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Raciocínio Lógico, crítico e Analitico 01

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CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
1 
 
 
 
 
Raciocínio Lógico, Crítico e Analítico 
 
 
Aula 1 
 
 
 
Prof.ª Claudia Lorena Juliato Araújo 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
2 
Conversa inicial 
O que é raciocínio lógico? Ou melhor, o que é raciocínio? O que é lógico? 
Não estamos falando de quebra-cabeças, tampouco de assertivas matemáticas 
ou as famosas “pegadinhas”. 
O raciocínio lógico é muito mais que continhas que dão certo ou charadas 
matemáticas para descobrir o número que está faltando. 
Vamos “quebrar” a cabeça sim, mas não em contas. 
Nesta aula, vamos trabalhar com as principais noções do raciocínio lógico, 
os principais termos e as primeiras de noções de como ela acontece e qual a 
sua importância. 
Contextualizando 
Você já ouvir falar de premissa? E de tautologia? Mas o que são esses 
termos? Você pode estar se perguntando: isso se calcula? Não, isso não são 
cálculos, mas conceitos muito importantes. 
O raciocínio lógico é um mundo além das operações matemáticas. São 
conceitos, termos e simbologias além da nossa língua portuguesa. O raciocínio 
lógico nos auxilia na compreensão de estruturas numéricas e de palavras e em 
situações cotidianas. Nos dá habilidade de lidar com situações partindo de 
hipóteses para a tomada de decisão. 
Os conceitos formam-se com maior clareza quando utilizamos de 
raciocínio lógico. A lógica é amplamente utilizada em diversas áreas, como a 
informática, a cibernética, a inteligência artificial, entre outros. 
Tema 1: Conceitos lógicos 
Com certeza você já precisou tomar decisões em sua vida. Já fez 
afirmações e negações, já buscou soluções para algum tipo de problema. Pois 
bem, a lógica é quem faz com que concatenemos nossos pensamentos, ou seja, 
por meio de certas verdades, admite que tiremos conclusões. Para entendermos 
essa ciência que nos faz arranjar nossas ideias de forma clara e coesa, vamos, 
primeiramente, estudar os principais termos e conceitos usados na lógica. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
3 
Quadro 1.1 – Termos usados pela lógica 
PROPOSIÇÃO Conjunto de palavras e/ou símbolos que representam 
um pensamento completo. 
REGRA É a conexão entre duas proposições. 
CONECTIVOS Termos usados para formar novas proposições com base 
em outras existentes 
VALOR LÓGICO Juízo atribuído à proposição. Pode ser verdadeiro ou falso. 
PREMISSA Cada uma das proposições de um silogismo. 
ARGUMENTO Conjunto com estrutura lógica. Expressão verbal do 
raciocínio. 
CONCLUSÃO É o resultado das premissas. 
SILOGISMO Argumento formado por três proposições: a maior, a menor 
e a conclusão. 
INFERÊNCIA É o ato de extrair conclusões com base nas premissas que 
compõe o argumento. 
São termos muito distintos e poucos trabalhados no vocabulário cotidiano. 
No início, pode ser complicado, mas, aos poucos, nos acostumamos e acabamos 
usando alguns delas no dia a dia. 
Proposição 
As proposições podem ser de dois tipos: simples e composta, conforme 
figura a seguir. 
Figura 1.1 – Tipos de proposições 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
4 
 
Conectivos 
Estes conectam, juntam duas ou mais proposições. Podem ser: e, ou, não, 
se…então, se…e somente se... 
Figura 1.2 – Conectivos 
Vamos falar de cada uma delas no quadro a seguir. 
PROPOSIÇÃO
SIMPLES
é um pensamento 
singular e não integra 
qualquer outro tipo 
de proposição
Ex.: O sol é amarelo
COMPOSTA
é formada pela 
composição de duas 
ou mais proposições 
simples
Ex.: Ana é professora 
e Carlos é vendedor
CONECTIVOS
E
^
OU
V
NÃO
~
SE...ENTÃO
→
SE...E 
SOMENTE SE...
↔
 
