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NOME DA DISCIPLINA:
	FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
TÍTULO DA ATIVIDADE ESTRUTURADA: 
	Conhecimento e Educação em Kant através de vídeos e filme
	
OBJETIVOS:
	
- Refletir sobre o pensamento crítico de Kant e as consequências de sua teoria para o campo educacional;
- Manter uma atitude e reflexão filosófica constante, nas atividades pessoais e profissionais;
- Sentir o prazer de fazer novas descobertas, dialogando com outras linguagens, vídeo, cinema, fotografia, música...
	
	
	
	
	
COMPETÊNCIAS/HABILIDADES: 
	- Utilizar novas tecnologias
- Relacionar e aplicar fundamentos filosófico à área educacional 
- Refletir criticamente
- Gerar sua própria formação contínua
	
	
	
DESENVOLVIMENTO:
	Atividades Estruturadas propostas: 
Atividade 1
Assista ao vídeo: Ser ou não ser – Kant. Disponível no site: http://www.youtube.com/watch?v=1argw1pCM1k&feature=related ou www.youtube.com: Ser ou não ser – Kant.
Reflita sobre a importância do pensamento de Kant em relação à questão do conhecimento. 
Até que ponto Kant nos ajuda a questionar a possibilidade de conhecer a realidade? O que é a realidade? Até que ponto podemos conhecer a realidade em si?
Atividade 2
Leia o texto de Alonso Bezerra de Carvalho, intitulado “A Filosofia da Educação Kantiana: Educar para a Liberdade”, disponível em
 http://www.acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/128/3/01d07t03.pdf
Após a leitura, assista ao filme “Entre os Muros da Escola” (“Entre les Murs”), de Laurent Cantet e relacione-o com a questão da disciplina como proposta por Kant. Encontra o filme no You Tube legendado.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
PRODUTO/RESULTADO:
	Construção de um texto com a reflexão pessoal sobre as possibilidades e limites da razão, segundo o pensamento de Kant, na produção dos saberes educacionais.
 2. Disserte sobre o papel e a finalidade da educação em Kant? 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
OBSERVAÇÕES:
Assista aos vídeos com atenção;
Participe do fórum para acompanhamento da realização da atividade estruturada denominado: “FORUM DE DÚVIDAS E ACOMPANHAMENTO DA ATIVIDADE ESTRUTURADA”, que objetiva orientar a realização da atividade estruturada, bem como sanar suas dúvidas.
Construa suas reflexões. Elas deverão fazer parte de seu arquivo pessoal, não devendo, portanto, serem encaminhadas ao tutor da disciplina.
 
a) Fazer relação entre o vídeo, que apresenta o pensamento kantiano 
em relação ao conhecimento e realidade e o texto de Alonso 
Bezerra de Carvalho 
 
O Homem é inferior por não saber usar de forma proveitosa a sua liberdade. A falta de coragem para seguir uma direção/ caminho sem a intervenção dos outros nos impossibilita descobrir o verdadeiro limite da razão através das experiências vividas por nós mesmos. As sensações e as experiências devem ser nossas e, assim, vividas sobre o nosso prisma da realidade, com um foco pessoal sendo capaz de realmente viver a liberdade que a vivência nos oferece. 
O olhar particular diante do mundo lá fora nos engrandece e desenvolve nossas habilidades de percepção do mundo e das coisas ao nosso redor, para que o Homem consiga, de fato, fazer uso seguro do seu entendimento, da sua razão. 
 Nós somos responsáveis pelo que podemos captar e entender do mundo, precisamos desenvolver nossa visão particular e nos libertar da dependência de outro ser humano para ser, conhecer, desafiar, criticar e por fim, entender. 
b) Dissertar sobre o papel e a finalidade da educação em Kant, a 
partir de uma reflexão pessoal sobre as possibilidades e limites da 
razão na produção dos saberes educacionais. 
 
