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RESUMO ADMINISTRAÇÃO BRASILEIRA 1

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RESUMO ADMINISTRAÇAOO BRASILEIRAAula 1 - Contextualização do estudo da administração no Brasil - a tarefa bassica da administraçaoo es tomar decisooesque promovam a utilizaçaoo adequada de recursos de forma a alcançar resultados. A administraçaoo movimenta aorganizaçaoo em direçaoo ao seu propossito atravess de definiçaoo de atividades que os membros organizacionais devemdesempenhar. A administraçaoo possui quatro funçooes. A primeira funçaoo es planejar. A organizaçaoo naoo ocorre ao acaso. Asegunda funçaoo es organizar. Esta funçaoo visa estabelecer os meios e recursos necessasrios para possibilitar a realizaçaoo doplanejamento e reflete como a organizaçaoo ou empresa tenta cumprir os planos. A terceira funçaoo es liderar ou dirigir. Estees o processo de influenciar e orientar as atividades relacionadas com as tarefas dos diversos membros da equipe ou daorganizaçaoo como um todo. A quarta funçaoo es controlar e representar o acompanhamento, a monitoraçaoo e a avaliaçaoo dodesempenho organizacional para verificar se tudo estas ocorrendo conforme o planejado, organizado e dirigido.E o que saoo organizaçooes? Saoo entidades sociais desenhadas como sistemas de atividades deliberadamenteestruturadas, coordenadas e ligadas ao ambiente externo.
OS ESTUDOS SOBRE ADMINISTRAÇÃO - A ideia era conceber a administraçaoo como cieiancia: ao invess de improvisaçaoo,planejamento; ao invess de empirismo, cieiancia. Assim, os seus elementos de aplicaçaoo saoo: (a) estudo de tempo e padrooesde produçaoo; (b) supervisaoo funcional; (c) padronizaçaoo de ferramentas e instrumentos; (d) planejamento de tarefas ecargos; (e) princíspio da exceçaoo; (f) utilizaçaoo da resgua de caslculo e instrumentos para economizar tempo; (g) fichas deinstruçooes de serviço; (h) ideia de tarefa associada a preiamios de produçaoo pela sua execuçaoo eficiente; (i) classificaçaoodos produtos e do material utilizado na manufatura; (j) delineamento da rotina de trabalho. A asrea que estuda este desenvolvimento do estudo da administraçaoo es a Teoria Geral da Administraçaoo.
ESTUDO DA ADMINISTRAÇÃO NO BRASIL - A forma mais recorrente de estudo da administraçaoo no Brasil e s aabordagem das principais teorias administrativas por meio do estudo das escolas de administraçaoo, foram categorizadasem cinco pontos diferentes: 1- eianfase nas tarefas (Administraçaoo Cientísfica); 2- eianfase na estrutura (Teoria Classsica, aTeoria da Burocracia, a Teoria Estruturalista e a Teoria NeoClasssica); 3- eianfase nas pessoas (Teoria das Relaçooes Humanase a Teoria Comportamental) ; 4- eianfase na tecnologia (Teoria Estruturalista, a Teoria NeoEstruturalista e a Teoria daContingeiancia); 5- eianfase no ambiente (Teoria Estruturalista, a Teoria de Sistemas e a Teoria da Contingeiancia).A Administraçaoo e o processo de administrar saoo fenoiamenos dinaiamicos e atrelados aos seus respectivoscontextos sociais, econoiamicos, polísticos e culturais torna-se imprescindísvel uma constante atualizaçaoo do que se ensina ese pratica. E essa atualizaçaoo diz respeito tanto aos gestores quanto a s prosprias organizaçooes.RESUMO - A cieiancia da administraçaoo se baseia em utilizaçaoo adequada e racional de recursos e sua transformaçaoo emaçaoo com intuito de alcançar os objetivos organizacionais. Para isso, saoo tomadas decisooes em todos os nísveishierasrquicos. Essa tomada de decisaoo es inerente a funçaoo de administrar. Por sua vez, as organizaçooes saoo entidades sociais estruturadas, coordenadas e ligadas ao ambiente externo, cujosvísnculos tecem uma rede com capilaridade global. Podemos afirmar que hoje vivemos em um mundo organizacional: a vida das pessoas depende das organizaçooes e estasdependem do trabalho das pessoas. Esse ciclo dinaiamico depende do administrador para coordenas-lo. A formaçaoo do administrador no Brasil começa na descada de 1940 com a necessidade de maoo de obra qualificada. Nessemomento, a sociedade brasileira passa de um estasgio agrasrio para a industrializaçaoo. Esse processo de formaçaoo equalificaçaoo leva o Brasil a ocupar posiçaoo econoiamica privilegiada no cenasrio internacional no iníscio do sesculo XXI.AULA 2 - Autores clássicos em Administração Brasileira - Alberto Guerreiro Ramos - Formado em Cieiancias Sociais eem Direito, sempre esteve ligado a administraçaoo pusblica tendo trabalhado no DASP, na Casa Civil da Presideiancia daRepusblica, no ISEB, entre outras organizaçooes. Em um dos seus livros publicados “A reduçaoo sociolosgica”, , encontraremos as diretrizes norteadoras do pensamento destepesquisador-administrador: (1) Vivemos necessariamente a visaoo de mundo de nossa espoca e de nossa naçaoo.(2) Existemdois tipos de engajamento, o engajamento sistemastico e engajamento ingeianuo.(3) Deve-se buscar a libertaçaoo da servidaoointelectual e a condiçaoo de mero copista e repetidos de ideias estrangeiras.Os treias sentidos bassicos da reduçaoo sociolosgica saoo:(1) Reduçaoo como mestodo de assimilaçaoo crística da produçaoosociolosgica estrangeira.(2) Reduçaoo como atitude parentestica.(3) Reduçaoo como superaçaoo da sociologia nos termosinstitucionais e universitasrios em que se encontra.De acordo com Guerreiro Ramos, a autoconscieiancia coletiva e a conscieiancia crística surgem quando um gruposocial pooe entre si e as coisas que o circundam um projeto de existeiancia. consiste na eliminaçaoo de tudo aquilo que, peloseu caraster acessosrio e secundasrio, perturba o esforço de compreensaoo e a obtençaoo do essencial de um dado. Em umsentido sociolosgico, es a atitude metosdica que tem por fim descobrir os pressupostos referenciais, de natureza histosrica,dos objetos e fatos da realidade social.
