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Avenida Nossa Senhora da Penha, 1495, Ed. Corporate Center, TB, sala 202, Santa Lúcia, Vitória, ES - CEP: 29.056-905 ATUALIDADES Prfº Renner Marques 1-MAIORES POLUIDORES: Os maiores emissores de dióxido de carbono são em ordem decrescente: China, EUA, Rússia, Índia, Japão, Alemanha, Canadá, Grã- Bretanha, Coreia do Sul e Irã. O Brasil ocupa a 17ª posição no ranking. 2- COP 17: A COP 17 fixou um roteiro para um pacto global de corte de emissões, salvou as delegações dos 194 países reunidos de um vexame, mas adiou as medidas determinantes contra o aquecimento do planeta. O acordo foi estabelecido após longas e árduas negociações, que prolongaram o evento em 36 horas, e foi recebido com alívio depois que as diferenças entre União Européia (UE), Estados Unidos, China e Índia estiveram a ponto de levar o processo ao fracasso. A Europa, respaldada em número pela coalizão dos Países Menos Desenvolvidos e da Aliança dos Pequenos Estados Insulares (Aosis), conseguiu impor suas diretrizes às potências emergentes e aos EUA para alcançar um acordo global que inclui os principais emissores de gases do efeito estufa. Este acordo, que deve ser adotado em 2015 e entrar em vigor em 2020, era a condição imposta pela UE para se somar a um segundo período do Protocolo de Kyoto, que expira em 2012 e que agora se prolongará até 2017 ou 2020. Rússia, Japão e Canadá, como já haviam antecipado, decidiram não fazer parte do segundo período de compromisso do único tratado vigente sobre redução de emissões, que obriga somente as nações industrializadas, exceto os EUA. Mas a UE não conseguiu seu objetivo de obter um marco legal sólido para obrigar os grandes emissores a cumprirem seus compromissos e deixou para a próxima cúpula - que será realizada no Catar em novembro de 2013 - a discussão sobre cortes de emissões mais ambiciosos. A ONG ambiental Oxfam fez advertências à comunidade internacional. "A falta de um acordo ambicioso terá dolorosas conseqüências para os pobres do mundo inteiro. Um aumento de 4 graus centígrados nas temperaturas pode significar a destruição total para os pobres agricultores, que sofrerão mais fome e pobreza". Segundo os cientistas, os atuais cortes de emissões não impedirão que a Terra esquente mais de 2 graus centígrados até o final de século, nível considerado perigoso. Eles alertam que seria necessário cortar em 50% os gases do efeito estufa até 2050. Avenida Nossa Senhora da Penha, 1495, Ed. Corporate Center, TB, sala 202, Santa Lúcia, Vitória, ES - CEP: 29.056-905 O acordo de Durban também deixa para o Catar a responsabilidade de captar dinheiro necessário para nutrir o Fundo Verde para o Clima, cujo mecanismo de funcionamento recebeu os últimos detalhes. A partir de 2020, o Fundo deve proporcionar aos países mais desfavorecidos US$ 100 bilhões anuais para enfrentar os estragos da mudança climática. A UE e os demais países desenvolvidos foram alvo das críticas de nações como Egito, Venezuela, Colômbia e Bolívia durante o tenso plenário que precedeu à aprovação do acordo. Todos eles expressaram decepção pela falta de metas do projeto e deixaram à Presidência da COP-17 a responsabilidade de levar para frente o acordo. A representante venezuelana na cúpula, Claudia Salerno, protagonista de outros célebres discursos em cúpulas passadas, acusou a UE de apoiar uma segunda fase de compromissos do Protocolo de Kyoto "vazia de compromissos" . A presidente da COP-17, a ministra sul-africana Maite Nkoana-Mashabane, disse em discurso ao plenário que a minuta de acordo "cumpre todos os requisitos de um pacote de compromisso" para conseguir um resultado importante em Durban. "Não é perfeito, porque o perfeito é inimigo do bom", reconheceu. EFE 3-RIO+20: A cidade do Rio de Janeiro será a sede da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, em 2012. O encontro recebeu o nome de Rio+20 e visa a renovar o engajamento dos líderes mundiais com o desenvolvimento sustentável do planeta, vinte anos após a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92). Serão debatidos a contribuição da “economia verde” para o desenvolvimento sustentável e a eliminação da pobreza, com foco sobre a questão da estrutura de governança internacional na área do desenvolvimento sustentável. A Rio+20 insere-se, assim, na longa tradição de reuniões anteriores da ONU sobre o tema, entre as quais as Conferências de 1972 em Estocolmo, Suécia, e de 2002, em Joanesburgo, África do Sul. 3- IDH BRASIL: O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil avançou de 0,715 em 2010 para 0,718 em 2011, e fez o país subir uma posição no ranking global do Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) deste ano. Com isso, o Brasil saiu da 85ª para a 84ª posição, permanecendo no grupo dos países de alto desenvolvimento humano. O documento foi lançado em 02/10/2011 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em Copenhague, na Dinamarca. O Relatório de Desenvolvimento Humano 2011 apresenta valores e classificações do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para um número recorde de 187 países e territórios reconhecidos pela ONU. Um aumento significativo em relação aos 169 Avenida Nossa Senhora da Penha, 1495, Ed. Corporate Center, TB, sala 202, Santa Lúcia, Vitória, ES - CEP: 29.056-905 países incluídos no Índice de 2010, quando os indicadores-chave de muitos dos novos países analisados este ano ainda estavam indisponíveis. No ranking global do IDH 2010, o Brasil obteve a classificação 73, entre os 169 países. No entanto, é enganoso comparar valores e classificações do RDH 2011 com os de relatórios publicados anteriormente. Isto porque, além da inclusão de 18 novos países e territórios (veja a lista ao final), os dados e métodos sofreram ajustes e algumas mudanças. O Relatório de Desenvolvimento Humano 2011 mostra que o Brasil faz parte do seleto grupo de apenas 36 dos 187 países que subiram no ranking entre 2010 e 2011, seguindo os dados recalculados para a nova base deste ano. Os outros 151 permaneceram na mesma posição ou caíram. No caso brasileiro, esta evolução do IDH do ano passado para este ano contou com um impulso maior da dimensão saúde – medida pela expectativa de vida –, responsável por 40% da alta. As outras duas dimensões que compõem o IDH, educação e renda, responderam cada uma, por cerca de 30% desta evolução. O IDH varia de 0 a 1 (quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano) e mede as realizações em três dimensões básicas do desenvolvimento humano – uma vida longa e saudável, o conhecimento e um padrão de vida digno. As três variáveis analisadas, dessa forma, são relacionadas à saúde, educação e renda. Desde o ano passado o Relatório de Desenvolvimento Humano deixou de classificar o nível de desenvolvimento de acordo com valores fixos e passou a utilizar uma classificação relativa. A lista de países é dividida em quatro partes semelhantes. Os 25% com maior IDH são os de desenvolvimento humano muito alto, o quartil seguinte representa os de alto desenvolvimento (do qual o Brasil faz parte), o terceiro grupo é o de médio e os 25% piores, os de baixo desenvolvimento humano. 4- FUNDAMENTALISMO ISLÂMICO: é um termo de origem do islamismo ocidental utilizado para definir a ideologia política e religiosa fundamentalista que supostamente sustenta que o islamismo, pragmaticamente de origem midiática, este termo definido no ocidente pelo senso comum, definindo o Islão como não apenas uma religião mas um sistema que também governa os imperativos políticos, econômicos, culturais e sociais do estado, quebrando o paradigma de estados laicos, comum nesta parte do planeta.Umobjetivo crucial do fundamentalismo islâmico, definido pelo ocidente é a tomada de controle do Estado por forma a implementar o sistema islamista, ou seja, Avenida Nossa Senhora da Penha, 1495, Ed. Corporate Center, TB, sala 202, Santa Lúcia, Vitória, ES - CEP: 29.056-905 que abrigue e coordene todos os aspectos sociais de uma sociedade através da sharia islâmica. O conceito de fundamentalismo islâmico designa a aspiração da instauração de um estado islâmico, a introdução da charia, ou a própria aplicação dela, do direito islâmico e ao seguimento das normas de Maomé e dos primeiros quatro Califas Sunitas, sem no entanto renunciar aos benefícios da técnica moderna. Inicialmente, o termo ocidental "fundamentalismo" foi rejeitado mas hoje eles defendem-se a si próprios como fundamentalistas. 