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5 
Quadro 1.2 – Explicação a respeito de conectivos 
E CONJUNÇÃO Uma conjunção só será verdadeira se 
todas as proposições forem verdadeiras, 
basta que uma seja falsa para que todas 
também sejam. 
OU DISJUNÇÃO Uma disjunção será falsa quando as partes 
que a compõe forem falsas. Nos demais 
casos, serão verdadeiras. 
NÃO NEGAÇÃO Representa a negação de uma proposição. 
Se ela for negativa, esta proposição será 
verdadeira. 
SE…ENTÃO CONDICIONAL Uma proposição condicional só será falsa 
se a primeira for verdadeira e a segunda 
falsa. Nos outros casos, será verdadeira 
SE…E 
SOMENTE 
SE… 
BICONDICONAL Será falsa somente quando os valores 
lógicos das duas proposições forem 
diferentes. Só será verdadeira se o valor 
das duas proposições for igual 
Valores lógicos das proposições 
Só existem duas possibilidades para uma proposição: 
 V – verdadeira. 
 F – falsa. 
Tema 2: Tabela verdade 
O que é uma tabela verdade? Podemos dizer que é um termo muito 
utilizado. Vamos ver o que é? 
As tabelas verdade são dispositivos práticos que apresentam todos os 
possíveis resultados para todas as possibilidades existentes para cada 
proposição com suas respectivas operações. Sempre existirá uma tabela 
 
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6 
verdade para cada conectivo que une duas ou mais proposições. 
Veja um exemplo de tabela verdade. 
Quadro 2.1 – Tabela verdade 
p q 
V V 
V F 
F V 
F F 
Onde: p e q são as proposições, representam afirmações. 
A tabela é constituída de todas as combinações possíveis para as 2 
proposições. Se a tabela é composta de 2 proposições, a tabela verdade terá 
quatro linhas: 2²=4. 
Se a tabela é composta de 3 proposições, sua tabela verdade terá oito 
linhas, 2³=8. E assim por diante. Em 3 proposições, quais são as combinações 
possíveis? Veja no quadro a seguir 
Quadro 2.2 – Tabela verdade composta de três proposições 
p q r 
V V V 
V V F 
V F V 
V F F 
F V V 
F V F 
F F V 
F F F 
 
 
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7 
Possíveis resultados de uma tabela verdade 
Quadro 2.3 – Possíveis resultados de uma tabela verdade 
TAUTOLOGIA Acontece quando o resultado é sempre VERDADEIRO. 
CONTRADIÇÃO Acontece quando o resultado é sempre FALSO. 
CONTINGÊNCIA Acontece quando os resultados são mistos, ou seja, 
quando não tivermos nem tautologia nem contradição. 
Vamos ver exemplos de tabelas verdade com os conectivos já vistos. 
Porém, antes você precisa lembrar: 
Quadro 2.4 – 
^ 
 
Uma conjunção só será verdadeira se todas as 
proposições forem verdadeiras, basta que uma 
seja falsa para que todas também sejam. 
V 
 
Uma disjunção será falsa quando todas partes que 
a compõe forem falsas. Nos demais casos serão 
verdadeiras. 
~ 
 
Representa a negação de uma proposição. Se ela 
for negativa, esta proposição será verdadeira. 
→ 
 
Uma proposição condicional só será falsa se a 
primeira for verdadeira e a segunda falsa. Nos 
outros casos, será verdadeira 
↔ 
 
Será falsa somente quando os valores lógicos das 
duas proposições forem diferentes. Só será 
verdadeira se o valor das duas proposições for 
igual. 
Considere duas proposições p e q e construa a tabela verdade para todos 
os conectivos anteriores. 
 
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8 
Quadro 2.5 – 
p q ~p ~q p^q 
 
pvq p→q 
 
p↔q 
 
V V F F V V V V 
V F F V F V F F 
F V V F F V V F 
F F V V F F V V 
Simples, não? 
Nem tanto. O quadro anterior precisa ser claro, pois ele é o norteador de 
todas as operações lógicas. 
Vamos ver outro exemplo de tabela verdade, agora para ~(p^~q). 
1. Lançar todos os valores possíveis para p e q, assim: 
Quadro 2.6 
p q 
V V 
VF 
F V 
F F 
2. Fazer a negativa de q, acrescentando à coluna ao lado. 
Quadro 2.7 
p q ~q 
V V F 
V F V 
F V F 
F F V 
3. Fazer a operação de conjunção entre p e ~q, adicionando à coluna ao 
lado. 
 