Mauricio Tragtenberg - formou-se em Histosria e doutorou-se em Cieiancias Sociais. Em suas ideias principaisconcentram-se em torno da crística a burocracia organizacional, a s teorias de administraçaoo e ao sistema capitalista.Tragtenberg compreende o conceito de burocracia como o aparato tescnico-administrativo composto por profissionaisespecializados e selecionados segundo critesrios racionais que se encarregam de diversas tarefas dentro do sistema.O conceito de ideologia es fundamental para Tragtenberg. Em sua opiniaoo, a ideologia opera escamoteando os verdadeirosinteresses e a verdadeira natureza da situaçaoo, neutralizando interesses e a verdadeira natureza da situaçaoo e ideiascomo representativas de interesses classistas.Mauricio Tragtenberg possuísa ideal libertasrio e denunciava em seus escritos e em suas aulas a opressaoo, a dominaçaoo e aexploraçaoo existentes na complexa relaçaoo entre burocracia, ideologia e poder. Em sua opiniaoo: 1. As teorias daAdministraçaoo saoo ideolosgicas. Saoo produtos de formaçooes sociais, econoiamicas, polísticas e culturais de um determinadocontexto histosrico e representam interesses de grupos especísficos desta sociedade. 2. Existem relaçooes de poder e dedominaçaoo nas organizaçooes. 3. Nas organizaçooes, as pessoas se alienam por meio dos seus papesis burocrasticos e
normativos. A burocracia apresenta-se como um aparelho ideolosgico e uma estrutura de dominaçaoo. 4. Um primeiroexemplo pode ser quando o funcionasrio adota os mitos da corporaçaoo sem reflexaoo crística, constituindo apenas umaatribuiçaoo de status e a criaçaoo de um jargaoo administrativo esotesrico. 5. Um segundo exemplo pode ser que a decisaoo,burocrastica es absolutamente monocrastica havendo apenas um fluxo de comunicaçaoo.
Fernando Prestes Motta - o Brasil es uma sociedade onde o social es mais importante do que o individual. A distaiancia de poder no Brasil, entre os grupos sociais, es taoo grande quanto a distribuiçaoo de renda e tem muito aver com o passado escravocrata do paíss. Entaoo, na verdade, o que a gente pode perceber, es que os trabalhadores e osexecutivos saoo controlados de forma muito rísgida por controles masculinos, tipo autoridade,e por controles femininos,tipo seduçaoo. O Brasil exibe a losgica das economias de extraçaoo, ou seja, os recursos humanos, o meio-ambiente, oconsumidor saoo explorados ao masximo no seio da empresa e na relaçaoo da organizaçaoo com a sociedade. RESUMO: Esta aula apresenta os autores classsicos em administraçaoo e as escolas que estudam a existeiancia ou naoo de ummodelo brasileiro de gestaoo. Alberto Guerreiro Ramos e a reduçaoo sociolosgica. Sua obra apresenta as diretrizes norteadoras do pensamento destepesquisador-administrador. Mauricio Tragtenberg critica a burocracia organizacional e o sistema capitalista. Fernando Prestes Motta dedicou-se mais ao ensino e a pesquisa acadeiamica do que ao exercíscio da profissaoo deadministrador. Introduziu no Brasil inusmeros autores estrangeiros, e foi considerado o “socioslogo das organizaçooes”, pelaabrangeiancia e profundidade de sua obra.AULA 3 - Autores contemporâneos em Administração Brasileira 
Fernando Prestes Motta - A originalidade de seus estudos pode ser atribuísda a sua recorrente crística a organizaçaooburocrastica e a busca por caminhos de superaçaoo deste modelo que levassem em conta o contexto e a cultura das organi -zaçooes no Brasil.Prestes Motta sempre buscou questionar e ultrapassar o “estrangeirismo”, que, no seu entender, existe de formabastante arraigada nos estudos de administraçaoo, ou seja, a valorizaçaoo do que es estrangeiro e o menosprezo do que esbrasileiro. Seguindo a linha dos estudos crísticos em administraçaoo, foram estudados: a burocracia e suas formasorganizacionais; a ideologia e hegemonia polística; as formas de gestaoo alternativas como a cogestaoo e a autogestaoo; e opoder como controle social manifesto no conjunto de valores e crenças compartilhadas.
Tânia Fisher - seus interesses de pesquisa em Administraçaoo Brasileira enfatizam os seguintes temas: organizaçooes,gestaoo de organizaçooes locais, poder local, gestaoo social do desenvolvimento, cultura e interculturalidade.
Fernando Guilherme Tenório - Seus interesses de pesquisa em Administraçaoo Brasileira enfatizam os seguintes temas:gestaoo social, teorias organizacionais, flexibilizaçaoo do trabalho e responsabilidade social.
Ana Paula Paes de Paula - seus interesses de pesquisa em administraçaoo brasileira enfatizam os seguintes temas: gestaoopusblica, cooperativismo e autogestaoo, teoria crística e estudos organizacionais, pedagogia crística, ensino e pesquisa emadministraçaoo, subjetividade e psicanaslise.RESUMO -Nesta realidade atual, vemos uma evoluçaoo social e conceitual do modelo brasileiro de administraçaoo. Aposs aincorporaçaoo de modelos estrangeiros, o Brasil passa a incorporar traços culturais no seu modelo de gestaoo.AULA 4 - Empreendedorismo no Brasil: a micro e a pequena empresa brasileira. Principais empreendedores
brasileiros - O empreendedor pode ser entendido naoo somente como aquela pessoa que abre uma empresa, mas tambesmcomo aquela que possui caracteríssticas empreendedoras. Empreendedor es uma palavra que vem do latim imprendere,que significa decidir realizar tarefa difíscil e laboriosa, colocar em execuçaoo. Apresenta o mesmo significado da palavrafrancesa entrepreneur, que deu origem a palavra inglesa entrepreneurship, que se refere ao comportamentoempreendedor.