A educação para Kant emancipa o Homem e tem papel fundamental na questão de elevar o homem como indivíduo e parte da espécie humana e é a educação que permitirá o aperfeiçoamento da nossa espécie. A razão e a liberdade são as disposições naturais que devem ser desenvolvidas para uma educação esclarecida, usando a natureza como forma de progressão permanente. 
 Apenas por meio da Educação o homem sairia da mais absoluta ignorância em direção a perfeição do modo de pensar. A busca pela liberdade deve iniciar de forma interior e esta busca só será bem direcionada se o homem for bem “instruído”, direcionado ã luz da razão, pois, como Alonso Bezerra de Carvalho disse “A perfeição da natureza humana é a finalidade que cada geração deve deixar como herança para as gerações futuras” para, assim, a espécie humana 
fazer sentido.
. Assista ao vídeo: Ser ou não ser – Kant. Disponível no site: 
http://www.youtube.com/watch?v=1argw1pCM1k&feature=related 
Reflita sobre a importância do pensamento de Kant em relação à questão 
do conhecimento. Até que ponto Kant nos ajuda a questionar a 
possibilidade de conhecer a realidade?
Como Kant escreveu: “A missão suprema do homem é saber o que precisa para ser homem” diante dessa afirmação podemos extrair que o nosso conhecimento é limitado, sim, mas não finito. Concordo em parte com o argumento de que “não podemos conhecer tudo, apenas o que é captado por nosso aparelho de perceber, de ver, de ouvir e de sentir”, como foi narrado pela repórter no vídeo. 
 
O saber advém do interesse do homem. Terei destaque naquilo que me 
interesso e desprezarei ou serei medíocre naquilo que não me desperta o interesse, acredito ser simples assim. Muitas vezes a pessoa tem um interesse inato por determinado assunto, por exemplo, as pessoas que têm mais facilidade/ habilidade em aprender as Ciências Exatas do que as Ciências Humanas e se destacam, como foi o caso de Albert Einstein. Ele tinha 16 anos quando reprovou no vestibular da Escola Politécnica de Zurique por ter falhado nas provas de Humanas. 
Acho muito complicado, pelo pouco conhecimento que tenho em Filoso fia e pelo que foi apresentado no vídeo, dizer que o pensamento de Kant me ajuda a questionar a possibilidade de conhecer a realidade, só consigo pensar nesta possibilidade de eu voltar à época em que Kant viveu, pois, nos dias de hoje, 
acredito que o conhecimento é infinito e ilimitado, a realidade nos é apresentada de diversas formas. Concordo plenamente que o que percebo da realidade é aquilo que vejo e sinto, mas não sou capaz de ignorar que aquilo que não posso ver, sentir e perceber simplesmente não existe, pode ser apenas que ainda não me foi apresentado.
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 
ATIVIDADE ESTRUTURADA
PROFESSORA TUTORA MARIZA ALVES BRAGA
ISABEL CRIATINA PEREIRA DE OLIVEIRA
Assista ao vídeo: Ser ou não ser – Kant. Disponível no site: htt://www.youtube.com/watch?v=1argw1pCM1k&feature=related ou www.yotube.com: Ser ou não ser – Kant. 
O pensamento em meu ponto de vista é positivo, pois para kant, o conhecimento nasce de experiências e que todas as sensações que experimentamos e os pensamentos passam pelo nosso corpo através de uma lente.
“Todo conhecimento se inicia com a experiencia” (Kant 1997, p 36), ou seja, para conhecer é preciso tanto a razão com seus instrumentos, quanto, a experiência com os fatos da realidade empírica.
Kant dizia, que não podemos conhecer tudo, apenas o que é possível ser capitado em nosso aparelho de perceber, de sentir, ver e ouvir, segunda a fala da reporte do vídeo, (Ser ou não ser-Kant). Em parte, concordo com o pensamento do filosofo Kant, pois o saber advém do interesse exclusive do homem.“Segundo Immanuel Kant, temos 
 Um conhecimento limitado sobre
 a realidade”.
(Retirado do site: www.netmundi.org)
	Isso ocorre por que nossa estrutura cognitiva delimita e nos dá acesso somente ao mundo dos fenômenos, e o fenômeno é tudo aquilo que podemos perceber através dos sentidos.
 A sua finalidade com a educação, segundo Kant divide-se em física e pratica, sendo que a Educação Física tem um visto os cuidados desde a infância e a Educação Prática diz a respeito da formação do sujeito e se divide em dias partes, disciplinas e instruções.
	Com tudo, podemos extrair que o nosso conhecimento é limitado sim, mas não finito, onde a realidade nos é apresentada de diversas formas.
 “Podemos julgar o coração do homem 
 Pela forma como ele trata os animais”.
 (extraído do site: http pensador.vol.org) 
ATIVIDADE 1
 