5- CRISE NO MUNDO ÁRABE:Os protestos no mundo árabe em 2010-2011 são uma série de grandes manifestações e protestos em países do Norte da África e do Oriente Médio, que compõe o chamado "Mundo Árabe". Os protestos ocorrem na Tunísia, Egito, Iêmen, Barein, Argélia, Líbia e Jordânia, com pequenos incidentes ocorridos na Mauritânia, Arábia Saudita, Omã e Sudão. As manifestações populares começaram em 18 de dezembro de 2010 com o levante na Tunísia, que foi seguido por protestos no Egito, na Argélia, na Líbia, no Iêmen e Jordânia. No dia 17 de janeiro de 2011, cerca de 200 manifestantes marcharam em Omã exigindo um aumento dos salários e a redução dos custos de vida. O primeiros dos movimentos foi na Tunísia (a Revolução de Jasmim), quando o ex- presidente Zine El Abidine Ben Ali fugiu para a Arábia Saudita. Mais tarde, a atenção do mundo focou-se no Egito, onde ocorreram protestos maciços desde 25 de janeiro de 2011. Após quatro dias de protestos, o presidente Hosni Mubarak propôs reformas, mas ainda não renunciava, o que levou a mais protestos que continuaram por 18 dias, com a pressão internacional e a pressão interna, Mubarak desiste e cede o Governo à SFME - Suprema Força Militar Egípcia. Os protestos no Egito ganharam bastante atenção e preocupação de todo o mundo, o motivo era uma aliança que existia entre Mubarak e o Ocidente, visto que Mubarak era um importante aliado na Guerra ao Terror. Além disso, devido às semelhanças político-econômicas e culturais, o movimento foi de grande influência nos outros países árabes a iniciarem uma guinada democrática. Esta série de protestos a favor da democracia contrasta com um silêncio pasmoso da União Europeia e com um apoio relativamente grande dos Estados Unidos às manifestações. A revolução democrática árabe é considerada a primeira grande onda de protestos laicistas e democráticos do mundo árabe no século XXI. Os protestos, de índole social e, no caso de Túnis, apoiada pelo exército, foram causados por condições de vida duras promovidas pelo desemprego, ao que se aderem os regimes corruptos e autoritários revelados pelo vazamento de telegramas diplomáticos dos Estados Unidos divulgados pelo Wikileaks. Estes regimes, nascidos dos nacionalismos árabes dentre as décadas de 1950 e 1970, foram se convertendo em governos repressores que impediam a oposição política credível que deu lugar a um vazio preenchido por movimientos islamistas de diversas índoles.Outras causas das más condições de vida, além do desemprego e da injustiça política e social de seus governos, estão na falta de liberdades, na alta militarização dos países e na falta de infraestruturas em lugares Avenida Nossa Senhora da Penha, 1495, Ed. Corporate Center, TB, sala 202, Santa Lúcia, Vitória, ES - CEP: 29.056-905 onde todo o beneficio de economias em crescimento fica nas mãos de poucos e corruptos. Estas revoluções não puderam ocorrer antes, pois, até a Guerra Fria, os países árabes submetiam seus interesses nacionais aos do capitalismo estadunidense e do comunismo russo. Com poucas exceções, até a Guerra Fria, maiores liberdades políticas não eram permitidas nesses países. Diferentemente da atualidade, a coincidência com o amplo processo da globalização, que difundiu as ideias do Ocidente e que, no final da primeira década do terceiro milênio, terminaram tendo grande presença as redes sociais, que em 2008 se impuseram na internet. Esta, por sua vez, se fez presente na década de 2000, devido aos planos de desenvolvimento da União Europeia. A maioria dos protestantes são jovens (não em vão, os protestos no Egito receberam o nome "Revolução da Juventude"), com acesso a Internet e, ao contrário das gerações antecessoras, possuem estudos básicos e, até mesmo, graduação superior. O mais curioso dos eventos com início na Tunísia foi sua rápida difusão por outras partes do mundo árabe. Por último, a profunda crise do subprime de 2008 na qual foi muito sentida pelos países norte-africanos, piorando os níveis de pobreza, foi um detonador para a elevação do preço dos alimentos e outros produtos básicos. A estas causas compartilhadas pelos países da região se somam outras particulares. No caso da Tunísia, a quantidade de turistas internacionais e, em especial, os europeus que recebiam promoveu maior penetração das ideias ocidentais; ademais, O governo da Tunísia é o menos restritivo. 6-OMC: A Organização Mundial do Comércio (OMC) é a organização internacional que supervisiona um grande número de acordos sobre as "regras do comércio" entre os seus Estados-membros. Foi criada em 1995 sob a forma de um secretariado para administrar o Acordo Geral de Tarifas e Comércio - (GATT) - Sigla em Inglês. Baseado num tratado comercial, que estabelecia e estabelece regras mundial para o Comércio Internacional. Actualmente inclui 151 países, sendo que Tonga é o mais novo membro, que aderiu a 27 de Julho de 2007. A sua sede localiza-se em Genebra, Suíça. E seu director-geral actual, eleito em 2005, é Pascal Lamy. Os membros da OMC são obrigados a conceder-se entre si o estatuto de nação mais favorecida. No final dos anos 90, a OMC transformou-se no alvo principal dos protestos do movimento anti-globalização. OBS: MAIORES PIB: 1º EUA / 2º CHINA / 3º JAPÃO / 4º ALEMANHA / 5º FRANÇA / 6º REINO UNIDO / 7º BRASIL / 8º ITÁLIA / 9º CANADÁ / 10º RÙSSIA. Avenida Nossa Senhora da Penha, 1495, Ed. Corporate Center, TB, sala 202, Santa Lúcia, Vitória, ES - CEP: 29.056-905 7-GRUPO DOS 20 (industrializados): é um grupo de países criado em 1999, após as sucessivas crises financeiras da década de 1990. Visa a favorecer a conservação internacional, integrando o princípio de um diálogo ampliado, levando em conta o peso econômico crescente de alguns países. O grupo reúne as 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia, que juntos compreendem 85% do produto nacional bruto mundial, 80% do comércio mundial (incluindo o comércio intra-UE) e dois terços da população mundial. O G-20 é um fórum de cooperação e de consulta sobre assuntos relativos ao sistema financeiro internacional. Trata sobre estudos, opiniões, e promove a discussão entre os principais países emergentes no mercado industrial e de questões de política relacionadas com a promoção da estabilidade financeira internacional, e pretende abordar questões que vão além das responsabilidades de qualquer organização. O Grupo dos 20 foi proposto como um novo fórum para cooperação e consulta nas matérias pertinentes ao sistema financeiro internacional. Estuda, revisa e promove a discussão entre os principais países industriais e emergentes. É integrado pelos ministros de finanças e presidentes dos bancos centrais do G7 e de outros 12 países chaves, além do Banco Central Europeu. O objetivo primário do G20 é discutir e desenvolver políticas de promoção do crescimento sustentado da economia global. Ele faz isto em parte pela promoção de política compatívelcom o Acordo de Crescimento Segurado do G20 aprovado em 2004. Países membros:- África do Sul- Alemanha- Arábia Saudita- Argentina- Austrália- Brasil- Canadá- China- Coreia do Sul- Estados Unidos- França- Índia- Indonésia- Itália- Japão- México- Reino Unido- Rússia- Turquia- Países membros da União Européia Reunião de G20-Cannes-10/2011 Segundo o comunicado final da reunião do G20 (que reúne em Cannes as vinte maiores economias do mundo), os líderes dos países presentes aprovaram o aumento dos aportes financeiros voluntários do Fundo Monetário Internacional (FMI). A medida significa que países emergentes como o Brasil, a China e a Rússia poderão direcionar mais recursos ao fundo, em troca de maior participação nas decisões tomadas, segundo informações do jornal Le Figaro. "Há um acordo entre todos os membros do G20 para aumentar os fundos do FMI. E há um segundo acordo para estudar, até o mês de fevereiro, várias modalidades de colaboração entre o Fundo e o fundo europeu de estabilidade, para também aumentar a capacidade deste último", afirmou o presidente Nicolas Sarkozy, em coletiva de imprensa em Cannes. O Brasil já havia demonstrado interesse em direcionar mais recursos ao fundo, sobretudo após confirmar que irá ajudar a Europa por meio do FMI. No entanto, durante o G20, a presidente Dilma Rousseff não sinalizou qual será a quantia que Avenida Nossa Senhora da Penha, 1495, Ed. Corporate Center, TB, sala 202, Santa Lúcia, Vitória, ES - CEP: 29.056-905 caberá ao Brasil, pois esse tipo de detalhamento ainda não foi definido durante o encontro. "Os BRICS entraram em acordo sobre o fato de que toda a ajuda financeira à zona do euro será efetuada via FMI", afirmou a presidente, em coletiva nesta tarde, após a conclusão do encontro. Dilma ressaltou que o Brasil não fará investimentos diretos na Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês). O aumento dos recursos será feito de três formas. Primeiro, por meio de uma nova linha de liquidez e precaução - que irá beneficiar países que precisem de liquidez no curto prazo, como forma de prevenção a uma possível derrocada econômica. O G20 também propôs a criação de um novo veículo de empréstimo emergencial para nações vítimas de catástrofes naturais ou reconstrução pós-conflitos políticos, como no caso da Primavera Árabe. Por fim, os países do G20 entraram em um acordo sobre o aumento dos aportes para empréstimos de médio prazo. "Para enfrentar as dificuldades atuais na economia mundial, o G20 se compromete a manter os recursos suficientes no FMI para assegurar suas missões com credibilidade, beneficiando todos os seus membros", explica o documento final do encontro. Para isso, duas opções estão sobre a mesa: a mobilização de empréstimos bilaterais adicionais ou a criação de uma estrutura especial junto ao fundo para permitir o financiamento de acordos regionais. No entanto, os líderes ainda não avançaram quais são os números dessa ampliação da capacidade do fundo. Segundo a chanceler alemã, Angela Merkel, os líderes do G20 concordaram, em princípio, que o FMI e a EFSF poderiam trabalhar juntos no auxílio à Europa, mas como isso será feito ainda é uma incógnita. "No próximo período nós vamos trabalhar nas orientações para a EFSF e todos os membros do FMI estão convidados a participar voluntariamente (na EFSF) de uma forma que seja apropriada para eles", disse Merkel. "Acho que nós temos um processo interessante adiante e a discussão ainda não foi concluída", acrescentou. 