EMPREENDEDORISMO – CONCEITOS - Ser um empreendedor hoje e s quase um imperativo, exige talento e visaoo defuturo, anaslise, planejamento estratesgico-operacional e capacidade de implementaçaoo. Em seu sentido restrito, a palavradesigna a pessoa que cria uma empresa – uma organizaçaoo de negoscios –, mas em seu sentido amplo esse termo designamuito mais.Em qualquer definiçaoo de empreendedorismo, encontram-se os seguintes aspectos referentes aoempreendedor:• iniciativa para criar um novo negoscio e paixaoo pelo que faz;• utilizaçaoo dos recursos disponísveis deforma criativa, transformando o ambiente social e econoiamico onde vive;• aceitaçaoo para assumir riscos calculados e apossibilidade de fracassar.
A REVOLUÇÃO DO EMPREENDEDORISMO - A primeira utilizaçaoo do termo pode ser conferida a Marco Polo, que tentouestabelecer uma rota comercial para o Oriente. Como empreendedor, Marco Polo assinou um contrato com alguesm quepossuísa capital para vender suas mercadorias. Na Idade Mesdia, o termo empreendedor foi utilizado para definir aquele que gerenciava grandes projetos deproduçaoo.
O século XVII foi a época em que surgiram os primeiros indícios de empreendedorismo, quando o empreendedor
estabelecia um contrato com o governo para realizar algum serviço ou fornecer produtos.
A ênfase em empreendedorismo surge muito mais como conse-qüência das mudanças tecnológicas e sua rapidez, e
não apenas por modismo. A competição na economia também força novos empresários a adotar paradigmas diferentes, e o
momento atual pode ser chamado de a era do empreendedorismo, pois são os empreendedores que estão eliminando
barreiras comerciais e culturais, encurtando distâncias, globalizando e renovando os conceitos econômicos, criando novas
relações de trabalho e novos empregos, quebrando paradigmas e gerando riqueza para a sociedade.
EMPREENDEDORISMO NO BRASIL - Muitas empresas brasileiras tiveram de procurar alternativas para
aumentar a competitividade, reduzir custos e manter-se no mercado, devido: • aumento no índice de desemprego; • criação de
negócios de modo informal; • uso de economias pessoais e FGTS.
Essa conjunção de fatores levou à criação de programas específicos para o público empreendedor:
• Programa Empreendedor do Governo Federal (1999); • Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas 
Empresas – (1999); • GEM – Global Entrepreneurship Monitor – (1998) trata-se de uma iniciativa conjunta do 
Babson College, nos EUA, e da London Business Scholl, na Inglaterra.
O empreendedorismo tem sido o centro das políticas públicas na maioria dos países. O momento atual 
pode ser chamado de a ERA DO EMPREEN-DEDORISMO, pois são os empreendedores que estão eliminando as 
barreiras comerciais e culturais, globalizando e renovando conceitos econômicos, criando novas relações de 
trabalho, novos empregos, quebrando paradigmas e gerando riqueza para a sociedade.
O Movimento Empreendedorismo no Brasil se desenvolveu com maior ênfase a partir de 1990, com a 
criação do Sebrae e da Softex.
OUTROS PROGRAMAS IMPORTANTES - • Programas Empretec e Jovem Empreendedor do Sebrae: são 
programas de capacitação. • Explosão de empresas pontocom (internet), nos anos 1999 e 2000, o que motivou a 
criação de entidades como o Instituto E-cobra, de suporte aos empreendedores. • Movimento de crescimento de
incubadoras de empresas no Brasil: dados da Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de 
Empreendimentos de Tecnologia Avançada).
EMPREENDEDORISMO POR OPORTUNIDADE E EMPREENDEDORISMO POR NECESSIDADE
- Empreendedorismo por oportunidade quando o empreendedor é um visionário, que cria uma empresa com planejamento, que
tem em mente o crescimento, que visa à geração de lucros, empregos e riqueza. O empreendedorismo por necessidade é quando
o candidato a empreendedor se aventura na jornada empreendedora mais por falta de opção, por estar desempregado e sem
alternativas de trabalho.
No Brasil, historicamente, o índice do empreendedorismo por oportunidade tem se apresentado de 
forma inferior ao daquele por necessidade, mas a expectativa é de que o país viabilize e promova o 
empreendedorismo por oportunidade de modo efetivo.
A MICRO E A PEQUENA EMPRESA (MPE) BRASILEIRA – CONCEITOS - Essenciais para a 
economia brasileira, as Micro e Pequenas Empresas (MPEs) têm sido cada vez mais alvo de políticas específicas 
para facilitar sua sobrevivência, como por exemplo, a Lei Geral para Micro e Pequenas Empresas, que cria 
facilidades tributárias como o Supersimples. Atualmente, há pelo menos três definições utilizadas para limitar o 
queseria uma pequena ou micro empresa. A definição mais comumente utilizada é a que está na Lei Geral para 
Micro e Pequenas Empresas.
Outra definição vem do Sebrae. A entidade limita as microempresas às que empregam até nove pessoas 
no caso do comércio e serviços, ou até 19, no caso dos setores industrial ou de construção.
AS MPEs NO BRASIL - No Brasil, surgem cerca de 460 mil novas empresas por ano. A grande maioria é de 
micro e pequenas empresas. As áreas de serviços e comércio são as com maior concentração deste tipo de 
empresa.
Abrir o próprio negócio se tornou o ideal de muitos brasileiros, que nesse processo se deparam com diversos 
obstáculos que dificultam ou impedem a realização desse sonho. Esse desafio representa muito pouco para os 
empreendedores.