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9 
Quadro 2.8 
p q ~q p^~q 
V V F F 
V F V V 
F V F F 
F F V F 
4. O último passo é negar esta operação realizada. 
Quadro 2.9 
p q ~q p^~q ~(p^~q) 
V V F F V 
V F V V F 
F V F F V 
F F V F V 
Agora, neste outro exemplo, faremos a construção passo a passo da 
tabela verdade para(~p v q) → (p ^ q). 
1. Todas as possibilidades para p, q e ~p. 
Quadro 2.10 
p q ~p 
V V F 
V F F 
F V V 
F F V 
2. Realizar a operação (~p v q). 
Quadro 2.11 
p q ~p (~p v q) 
V V F V 
 
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10 
V F F F 
F V V V 
F F V V 
3. Realizar a operação (p ^ q). 
Quadro 2.12 
p q ~p (~p v q) (p ^ q) 
V V F V V 
V F F F F 
F V V V F 
F F V V F 
4. Por último, a finalização dos 2 resultados encontrados por meio da 
condicional →. Então, teremos: 
Quadro 2.13 
p q ~p (~p v q) (p ^ q) (~p v q) → (p ^ q) 
 
V V F V V V 
V F F F F V 
F V V V F F 
F F V V F F 
Tema 3: Transformando proposições em linguagem formal 
Você sabia que na informática utiliza-se o zero (0) e o um (1) para formar 
as combinações e toda as conexões dos programas? Eles são feitos com esses 
dois conectivos e tudo isso se estabelece com base nas tabelas verdade. 
Precisamos, então, entender todas as formas de proposições. 
Forma normal das proposições 
As proposições encontram-se na forma normal quando contém os 
conectivos de negação (~), ou (v) e (^). 
 
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11 
Toda proposição que não esteja na sua forma normal pode ser 
transformada em normal eliminado os conectivos → e ↔. Veja nos exemplos: 
p —> q = ~p v q 
p <—> q = (~p v q) ^ (p v ~q) 
Para verificar esta veracidade, vamos construir suas tabelas verdade. 
Primeiro para a equivalência: p → q = ~p v q 
Quadro 3.1 
p→q p q ˜p ˜pvq 
V V V F V 
F V F F F 
V F V V V 
V F F V V 
Observe que os resultados são iguais. 
Agora vejamos o outro caso, seria interessante você tentar sozinho antes 
de ver o resultado. 
A equivalência é p ↔ q = (~p v q) ^ (p v ~q). 
Quadro 3.2 
p↔q p Q ˜p ˜q (˜pvq) (pv˜q) (~pvq)^(pv~q) 
V V V F F V V V 
F V F F V F V F 
F F V V F V F F 
V F F V V V V V 
Também encontramos o mesmo resultado da tabela verdade. 
Ordem de precedência dos conectivos 
Assim como na aritmética, entre as quatros operações, temos de resolver 
 
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12 
primeiramente as multiplicações e as divisões, para depois resolver as somas e 
subtrações. Na lógica, os conectivos também têm ordem de resolução. 
Essa ordem é dada por: 
1. a negação (~); 
5. a conjunção ou disjunção (^ ou v), a que vier primeiro; 
6. a condicional (→); 
7. a bicondicional (↔). 
Quando se deseja outras ordens que não as formais, deve-se usar os 
parêntesis para dar preferência de um conectivo em detrimento de outro. Por 
exemplo: se quisermos na proposição que bicondicional seja resolvida antes da 
condicional, devemos usar os parêntesis. 
p → q ↔ s ^ r 
Colocando os parêntesis, temos: 
p → (q ↔ s ^ r) 
Com isso, consegue-se priorizar a resolução de um conectivo de ordem 
mais baixa que o outro. 
Agora que já conhecemos a ordem, vamos ver a questão da linguagem, 
ou seja, a transformação de linguagem lógica para linguagem corrente. 
Considere as proposições: 
 p: está calor. 
 q: faz sol. 
Agora, vamos fazer todas as traduções possíveis: 
1. ~p = não está calor. 
2. p ^ q = está calor e faz sol. 
 
