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3 A PESQUISA CIENT+ìFICA

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A PESQUISA CIENTÍFICA
						Prof. Ms. COSME LUIZ CHINAZZO
						Prof. Dr. OTÁVIO JOSÉ WEBER
Com este texto temos o objetivo de levar o estudante a entender o que é pesquisa, considerar as experiências para raciocinar sobre os resultados da pesquisa, como acadêmico tornar-se crítico referente à pesquisa, e concebê-la como princípio educativo, visando o entendimento e domínio dos processos, métodos e técnicas que envolvem o fazer científico. É importante desenvolver uma reflexão crítica sobre estes elementos propostos para uma produção científica eficaz nas diferentes áreas do conhecimento humano. 
1 O QUE É PESQUISA
	A produção científica é o resultado de um trabalho na qual aplicou-se a mente, a razão de forma metódica, sistemática, disciplinada, utilizando métodos e técnicas sobre um determinado objeto ou fenômeno. 
Para entendermos a importância e a função da pesquisa, fazemos uma comparação com o trabalho. O que é o trabalho? É a capacidade e o poder que o ser humano tem de transformar o mundo e o próprio homem com o objetivo de conquistar o que precisa, para satisfazer suas necessidades vitais, em dimensão material, social, psicológica e espiritual.
Tendo isso como pressuposto, podemos afirmar que o homem tem poder de criar suas condições de existência e, ao produzir suas condições reais e concretas de vida, simultaneamente, produz também o conhecimento. 
Nesse sentido, o conhecimento é resultado do trabalho do homem, que é realizado por homens-pesquisador, os quais se dedicam a investigar o mundo concreto e os outros homens, com o propósito de desvendarem os mistérios e os elementos constitutivos dos mesmos. Por isso o conhecimento é histórico e social.
Desvendar, descobrir, desvelar, demonstrar, investigar, buscar novas explicações, eis apenas alguns dos verbos que caracterizam o trabalho do pesquisador. Pesquisar é o ato pelo qual os homens que o praticam produzem idéias, representações, explicações e conceitos, dando sentido e significações ao mundo e ao existir humano.
A pesquisa como trabalho humano é uma atividade racional, pois o homem é o único ser racional. É através da pesquisa como atividade racional e sistemática, isto é, realizada com técnicas, métodos e com rigor adequados, que surge a possibilidade de conhecermos coisas novas. 
Entendemos que a excelência da pesquisa é a produção do novo, novas verdades, novas idéias, novos conceitos, novas teorias que, conseqüentemente, conduzem a humanidade para novas ações, novas práticas transformadoras que caracterizam dinâmica da evolução da humanidade. Podemos afirmar que, onde não há pesquisa, não acontece a evolução, pois não acontece o novo, ou seja, permanecemos no antigo, na reprodução, na repetição.
Portanto, pesquisar possui uma dimensão grandiosa, a de buscar algo a mais do que aquilo que já conhecemos. É trabalhar como o propósito de produzir novos conhecimentos, porque o conhecimento é algo dinâmico que não está definitivamente pronto, ao contrário, se constrói, é passível de alterações.
Pode-se definir pesquisa como o procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas propostos. A pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder o problema, ou então quando a informação disponível se encontra em tal estado de desordem, que não possa ser adequadamente relacionada ao problema.�
Vemos que a pesquisa é um processo de investigação que consiste em conhecer qualquer coisa. Ela inicia com a percepção de um problema a respeito do qual têm-se informações insuficientes ou as informações existentes não respondem os novos questionamentos. A pesquisa científica desenvolve-se a partir dos conhecimentos existentes, passa por inúmeras fases, etapas, desde a formulação do problema até a satisfatória apresentação de resultados.
Fazer ciência é natural no ser humano. A sua capacidade permite observar, trocar informações e impressões, idéias sobre o mundo que o cerca. Percebe que precisa revisar a sua forma de viver no mundo revisando as suas crenças, intenções e conhecimentos.
Surge, assim, o problema dentro de um contexto de mundo de forma relevante e significativo. Isto lhe constitui um desafio que, aplicando a sua inteligência, deverá ir a procura de soluções. Para tal é preciso observar, experimentar, analisar, comparar, identificar, medir, realizar e controlar as situações emergentes. A fim de realizar tal tarefa o ser humano abra mão da pesquisa, não de forma mecânica, mas requer imaginação e criação e iniciativa individual. Não é um trabalho feito ao acaso, porque o trabalho científico deve ser criativo, emprego de procedimentos, métodos e técnicas específicas.
Ao se fazer ciência nascem às leis ou teorias, a partir de hipóteses estabelecidas. A função das leis ou teorias e que expliquem e, ainda devem prever fatos ou fenômenos. Sem dúvida, se aceita as teorias quando forem corroboradas, passando pelo experimento ou teste. Caso contrário, é necessário levantar novas hipóteses, a realização de novas provas ou testes e adicionar os experimentos que indicam regularidade do problema e assim, concretiza-se a nova teoria.
Uma vez comprovadas as teorias ou as leis entram em fase de utilização, transforma-se em novo saber face ao problema original e são aplicadas no campo da tecnologia. Ocorre um novo ajustamento intelectual, pois modifica o contorno. O contorno humano é formado por crenças, valores, intenções, simbolizações, opiniões e conhecimentos. A vivência humana é compreender este contorno constantemente sob novas visões. Isto torna o conhecimento sempre provisório. Portanto a ciência é um estilo de pensamento e de ação, precisamente o mais universal e proveitoso para todos.