TAXA DE MORTALIDADE DAS MPEs - Levantamento do Sebrae, feito entre 2000 e 2002, mostra que 
metade das micro e pequenas empresas fecha as portas com menos de dois anos de existência. O governo 
federal criou primeiro o Simples e depois o Supersimples, que prevê a unificação e diminuição de impostos.
A Lei Geral para Micro e Pequenas Empresas promete desburocratizar parte do processo. Assim, o 
Estado brasileiro, que tem incentivado este tipo de empresa, começa a mudar algumas coisas para facilitar a 
vida dos empreendedores, seja aju-dando-os a participar de licitações públicas, seja ampliando e facilitando suas
linhas de créditos.
Enfim, pode-se compreender que deve haver uma expectativa positiva com relação aos empreendedores 
brasileiros, para abertura e longevidade das MPEs brasileiras, desde que haja ajustes de fato para a 
desburocratização do processo de abertura de empresas.
CARACTERÍSTICAS DOS EMPREENDEDORES DE SUCESSO - • são visionários: têm visão de como será
o futuro para o seu negócio e para a sua vida. Têm a habilidade de implementar seus sonhos; • sabem tomar decisões: não se
sentem inseguros, sabem tomar decisões corretas na hora certa, principalmente nos momentos de adversidade, além de
implementarem suas decisões rapidamente; • estabelecem metas: os empreendedores definem objetivos e metas desafiantes e
com significado pessoal; • buscam informações: procuram informações de clientes, fornecedores e concorrentes; investigam
pessoalmente como fabricar um produto ou fornecer um serviço. Consultam especialistas, assessorando-se tecnicamente ou
comercialmente; • fazem planejamento e monitoramento sistemáticos: elaboram planos de execução, dividindo tarefas de grande
porte em sub-tarefas com prazos definidos; com base na visão do negócio e do futuro; • fazem a diferença: transformam algo de
difícil definição ou uma idéia abstrata em algo concreto, que funciona, transformando o que é possível em realidade, sabendo
agregar valor aos serviços e aos produtos que colocam no mercado; • exploram o máximo de oportunidades: conseguem
transformar em oportunidade algo que todos conseguem ver, mas cuja prática nunca identificaram; • são determinados e
dinâmicos: implementam suas ações com total comprometimento, fazem acontecer, mantêm-se sempre dinâmicos e cultivam um
certo inconformismo diante da rotina; • são dedicados: dedicam-se 24 horas por dia, sete dias por semana, ao seu negócio; • são
otimistas e apaixonados: adoram o trabalho que realizam. O otimismo faz com que sempre enxerguem o sucesso, ao invés do
fracasso; • são independentes e constroem o próprio destino: estão sempre à frente das mudanças e querem ser donos do próprio
destino; • buscam resultados financeiros: acreditam que o dinheiro é conseqüência do sucesso dos negócios; • são líderes e
formadores de equipes: têm senso de liderança e sabem se posicionar, obtendo o respeito dos seus liderados; • são bem
relacionados (netwoking): sabem construir uma rede de relacionamentos e de contatos; • são organizados: sabem obter e alocar
os recursos materiais, humanos, tecnológicos e financeiros de forma racional, procu-rando o melhor desempenho para o negócio;
• buscam o conhecimento e o aprendizado contínuo; • assumem riscos calculados: gerenciam o risco e avaliam as chances de
sucesso; • criam valor para o cliente e para a sociedade: utilizam o seu capital intelectual para criar valor através da criatividade e
da inovação para ofertar soluções para melhorar a vida de pessoas e gerar lucros para empresas.
COMPETÊNCIAS - • Capacidade empreendedora • Capacidade de trabalhar sob pressão • Comunicação •
Criatividade • Cultura da qualidade • Dinamismo e iniciativa • Flexibilidade • Liderança • Motivação.
O CÓDIGO GENÉTICO DO EMPREENDEDOR - Aprender e desenvolver determinadas habilidades são 
fundamentais para exercer o perfil empreendedor dentro ou fora da empresa: * Saber delegar; *Saber ensinar; 
*Manter a motivação; *Saber trabalhar com números; *Arriscar sempre; *Amar o que faz; *Saber vender e 
negociar; *Desistir jamais.
PRINCIPAIS EMPREENDEDORES BRASILEIROS - Constantino de Oliveira Júnior, presidente 
da Gol Linhas Aéreas, construiu, nos últimos anos, a segunda maior companhia de aviação comercial do país e 
entrou para o seleto grupo de bilionários.
Ozires Silva, conseguiu construir um projeto, montar uma equipe e transformar em realidade um segmento 
da construção aeronáutica nacional, em termos modernos e competitivos, com a constituição da Embraer.
Roberto Justus, está entre os principais publicitários do Brasil. Em 23 anos, sempre à frente de agências que 
produziram campanhas memoráveis, revelou diversos talentos criativos e entrou para a história da publicidade 
brasileira, que hoje desfruta grande respeito internacional.
RESUMO - A evolução histórica da palavra empreendedorismo retrata as diversas formas e características de se empreender
atualmente, como o empreendedorismo por oportunidade e o empreendedorismo por necessidade.
Uma pessoa empreendedora é capaz de identificar oportunidades. Tem capacidade e visão do ambiente de mercado, sendo altamente
persuasiva. A pessoa precisa estar pronta para assumir os riscos do negócio e aprender com os erros cometidos, pois eles são
presenciais na vida do empreendedor. Porém, cabe ao mesmo fazer dos erros acertos futuros.
A essência do empresário de sucesso é a busca de novos negócios e oportunidades e a preocupação contínua com a qualidade do
produto. Enquanto a maior parte das pessoas tende a enxergar apenas dificuldades e insucessos, o empreendedor deve ser otimista e
buscar sempre o sucesso, apesar das dificuldades.