8- BRICS:Em economia, BRICS é um acrônimo que se refere aos países membros fundadores (Brasil, Rússia, Índia e China) e à África do Sul, que juntos foram um grupo político de cooperação. Em 13 de abril de 2011, o "S" foi oficialmente adicionado à sigla BRIC para formar o BRICS, após a admissão da África do Sul (em inglês: South Africa) ao grupo. Os membros fundadores e a África do Sul estão todos em um estágio similar de mercado emergente, devido ao seu desenvolvimento econômico. É geralmente traduzido como "os BRICS" ou "países BRICS" ou, alternativamente, como os "Cinco Grandes". Apesar do grupo ainda não ser um bloco econômico ou uma associação de comércio formal, como no caso da União Europeia, existem fortes indicadores de que "os quatro países do BRIC têm procurado formar um "clube político" ou uma "aliança", e assim converter "seu crescente poder econômico em uma maior influência geopolítica." Desde 2009, os líderes do grupo realizam cúpulas anuais. A sigla (originalmente "BRIC") foi cunhada por Jim O'Neill em um estudo de 2001 intitulado "Building Better Global Economic BRICs". Desde então, a sigla passou a ser Avenida Nossa Senhora da Penha, 1495, Ed. Corporate Center, TB, sala 202, Santa Lúcia, Vitória, ES - CEP: 29.056-905 amplamente usada como um símbolo da mudança no poder econômico global, distanciando-se das economias desenvolvidas do G7 em relação ao mundo em desenvolvimento. De acordo com um artigo publicado em 2005, o México e a Coreia do Sul seriam os únicos outros países comparáveis aos BRICS, mas suas economias foram inicialmente excluídas por serem considerados mais desenvolvidas, uma vez que já eram membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. 9-COMMODITIES: são produtos básicos, homogêneos e de amplo consumo, que podem ser produzidos e negociados por uma ampla gama de empresas. Podem ser produtos agropecuários, como boi gordo, soja, café; minerais, como ouro, prata, petróleo e platina; industriais, como tecido 100% algodão, poliéster, ferro gusa e açúcar; e até mesmo financeiros, como as moedas mais requisitadas (dólar e euro), ações de grandes empresas, títulos de governos nacionais, etc. São negociadas em duas formas: mercado à vista e futuro (fecha-se já um contrato para entrega/pagamento futuro), e nas Bolsas de Mercadorias, são negociadas em quantidades padrões: por exemplo, na BM&F o dólar é negociado em contratos de US$ 10.000 e o café em contratos de 100 sacas de 60 Kgs. 10-RODADA DE DOHA: A rodada de Doha das negociações da OMC visa diminuir as barreiras comerciais em todo o mundo, com foco no livre comércio para os países em desenvolvimento. As conversações centram-se na separação entre os países ricos, desenvolvidos, e os maiores países em desenvolvimento (representados pelo G20). Os subsídios agrícolas são o principal tema de controvérsia nas negociações. A rodada de Doha começou em Doha (Qatar), e negociações subseqüentes tiveram lugar em: Cancún (México), Genebra (Suíça), Paris (França), Hong Kong (China) e Potsdam (Alemanha). A rodada de Doha das negociações da OMC começou em novembro de 2001. O objetivo era a adesão à Agenda de Desenvolvimento de Doha, e a partir daí negociar a abertura dos mercados agrícolas e industriais. A intenção declarada da rodada era tornar as regras de comércio mais livres para os países em desenvolvimento. 11- CRISE DO EURO:A Crise da dívida pública da Zona Euro é uma série de acontecimentos que, nos primeiros meses de 2010, afetaram os 16 países que têm o euro como moeda única. Durante esse período os países da zona euro padeceram de uma crise de confiança sem precedentes, com ataques especulativos aos títulos públicos de alguns países, turbulência nos mercados financeiros e nas bolsas e queda do euro, em um contexto de incerteza e dificuldade para chegar a um consenso. Tornou-se público que durante anos o governo grego assumiu profundas dívidas, gastando descontroladamente, o que contrariava os acordos económicos europeus. Quando chegou a crise financeira global, o deficit orçamental subiu e os investidores exigiram taxas muito mais altas para emprestar dinheiro à Grécia. Avenida Nossa Senhora da Penha, 1495, Ed. Corporate Center, TB, sala 202, Santa Lúcia,Vitória, ES - CEP: 29.056-905 A crise começou com a difusão de rumores sobre o nível da dívida pública da Grécia e o risco de suspensão de pagamentos pelo governo grego. A crise da dívida grega teria sido iniciada no final de 2009 mas só se tornou pública em 2010. Resultou tanto da crise econômica mundial como de fatores internos ao próprio país - forte endividamento (cerca de 120% do PIB) e défice orçamentário superior a 13% do PIB. A situação foi agravada pela falta de transparência por parte do país na divulgação dos números da sua dívida e do seu défice. Segundo o economista Jean Pisani-Ferry, nos últimos dez anos, a diferença média entre o défice orçamentário real e a cifra notificada à Comissão europeia foi de 2.2% do PIB. Diante das sérias dificuldades econômicas da Grécia, a União Europeia adotou um plano de ajuda , incluindo empréstimos e supervisão do Banco Central Europeu. O Conselho Europeu também declarou que a UE realizaria uma operação de bailout do país, se fosse necessário. A ameaça de extensão da crise a outros países, nomeadamente Portugal e Espanha, levou-os a tomar medidas de austeridade. Segundo alguns analistas, em última instância, essa crise poderia significar rebaixamento das dívidas de todos os países da Europa.. Os ataques especulativos à Grécia foram considerados por alguns, inclusive pelo governo grego, como ataques à Zona Euro - através do seu elo mais fraco, a Grécia. Todos os países da zona euro foram afectados pelo impacto que teve a crise sobre a moeda comum europeia. Houve receios de que os problemas gregos nos mercados financeiros internacionais despoletassem um efeito de contágio que fizesse tremer os países com economias menos estáveis da zona euro, como Portugal, República da Irlanda, Itália e Espanha que, tal como a Grécia, tiveram que tomar medidas para reajustar as suas contas. A partir de março de 2010, a zona euro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) debateram conjuntamente um pacote de medidas destinadas a resgatar a economia grega, bloqueado durante semanas devido em particular a divergências entre a Alemanha, economia líder da zona, e os outros países membros. Durante essas negociações e perante a incapacidade da zona euro de chegar a um acordo, a desconfiança aumentou nos mercados financeiros, enquanto o euro teve uma queda regular e as praças bolsistas apresentavam fortes quedas. Finalmente, em 2 de maio de 2010 a União Europeia (UE) e o FMI acordaram um plano de resgate de 750 000 milhões de euros para evitar que a crise se estendesse por toda a zona euro. A esta medida adicionou-se a criação, anunciada a 10 de maio, de um fundo de estabilização coletivo para a zona euro. Ao mesmo tempo todos os maiores países europeus tiveram que adotar os seus próprios planos de ajuste das finanças publicas, inaugurando uma era de austeridade. A crise provocou nova discussão sobre a coordenação econômica e integração fiscal da Zona, sendo apontadas a falta de um tesouro e de um orçamento consolidado da Zona Euro como problemas mais importantes. Avenida Nossa Senhora da Penha, 1495, Ed. Corporate Center, TB, sala 202, Santa Lúcia, Vitória, ES - CEP: 29.056-905 Empréstimo à Grécia Em 2 de maio, os países da Zona Euro, o FMI e a Grécia chegaram a um acordo, envolvendo empréstimos no valor de €110 bilhões ao país e condicionado à execução de um programa de ajuste estrutural da economia grega.. Em 8 de maio, o presidente francês Nicolas Sarkozy e a chanceler alemã Angela Merkel anunciaram que os 16 países da Zona Euro iriam elaborar um plano de defesa da moeda europeia, até a abertura dos mercados, no dia 10, para evitar novos ataques especulativos à moeda europeia. A base jurídica para tal plano repousa no artigo 122-2 do tratado europeu, que estipula que "quando um Estado membro experimentar dificuldades, ou uma séria ameaça de graves dificuldades, em razão de catástrofes naturais ou de acontecimentos excepcionais que escapem ao seu controle, o Conselho, a partir de proposta da Comissão, pode conceder, sob certas condições, assistência financeira da União ao Estado membro em questão." A chanceler Merkel ressaltou a determinação dos líderes europeus em blindar o euro contra a especulação. Merkel disse também que os líderes europeus estão indo além do plano de resgate para a Grécia, pois avaliam que "a estabilidade da zona do euro como um todo ainda não está assegurada apenas com o programa grego". Segundo ela, todos os membros da zona do euro devem "de forma segura e rápida" reduzir seus deficits orçamentais. Merkel ressaltou a necessidade de uma regulação mais forte para o mercado financeiro. Já o presidente Sarkozy declarou que "o euro é um elemento essencial da Europa. Nós não podemos deixá-lo na mão de especuladores". Empréstimo a Portugal Em 16 de maio de 2011 os ministros das finanças da zona Euro aprovaram oficialmente o empréstimo de 78 000 milhões de euros a Portugal. O empréstimo será dividido igualmente pelo Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira, pelo Fundo Europeu de Estabilidade Financeira e pelo Fundo Monetário Internacional. De acordo com o ministro das finanças português, Teixeira dos Santos, a taxa de juro média do empréstimo deverá rondar os 5,1% Portugal torna-se assim no terceiro país da zona Euro, após a Irlanda e a Grécia, a receber apoio financeiro internacional para suplantar dificuldades financeiras. Protestos nas ruas Ao longo do ano de 2010 foram sendo feitos muitos protestos populares contra as medidas de austeridade adotadas na zona euro — na Grécia e, em menor escala, na Irlanda, na Itália e na Espanha. Nesse período, segundo a análise do filósofo político Slavoj Žižek, construíram-se duas perspectivas acerca da crise. A visão dominante propõe uma naturalização despolitizada da crise: medidas regulatórias são apresentadas não como decisões baseadas em escolhas políticas mas como imperativos de uma lógica financeira neutra, isto é, se queremos estabilizar nossas economias, simplesmente temos que engolir a pílula amarga. Já segundo a visão dos trabalhadores, pensionistas e estudantes - aqueles que protestam nas ruas - as medidas de austeridade constituem uma nova tentativa do capital financeiro internacional de desmantelar o que resta do estado social. Avenida Nossa Senhora da Penha, 1495, Ed. Corporate Center, TB, sala 202, Santa Lúcia, Vitória, ES - CEP: 29.056-905 De acordo com a primeira perspectiva, o Fundo Monetário Internacional aparece como um agente neutro da disciplina e da ordem; na segunda perspectiva, aparece como agente opressivo do capital global. 