Reflita sobre a importância do pensamento de Kant em relação à questão do conhecimento e responda: 
1. Partindo do vídeo, explique até que ponto Kant nos ajuda a questionar a possibilidade de conhecer a realidade? O que é a realidade? Até que ponto podemos conhecer a realidade em si? 
Segundo Kant, o indivíduo encontra-se em constante formação e possui um conhecimento limitado sobre a realidade. Isso ocorre, porque a estrutura cognitiva do ser humano delimita seu entendimento e lhe oferece acesso tão somente ao mundo fenomenológico. É fenômeno tudo o que se apreende através dos sentidos e se organiza através da estrutura racional. A partir dessa reflexão, Kant afirma que não se tem conhecimento da real estrutura do mundo, pois o que se conhece do mundo é o que o mundo parece ser. O vídeo vem ao encontro do pensamento de Kant, de que a realidade se forma a partir do olhar diferenciado de cada indivíduo.
 2. O ponto de partida de Kant é a crítica tanto ao Racionalismo de Descartes quanto ao empirismo de Locke. Explique o significado do Racionalismo inatista de Descartes e do empirismo de Locke. Qual é a crítica de Kant a estas duas teorias? 
Racionalismo inatista de Descartes René Descartes estabeleceu um arquétipo intrigante para a filosofia da sua época, tendo como ponto de partida o desafio cético. Em Descartes distinguem-se três tipos de ideias: inatas, adventícias e factícias. As primeiras nascem com o indivíduo, as segundas chegam-lhe através dos sentidos e as terceiras são originárias da sua imaginação.
 A respeito das ideias inatas, afirma Kant que não são inventadas pelo indivíduo, mas produzidas pelo entendimento sem recurso à experiência. Permanecem no ser, em algum lugar profundo da sua mente, sendo-lhe concedida a liberdade de pensá-las ou não. Essas ideias são as marcas do Criador e representam as essências verdadeiras, imutáveis e eternas e, por tal razão, fundamentam todo o saber científico. Descartes ressalta que ao descobrir tais ideias pressente não aprender nada de novo, mas tão somente recordar o que já sabia. No intuito de atingir o conhecimento, Descartes expôs o seu próprio método fundado especialmente na dúvida, alicerce do ceticismo. 
Mas, a dúvida em Descartes é metódica, colocando-se sempre no deflagrar do processo epistemológico e jamais no fim. Na reflexão de Descartes (2001, p. 23), para chegar ao conhecimento através desse método são necessárias quatro etapas distintas:
 a) recusar tudo aquilo que não seja claro, evidente e incontestável; 
b) decompor uma questão em quantas partes forem necessárias, para analisá-las individualmente; 
c) dirigir o pensamento ordenadamente, dos objetos mais simples para os mais complexos; 
d) analisar detalhadamente as conclusões, de tal modo, que nada se perca. Percebe-se, assim, o principal método de Descartes: o questionamento de toda a verdade que lhe era oferecida, passando-a primeiro pela triagem da razão e desconsiderando tudo o que a razão não aceitasse. É preciso negar “como absolutamente falso” tudo aquilo que expresse a mínima dúvida (2001, p. 37). A partir dessa estratégia, inicia-se pelos mais simples pensamentos, 
ascendendo pouco a pouco, até alcançar os pensamentos mais complexos.
Por meio desse método, Descartes alcança três relevantes conclusões: a existência do ser humano, a existência de Deus e o conhecimento do mundo (2001, p. 40 et seq.). 
Descartes assegura que tudo o que existe provém de causa inteligível, ainda que não possa ser elucidada de fato, como ocorre com as divagações em torno da origem do Universo. Para o filósofo, a dedução é o método por excelência da investigação filosófica e é a corrente central no pensamento liberal que se ocupa em procurar, estabelecer e propor caminhos para alcançar determinados fins. Descartes complementa seu pensamento ao expor que o racionalismo é baseado nos princípios da busca da certeza e da demonstração, esteados por um conhecimento a priori - aqueles que não passam pela experiência e são formulados pela razão. 