Pode ser entendido como empreendedor: • Aquele que abre uma empresa, qualquer que seja, bem como aquele que compra uma
empresa e investe em inovações, agregando assim valor ao produto e, conseqüentemente, aumentando sua produtividade,
assumindo os riscos, com sua forma de vender, administrar, fabricar, distribuir e comprar os produtos. • Aquele que inova na forma
de fazer propaganda em seus produtos e serviços, agregando novos valores. • O colaborador que insere inovações em uma
organização, provocando o surgimento de valores adicionais, gerando assim melhorias na receita da empresa, bem como
crescimento em volume de produção.
AULA 5 - O jeito brasileiro de administrar na visão dos 
antropólogos- O JEITINHO BRASILEIRO: jeitinho é utilizado pelos brasileiros exatamente 
pela necessidade de serem vistos como pessoas e não como indivíduos e que ele o principal mediador entre as 
diversas proibições que advêm das leis e o que é permitido no contexto das relações sociais. Sendo assim, 
enquanto em outros países considera-se que as leis devem ser cumpridas, no Brasil existe a possibilidade de 
flexibilizá-las conforme o entendimento das pessoas e por meio da utilização do jeitinho.
CONCLUSÃO: O “jeitinho brasileiro” é uma forma particular de as pessoas resolverem seus problemas dentro da
sociedade brasileira sem a alteração do status quo. A dificuldade na definição é que há uma linha tênue entre favor, jeitoe
corrupção e que, o jeito estaria no meio. Num extremo haveria um polo positivo (favor) e noutro um negativo (corrupção). 
Essa situação de mediação, segundo as pessoas, não interfere na ordem estabelecida, não proporcionando nenhum tipo de
questionamento legal. 
A prática do “jeitinho” pode ser então considerada uma faceta da prática social do brasileiro como mecanismo de fugir aos 
rigores e padrões da burocracia.
AULA 6 - O modelo brasileiro de gestão nos estudos 
organizacionais. A influência cultural no modelo de 
administração brasileiro - O MODELO DO SISTEMA DE AÇÃO CULTURAL 
BRASILEIRO: é importante dizer que um sistema pode ser pensado como algo que é composto por diferentes 
partes (subsistemas) e que consegue atingir resultados que não são obtidos pela mera soma de tais partes, mas 
pela interação dessas.
O modelo do sistema de ação cultural brasileiro como um sistema composto de quatro subsistemas: o 
institucional (formal) que diz respeito aos traços culturais que encontramos no espaço da “rua”, o pessoal 
(informal) está relacionado aos traços característicos do espaço da “casa”, o dos líderes é aquele que reúne 
traços característicos daqueles que detêm o poder e o dos liderados que diz respeito aos traços daqueles que se 
subordinam ao poder.
A cultura de concentração de poder surge a partir da interseção entre os subsistemas líderes e formal, e 
está baseada na posição que determinados indivíduos ocupam dentro da hierarquia organizacional, sendo esta a
representação da autoridade e da responsabilidade em cada nível da estrutura.
Personalismo: “magnetismo exercido pela pessoa, por meio de seu discurso ou de seu poder de 
ligações (relações com outras pessoas), e não por sua especialização”
Paternalismo: é o fato de líderes e liderados ou chefes e subordinados possuírem uma grande 
dependência entre si. É comum que muitos funcionários enxerguem na figura do chefe não apenas alguém a 
quem devem obedecer por ocuparem cargos distintos na estrutura hierárquica da organização, mas também 
como uma espécie de pai que pode suprir as carências dos membros do clã.
Postura de espectador: tem como principais características o mutismo e a baixa consciência crítica 
que estão presentes na sociedade brasileira. Em nossas organizações, é muito comum encontrarmos esse tipo de
situação, pois os indivíduos em geral estão sempre na espera das orientações da autoridade externa ou dos 
líderes, tendo grandes dificuldades de agir por conta própria.
FORMALISMO: “é a diferença entre a conduta concreta e a norma que estabelece como essa conduta
deveria ser, sem que tal diferença implique punição para o infrator da norma. Em nossas organizações, o forma-
lismo expressa-se de maneira muito clara pela quantidade de regras e normas existentes, que em geral não são 
questionadas, mas que muitas vezes são burladas naturalmente por seus membros, ainda que de forma 
inconsciente.
Impunidade: diz respeito ao fato de que a lei é aplicada para alguns e não para outros que detêm 
recursos de poder, o que acaba por fortalecer ainda mais a posição destes. Assim, enquanto os liderados 
constantemente estão sob ameaça de receber punições, os líderes raramente enfrentam este tipo de situação 
pelo fato de ocuparem uma posição diferenciada quer na estrutura da sociedade, quer na própria hierarquia da 
organização.
Lealdade pessoal: significa que “o membro do grupo valoriza mais as necessidades do líder e dos 
outros membros do grupo do que as necessidades de um sistema maior no qual está inserido”. 
Evitar conflito: que diz respeito principalmente à relação liderado-líder. O distanciamento de poder 
entre liderados e líderes pode até resultar em possíveis situações de conflito, mas, nesses casos, o confronto 
direto geralmente será evitado por meio de mediadores que mantêm boa relação com ambas as partes.
Flexibilidade: é um traço presente no subsistema dos liderados e está associada a outros dois traços: 
o da adaptabilidade e o da criatividade. Enquanto a adaptabilidade está relacionada a soluções criativas que 
constantemente são buscadas como forma de se ajustar a uma realidade específica ou a um contexto, a 
criatividade também possui um elemento inovador.
AULA 7 - Cultura organizacional e cultura brasileira - CULTURA 
ORGANIZACIONAL: pode ser definida como “um modelo de pressupostos básicos que determinado grupo 
tem inventado, descoberto ou desenvolvido no processo de aprendizagem para lidar com seus problemas de 
adaptação externa e integração interna”. Pode ser subdividida em três diferentes níveis os quais interagem uns 
com os outros.
a) artefatos e criações: dizem respeito à tecnologia, à arte, aos modelos de comportamentos visíveis e audíveis, mas que fre -
quentemente não são decifrados; 
b) valores: os valores são conscientes, em alto grau;
c) pressupostos básicos: dizem respeito a aspectos diversos tais como o relacionamento com o ambiente; natureza da realidade; 
natureza da natureza humana; natureza dos relacionamentos humanos, tempo e espaço etc. São geralmente invisíveis e pré-
conscientes.