12-GRAU DE INVESTIMENTO DOS EUA: Standard and Poor's rebaixa nota dos EUA pela 1ª vez na história. Nota passou de 'AAA' para 'AA+’. Esta foi à primeira vez na história que os EUA tiveram sua nota rebaixada. A agência de avaliação de risco financeiro Standard and Poor's (S&P) reduziu a nota da dívida pública dos Estados Unidos, algo inédito na história. A qualificação do crédito americano de longo prazo passou da nota máxima "AAA" para "AA+", diante da crescente dívida e do pesado déficit no orçamento. A S&P também assinalou a "perspectiva negativa" da nova classificação, afirmou a S&P em comunicado, um sinal de que outro rebaixamento da nota é possível nos próximos 12 a 18 meses. A decisão veio depois de uma batalha amarga no Congresso sobre o corte de gastos e o aumento de impostos para reduzir a dívida norte-americana e permitir que o limite de endividamento legal fosse elevado. Em 2 de agosto, o presidente dos EUA, Barack Obama, sancionou a lei designada a reduzir o déficit fiscal em US$ 2,1 trilhões ao longo de dez anos. Os títulos do Tesouro dos EUA - conhecidos com Treasuries, uma vez vistos como o investimento mais seguro do mundo, estão classificados agoraabaixo de títulos emitidos por países como Grã-Bretanha, Alemanha, França ou Canadá. A S&P atribui aos Estados Unidos a classificação "AAA" desde 1941. No dia em que o presidente Barack Obama sancionou o acordo que elevava o teto da dívida americana, as outras agências de risco - Moody's e Fitch - mantiveram a classificação máxima para a nota de crédito dos EUA. A Moody's, porém, acrescentou uma "perspectiva negativa" para a nota. 13- GRAU DE INVESTIMENTO DO BRASIL: Agência eleva perspectiva de nota do Brasil para positiva. A Nota em moeda local foi mantida em BBB+, segundo a Standard & Poor's .A Revisão da perspectiva se deve a uma mudança na metodologia. A agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) afirmou nesta quinta-feira (25) que revisou a perspectiva para a nota (rating) do Brasil em moeda local de estável para positiva. A perspectiva em moeda estrangeira foi mantida em positiva. Avenida Nossa Senhora da Penha, 1495, Ed. Corporate Center, TB, sala 202, Santa Lúcia, Vitória, ES - CEP: 29.056-905 O rating de longo prazo em moeda estrangeira foi reafirmado em BBB-, e de curto prazo em A-3. A nota de longo prazo em moeda local foi mantido em BBB+, e de curto prazo em A-2. A avaliação de transferência e conversibilidade foi mantida em BBB+ e o rating em escala nacional foi reafirmado em brAAA. Segundo a S&P, a revisão da perspectiva se deve a uma mudança na metodologia. A agência lembra que revisou a perspectiva em moeda estrangeira de estável para positiva em maio, quando manteve a perspectiva estável em moeda local. As agências de classificação de risco dão notas diferentes aos papeis da dívida emitidos em moeda local (reais) e em moeda estrangeira (dólares). Conforme a agência, de acordo com a nova metodologia para ratings soberanos, a diferença de dois graus entre os ratings em moeda local e estrangeira reflete o nível de independência operacional da política monetária, a amplitude do mercado de capital em moeda local e o regime de taxa de câmbio flutuante do banco central. "Na nossa visão, esses fatores dão suporte a hipótese que um default (não pagamento) nas dívidas em moeda local do Brasil permanece menos provável do que um default nas dívidas em moeda estrangeira", diz o comunicado divulgado pela agência. 14-CRISE COMERCIAL BRASIL- ARGENTINA: Brasil e Argentina discutem meios de superar a crise comercial que eclodiu devido a medidas protecionistas aplicadas mutuamente, embora a tensão tenha diminuído após a autorização concedida para a passagem de mercadorias de ambos os lados da fronteira. Os secretários da Indústria do Brasil, Alessandro Teixeira, e da Argentina, Eduardo Biacnhi, tiveram um encontro buscando a resolução do problema. Os dois enviados pelos governos para buscar soluções técnicas ao conflito ressaltaram a "vontade das delegações de solucionar os pontos presentes na agenda de negociações bilaterais", segundo um comunicado divulgado pela secretaria de Indústria argentina. "Os dois governos têm afirmado suas preocupações e estamos trabalhando em prol de uma solução para cada ponto de tensão surgido da relação comercial", disse o representante argentino. A crise foi desencadeada quando a presidente brasileira, Dilma Rousseff, endureceu as normas para a entrada de cerca de 3.000 veículos argentinos ao aplicar a estes o sistema de licenças não-automáticas, depois de ter pedido em vão que os argentinos retirassem as barreiras às vendas de autopeças, calçados e eletrodomésticos, entre outros. Avenida Nossa Senhora da Penha, 1495, Ed. Corporate Center, TB, sala 202, Santa Lúcia, Vitória, ES - CEP: 29.056-905 A medida atingiu a Argentina em seu ponto fraco, devido ao fato de sua indústria automotora ser uma das locomotivas do crescimento de sua economia e de 80% das exportações de veículos serem destinadas ao Brasil, registrando uma receita em 2010 de 7 bilhões de dólares, incluindo as autopeças. A presidente argentina Cristina Kirchner reiterou que a prioridade de seu governo é a proteção dos postos de trabalho e a reindustrialização do país. A ministra argentina da Indústria, Débora Giorgi, ressaltou que as licenças não- automáticas impostas pela Argentina "respeitam as normas da Organização Mundial do Comércio (OMC)" e disse também que o comércio bilateral é superavitário em favor do Brasil. O saldo negativo para a Argentina superou 1 bilhão de dólares no primeiro trimestre do ano, segundo a consultoria Abeceb.com. "Houve uma mini-retaliação, mas não tem nenhum alcance estratégico. Evidentemente, não estávamos gostando que esse mecanismo de licenças não- automáticas estivesse incidindo sobre produtos brasileiros", disse à imprensa paulista Marco Aurélio Garcia, assessor especial de Rousseff. A Argentina é o terceiro sócio comercial do Brasil, atrás de China e Estados Unidos, e o volume bilateral de transações atingiu os 33 bilhões de dólares em 2010, com um superávit para o Brasil de pouco mais de 4 bilhões. "Nunca antes a represália comercial do Brasil foi tão severa. Embora a medida afete a todos os países fornecedores, a Argentina é a mais atingida", indicou em um relatório a consultoria privada Ecolatina. O ministro brasileiro da Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, havia assegurado que a decisão de aumentar as restrições aos produtos argentinos vinha sendo estudada "há algum tempo", mas negou que tenha se originado em uma irritação de Rousseff. Fontes da indústria argentina ressaltaram, no entanto, que nas últimas horas seus veículos começaram a entrar no Brasil, da mesma forma que pneus e baterias brasileiras começavam a atravessar a fronteira em um gesto mútuo de distensão. "A Argentina já não pode competir com o Brasil. Não agüenta uma taxa de câmbio do real alta. A grande maioria das grandes empresas estabeleceram suas maiores fábricas no Brasil", considerou o economista e consultor de empresas Orlando Ferreres. Avenida Nossa Senhora da Penha, 1495, Ed. Corporate Center, TB, sala 202, Santa Lúcia, Vitória, ES - CEP: 29.056-905 15-CENSO 2010: O resultado preliminar do Censo 2010, divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), comprova que o Brasil é um país que caminha rapidamente para o envelhecimento populacional. Em relação a 2000, diminuiu a representatividade dos grupos etários para todas as faixas com idade até 25 anos, ao passo que os demais grupos etários aumentaram suas participações na última década. Os resultados apontam que o Brasil tem 190.755.799 habitantes e que a população brasileira cresceu durante a última década 12,3%, a uma taxa média de 1,17% ao ano. Essa população inclui 13,8 milhões de crianças de até quatro anos (3,6%) e 14 milhões de pessoas com mais de 65 (7,4%), o que "significa que há menos crianças do que há dez anos e também que o número de idosos aumentou", explicou o gerente de projetos da Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE, Fernando Albuquerque. O censo de 1990 apontava que as crianças de até 4 anos representavam 5,7% da população e os idosos eram 4,8%. A sinopse do Censo mostra que há uma explosão de crescimento da população das Regiões Norte e Centro-Oeste, onde ficam biomas importantes, como a Amazônia e o Cerrado. Segundo o instituto, os 10 Estados que mais cresceram de 2000 a 2010 estão nas duas regiões, que ainda têm, porém, a menor proporção de moradores do País. O levantamento também aponta redução no número de moradores em 25% das cidades brasileiras e o crescimento mais acentuado dos municípios médios. Os resultados também revelam que no Brasil há 96 homens para cada 100 mulheres, o que o IBGE atribui a uma maior taxa de mortalidade entre o sexo masculino. Segundo o censo,105 em cada 205 pessoas nascidas no país são homens, que são menos