção de novas 
garrafas de PET à base da matéria-prima. E isso é um ato contra a sustentabilidade, contra o 
meio ambiente e contra a nossa saúde. 
Pior: ao contrário das fadas da propaganda da indústria química, a produção de PET 
nem é fácil ou limpa. Além do uso de petróleo, também várias substâncias tóxicas são 
necessárias ou são criadas durante o processo. Por exemplo, a indústria está usando trióxido 
de antimônio no processo de fazer PET. Mas antimônio é um metal pesado venenoso e pode 
criar câncer. “A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) classifica o trióxido de 
antimônio no Grupo 2B – possivelmente carcinogênico para o ser humano.” 
A substância orgânica Bisfenol-A (BPA) é outro grande vilão na produção de garrafas de 
plástico e de outras embalagens. Essa substância de fórmula (CH3)2C(C6H4OH)2 é um 
estrogênio sintético e pode causar câncer e infertilidade. Já foi provado há anos que o Bisfenol-
A pode contaminar os líquidos dentro das garrafas de PET ou de outros plásticos. 
Quem compra garrafas de PET e as usam no seu quintal como um viveiro ou quem cria 
um sofá de PET ou bijuterias também está responsável pela continuidade do uso do petróleo, 
pela mineração de antimônio e seus efeitos danificadores e pela contaminação do meio 
ambiente com substâncias tóxicas e cancerígenas. O mundo não precisa de garrafas, camisas 
ou viveiros de PET. Vidro é o melhor material para guardar qualquer bebida, inclusive a água. 
As garrafas de vidro podem ser reutilizadas centenas de vezes. E o material de vidro pode ser 
reciclado sem fim. O próprio vidro é a melhor matéria-prima para fazer vidro. (Disponível em: 
<http://www.diarioliberdade.org/opiniom/opiniom-propia/45420-a-armadilha-do-
pet.html#.UuD7qM3mYb4.facebook>. Acesso em: 30 jan. 2014.) 
 
Depois de reler e compreender o texto, podemos elaborar a paráfrase. Leia, a seguir,uma sugestão de paráfrase do texto em análise. 
 
 
 
 
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O PLANETA RESPIRA MELHOR SEM GARRAFAS PET 
 
No texto A armadilha do pet, ao constatar que os brasileiros reutilizam garrafas pet 
como se as reciclassem, Norbert Suchanek rechaça, então, a reutilização do pet e defende o 
vidro como material adequado para embalagens. 
A partir de um exemplo rotineiro, o autor critica as pessoas que se consideram 
ecologicamente corretas ao reutilizarem garrafas pet em distintas situações ou na produção de 
outros objetos. O mercado da reutilização, inclusive, por vender a ideia de proteção ao planeta, 
cobra preços altíssimos e beneficia, geralmente, pessoas que apenas visam ao lucro. 
Norbert afirma que foi a própria indústria de plástico, aliada à mídia, a maior 
responsável por divulgar a moda da reutilização de tais garrafas como se fosse reciclagem. E 
muitas pessoas foram enganadas com o discurso publicitário, que, em nome da preservação 
ambiental, incentivou a produção de novas garrafas. Suchanek esclarece que não ocorre 
reciclagem com essa embalagem, pois ela não se transforma em nova garrafa. Acontece 
somente a reutilização do plástico em outros produtos, como camisetas e bolsas, por exemplo, 
ou ainda em vasos de plantas cujos recipientes vão, no fim, para o lixo mesmo. O autor afirma, 
ainda, que as indústrias, que pensam apenas no lucro, não encaram a reciclagem do pet 
porque reciclar é muito caro. 
Assim, por mais esforços que façam, os cidadãos não conseguem reduzir a utilização 
de petróleo, que é recurso não renovável, nem de substâncias extremamente prejudiciais à 
saúde do ser humano na fabricação de novas garrafas. E isso é mais preocupante do que se 
imagina, de acordo com o autor. 
Norbert insiste que as pessoas que utilizam garrafas pet, seja como consumidoras ou 
como defensoras do meio ambiente, são responsáveis pelo aumento desses recipientes no 
planeta. Ao concluir, ele opta pelo vidro, uma vez que esse material pode ser reciclado e, 
assim, contribuir na redução dos impactos ambientais. 
As garrafas pet constituem um grave problema em termos do aumento de lixo no Brasil. 
Cabe, portanto, ao governo brasileiro, por meio de distintos ministérios, como, por exemplo, do 
meio ambiente, exigir que as indústrias tratem os recipientes de pet com atenção e 
responsabilidade ambiental ao reciclá-los. E também o consumidor deve fazer sua parte ao 
diminuir o consumo de refrigerante a fim de proteger o planeta, que é lugar de todos. 
 
Neste capítulo, você viu que a leitura é algo imprescindível ao universitário, que 
estudará muitos textos. Para fazer a leitura de estudo, podemos utilizar algumas 
estratégias, como localizar o tópico frasal, sublinhar, esquematizar e parafrasear as 
informações principais. Essas estratégias nos auxiliam nos estudos, pois são formas 
que nos conduzem à compreensão mais profunda das principais informações e à sua 
memorização. Portanto, não deixe de praticá-las, pois só assim você se tornará um 
leitor eficiente (lembre-se de que só aprendemos a ler lendo!). Bons estudos! 
 