Além dos três níveis a cultura organizacional é composta por alguns elementos: Os valores são as crenças e os 
conceitos básicos em uma organização, que formam o coração da cultura, definem o sucesso em termos 
concretos para os empregados e estabelecem os padrões a serem alcançados pela organização, fornecendo um 
sentido de direção comum para todos e um guia para o comportamento diário. 
As crenças e pressupostos correspondem à expressão daquilo que é tido como verdade na organização, 
atendendo à necessidade humana de consistência e ordem.
Os ritos, rituais e cerimônias – consideradas atividades planejadas, que têm consequências práticas e 
expressivas, fazendo com que a cultura organizacional se torne mais tangível e coesa.
As histórias são definidas como as narrativas baseadas em eventos já ocorridos, que trazem informações a respeito da
organização e que reforçam o comportamento existente, por enfatizar como esse comportamento se ajusta ao ambiente
organizacional.
Os mitos, dizem respeito a histórias, não sustentadas por fatos, mas consistentes com os valores organizacionais.
Os tabus orientam o comportamento, demarcando áreas de proibições, evidenciando o aspecto disciplinar da cultura e 
enfatizando o que não é permitido.
Os heróis personificam os valores e condensam a força de uma organização, sendo responsáveis por sua criação 
e caracterizados pela intuição, visão e experimentação, fazendo seu próprio tempo e apreciando cerimônias.
As normas consistem no comportamento sancionado, por meio do qual os indivíduos são recompensados ou punidos,
confrontados ou encorajados, isto é a maneira correta de como se comportar e agir na organização.
A comunicação consiste na interação dos indivíduos por meio de troca de mensagens ou transações 
simbólicas por verbalizações, vocalizações e comportamentos não verbais, e com significados que, após o uso 
repetido, tornam-se aceitos e assumidos.
Como desvendar a cultura de uma organização: • O histórico das organizações: diz respeito a recuperar o 
momento de criação de uma organização e sua inserção no contexto político e econômico da época; • O 
processo de socialização de novos membros: trata de analisar o momento de socialização; • As políticas de 
recursos humanos: consiste em observar as políticas de recursos humanos, responsáveis por mediar as relações 
entre capital e trabalho; • O processo de comunicação: corresponde a mapear o sistema de comunicação – 
composto tanto por meios, instrumentos e veículos como pela relação entre aqueles que se comunicam; • A 
organização do processo de trabalho: significa analisar a organização do processo de trabalho em suas 
componentes tecnológica e social, permitindo também a identificação das categorias presentes na relação de 
trabalho e o consequente mapeamento das relaçõesde poder.
CULTURA BRASILEIRA: os principais traços brasileiros para que possamos realizar uma análise 
organizacional são a hierarquia, o personalismo, a malandragem, o sensualismo e o aventureiro.
a) A hierarquia está relacionada à tendência à centralização do poder dos grupos sociais. Quanto maior for 
o volume de recursos de poder que um grupo conseguir obter, melhor será sua posição dentro daquela 
hierarquia, o que possui como consequência o distanciamento nas relações entre os diferentes grupos 
sociais inseridos naquela estrutura.
b) Personalismo: Nas organizações brasileiras, esse traço sem dúvida se faz presente e, ao mesmo tempo 
que pode contribuir para tornar as relações entre os membros da empresa mais fortes. Ele traz consigo 
problemas que podem acabar por prejudicar o funcionamento da organização, como ocorre quando 
algum empregado é selecionado não por possuir as competências requeridas para exercer determinada 
função, mas porque é próximo à pessoa responsável pela contratação.
c) Malandragem: está relacionado diretamente a características muito mencionadas como sendo próprias 
do povo brasileiro, como o famoso “jeitinho”, que é referido quando se quer dizer que temos a qualidade 
de conseguir contornar situações que nos parecem, a princípio, complicadas de se resolver.
d) Sensualismo: o brasileiro “coloca boa dose de sensualismo em suas relações como modo de navegação 
social, como maneira de obter o que deseja mais facilmente”.
e) Aventureiro: é apontado como sendo referente tanto à ideia de que somos mais “sonhadores que 
disciplinados”, como também pelo fato de que o povo brasileiro em geral possui uma aversão a trabalhos
manuais ou metódicos, considerados mais desqualificados do que outros. 
AULA 8 - Administração Pública no contexto brasileiro - O ESTADO E
SUA COMPOSIÇÃO: O Estado é constituído por três elementos originários e indissociáveis: 
• povo: que é o componente humano do Estado; 
• território: que é a sua base física;
• governo soberano: que é o elemento condutor do Estado, que detém e exerce o poder absoluto de 
autodeterminação e auto-organização emanado do povo.
O Estado possui três poderes: o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, independentes e harmônicos entre si e 
com suas funções reciprocamente indelegáveis: 
• Legislativo: responsável pela elaboração das leis (função normativa); 
• Executivo: responsável pela conversão das leis em atos individuais e concretos (função administrativa); 
• Judiciário: responsável pela aplicação das leis (função judicial).
Os termos Governo e Administração, apesar de serem confundidos, expressam conceitos diferentes: 
• Governo: é o conjunto de Poderes e órgãos constitucionais que expressam a política de comando, de iniciativa, de
fixação de objetivos do Estado e de manutenção da ordem jurídica vigente. 
• Administração Pública: é o conjunto de órgãos instituídos para consecução dos objetivos do Governo. A Administração não 
pratica atos de governo; pratica atos de execução, com maior ou menor grau de autonomia, de acordo com a competência do 
órgão e de seus agentes.