longevos do que as mulheres. O IBGE também constatou que no Brasil existem 60.002 casais de homossexuais, e 37.487.115 pessoas que têm cônjuges do sexo oposto. O censo também atualizou alguns indicadores sociais e estabeleceu que o número de casas cresceu 28% entre 2000 e 2010 e chegou a 57,3 milhões, mas também que 730 mil pessoas continuam sem acesso a eletricidade e que quatro milhões de domicílios não dispõem de água potável. Avenida Nossa Senhora da Penha, 1495, Ed. Corporate Center, TB, sala 202, Santa Lúcia, Vitória, ES - CEP: 29.056-905 O IBGE registrou ainda que na década de 2000 o analfabetismo caiu de 12% para 9,6%, o que significa que o governo não cumpriu sua meta de reduzi-la para menos de 6,5% em 2010. O resultado preliminar do Censo 2010, divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), comprova que o Brasil é um País que caminha rapidamente para o envelhecimento populacional. Em relação a 2000, diminuiu a representatividade dos grupos etários para todas as faixas com idade até 25 anos, ao passo que os demais grupos etários aumentaram suas participações na última década. O grupo de crianças de zero a quatro anos do sexo masculino, por exemplo, representava 5,7% da população total em 1991, enquanto o feminino representava 5,5%. Em 2000, estes porcentuais caíram para 4,9% e 4,7%, e continuaram em declínio em 2010, chegando a 3,7% e 3,6%. Simultaneamente, o alargamento do topo da pirâmide etária pode ser observado pelo crescimento da participação relativa da população com 65 anos ou mais, que era de 4,8% em 1991, passando a 5,9% em 2000 e chegando a 7,4% em 2010. Os grupos etários de menores de 20 anos já apresentam uma diminuição absoluta no seu contingente. O crescimento absoluto da população do Brasil nestes últimos dez anos se deu principalmente em função do crescimento da população adulta, com destaque também para o aumento da participação da população idosa. A Região Norte, apesar do contínuo envelhecimento observado nas duas últimas décadas, ainda apresenta uma estrutura bastante jovem, devido aos altos níveis de fecundidade no passado. Nessa região, a população de crianças menores de 5 anos, que era de 14,3% em 1991, caiu para 12,7% em 2000, chegando a 9,8% em 2010. Já a proporção de idosos de 65 anos ou mais passou de 3% em 1991 e 3,6% em 2000 para 4,6% em 2010. A Região Nordeste ainda tem, igualmente, características de uma população jovem. As crianças menores de 5 anos em 1991 correspondiam a 12,8% da população; em 2000 esse valor caiu para 10,6%, chegando a 8% em 2010. Já a proporção de idosos passou de 5,1% em 1991 a 5,8% em 2000 e 7,2% em 2010. Sudeste e Sul apresentam evolução semelhante da estrutura etária, mantendo-se como as duas regiões mais envelhecidas do País. As duas tinham em 2010 8,1% da população formada por idosos com 65 anos ou mais, enquanto a proporção de crianças menores de 5 anos era, respectivamente, de 6,5% e 6,4%. A Região Centro-Oeste apresenta uma estrutura etária e uma evolução semelhantes às do conjunto da população do Brasil. O porcentual de crianças menores de 5 anos Avenida Nossa Senhora da Penha, 1495, Ed. Corporate Center, TB, sala 202, Santa Lúcia, Vitória, ES - CEP: 29.056-905 em 2010 chegou a 7,6%, valor que era de 11,5% em 1991 e 9,8% em 2000. A população de idosos teve um crescimento, passando de 3,3% em 1991, para 4,3% em 2000 e 5,8% em 2010. O presidente do IBGE, Eduardo Nunes, disse hoje que o Brasil deverá chegar ao máximo de seu número de habitantes entre 2040 e 2060. A partir daí, passará a ter uma queda em termos absolutos, se mantido o padrão demográfico atual. Segundo ele, o pico populacional ficaria em torno de 250 milhões de pessoas, cerca de 60 milhões a mais do que o apurado no censo de 2010. "Mas, tudo isso, parte de alguns pressupostos: se a taxa de fecundidade mantiver o seu ritmo; se a taxa de mortalidade ficar no mesmo padrão, e se o padrão de migração também não se alterar, tanto de brasileiros saindo do País quanto de estrangeiros chegando ao Brasil", disse Nunes. O Censo 2010 revela que o Brasil cresce em ritmo mais lento do que nas décadas anteriores. O levantamento já evidencia uma redução clara de população em municípios da Região Sul, especialmente no Rio Grande do Sul, pelo envelhecimento e pela emigração 16-UNIÃO HOMOAFETIVA: Os casais homossexuais têm os mesmos direitos e deveres que a legislação brasileira já estabelece para os casais heterossexuais. A partir da decisão de hoje do Supremo Tribunal Federal (STF), o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo será permitido e as uniões homoafetivas passam a ser tratadas como um novo tipo de família. O julgamento do Supremo, que aprovou por unanimidade o reconhecimento legal da união homoafetiva, torna praticamente automático os direitos que hoje são obtidos com dificuldades na Justiça e põe fim à discriminação legal dos homossexuais. "O reconhecimento, portanto, pelo tribunal, hoje, desses direitos, responde a um grupo de pessoas que durante longo tempo foram humilhadas, cujos direitos foram ignorados, cuja dignidade foi ofendida, cuja identidade foi denegada e cuja liberdade foi oprimida", afirmou a ministra Ellen Gracie. Pela decisão do Supremo, os homossexuais passam a ter reconhecido o direito de receber pensão alimentícia, ter acesso à herança de seu companheiro em caso de morte, podem ser incluídos como dependentes nos planos de saúde, poderão adotar filhos e registrá-los em seus nomes, dentre outros direitos. As uniões homoafetivas serão colocadas com a decisão do tribunal ao lado dos três tipos de família já reconhecidos pela Constituição: a família convencional formada com o casamento, a família decorrente da união estável e a família formada, por exemplo, Avenida Nossa Senhora da Penha, 1495, Ed. Corporate Center, TB, sala 202, Santa Lúcia, Vitória, ES - CEP: 29.056-905 pela mãe solteira e seus filhos. E como entidade familiar, as uniões de pessoas do mesmo sexo passam a merecer a mesma proteção do Estado. A decisão do STF deve simplificar a extensão desses direitos. Por ser uma decisão em duas ações diretas de inconstitucionalidade - uma de autoria do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e outra pela vice-procuradora-geral da República, Deborah Duprat -, o entendimento do STF deve ser seguido por todos os tribunais do país. Os casais homossexuais estarão submetidos às mesmas obrigações e cautelas impostas para os casais heterossexuais. Por exemplo: para ter direito à pensão por morte, terá de comprovar que mantinha com o companheiro que morreu uma união em regime estável. Pela legislação atual e por decisões de alguns tribunais, as uniões de pessoas de mesmo sexo eram tratadas como uma sociedade de fato, como se fosse um negócio. Assim, em caso de separação, não havia direito a pensão, por exemplo. E a partilha de bens era feita medindo-se o esforço de cada um para a formação do patrimônio adquirido. 17- REDUÇÃO DO PIB: O Ministério da Fazenda deve reduzir sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano para algo entre 3,5% e 4% por cento. A estimativa oficial da equipe do ministro Guido Mantega, usada na programação orçamentária do governo, está atualmente em 4,5% ,bem acima do crescimento de 3,5% esperado pelo mercado e pelo Banco Central (BC). O próximo decreto (orçamentário), que sai em novembro, deve trazer essa revisão, para entre 3,5% e 4%. Para 2012, o governo ainda trabalha com a previsão de expansão de 5%, mas o prognóstico será sujeito a reavaliações durante a tramitação do Orçamento do ano que vem no Congresso. O relator do projeto do Orçamento no Congresso, senadorAcir Gurgacz (PDT-RO), informou que, em sua proposta, a estimativa de expansão do PIB foi revisada de 5% para 4,5% no próximo ano. Durante audiência na comissão especial da Câmara que discute proposta de renovação do mecanismo da Desvinculação de Receitas da União (DRU), avaliou-se que a manutenção de uma política de equilíbrio fiscal pode contribuir para reduções adicionais do juro básico da economia ao longo dos próximos meses. Avenida Nossa Senhora da Penha, 1495, Ed. Corporate Center, TB, sala 202, Santa Lúcia, Vitória, ES - CEP: 29.056-905 O BC reduziu a taxa básica de juros em 0,5 pontos no final de agosto, para 12% ao ano, após cinco altas sucessivas. A expectativa do mercado é que haja uma nova redução, e na mesma proporção, da Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária em 18 e 19 de outubro de 2011. DESVINCULAÇÃO DO ORÇAMENTO A DRU é um mecanismo que libera parte das receitas orçamentárias das vinculações previstas em lei, dando ao governo federal o direito de aplicar livremente 20 por cento dos recursos. A desvinculação vence no final deste ano e o Congresso examina uma Proposta de Emenda Constitucional que prorroga o mecanismo até o final de 2015. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda Nelson Barbosa defendeu que a manutenção da desvinculação é essencial para manter o país na trajetória de equilíbrio fiscal que tem sido, segundo ele, essencial para diferenciar o Brasil dos demais países em momento de crise internacional. "Para viabilizar a queda da taxa de juros, o controle da inflação e a efetivação dessas taxas de crescimento também é crucial a flexibilidade na política fiscal para que a gente possa lidar com as demandas da economia brasileira e choques que vem do exterior", disse Barbosa. Na mesma linha, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, que também participou da audiência, afirmou que as vinculações orçamentárias emperram gastos em investimento e seguridade social e "são camisa de força para ações necessárias para o país continuar crescendo." Questionados sobre temores de que o Congresso não aprove a renovação da DRU a tempo, Belchior e Barbosa disseram não trabalhar com essa hipótese. Depois de passar pela Câmara, a renovação da DRU ainda terá de ser submetida à aprovação do Senado. 