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13 
3. p v q = está calor ou faz sol. 
4. q ↔ p = faz sol se e somente se está calor. 
5. p → ~q = se está calor então não faz sol. 
6. p v ~q = está calor ou não faz sol. 
7. ~p ^ ~q = não está calor e não faz sol. 
8. p ^ ~q → p = está calor e não faz sol então está calor. 
Não é difícil, vamos então fazer o inverso? Considere as proposições: 
 p: Alberto é rico 
 q: Alberto é feliz 
Com essas proposições, vamos transformar a linguagem corrente em 
linguagem lógica. 
1. Alberto é pobre, mas é feliz. 
2. Alberto é rico ou infeliz. 
3. Alberto é pobre e infeliz. 
4. Alberto é pobre ou rico, mas é infeliz. 
Analisemos cada uma delas: 
1. Temos a negação de p e a afirmação de q, então: ~p^q 
2. Nesta proposição, estamos afirmando p ou negando q, logo: pv~q 
3. Negamos p e também negamos q, então: ~p^~q 
4. Negamos ou afirmamos p e negamos q. Neste caso, como os conectivos 
e e ou tem a mesma precedência de resolução, teremos de usar 
parêntesis, assim teremos: (~pvp)^~q 
Tema 4: Equivalências lógicas 
Para facilitar nosso passeio pela lógica, precisamos conhecer suas regras 
 
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14 
e suas leis. Elas são importantes para a compreensão e desenvolvimento de 
toda a estrutura lógica. 
É preciso quebrar a “cuca”, mas entendendo tudo, podemos nos sair 
melhor nesta maravilha de nossas cabeças que é a lógica 
Assim como na aritmética, os conectivos lógicos também possuem 
propriedades. 
Mas, além disso, temos leis que nos ajudam e são uteis para resolver 
proposições compostas. 
A equivalência (<=>) entre duas ou mais proposições acontece quando 
suas tabelas verdade são iguais. Também uma bicondicional (↔) que é uma 
tautologia, é uma proposição equivalente. Veja a tabela verdade da proposição: 
p → q ↔ ~q → ~p 
Quadro 4.1 
p q ~p ~q p → q ~q → ~p P → q ↔ ~q → 
~p 
V V F F V V V 
V F F V F F V 
F V V F V V V 
F F V V V V V 
Observe que as colunas 5 e 6 são iguais, isso gera uma equivalência e, 
como há uma bicondicional (↔) entre elas, gera uma tautologia na coluna 7, ou 
seja, é quando os resultados são todos verdadeiros. Logo, podemos afirmar que 
p → q <=> ~q → ~p. 
As equivalências têm propriedades importantes. São elas: 
Quadro 4.2 – Propriedades das equivalências 
REFLEXIVA p <=> p q <=> q 
 
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15 
SIMÉTRICA Se p <=> q então q <=> p 
TRANSITIVA Se p <=> q e q <=> r, 
então, p <=> r 
Tipos de equivalências 
Listaremos as equivalências mais importantes para o nosso estudo, como 
já vimos todas elas podem ser comprovadas mostrando que a bicondicional entre 
elas é uma tautologia. Para isto, basta construir a tabela verdade. Faremos isto 
com algumas delas. 
1. Lei da comutatividade. 
2. Lei da associatividade. 
3. Lei da distributividade. 
4. Lei de Morgan. 
5. Lei da idempotência. 
6. Lei da dupla negação. 
7. Lei da condicional. 
8. Lei da bicondicional. 
9. Lei da contraposição. 
10. Lei da absorção. 
11. Lei de Clavius. 
12. Lei da refutação por absurdo. 
13. Lei do dilema. 
14. Lei da demonstração por absurdo. 
15. Lei de exportação/importação. 
Vamos ver cada uma delas e exemplificar: 
Quadro 4.3 
 
