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1 Mais sobre a Política Nacional do Idoso Destaca-se que tais parâmetros e diretrizes da Política Nacional do Idoso servem para nortear as ações do Estado, políticas públicas, programas e projetos sociais. A Política Nacional do Idoso visa agregar diversas áreas como: saúde, educação, judiciária, lazer, previdência e trabalho em uma rede nacional que irá informar a situação de cada idoso cadastrado, possibilitando o seu acompanhamento em qualquer uma das áreas citadas. Essa legislação analisa a questão da velhice como fator primordial no âmbito das políticas sociais e tem objetivo de estabelecer condições para estender a longevidade com qualidade de vida e acima de tudo respeito. De acordo com Rodrigues (p. 72, 2004): “A Política Nacional do Idoso, trata-se, pois, de uma legislação preocupada em assegurar aos idosos os direitos sociais descritos no art. 6º da Carta Magna de 1988, a saber: educação, saúde, trabalho, lazer, segurança, previdência social e assistência aos desamparados. A preocupação existe não só em assegurar esses direitos, mas também em criar condições para a fruição dos mesmos. Na busca dos fins desejados, foram designados para a coordenação e gestão da Política Nacional do Idoso a Secretaria de Assistência Social do então Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS), atualmente Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), e os conselhos nacional, estaduais, do Distrito Federal e 2 municipais do idoso (art. 5). Compete, então, ao MDS a promoção de articulações interministeriais junto aos demais níveis de governo e aos da sociedade civil, necessárias à implantação da PNI (art. 8)” Rodrigues ressalta ainda que ao estabelecer as competências dos órgãos públicos e das entidades, o art. 7 da Política Nacional do Idoso, estabelece que cabe aos conselhos formular, coordenar, supervisionar e avaliar tal política. Vale destacar que o Conselho Nacional do Idoso, que é uma via de participação efetiva da sociedade civil, na constituição do poder público, viabiliza o exercício da cidadania pela ação política dos sujeitos envolvidos, através do controle, fiscalização, proposição e elaboração de políticas. A autora Rodrigues (p. 102, 2004) relata: “Os Conselhos dos Idosos representam espaços públicos onde os indivíduos, beneficiários de alguma política pública, atuam como sujeitos coletivos na defesa de seus interesses. O Conselho Nacional do Idoso foi criado pela Lei 8.842/94 com a determinação de participar, junto ao ministério responsável pela assistência e promoção social, da coordenação geral da PNI. Os arts. 5, 6 e 7 atribuem funções ao Conselho Nacional e aos demais conselhos do Distrito Federal, estaduais e municipais do idoso. Apesar de expresso em lei, ou seja, de existir de direito, o Conselho Nacional do Idoso só passou a existir de fato pelo Decreto n. 4.227, de 13 de maio de 2002”. 3 Rodrigues (2004) afirma, em seu estudo, que o Estatuto do Idoso compõe-se de desdobramentos dos propósitos enunciados na Política Nacional do Idoso, elucidando as medidas de proteção ao idoso, tipificando as arbitrariedades, os abusos, as discriminações e as violências cometidas e determinando, com objetividade, as punições aos responsáveis por tais ações. Dentre as sanções previstas, a maior pena é a reclusão de 12 anos para maus tratos que resultarem em morte (p. 108).
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