18-OCCUPY WALL STREET: é um protesto contra a influencia empresarial na sociedade e governo estadunidense, estabelecido devido à falta de repercussões legais contra os responsáveis e beneficiários da crise financeira nos Estados Unidos, Europa e outras partes do mundo. O protesto foi inicialmente chamado pela revista canadense Adbusters e foi inspirado pelos movimentos árabes pela democracia, especialmente os protestos na Praça de Tahrir no Cairo que resultaram na Revolução Egípcia de 2011. As mobilizações começaram no dia 17 de setembro de 2011 e ainda continuam. No 1 de outubro, o protesto inclui entre cinco e dez mil pessoas, e uma onda de protestos semelhantes estão em organização em diversas outras cidades nos Estados Unidos Avenida Nossa Senhora da Penha, 1495, Ed. Corporate Center, TB, sala 202, Santa Lúcia, Vitória, ES - CEP: 29.056-905 (Boston, Chicago, Los Angeles, Portland, São Francisco, entre outras) além de outros países na Europa e outras partes do mundo. O objetivo do protesto é iniciar uma ocupação constante de Wall Street, o setor financeiro da cidade de Nova Iorque, demonstrando contra desigualdade social, ganancia empresarial e o sistema capitalista como um todo. As pessoas se organizam por modo de assembleias gerais, nas quais todas podem falar e participar das decisões coletivas. Protestantes indicaram que manterão a ocupação “o tempo que for necessário para atingir nossas demandas.” 19- IBAS: Ocorreu no dia 18/10/2011 a 5ª Cúpula do Fórum de Diálogo do IBAS (bloco formado pela Índia, pelo Brasil e a África do Sul). Os três países chamados emergentes destacam-se pelo crescimento da economia e assumem papel relevante na comunidade internacional. Com isso, pretendem apresentar na Cúpula do G20 (as 20 maiores economias do mundo) uma posição comum sobre a crise econômica internacional. Os líderes dos três países defendem ainda a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Indianos, brasileiros e sul- africanos querem ter direito a ocupar um espaço fixo nesses órgãos. Também são contrários às soluções militares para encerrar impasses como o da Líbia, no qual os Estados Unidos e a União Européia aprovaram a adoção da área de exclusão aérea na região, sob comando da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Um dos temas propostos na cúpula é a decisão de firmar uma posição comum sobre a crise econômica internacional a ser apresentada na Cúpula do G20, em Cannes- França (2 e 3 novembro de 2010) O fluxo de comércio entre os países do IBAS quadruplicou entre 2003 e 2010, passando de US$ 4,38 bilhões para US$ 16,1 bilhões. Indianos, brasileiros e sul- africanos desenvolvem ainda parcerias, por meio do Fundo IBAS, para combater a fome e a pobreza em seis países. Juntos, apoiam projetos de coleta de resíduos sólidos no Haiti e em mais oito países e de melhoramento agropecuário. Outro tema discutido foi o desenvolvimento sustentável, principal tema da Conferência Rio+20 – que ocorrerá de maio a junho de 2012 no Rio de Janeiro. Havendo ainda reuniões técnicas setoriais nas áreas de defesa, energia e ciência e tecnologia. Para a Índia, o Brasil e a África do Sul, a prioridade deve ser a chamada cooperação Sul-Sul, com o objetivo de gerar contribuições efetivas no combate à desigualdade e à exclusão social. O Fundo Ibas para o Alívio da Fome e da Pobreza, criado em 2004, é o principal instrumento para a execução das metas. Avenida Nossa Senhora da Penha, 1495, Ed. Corporate Center, TB, sala 202, Santa Lúcia, Vitória, ES - CEP: 29.056-905 20-GARGALOS DO CRESCIMENTO: O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou que a presidente Dilma Rousseff determinou como diretriz de governo que o Poder Executivo ataque os gargalos logísticos nos próximos meses, como os relativos a ferrovias, portos e rodovias. "Os investimentos em infraestrutura e logística são muito importantes para a continuidade do desenvolvimento do Brasil", disse Coutinho, no segundo seminário FEBRABAN/BNDES sobre financiamento de longo prazo. "Não há nenhuma razão para que os investimentos nestes setores não alcancem uma expansão expressiva nos próximos anos", afirmou. Coutinho também disse que o Brasil, na margem, está registrando um patamar de expansão abaixo do Produto Interno Bruto (PIB) potencial. Ele destacou, contudo, que o País tem perspectivas muito favoráveis de crescimento em 2012 e nos anos seguintes, pois conta com saudável incremento da concessão de crédito, aumento da renda das famílias, níveis relevantes de investimentos das empresas e níveis muito bons de geração de empregos. 21-ACORDO INPE/NASA: A Agência Espacial Brasileira (AEB) e a agência espacial americana, NASA, assinaram dois acordos de cooperação para pesquisas espaciais e do ambiente terrestre que podem ajudar a entender melhor sobre o clima, chuvas, desastres naturais e a camada de ozônio Um dos acordos prevê que o Brasil terá acesso a dados sobre precipitação (chuva) gerados pela constelação de satélites do Programa de Medição de Precipitação Global (GPM), quando ele estiver operante. O GPM é uma iniciativa dos Estados Unidos e do Japão e prevê o funcionamento de satélites que permitirão entender melhor as mudanças do clima e meteorológicas, melhorar a previsão do tempo e da ocorrência de desastres ambientais, como tempestades. O governo brasileiro tem planos de construir um satélitepara integrar a constelação do GPM, mas ainda não tem um parceiro para a tarefa, informou o INPE. O documento assinado pela AEB (órgão ao qual o INPE é subordinado) e a NASA prevê apenas o "estudo da viabilidade do desenvolvimento conjunto de um satélite para constelação GPM" e não prevê a criação de "invenções conjuntas". Os Estados Unidos alegam dificuldades orçamentárias para a parceria. O mesmo problema - falta de recursos - fez com que a possibilidade de o Brasil construir o satélite com a França não fosse adiante. O outro acordo assinado prevê que o INPE lance sondas de ozônio conectadas a balões atmosféricos em território brasileiro, que vão permitir uma compreensão melhor Avenida Nossa Senhora da Penha, 1495, Ed. Corporate Center, TB, sala 202, Santa Lúcia, Vitória, ES - CEP: 29.056-905 sobre o funcionamento da camada de ozônio da Terra. Os balões e as sondas serão fornecidos pela NASA, que também treinará profissionais para a tarefa no Brasil e nos Estados Unidos. Os dados gerados pelas sondas estarão disponíveis aos dois países. Não se sabe, no entanto, onde e quando os balões serão lançados. 22-MODERNIZAÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS: Pelos valores até agora públicos, a modernização operacional e tecnológica das Forças Armadas está custando o equivalente a 38 Maracanãs reformados. Na Marinha, o gasto com cinco submarinos (um deles, de propulsão nuclear), mais um estaleiro e uma base naval será de R$ 18,7 bilhões até 2024. Na Aeronáutica, a compra de 36 aviões de combate (adiada pela presidente Dilma) é calculada em R$ 10 bilhões. Agora é o Exército que apresenta a conta de seu upgrade: US$ 6 bilhões (algo em torno de R$ 9,6 bilhões) para a implantação, em 10 anos, do Sisfron, um projeto para resolver (com tecnologia de ponta) um velho problema do país, a vulnerabilidade de seus 16,8 mil quilômetros de fronteira seca, sobretudo na Região Amazônica - que agora voltou a estar em evidência por conta dos crimes ambientais. Na verdade, a conta já passa dos R$ 38 bilhões, cifra que recentemente incorporou os US$ 6 bilhões do Sisfron. A sigla que engordou a conta do salto das Forças Armadas para a modernidade é o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras, cujo conteúdo o Exército vem tornando público aos poucos. Até porque o projeto em si ainda está em desenvolvimento. Podemos dizer que já temos 60% dele prontos - disse ao GLOBO o comandante do Exército, general Enzo Martins Peri. Em setembro, a Atech Negócios em Tecnologia, empresa brasileira que o desenvolve, apresentará o projeto final ao Ministro da Defesa, Nelson Jobim. A partir disso, será possível definir os primeiros passos do Sisfron, que nasceu alinhado e inspirado pela Estratégia Nacional de Defesa (estabelecida em 2008), na qual a proteção da Amazônia é listada como prioridade. Os principais pontos da entrevista do General Enzo Peri sobre o Sisfron: 23-PACTO DO DESMATAMENTO: Em mais de 20 anos de monitoramento, o Pará sempre esteve entre os campeões do desmatamento na Amazônia. E a pecuária respondia por 90% das áreas de floresta derrubadas. Mas há dois anos, a história começou a mudar. O Ministério Público Federal propôs um acordo aos dez maiores frigoríficos brasileiros. Eles só poderiam comprar carne de produtores que não desmatassem. Os fazendeiros deveriam ter o cadastro ambiental rural, uma espécie de ''CPF'' da propriedade. E as fazendas não poderiam estar embargadas por desmatamento, trabalho escravo e grilagem de terra. Avenida Nossa Senhora da Penha, 1495, Ed. Corporate Center, TB, sala 202, Santa Lúcia, Vitória, ES - CEP: 29.056-905 O trabalho do Ministério Público deu origem a um projeto maior. Este ano, todos os 144 municípios paraenses foram convidados a assinar um pacto para reduzir o desmatamento. A prefeitura que aderir ao programa recebe dados de satélite que identificam em tempo real novas áreas desmatadas, facilitando a fiscalização. Nas cidades que cumprem as metas, os produtores têm licença pra vender carne e acesso a crédito. Já fazem parte do programa 89 municípios. As fazendas cadastradas pularam de 600 (em 2009) para mais de 40 mil este ano. Por causa de seu tamanho, o Pará ainda responde sozinho por mais de metade de todo o desmatamento da Amazônia. Mas o projeto já levou a uma redução na devastação. Segundo o Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia, o Imazon, que faz o monitoramento da floresta por satélites, desde 2009, o desmatamento no Pará caiu 40%. Foram mil quilômetros quadrados a menos de floresta desmatada - o que equivale ao tamanho de Belém. “O único fato que explica essa queda é o comportamento da parceria entre setor público, governo, ONGs, produtores rurais, Ministério Público, compradores, ter um comércio de utilidades, de várias matizes, inclusive uma vigiando outra, isso é importante, e isso está forçando a redução do desmatamento” diz o pesquisador do Imazon Adalberto Verissimo. 