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16 
LEI PROPOSIÇÃO 
COMUTIVIDADE p ∧ q ⇔ q ∧ p 
p ∨ q ⇔ q ∨ p 
ASSOCIATIVIDADE (p ∧ q) ∧ r ⇔ p ∧ (q ∧ r) 
(p ∨ q) ∨ r ⇔ p ∨ (q ∨ r) 
DISTRIBUTIVIDADE p ∧ (q ∨ r) ⇔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r) 
p ∨ (q ∧ r) ⇔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r) 
DE MORGAN ~ (p ∧ q) ⇔ ~ p ∨ ~q 
~ (p ∨ q) ⇔ ~ p ∧ ~ q 
IDEMPOTENCIA p ∧ p ⇔ p 
p ∨ p ⇔ p 
DUPLA NEGAÇÃO ~ (~ p) ⇔ p 
CONDICIONAL p → q ⇔ ~ p ∨ q 
BICONDICIONAL p ↔ q ⇔ (p → q) ∧ (q → p) 
p ↔ q ⇔ (p ∧q) ∨ ( ~ p ∧ ~ q) 
CONTRAPOSIÇÃO p → q ⇔ ¬ q → ~ p 
ABSORÇÃO p → p ∧ q ⇔ p → q 
CLAVIUS ~ p → p ⇔ p 
REFUTAÇÃO POR ABSURDO (p → q) ∧ (p → ~ q) ⇔ ~ p 
DILEMA (p → q) ∧ (~ p → q) ⇔ q 
DEMONSTRAÇÃO POR 
ABSURDO 
p ∧ ~ q → F ⇔ p → q 
EXPORTAÇÃO/IMPORTAÇÃO p → (q → r) ⇔ p ∧ q → r 
Que tal vermos exemplos e distinguirmos qual lei de equivalência está 
sendo usada? 
1. “Se continuar o calor, haverá seca” equivale a “ou para o calor, ou seca”. 
 
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17 
2. “Se Deise for bem na entrevista, será contratada” equivale a “se Deise 
não for bem na entrevista, não será contratada”. 
3. “Se passar no concurso, mudo-me para São Paulo e, se não passar, 
também mudo” equivale a “vou mudar”. 
4. “Fui à panificadora ou ao supermercado” equivale a “fui ao supermercado 
ou à panificadora”. 
Conseguiu ver quais leis são aplicadas nesses exercícios? Sim, é difícil, 
mas só no começo. Vamos transformar as frases acima em proposições, como 
exemplo, que tal? 
 “Se continuar o calor, haverá seca” equivale a “ou para o calor ou haverá 
seca”. 
p: faz calor 
q: haverá seca 
“Se continuar o calor, haverá seca”, podemos colocar a seguinte 
operação: p → q. 
“Ou para o calor ou seca”, podemos colocar a seguinte operação: ~p v q. 
Logo, se elas são equivalentes, ou seja, p → q <=> ~p v q, então, estamos 
falando da lei da condicional, a lei número 7. 
 
Tema 5: Construindo tabelas verdade de vários tipos 
Vamos primeiramente relembrar todas as operações lógicas por meio do 
quadro a seguir. 
Quadro 5.1 – Operações lógicas 
Operação Conectivo Estrutura lógica Exemplos 
Negação ¬ Não p O computador 
não está 
quebrado. 
Conjunção ^ p e q Hoje é terça-feira 
 
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18 
e a janela está 
aberta. 
Disjunção 
inclusiva 
v p ou q Hoje é terça-feira 
ou a janela está 
aberta. 
Disjunção 
exclusiva 
v Ou p ou q Ou hoje é terça-
feira ou a janela 
está aberta. 
Condicional → Se p então q Se hoje é terça-
feira, então, a 
janela está 
aberta. 
Bicondicional ↔ p se e somente 
se q 
Hoje é terça-feira 
se e somente se 
a janela está 
aberta 
A importância da tabela verdade é muito grande, pois ela comprova todas 
as leis e proposições, relações de equivalência etc. Por isso, saber construi-la 
com 2, 3, 4 ou mais proposições de forma clara e segura é muito importante. 
As tabelas verdade são importantes para o sistema computacional que 
trabalha com zero (0) e um (1), também é importante na formação de um circuito 
na cibernética e em várias outras áreas. 
Lembremos de como trabalhar com os conectivos. 
Quadro 5.2 
^ 
 