Nessa configuração de Estado, temos também as entidades administrativas, que são pessoas jurídicas públicas ou
privadas: • Estatais: pessoas jurídicas de Direito Público – Banco do Brasil, Petrobras etc.;
• Autarquias: pessoas jurídicas de Direito Público, criadas por lei específica, para a realização de atividades, obras ou
serviços descentralizados da estatal que as criou;
• Fundações: pessoas jurídicas de Direito Público, também criadas por lei específica com as atribuições que lhes forem
conferidas no ato de sua instituição;
• Paraestatais: pessoas jurídicas de Direito Privado cuja criação é autorizada por lei específica para a realização de obras, 
serviços ou atividades de interesse coletivo (Sesi, Sesc, Senai etc.). São autônomas, administrativa e financeiramente, têm 
patrimônio próprio e operam em regime da iniciativa particular, na forma de seus estatutos, ficando vinculadas (não 
subordinadas) a determinado órgão da entidade estatal a que pertencem, sem interferência na sua administração.
Nessa composição do Estado existem também os órgãos públicos, que são centros de competência instituídos 
para o desempenho de funções estatais, por meio de seus agentes. Esses agentes públicos são todas as pessoas 
físicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente, do exercício de alguma função estatal.
Na segunda metade do século XIX, na Europa, o modelo burocrático, com o intuito de proteger o 
patrimônio público contra a privatização do Estado, por meio de um serviço público profissional e de um sistema
administrativo impessoal, formal e racional.
principais características do modelo burocrático são: 
• estrutura de autoridade impessoal; 
• hierarquia de cargos baseada em um sistema de carreiras altamente especificado; 
• cargos com claras esferas de competência e atribuições; 
• sistema de livre seleção para preenchimento dos cargos, baseado em regras específicas e contrato claro; 
• seleção com base em qualificação técnica (há nomeação e não eleição); 
• remuneração expressa em moeda e baseada em quantias fixas, graduada conforme o nível hierárquico e a
responsabilidade do cargo; 
• o cargo como a única ocupação do burocrata; 
• promoção baseada em sistema de mérito (meritocracia); 
• separação entre os meios de administração e a propriedade privada do burocrata;
• sistemática e rigorosa disciplina e controle do cargo;
• normatização, com controles rígidos e a priori de processos e procedimentos.
Os poderes normais do administrador são simplesmente de conservação e utilização dos bens confiados 
à sua gestão, necessitando sempre de consentimento legal do titular de tais bens para quaisquer atos.
OBJETIVOS E FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: A finalidade única da Administração 
Pública é o bem comum do todo. No desempenho da função, o administrador público não tem a liberdade de 
procurar outro objetivo, ou de dar outro fim diferente do que está previsto na legislação da atividade. 
Resumindo, os objetivos da Administração consubstanciam-se em defesa do interesse público, assim entendidas 
aquelas aspirações ou vantagens licitamente almejadas por toda a comunidade administrativa, ou por parte 
expressiva de seus membros. O ato ou contrato administrativo realizado sem interesse público configura desvio 
de finalidade.
Os princípios básicos da administração constituem os fundamentos da ação administrativa: Legalidade: significa 
que o administrador público está, em toda a sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei e às 
exigências do bem comum e deles não se pode afastar ou desviar, sob pena de praticar ato inválido e expor-se à 
responsabilidade disciplinar, civil e criminal, conforme o caso; Moralidade: constitui pressuposto de validade de 
todo ato da Administração Pública, sendo que o ato administrativo não terá que obedecer somente à lei 
jurídica, mas também à lei ética da própria instituição, pois nem tudo que é legal é honesto; Impessoalidade e 
Finalidade: impõem ao administrador público que só pratique o ato para o seu fim legal, e o fim legal é 
unicamente aquele que a norma de Direito indica expressa ou virtualmente como objetivo do ato, de forma 
impessoal; Publicidade: é a divulgação oficial do ato para o conhecimento público e início de seus efeitos 
externos; 
CONSIDERAÇÕES FINAIS Um dos maiores desafios para o administrador público contemporâneo é compatibilizar 
interesses políticos legítimos com acentuado desconhecimento de obrigações antagônicas e as determinações técnicas e legais. A 
usual e pragmática solução que se apresenta é a de cercar-se de assessores competentes, geralmente profundos conhecedores das 
questões administrativas e legais do funcionamento cotidiano da máquina pública, revestindo os atos do gestor com técnica e 
legalidade. 
Entretanto, paraa aplicação das mencionadas propostas adjetivadas pela participação de capital humano, outras variáveis 
surgem, sendo dever de ofício registrar, por exemplo, a baixa remuneração oferecida ao técnico competente que é 
simultaneamente demandado e mais bem remunerado pela iniciativa privada.
AULA 9 - Finanças no Brasil - OBJETIVOS E FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA: O objetivo da administração financeira é maximizar a riqueza dos acionistas. A idéia de 
maximização da riqueza é mais ampla do que a de maximização do lucro, pois o aumento de geração de riqueza 
leva em consideração a manutenção da empresa no longo prazo, ou seja, o aumento de seu valor presente 
líquido, enquanto que a maximização dos lucros atuais pode comprometer os lucros futuros.
LIQUIDEZ E RENTABILIDADE: Liquidez e rentabilidade são as duas faces da moeda da admi-nistração
financeira, e o equilíbrio entre o nível adequado de liquidez e retorno satisfatório constitui-se o dilema central em finanças:
• rentabilidade – está relacionada à capacidade da organização em gerar resultados líquidos positivos, ou seja, lucro.
Liquidez diz respeito à solvência da empresa, à sua capacidade de honrar compromissos no curto prazo;
• a operação do binômio liquidez-rentabilidade nas organizações não ocorre de forma isolada, pois existe forte inter-
relacionamento entre eles. Ao se buscar maior rentabilidade, reduz-se o nível de liquidez da instituição. Da mesma forma, ao se 
privilegiar a liquidez, a organização tem sua rentabilidade reduzida.
DECISÕES FINANCEIRAS: As decisões financeiras buscam responder às seguintes questões:
– Onde aplicar os recursos da empresa? Decisões de investimento.