Portanto, para o Racionalismo, a razão é o único órgão adequado e completo do saber, de modo que todo conhecimento verdadeiro é de origem racional. 
Descartes expõe o resultado das suas reflexões, sobrepondo-as aos múltiplos campos da ciência. Concebe o universo como um maquinismo desmesurado e os organismos vivos como autônomos complexos. 
Empirismo de John Locke
 A teoria de René Descartes sobre a existência de ideias inatas gravadas na essência do ser humano, não agradou aos filósofos empiristas, para os quais o conhecimento humano origina-se da experimentação. Entre esses, destaca-se, neste trabalho, as reflexões filosóficas de John Locke, que além de filósofo era médico. Conforme o empirismo de Locke, o conhecimento decorre da experiência, portanto, dos sentidos. Busca compreender qual a função e os limites do conhecimento humano.
 Para o filósofo, a mente é como uma folha de papel em branco na qual as impressões sensíveis se depositam pouco a pouco. Através de processos mentais, essas impressões sensíveis transformam-se em ideias.
 Portanto, o saber humano é determinado pelas sensações vividas e não por um fundamento inato.
 Crítica de Immanuel Kant às teorias anteriormente referidas 
Immanuel Kant foi um dos mais ardorosos críticos do modelo metafísico clássico. Em sua obra “Crítica a Razão Pura” faz uma das maiores crítica ao racionalismo vigente na sua época, que tem suas bases no platonismo e no cartesianismo.
 Logo na Introdução da sua obra expõe Kant (2015, p. 3): 
Não se pode duvidar de que todos os nossos conhecimentos começam com a experiência, porque, com efeito, como haveria de exercitar-se a faculdade de se conhecer, se não fosse pelos objetos que, excitando os nossos sentidos, de uma parte, produzem por si mesmos representações, e de outra parte, impulsionam a nossa inteligência a compará-los entre si, a reuni-los ou separá-los, e deste modo à elaboração da matéria informe das impressões sensíveis para esse conhecimento das coisas que se denomina experiência? 
Segundo o autor: “No tempo, pois, nenhum conhecimento precede a experiência, todos começam por ela” (KANT, 2015, p. 3). 
Kant explana que a metafísica clássica especulava somente sobre a provável existência de conceitos que são frutos simplesmente do trabalho racional e, sendo assim, fogem da competência da objetividade. 
Para o filósofo, não existe possibilidade de conhecer objetivamente os conceitos especulativos da razão: as ideias de Deus, Alma, Mundo, que não podem ser apreendidas e computadas pela razão, porque não passam pelo crivo da sensação e não têm sua existência evidenciada através de uma constatação empírica. Kant não nega a possibilidade de que a razão é o melhor caminho para se obter o conhecimento, mas ao contrário de Descartes, vê limites para a razão, que não pode conhecer tudo. 
Kant pensava que tanto os sentidos quanto a razãoeram relevantes para a experiência de mundo, mas considerava exagerada a importância que os racionalistas davam à razão, enquanto os empíricos eram por demais cuidadosos ao defenderem a experiência centrada nos sentidos. 
Tudo o que se vê é parte do mundo, mas o MODO como se vê tudo isso depende de cada indivíduo. 
A consciência humana não é, pois, uma placa que só registra as impressões vindas de fora. É criativa e formadora. Para Kant existem dois elementos que contribuem para o conhecimento do mundo: a experiência dos sentidos e a razão.
 Sendo assim, os racionalistas haviam esquecido a importância da experiência dos sentidos, enquanto os empiristas não queriam ver que a razão determina a percepção do mundo.
 ATIVIDADE 2 
Leia o texto de Alonso Bezerra de Carvalho, intitulado “A Filosofia da Educação Kantiana: Educar para a Liberdade”. Disponível em: Após a leitura, assista ao filme “Entre os Muros da Escola” (“Entre les Murs”), de Laurent Cantet e relacione-o com a questão da disciplina proposta por Kant. Encontrar o filme no YouTube, legendado.