Só teremos V, se todas forem V, se alguma for F, o 
resultado será F 
V 
 
Só teremos F, se todas forem F, basta alguma ser 
V para a resposta ser V 
 
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19 
~ 
 
Será o contrário, é a sua negação 
→ 
 
Se a primeira for V e a segunda F, a resposta será 
F, nos outros casos V 
↔ 
 
Teremos V se o valor das proposições forem iguais, 
nos outros casos, será F 
Até o presente não trabalhamos com tabela verdade para 3 proposições, 
vamos ver um exemplo. 
Construir a tabela verdade da proposição: 
P (p, q, r) = p v ~r —> q ^ ~r. 
Vamos construí-la passo a passo, lembre-se que uma tabela verdade com 
2 proposições tem 4 linhas, pois 2² = 4. Nesse caso, nossa tabela verdade terá 
8 linhas, pois são 3 proposições e 2³ = 8. 
1. Considerar todas as possibilidades para p, q e r; o melhor é sempre fazer 
por linha e não por coluna. 
Quadro 5.3 
p q r 
V V V 
V V F 
V F V 
V F F 
F V V 
F V F 
F F V 
F F F 
2. Agora, vamos fazer a negativa de r. Observe que é só negar a coluna 3. 
 
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20 
Quadro 5.4 
p q r ~r 
V V V F 
V V F V 
V F V F 
V F F V 
F V V F 
F V F V 
F F V F 
F F F V 
3. Fazer a disjunção p v ~r, lembre-se que no conectivo só teremos F se 
todas forem falsas, basta uma verdadeira para ser V. Preste atenção, você irá 
trabalhar com as colunas 1 e 4. 
Quadro 5.5 
p q r ~r p v ~r 
V V V F V 
V V F V V 
V F V F V 
V F F V V 
F V V F F 
F V F V V 
F F V F F 
F F F V V 
4. Agora, vamos fazer o conectivo a conjunção q ^ ~r, recordando que só 
teremos V se todas forem verdadeiras, nos demais casos, todos serão F. 
Trabalharemos com as colunas 2 e 4. 
Quadro 5.6 
 
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21 
p q r ~r q ^ ~r 
V V V F F 
V V F V V 
V F V F F 
V F F V F 
F V V F F 
F V F V F 
F F V F F 
F F F V F 
5. Para finalizar nossa tabela verdade, faremos a condicional. Na 
condicional, quando a primeira é V e a segunda é F, teremos F. Nos demais 
casos, será tudo V. Trabalharemos com as colunas. 
Quadro 5.7 
p q r ~r p v ~r q ^ ~r p v ~r → q ^ ~r 
V V V F V F F 
V V F V V V V 
V F V F V F F 
V F F V V F F 
F V V F F F V 
F V F V V V V 
F F V F F F V 
F F F V V F F 
Agora, vamos fazer duas demonstrações: 
1. Mostrar que a proposição p ^ r —> q v r é tautológica. 
2. Mostrar que a proposição (p ^ q) ^ ~(p v q) é uma contradição. 
 
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22 
Recordando 
 Tautologia: quando todos os resultados da tabela verdade são 
verdadeiros (V). 
 Contradição: quando todos os valores da tabela verdade são falsos (F). 
1. Assim sendo, a tabela verdade de p ^ r —> q v r deve ser toda V. Vamos 
lá? 
Quadro 5.8 
p q r p ^ q q v r p ^ r —> q v r 
V V V V V V 
V V F V V V 
V F V F V V 
V F F F F V 
F V V F V V 
F V F F V V 
F F V F F V 
F F F F F V 
Logo, provamos que p ^ r —> q v r é uma tautologia, pois sua tabela 
verdade é toda V. 
2. A tabela verdade para a proposição (p ^ q) ^ ~(p v q), será: 
Quadro 5.9 
p q p ^ q p v q ~(p v q) (p ^ q) ^ ~(p v q) 
V V V V F F 
V F F V F F 
F V F V F F 
F F F F V F 
Dessa forma, fica provado que a proposição (p ^ q) ^ ~(p v q) é uma 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
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contradição, pois toda sua tabela verdade é F. 
 
Síntese 
Nesta aula, você conheceu o que é a lógica, os principais termos 
utilizados, quais são os conectivos e ficou sabendo o que é uma tabela verdade 
e aprendeu a construir uma. Mas, além de tudo, você viu que lógica é algo bem 
complexo, pois trabalha com sua mente e as conexões existentes. Também viu 
que é esta mesma lógica que alimenta os computadores. Você não estaria lendo 
esta aula se não fosse a combinação binária zero (0) e um (1), que vem de 
verdadeiro (V) e falso (F).

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