A pesquisa científica está na "cabeça do pesquisador" na sua forma de ver e analisar o mundo. As exigências são coletivas ou sociais, por isso a autocorreção, a superação de resultados, é feita mediante a dialética do cotidiano, do raciocínio e da pesquisa. 
	Dentro do contexto atual, onde a globalização é uma realidade, a pesquisa adquire uma dimensão grandiosa. Pois o conhecimento não está pronto, mas se constrói, e isto é feito, ou deveria ser, no sentido de construir algo a mais.
 Quanto ao êxito da pesquisa, Gil�, refere-se dizendo que o êxito depende muito de algumas qualidades intelectuais e sociais que o pesquisador deve possuir, entre as quais são:
possuir conhecimentos básicos sobre o assunto a ser pesquisado;
motivação e ou curiosidade;
criatividade e criticidade;
sensibilidade social;
integridade intelectual;
imaginação disciplinada;
atitude autocorretiva;
perseverança e paciência;
confiança na experiência.
2 EXPERIÊNCIA, RACIOCÍNIO E PESQUISA
O problema impulsiona o pesquisador a conviver, a decifrar o meio-ambiente e a entender a relação lógica do problema com os demais fatos. Inicia, assim, o processo de decodificação da realidade ou a busca de solução do problema que envolve três passos: a experiência, o raciocínio e a pesquisa. 
A experiência emana do dia-a-dia, das informações prévias na resolução de problemas práticos. Envolve as experiências pessoais, o valor do cotidiano que são expressos no senso comum.
O raciocínio é a capacidade intelectual de ordenar logicamente os fatos através do pensamento. Pelo raciocínio estabelece-se a ligação entre os fatos. Em ciência sempre quer conhecer-se a causa para poder tratar com eficácia os efeitos. Existem raciocínios básicos: o indutivo, o dedutivo, indutivo-dedutivo e o hipotético dedutivo. Todos eles, de formas diferentes, e aplicados a um problema específico, possibilitam chegar ao conhecimento de causa, ou seja, a verdade. O cientista deve ser alguém que pensa muito, pois a verdade está escondida nos fatos, na natureza física e humana. Até numa linguagem religiosa poderíamos afirmar que está no "dogma da criação". A criatividade permite descobrir a realidade íntima do mundo. Uma vez descobertas as leisque regem o mundo podem ser enunciadas como válidas para a realidade. Pelo raciocínio transforma-se e constrói-se uma nova realidade que, pode propiciar a construção sistemas audaciosos de explicação que podem ser refutados-rejeitados ou aceitos como verdadeiros. O raciocínio utiliza a pesquisa para comprovar ou rejeitar os fatos.
A pesquisa constitui o passo final e fundamental para que ocorra efetivamente ciência e contribuir na solução dos graves problemas que a humanidade hoje enfrenta. A pesquisa não pode ser dogmática no sentido de trabalhar com idéias só do passado. Utiliza-se do passado para entender o presente com os olhos projetados para o futuro, para o desconhecido. Professores e alunos devem concentrar-se na ciência inacabada, nas lacunas e preenchê-las com a pesquisa.
A ciência passa pela pesquisa. Esta se utiliza critérios metodológicos, rigor de raciocínio, sistemas formais (lógica, matemática) e critérios para estabelecer a lógica do universo. Pela pesquisa criamos uma realidade nova, artefatos que passam a existir pela transformação da realidade. O cientista descobre novos métodos e técnicas para manipular a realidade de acordo com as necessidades de cada época. De um universo dado, passa-se para um universo criado.
A vida e a realidade social não estão concluídas. Nunca podemos pensar que "tudo está concluído", mas centrar-se na imperfeição que é manifesta na pluralidade e multiplicidade de saberes, num mundo físico e humano que não é homogêneo, mas dinâmico, compreendido através da linguagem que é simbólica.
A pesquisa atual deve considerar o uno, o múltiplo, o dinâmico e o simbólico humano. O mundo existe desta forma: as pessoas o explicam diferentemente. A finalidade da pesquisa científica é libertar o ser humano dos seus problemas, sejam eles práticos ou teóricos. 
Isto significa esperança diante de um mundo inacabado, cheio de lacunas e problemas a serem resolvidos. A pesquisa pode preencher e satisfazer a ânsia do saber. Ela contribui para o aperfeiçoamento intelectual e promove o desenvolvimento pessoal e social-cultural. Habilitarmo-nos a resolver problemas de toda ordem através da utilização de métodos e técnicas científicas. 
� GIL, 2007, p. 17.
� Ibid., p. 18.
REFERÊNCIAS
CERVO, Amado L.; BREVIAN, Pedro A. Metodologia Científica. 5. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. 13. ed. São Paulo: Ática, 2003.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
_____. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1995.
HÜHNE, Leda Miranda (Org.). Metodologia Científica. 3. ed. São Paulo: Agir, 1989. 
JOHANN, Jorge Renato (Coord.) Introdução ao Método Científico. 2. ed. 
Canoas: Ed. da ULBRA, 2002.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2005.
MAGALHÃES, Gildo. Introdução à monografia científica. São Paulo: Ática, 2005.
SALVADOR, Ângelo Domingos. Métodos e técnicas de pesquisa bibliográfica. 11. ed. Porto Alegre : Sulina, 1986.
MAGALHÃES, Gildo. Introdução à monografia científica. São Paulo: Ática, 2005.
SILVA, Mary Aparecida Ferreira da. Métodos e técnicas de pesquisa. 2. ed. Curitiba: Ibpex, 2005.
THUMS, Jorge. Acesso à Realidade: técnicas de pesquisa e construção do conhecimento. 2. ed. Porto Alegre: Sulina/Ed. da ULBRA, 2001.

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