 Em Kant a disciplina é libertadora. Nas suas palavras: “A disciplina transforma a animalidade em humanidade” (KANT, 2002, p. 12). Isso significa dizer que sem a disciplina o ser humano jazeria em seu estado primitivo de selvageria e conservaria os resquícios de animalidade própria da sua natureza. No campo da Educação, pode-se afirmar que as evidências são assustadoras. Convive-se com a intolerância, o desrespeito, a agressividade, a desmotivação e a violência, dentre outros problemas que assolam os estabelecimentos de ensino. No filme “Entre les Murs”, um professor francês procura valorizar o potencial dos alunos - imigrantes de vários países, apáticos ao conhecimento - mas acaba por deixar-se vencer pela impaciência e ofende duas alunas chamando-as de “vagabundas”. Os colegas se rebelam contra a atitude do professor e defendem as colegas. Mas, os ânimos atiçam-se e o aluno Souleymane, de difícil personalidade, sai violentamente da sala, não sem antes machucar o rosto da colega Khoumba, aluna considerada atrevida por se recusar a atender uma ordem do professor. Souleymane, acaba por ser expulso da escola. Após esse grave incidente, os alunos passam a participar das aulas e a relação mestre-discípulo torna-se possível. Esse enredo aproxima-se das orientações de Kant, quando exara que se deve permitir ao educando uma certa liberdade de escolha, mas é preciso conscientizá-lo para a necessidade de professar, desde o início, o que é estabelecido pela norma. Ao absorver um princípio assim arquitetado, o indivíduo agirá em consonância com as máximas que a sua própria razão proclama e, então, a disciplina se internalizará: o indivíduo passará a ser o seu próprio educador, um indivíduo moralmente autônomo, ao qual não mais será necessário depender da pretensão de outro, quando escolher a realização voluntária de determinada ação. 
PRODUTO/RESULTADO: 
1 Construção de um texto com a reflexão pessoal sobre as possibilidades e limites da razão, segundo o pensamento de Kant, na produção dos saberes educacionais.
 No pensamento de Kant (2002, p. 447) a Educação é uma tarefa árdua para o homem e essa dificuldade é explícita através da passagem: “Entre as descobertas humanas há duas dificílimas, e são: a arte de governar os homens e a arte de educá‐los.” Kant, ao contrário de Descartes, expõe limites para a razão. É impossível conhecer tudo, pois o conhecimento humano limita-se aos fenômenos. As ideias transcendentais, justamente por impossível de serem compreendidas, não se deixam realizar. Servem não só para nos mostrar realmente os limites do uso da razão pura, mas também a maneira de determiná-los “[...] e estes são também o fim e a utilidade desta disposição natural de nossa razão que gerou a metafísica [...]” (KANT apud DEJEANNE, 2008, p. 50). A razão humana, nas suas possibilidades e limites, garante a produção de verdades universais pela ciência. O saber advém de faculdades que operam em conjunto: a sensibilidade projeta-se na experiência e dela angaria a matéria que o entendimento confere à razão. No entanto, isso não significa dizer que aquelas faculdades desempenham seu papel de forma irrestrita. Ao contrário, funcionam sob determinadas condições que delimitam com anterioridade suas respectivas atuações (KELSEN..., p. 19). Cabe dizer, tanto a sensibilidade quanto o entendimento somente articulam-se dentro desse restrito domínio. Pelo exame crítico da razão pura, Kant (apud DEJEANNE, 2008, p. 47) mostra que a razão não só reconhece como também delimita o âmbito do uso constitutivo dos conceitos do entendimento, ou seja, é a própria razão que determina o seu alcance como faculdade cognitiva. Por isso, a razão pode também reivindicar um “espaço” que lhe compete única e exclusivamente. E Kant (apud DEJEANNE, 2008, p. 47) sustenta que ambos os espaços, o que corresponde à esfera do conhecimento propriamente dito e o que delimita esta esfera são “constitutivos” do limite da razão pura. De acordo com a exposição kantiana de “limites”, nos limites da razão há algo de positivo. Com efeito, “em todos os limites há algo de positivo (por exemplo, a superfície é o limite do espaço corpóreo, no entanto, também ela é um espaço, que é o limite da superfície, o ponto é o limite da linha, mas sempre um lugar no espaço), ao passo que as barreiras só contêm negações” (KANT apud DEJEANNE, 2008, p. 50-51). Por isso, com respeito à razão pura, pode-se dizer que possui, no seu limite, como legítimos, tanto um uso empírico-constitutivo quanto um uso especulativo-regulativo. 