25- TAXA SELIC: Na primeira reunião do ano, o Comitê de Política Monetária do Banco Central cortou a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual. Agora, a Selic está em 10,5% ao ano. O comunicado emitido pelo Banco Central diz que o corte de juros é uma forma de reduzir os efeitos da crise internacional no Brasil. O texto é exatamente igual ao divulgado na reunião passada, quando o Copom também reduziu a taxa. A Selic está em queda desde agosto de 2011, quando a taxa caiu de 12,5% para 12%. Foram quatro reduções seguidas, e os economistas dizem que há espaço para mais cortes. “Está em curso o processo de redução da taxa de juros. O Banco Central deu mais um passo nessa redução e está absolutamente dentro do previsto e razoável para chegar à meta que tem que chegar, de 4,5% de inflação neste ano”, diz o economista da Mauá investimentos, Luiz Fernando Figueiredo. O Banco Central calibra a taxa de juros para conseguir atingir a meta de inflação, mas o economista Luís Otávio Leal lembra que a queda na taxa também traz outros efeitos: reduz o custo do crédito, estimula o consumo e dá um impulso na economia. “O Avenida Nossa Senhora da Penha, 1495, Ed. Corporate Center, TB, sala 202, Santa Lúcia, Vitória, ES - CEP: 29.056-905 grosso desses cortes vão impactar a economia exatamente no segundo semestre. A gente espera um segundo semestre com crescimento bastante robusto”, diz. 26-TAXA DE DESEMPREGO: O ano de 2011 entrará para a história como o que registrou a menor taxa de desemprego desde 2002, quando teve início a série do IBGE. O instituto divulgou há pouco que a desocupação ficou em 6% no ano passado, 0,7 ponto percentual abaixo da taxa de 2010, como mostra o gráfico abaixo. Outra boa notícia que tem de ser comemorada é que o desemprego, que estava em 5,2% em novembro, caiu para 4,7% em dezembro - a menor taxa já registrada pelo IBGE, ficando abaixo das previsões da maioria dos analistas. No último mês do ano, a desocupação, tradicionalmente, costuma cair, atingindo o menor patamar do ano, por conta das vagas abertas pelo comércio para as vendas de Natal. Essa pesquisa do IBGE, feita em seis regiões (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre) leva em conta o mercado de trabalho informal também. É diferente, portanto, da pesquisa do Caged, que considera somente as vagas com carteira assinada. Nesta semana, o Caged mostrou, como publicamos aqui, que o país perdeu 408.172 vagas em dezembro. Ainda assim, os analistas dizem que o mercado de trabalho brasileiro continua forte. No começo do ano, no entanto, a taxa de desemprego tende a subir um pouco, por conta da dispensa dos trabalhadores temporários. Em nota, o IBGE explicou que, em 2011, o número de desempregados ficou em 1,4 milhão de pessoas, 10,4% a menos do que em 2010 (1,6 milhão). Já a população de empregadossomou 22,5 milhões de pessoas, 2,1% mais do que no ano anterior. Segundo o instituto, o número de trabalhadores com carteira assinada, na média de 2011, foi de 10,9 milhões, representando o melhor resultado em relação ao total de ocupados já registrado (48,5%). O rendimento médio real, em 2011, ficou em R$ 1.625,46, o que representa um crescimento de 2,7% em relação ao dado de 2010. 27- ACORDO FISCAL DA UE: Países da zona do euro chegaram a um acordo para reforçar as regras fiscais. Mas, não houve adesão dos 27 estados-membros da União Européia. Apenas 23 confirmaram a intenção de participar da união fiscal. O Reino Unido se negou a revisar o tratado da União Européia. Além disso, Hungria não quis participar e a Suécia e República Tcheca pediram para consultar seus parlamentos sobre uma adesão. O acordo inclui obrigar os Estados-membros a passar para a esfera jurídica - ou para suas Constituições, se for o caso - uma regra em que se comprometem a manter seus orçamentos em equilíbrio. Isso significa que não será aceito um déficit estrutural de mais de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). O Tribunal Europeu de Justiça terá autoridade para julgar se um país pôs em prática uma lei adequada. Avenida Nossa Senhora da Penha, 1495, Ed. Corporate Center, TB, sala 202, Santa Lúcia, Vitória, ES - CEP: 29.056-905 Os países-membros que farão parte do novo tratado decidiram sobre três componentes principais: a união fiscal, a aceleração da implementação do Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM, na sigla em inglês) e a adição de US$ 270 bilhões às reservas do FMI a ser confirmado posteriormente. Além disso, um Estado-membro terá de enfrentar sanções automáticas caso tenha um déficit orçamentário superior a 3% do PIB, a menos que as sanções sejam derrubadas pela maioria dos países da zona do euro. Como esperado, a dívida para o PIB será limitada a 60%, e os países terão de lavrar em lei que eles se comprometerão a reduzir constantemente a dívida caso ela esteja acima do permitido. Os líderes da zona do euro também disseram que têm projetos para mais reformas fiscais. O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e o presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso, ficarão incumbidos de apresentar um relatório com possíveis medidas relacionadas a essas reformas fiscais até março de 2012. Além disso, os líderes da zona do euro vão "reavaliar" em março de 2012 o limite para os recursos combinados da zona do euro que poderão ter fundos de resgate temporários e permanentes. A questão sobre o teto de € 500 bilhões, e se ele deveria ou não ser elevado, foi um dos pontos de discórdia surgidos durante o evento. Alguns países queriam fundos de resgate temporários e permanentes para as operações paralelas (side by side), com a elevação do limite do teto acima de € 500 bilhões. Outros países, liderados pela Alemanha, resistiam a isso. No final, enquanto se confirmava que os dois fundos deverão correr lado a lado, ficou acertado que esse limite será reavaliado em março do ano que vem. O fato de o Reino Unido ter rejeitado mudanças no acordo e a Hungria possivelmente fazer o mesmo, além de algumas abstenções, demonstra que as novas regras fiscais terão de funcionar como um acordo intergovernamental, e não se constituirá em mudança do tratado da União Européia. 28-MILÍCIAS CARIOCAS: Recentemente, no Rio de Janeiro, o termo Milícia foi associado a práticas ilegais, geralmente são grupos formados em comunidades urbanas de baixa renda como conjuntos habitacionais e favelas sob a alegação de combater o crime narcotráfico porém mantendo-se com os recursos financeiros provenientes da venda de proteção da população carente e cobrança de pirataria na rede de informação,são ainda consideradas milícias todas as organizações da administração pública tercerizada e que possuam estatuto militar, não pertençam às Forças Armadas de um país, isto é, ao Exército, Marinha de Guerra ou à Força Aérea. As milícias da cidade do Rio de Janeiro são grupos que controlam várias favelas. São formadas por policiais, bombeiros, vigilantes, agentes penitenciários e militares, fora Avenida Nossa Senhora da Penha, 1495, Ed. Corporate Center, TB, sala 202, Santa Lúcia, Vitória, ES - CEP: 29.056-905 de serviço ou na ativa. Muitos milicianos são moradores das comunidades e contam com respaldo de políticos e lideranças comunitárias locais. A princípio com a intenção de garantir a segurança contra traficantes, os milicianos passaram a intimidar e extorquir moradores e comerciantes, cobrando taxa de proteção. Através do controle armado, esses grupos também controlam o fornecimento de muitos serviços aos moradores. São atividades como o transporte alternativo (que serve aos bairros da periferia), a distribuição de gás, a instalação de ligações clandestinas de TV a cabo. Segundo o Núcleo de Pesquisas das Violências da Uerj, até a operação no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro, no final de novembro de 2010, as milícias dominavam 41,5% das 1.006 favelas do Rio de Janeiro (contra 55,9% por traficantes, e 2,6% pelas Unidades de Polícia Pacificadora). 