– Quais as fontes de captação de fundos? Decisões de financiamento.
As decisões de investimento referem-se à estrutura de ativos da empresa (lado esquerdo do balanço). As decisões de 
financiamento referem-se à composição das fontes de recursos, ou seja, à estrutura de capitais (lado direito do balanço).
AMBIENTE DE NEGÓCIOS: Compete ao administrador financeiro compreender o ambiente de negócios da 
empresa e suas influências nas finanças. Cabe ao profissional financeiro entender não somente as técnicas e 
conceitos de administração financeira, mas também obter conhecimento sobre como são aplicados em cada tipo 
de organização.
PERFIL DO PROFISSIONAL DE FINANÇAS: O profissional de finanças deve apresentar algumas
características referentes ao CHA (Conhecimentos, Habilidades e Atitudes) do profissional financeiro, que se referem a:
a) conhecimentos, relacionados ao saber formal do indivíduo; 
b) habilidades, referentes a aspectos de capacidade do indivíduo; 
c) atitudes, relacionados a questões de personalidade.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS: As tendências de mercado, as ações da concorrência, as decisões de 
política econômica, o comportamento do mercado internacional são alguns dos exemplos de informações 
externas, que o profissional de finanças deve estar acompanhando sistematicamente. Os balanços patrimoniais, 
ou relatórios contábeis, fornecem as informações internas da empresa.
REGIME DE COMPETÊNCIA E REGIME DE CAIXA: Os demonstrativos contábeis são elaborados 
observando-se o regime de competência, no qual as receitas e despesas são lançadas quando ocorre o fato 
gerador. O regime de caixa considera a entrada e saída efetiva de recursos, ou seja, a disponibilidade do 
dinheiro no caixa da empresa. O método de contabilização por regime de competência considera para o 
resultado final o valor das contas a receber, ou seja, existe o crédito, mas o dinheiro ainda não está no caixa. O 
regime de caixa só considera o ganho quando o dinheiro efetivamente entra no caixa.
PLANEJAMENTO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO E CONTROLE DE RESULTADOS: O planejamento
financeiro configura-se como a tradução das estratégias da empresa em números e contribui para definir 
objetivos e fixar padrões de resultados. É uma ferramenta útil tanto para a análise de viabilidade do 
planejamento estratégico da empresa quanto para controle e avaliação dos resultados alcançados. O profissional
de finanças também se envolve com a questão tributária nas organizações, sendo esse campo de estudos 
bastante amplo e que oferece boas oportunidades de trabalho e de retorno financeiro para aqueles que optarem 
por esse caminho.
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS: consiste no processo de tomada de decisão, que objetiva a melhor 
destinação dos recursos de uma empresa, dadas as suas estratégias. A análise de investimentos é uma vertente 
bastante rica e dinâmica da administração financeira, e o profissional que optar por essa área deve desenvolver 
sólidos conhecimentos em engenharia financeira.
CUSTO DE CAPITAL E ESTRUTURA DE CAPITAL: O custo de capital é o retorno que os acionistas ou 
financiadores exigem pelo investimento dos recursos financeiros na empresa. A estrutura de capital diz respeito 
à combinação das fontes de financiamento de longo prazo – própria ou de terceiros – utilizada pela empresa.
FONTES DE RECURSOS FINANCEIROS: Os recursos necessários para uma empresa podem ser 
captados via mercado de crédito – empréstimos bancários, mercado de capitais – lançamento de títulos como 
ações e debêntures, arrendamento mercantil – LEASING, ou ainda via lucros e dividendos retidos.
CONCEITOS DE CAPITAL DE GIRO: A administração do capital de giro constitui um dos aspectos mais 
relevantes da administração financeira e está diretamente ligada ao conceito de liquidez.
O capital de giro, também denominado capital circulante líquido, compreende o montante de recursos 
empregados pela empresa para financiar sua produção, o espaço de tempo compreendido desde a entrada de 
matéria-prima no estoque até a venda dos produtos elaborados e o respectivo pagamento (ciclo operacional).
CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO: Os ativos circulantes, comumente chamados de capital giro, representam a 
proporção do investimento total da empresa que circula na condução normal das operações. O capital de giro 
líquido é em geral definido como a diferença entre os ativos circulantes e os passivos circulantes.
GESTÃO DO CAIXA: As estratégias básicas de gestão do caixa são: • postergar, sempre que possível, os pagamentos; 
• aproveitar descontos favoráveis; • acelerar o giro dos estoques; • aumentar o giro de matérias-primas; • diminuir o ciclo de
produção; • aumentar o giro dos produtos acabados; • antecipar o recebimento de valores.
CRÉDITO E CONTAS A RECEBER: O crédito é um instrumento para facilitar as vendas e, por seu 
intermédio, a empresa pode vender mais e escoar mais rapidamente seus produtos. A concessão de crédito tem 
relação direta com o capital circulante líquido da empresa. Um volume de venda a crédito maior implica uma 
necessidade adicional de capital de giro.
ESTOQUE: Os estoques de matérias-primas, de produtos em elaboração e de produtos acabados fazem parte 
do ativo circulante da empresa e representam volumes elevados de recursos aplicados em relação aos demais 
ativos circulantes. O administrador financeiro deve possuir conhecimentos sobre as técnicas de administração 
de estoques, desde os mais simples até aqueles mais sofisticados, de forma a possibilitar uma assessoria 
adequada à organização quanto ao impacto dos estoques no resultado da empresa.
EMPRÉSTIMOS DE CURTO PRAZO: O financiamento do capital de giro muitas vezes se dá por 
intermédio de recursos de curto prazo, que podem ser próprios ou de terceiros: As fontes de recursos de 
terceiros para financiamento do giro das empresas podem ser bancárias e não-bancárias. O crédito comercial, 
que consiste na concessão de financiamento dada por fornecedores de materiais e serviços, o crédito de 
impostos e obrigações sociais, a cobrança antecipada e a folha de pagamento constituem as principais fontes de 
recursos não-bancários.

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