2 Disserte sobre o papel e a finalidade da educação em Kant. RESPOSTA: A Educação diferencia o ser humano das demais criaturas. Ao iniciar sua obra “Sobre a pedagogia” afirma Immanuel Kant (2002, p. 11) que “[...] o homem é a única criatura que precisa ser educada”, porque não tem constituída dentro de si a ideia de autopreservação. O homem somente se transforma em humano através da educação: “Por educação entende-se o cuidado de sua infância (a conservação, o trato), a disciplina e a instrução com a formação. Consequentemente, o homem é infante, educando e discípulo” (KANT, 2002, p. 11). Importante ressaltar a interdependência assinalada pelo filósofo. Kant (2002, p. 35) sistematiza a educação em três categorias: formação escolástica, formação da prudência e formação da moral. Nesse refrão, apregoa suas peculiaridades: O homem precisa da formação escolástica, ou da instrução, para estar habilitado a conseguir todos os seus fins. Essa formação lhe dá um valor em relação a si mesmo, como indivíduo. A formação da prudência, porém, o prepara para tornarse um cidadão, uma vez que lhe confere um valor público. Desse modo ele aprende tanto a tirar partido da sociedade civil para os seus fins como a conformar-se à sociedade. Finalmente, a formação moral lhe dá valor que diz respeito à toda espécie humana. A formação escolástica é mais precoce. Com efeito, a prudência pressupõe a habilidade. A prudência é a capacidade de usar bem e com proveito a habilidade própria. Por último vem a formação moral, enquanto é fundada sobre princípios que o próprio homem deve reconhecer; mas, enquanto repousa unicamente no senso comum, deve ser praticada desde o princípio, ao mesmo tempo que a educação física, pois, de outro modo, se enraizariam muitos defeitos, a ponto de tornar vãos todos os esforços da arte educativa. Com respeito à habilidade e à prudência, tudo deve acontecer a seu tempo com o passar dos anos. Mostrar-se hábil, prudente, paciente, sem astúcia como um adulto, durante a infância, vale tão pouco como a sensibilidade infantil na idade madura. As peculiaridades assinaladas levam em consideração o desenvolvimento de determinadas habilidades que pressupõem o amadurecimento do ser humano, tornando-o cada vez mais aprimorado em sua humanidade, sobretudo pelo seu aprendizado no que diz respeito ao lado positivo da educação - acultura. Kant afirma que quando o homem deixar de pensar apenas em si e pensar mais na coletividade, talvez entenda a necessidade do investimento na construção de uma sociedade que realmente trabalhe unida pela possibilidade da paz no mundo. Para tanto, o ser humano deverá buscar sua totalidade, seu fim supremo - moralidade e liberdade - que somente se consolidará através da Educação. 
REFERÊNCIAS 
 
Solange de Moraes. A fundamentação da moral no limite da razão em Kant. Dissertação-(Doutorado)-Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2008. 144 f. Disponível em: . Acesso em 28 out. 2015. DESCARTES, René. Discurso do método. Tradução por Maria Ermantina Galvão. Revisão da tradução: Mônica Stahel. Título original: Le discours de la méthode. 2. ed. 3. tir. São Paulo: Martins Fontes, 2001. KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. Versão eletrônica. Disponível em: . Acesso em: 31 out. 2015. KANT, Immanuel. Sobre a pedagogia. Tradução: Francisco Cock Fontanella. 3.ed. Piracicaba: UNIMEP, 2002. KELSEN e Kant: limites e possibilidades da razão. Disponível em: . Acesso em 2 nov. 2015. O EMPIRISMO – John Locke. Disponível em: . Acesso em: 30 out. 2015.

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