Atividades 
1. Leia com atenção o capítulo retirado do livro A arte de argumentar, de Antônio 
Suárez de Abreu, grife as informações principais, depois as esquematize e elabore 
uma paráfrase. 
 
 
Comunicação e Expressão 
 
 Centro Universitário Luterano de Palmas – Ceulp 31 
 
CONDIÇÕES DA ARGUENTAÇÃO 
 
A primeira condição da argumentação é ter definida uma tese e saber para que tipo de 
problema essa tese é resposta. Se queremos vender um produto, nossa tese é o próprio 
produto. Mas isso não basta. É preciso saber qual a necessidade que o produto vai satisfazer. 
Um bom vendedor é alguém capaz de identificar necessidades e satisfazê-las. Um bom 
vendedor de carros saberá vender um automóvel de passeio a um cliente que se locomove 
apenas no asfalto e um utilitário àquele que tem de enfrentar estradas de terra. 
No plano das ideias, as teses são as próprias ideias, mas é preciso saber quais as 
perguntas que estão em sua origem. Se eu quero vender a ideia de que é preciso sempre 
poupar um pouco de dinheiro, eu tenho de saber que a pergunta básica é: — O que eu faço 
com o dinheiro que recebo? Muitas pessoas se queixam de que, nas reuniões da empresa, 
suas boas ideias nunca são levadas em consideração. O que essas pessoas não percebem é 
que essas ideias são respostas a perguntas que elas fizeram a si mesmas, dentro de suas 
cabeças. Ora, de nada adianta lançar uma ideia para um grupo que não conhece a pergunta. É 
preciso primeiro fazer a pergunta ao grupo. Quando todos estiverem procurando uma solução, 
aí sim, é o momento de lançar a ideia, como se lança uma semente em um campo previamente 
adubado. 
A segunda condição da argumentação é ter uma “linguagem comum” com o auditório. 
Somos nós que temos de nos adaptar às condições intelectuais e sociais daqueles que nos 
ouvem, e não o contrário. Temos de ter um especial cuidado para não usar termos de 
informática para quem não é da área de informática, ou de engenharia, para quem não é da 
área de engenharia e assim por diante. 
Durante a campanha para a prefeitura de São Paulo, em 1985, Jânio Quadros contou 
com o apoio do deputado e ex-ministro Delfim Neto. Durante um comício para moradores de 
um bairro de periferia, Delfim terminou sua fala dizendo: “- A grande causa do processo 
inflacionário é o déficit orçamentário”. Logo depois, Jânio chamou Delfim de lado e disse: “-
Delfim, olhe para a cara daquele sujeito ali. O que você acha que ele entendeu do seu 
discurso? Ele não sabe o que é processo. Não sabe o que é inflacionário. Não sabe o que é 
déficit. E não tem a menor ideia do que é orçamentário. Da próxima vez, diga assim: - A causa 
da carestia é a roubalheira do governo”. 
Em um processo argumentativo, nós somos os únicos responsáveis pela clareza de 
tudo aquilo que dissermos. Se houver alguma falha de comunicação, a culpa é exclusivamente 
nossa! 
A terceira condição da argumentação é ter um contato positivo com o auditório, com o 
outro. Estamos falando outra vez de gerenciamento de relação. Nunca diga, por exemplo, que 
vai usar cinco minutos de alguém, se vai precisar de vinte minutos. É preferível, nesse caso, 
dizer que vai usar meia hora. Muitas vezes, há necessidade de respeitar hierarquias e 
agendas. Faça isso com sinceridade e bom humor. 
Outra fonte de contato positivo com o outro é saber ouvi-lo. Noventa e nove por cento 
das pessoas não sabem ouvir. A maior parte de nós tem a tendência de falar o tempo todo. É 
preciso desenvolver a capacidade da audiência empática. PATHOS, em grego, além de 
enfermidade, significa SENTIMENTO. EM, preposição, significa DENTRO DE. Ouvir com 
empatia quer dizer, pois, ouvir dentro do sentimento do outro. 
As palavras são escolhidas inconscientemente. É preciso prestar atenção a elas. É 
preciso prestar atenção também ao som da voz do outro! É por meio da voz que expressamos 
alegria, desespero, tristeza, medo ou raiva. Às vezes, a maneira como uma pessoa usa sua 
voz nos dá muito mais informações sobre ela do que o sentido lógico daquilo que diz. Devemos 
também aprender a “ouvir” com nossos olhos! A postura corporal do outro, suas expressões 
faciais, a maneira como anda, como gesticula e até mesmo a maneira como se veste nos dão 
informações preciosas. O poeta e semioticista Décio Pignatari costuma dizer que o homem 
precisa aprender a “OUVIVER”, verbo que ele inventou a partir de OUVIR, VER e VIVER. 
Finalmente, a quarta condição e a mais importante delas: agir de forma ética. Isso quer 
dizer que devemos argumentar com o outro, de forma honesta e transparente. Caso contrário,

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