29- INVESTIMENTOS EM ANGOLA: Segundo estimativas da Associação de Empresários e Executivos Brasileiros em Angola, o estoque de investimentos do Brasil no país soma US$ 4 bilhões (R$ 7 bilhões). É o país que recebe o maior volume de investimentos brasileiros na África. Apesar de os investimentos brasileiros serem majoritariamente privados, grande parte das oportunidades do negócio estão concentradas no governo de Angola. As empresas brasileiras mais atuantes no país africano são a Petrobrás, a Vale e as construtoras Andrade Gutierrez, Odebrecht, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão. Atualmente, a Odebrecht é a maior empregadora privada de Angola, com 17 mil funcionários. Além da construção civil, a empresa também opera em áreas que vão de coleta de lixo a plantações para bicombustíveis. Estima-se que mais de 2 mil empresários brasileiros trabalham no país em diversos ramos, como restaurantes, hotéis e outros médios e pequenos negócios. A Camargo Corrêa, um dos maiores conglomerados privados do Brasil, está instalando uma fábrica de cimento, com valor estimado em US$ 200 milhões. A empresa também manifestou o interesse em explorar o potencial hidrelétrico do rio Cunene. A Petrobras é outra empresa com grande interesse em Angola, cuja economia é baseada na riqueza em petróleo. Em 2009, petróleo representou 58% do PIB Avenida Nossa Senhora da Penha, 1495, Ed. Corporate Center, TB, sala 202, Santa Lúcia, Vitória, ES - CEP: 29.056-905 angolano. A empresa brasileira atua como sócia não-operadora, mas em 2008, fez um acordo com o governo de Angola para assumir a operação de três blocos de extração - o primeiro deles previsto para entrar em funcionamento ainda neste ano. Apesar do alto volume de investimentos do Brasil em Angola, a relação recíproca ainda é tímida. O país africano investe cerca de US$ 98 milhões no Brasil. 30-INVESTIMENTO EXTERNO: O Investimento Estrangeiro Direto (IED) no acumulado de janeiro a setembro de 2011 é de US$ 50,4 bilhões, o maior valor da série iniciada em 1947 para o período. O resultado equivale a 2,79% do PIB, superior ao registrado nos nove primeiros meses de 2010, quando o IED somou US$ 22,557 bilhões ou 1,45% do PIB. Em todo o ano passado, o IED somou US$ 48,4 bilhões. Em setembro, o IED alcançou US$ 6,326 bilhões em setembro, segundo dados divulgados pelo Banco Central, o maior resultado para o mês desde 2004. O valor do ingresso no mês ficou acima do teto das expectativas de analistas O montante de IED registrado em setembro foi também superior ao observado em igual mês do ano passado, quando oinvestimento somou US$ 5,404 bilhões. Nos 12 meses encerrados em setembro, o IED acumula entrada de US$ 76,332 bilhões, o correspondente a 3,26% do PIB. Em relação ao tamanho da economia, o investimento produtivo cobre com folga o déficit em transações correntes, que soma o equivalente a 2,05% do PIB no mesmo período. O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel, ressaltou que o déficit em transações correntes segue sendo completamente financiado pelo ingresso de IED. "Em setembro, o IED veio acima da nossa previsão e isso reflete a confiança dos investidores estrangeiro com o País". Maciel observou que o IED é menos influenciado por movimentos de curto prazo. "O ingresso é determinado por uma análise econômica de horizonte de tempo mais amplo, dada a maturidade que esses investimentos exigem", disse. O chefe do Departamento Econômico do BC observa que esses investimentos são determinados conforme "os fundamentos e as perspectivas de crescimento da economia". "A perspectiva é de que esses fluxos continuem entrando no País", disse, ao lembrar dos investimentos para a exploração do petróleo do pré-sal e os eventos esportivos de 2014 e 2016. Avenida Nossa Senhora da Penha, 1495, Ed. Corporate Center, TB, sala 202, Santa Lúcia, Vitória, ES - CEP: 29.056-905 Maciel que o fluxo de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em outubro, até o último dia 21, está positivo em US$ 3,400 bilhões. Ele espera que esta conta encerre o mês com ingresso líquido de US$ 4 bilhões. No acumulado dos últimos 12 meses, o IED (de US$ 76,332 bilhões) tem o maior saldo da série em valores nominais e o resultado mais elevado desde dezembro de 2002 quando se analisa o dado em porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB). 31-SETE BILHÕES DE HABITANTES: A população mundial chega a 7 bilhões de pessoas, segundo estimativas da ONU, em meio a necessidades urgentes de redistribuição da riqueza para o combate a crescentes desigualdades. Cada país celebrará à própria moda este novo recorde de explosão demográfica: alguns vão até eleger um bebê como símbolo e outros vão organizar competições esportivas e festividades. No entanto, para o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o dia que marca a existência de sete bilhões de seres humanos (31/10/2011) não é motivo de alegria. Os recém-nascidos chegam a um mundo contraditório, com muita comida para uns e com a falta de alimentos para um bilhão de pessoas que vão dormir com fome todas as noites. O recorde demográfico deveria ser visto como "um chamado à ação", insistiu. A nova cifra demográfica representa um incremento de 1 bilhão de pessoas em relação ao número anunciado à meia-noite de 12 de outubro de 1999, quando a ONU nomeou um recém-nascido bósnio, como o terráqueo de número 6 bilhões. O então secretário-geral da ONU, Kofi Annan, foi fotografado num hospital de Sarajevo, segurando a criança em seus braços. A família da criança vive, hoje, mergulhada na pobreza, o que explica, em parte, o fato de este ano não haver foto simbólica com o chefe da ONU para imortalizar o novo recorde demográfico. "Não se trata de números. Trata-se de pessoas", disse Ban numa escola de Nova York semana passada. "Serão sete bilhões de pessoas que vão precisar de alimentos em quantidade suficiente, assim como de energia, além de boas oportunidades na vida de emprego e educação; direitos e a própria liberdade de criar seus próprios filhos em paz e segurança", acrescentou. Dirigindo-se aos estudantes, o chefe das Nações Unidas acrescentou: "Tudo o que quiserem para vocês mesmos deverá ser multiplicado por sete bilhões". Avenida Nossa Senhora da Penha, 1495, Ed. Corporate Center, TB, sala 202, Santa Lúcia, Vitória, ES - CEP: 29.056-905 Ban levará esta mensagem ao G20, que reunirá as economias desenvolvidas e as emergentes mais importantes, na próxima semana no sul da França. Segundo estimativas da ONU, cerca de dois bebês nascem a cada segundo, pelo que a cifra de sete bilhões continuará aumentando na próxima década, até chegar a 10 bilhões em 2100. As Nações Unidas prevêem que a Índia se converta no país mais povoado do mundo em 2025, quando seus habitantes somarem 1,5 bilhão, superando a China. Enquanto isto, um relatório do Fundo de População da ONU (UNFPA) destaca que o mundo enfrentará crescentes obstáculos para criar empregos para as novas gerações, especialmente nos países pobres, e que a mudança climática e a explosão demográfica vão agravar as crises de fome e de seca. Ao mesmo tempo, o envelhecimento da população se tornará um problema para o Japão e os países europeus, com suas repercussões afetando as políticas de migração, saúde e emprego, adverte o documento. 32-COMISSÃO DA VERDADE: A presidente Dilma Rousseff sancionou a lei que permite aos cidadãos ter acesso a informações públicas e a lei que cria a Comissão da Verdade. Dilma destacou que essas duas leis "representam um grande avanço nacional e um passo decisivo na consolidação da democracia brasileira". "A informação torna-se aberta em todas as suas instâncias. O Poder Público torna-se mais transparente", completou a presidente. Para a presidente, as duas leis são uma forma de evitar que atos ou documento que atentem aos direitos humanos fiquem sob sigilo. "O sigilo não oferecerá nunca mais guarida ao desrespeito aos direitos humanos no Brasil", disse Dilma. A Lei de Acesso à Informação, de autoria do Executivo e que foi encaminhada em maio de 2009 ao Congresso Nacional, entra em vigor em seis meses. Ela garante o acesso a documentos públicos de órgãos federais, estaduais, distritais e municipais dos três Poderes. "Todos os brasileiros sem exceção poderão consultar documentos produzidos pela Administração Pública", explicou a presidente, acrescentando que todos os órgãos públicos terão que publicar informações na internet sobre sua atuação, gestão e disponibilidade orçamentária. O sigilo de documentos só será justificável em casos de proteção da segurança do Estado e de informações de caráter pessoal. Caso o acesso à informação pública seja negado, caberá recurso. O tempo para manter sob sigilo documentos ultrassecretos será de 25 anos; secretos, 15 anos; e reservados, cinco. Somente o sigilo de documentos ultrassecretos poderá ser prorrogado, uma única vez e por igual período. O tempo máximo de sigilo será de 50 anos. Avenida Nossa Senhora da Penha, 1495, Ed. Corporate Center, TB, sala 202, Santa Lúcia, Vitória, ES - CEP: 29.056-905 A Comissão da Verdade foi criada para investigar, em dois anos, violações de direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988. A comissão será composta por sete membros, nomeados pela Presidência da República. "A Comissão da Verdade tem grande significado para o Brasil, e o Congresso Nacional demonstrou isso, pois o projeto recebeu apoio de todos os partidos", disse a presidente. "O silêncio e o esquecimento são sempre uma grande ameaça (...) Não podemos deixar que no Brasil a verdade se corrompa com o silêncio", concluiu. 33- CELAC: A Comunidade de Estados Latino-Americanos e o Caribe (Celac) nasceu com um acordo de todos os países da América, salvo Estados Unidos e Canadá, em uma Cúpula em Caracas(02/11/2011), os 33 países da região se uniram para dispor de um mecanismo próprio "sem tutelas externas" e se juramentaram a fazer deste o veículo para conseguir a unidade e integração desejada pelos Libertadores. A Celac foi fundada sob a convicção que "transcorreram 185 anos desde que foi ensaiado o grande projeto dos Libertadores para que a região se encontre hoje em condições de abordar, pela experiência e maturidade adquiridas, o desafio da unidade e integração", diz a Declaração de Caracas. Muito longe das aspirações de países como o Equador, de transformar
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