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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA ICET - INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO MECÂNICA Experimento PERDA DE CARGA DISTRIBUIDA Anderson Antônio RA: B886ID9 Jaqueline C Pinheiro RA: B59GCH7 José Henrique Gonzaga RA: B92ECF8 Universidade paulista – UNIP Experimento PERDA DE CARGA DISTRIBUIDA Laboratório: hidráulica e hidrologia Trabalho apresentado junto ao instituto de exatas e tecnológicas, Universidade Paulista UNIP, como parte das exigências do componente curricular da disciplina mecânica dos fluidos aplicada, sob orientação do Prof a . William Monteverde. Jundiaí 2015 Perda de carga O estudo da perda de carga em condutos forçados é de suma importância para o correto dimensionamento de sistemas de bombeamento e de tubulações. O fluido ao escoar em um conduto é submetido a forças resistentes exercidas pelas paredes da tubulação e por uma região do próprio líquido, denominada camada limite. Assim, há o surgimento de forças cisalhantes (atritos) que dissipam energia principalmente em forma de calor. Essa energia não é mais recuperada e por isso, denomina-se perda de carga (ΔH). A perda de carga distribuída ocorre ao longo do trecho, tubulação, singularidades. Entende-se por conduto forçado aquele no qual o fluido escoa sob pressão preenchendo totalmente à seção de escoamento. Muitas vezes os condutos de seção circular são chamados de tubos ou tubulações. Um conduto é dito uniforme quando a sua seção transversal não varia com o seu comprimento. De modo geral, o escoamento de um fluido não é descrito pelo movimento individual de cada uma de suas partículas, mas é especificado por sua densidade (ρ) e velocidade média de escoamento (Vm) numa determinada posição e num determinado instante. Ao escoar por um conduto forçado, o fluido é submetido a variações de pressão, decorrentes de variação na elevação da tubulação, da velocidade de escoamento ou ainda do atrito do fluido com a face interna da parede do conduto. Fórmula Universal de Perda de Carga (Darcy-Weisbach) Diversos estudos apontaram para a relação de proporcionalidade que a resistência ao escoamento em uma tubulação poderia possuir, concluindo-se que a mesma é: Independente da pressão a que o fluido é submetido em um escoamento; Diretamente proporcional ao comprimento L; Inversamente proporcional a uma certa potência do diâmetro D; Proporcional a uma certa potência da velocidade V; e relacionada à rugosidade da tubulação, se o escoamento for turbulento. Assim, diversas formulações empíricas foram sugeridas baseadas nesta proporcionalidade, sendo que Henry e Weisbach por volta de 1845 fizeram um estudo avaliando as diferentes forças presentes em um elemento de fluido em escoamento sobre uma tubulação, principalmente relacionando a força de cisalhamento existente junto às paredes do conduto. Estabeleceram então a formulação seguinte: onde: L: comprimento da tubulação; h D = diâmetro hidráulico do conduto; m V velocidade média do escoamento; g: aceleração local da gravidade; e f: fator de perda de carga (ou fator de atrito friction). Valor experimental obtido em gráfico denominado Diagrama de Moody - Rouse O fator de perda de carga f, na época da proposição da fórmula, era tido como um valor constante e dependente então de características da tubulação. Com o tempo, porém, esta teoria demonstrou-se equivocada, descobrindo-se e propondo formulações específicas para o cálculo deste coeficiente. Determinação experimental do fator de perda de carga f Nikuradse em 1933 determinou experimentalmente a influência da rugosidade, colocando areias de diferentes diâmetros uniformes nas paredes de condutos circulares cilíndricos e determinando os diferentes perfis de velocidades resultantes. Em 1939, Colebrook e White apresentaram uma formulação para o fator de perda de carga, agrupando os equacionamentos apresentados por Nikuradse. Assim, ficou apresentada a fórmula de Colebrook-White para o fator de perda de carga em escoamentos turbulentos: A resolução desta formulação para fator de perda de carga exige a aplicação de métodos iterativos de cálculo numérico, que até bem pouco tempo apresentavam dificuldades matemáticas e computacionais. Porém, com o advento das máquinas calculadoras programáveis, bem como das planilhas de cálculos eletrônicas, estes procedimentos vêm se tornando cada vez mais simples. Por estes motivos de dificuldade na resolução rápida deste equacionamento, foi que em 1944, Moody propôs a tabulação dos dados de forma gráfica, Diagrama de Moody. O experimento Base Teórica e Esquema Básico Em um trecho de conduto horizontal e de seção constante, escoa um fluido (no caso do Lab. trata-se de água). Ao longo do escoamento a perda de carga provoca uma queda na pressão. Ligando-se, portanto, um piezômetro diferencial entre duas seções do conduto pode-se observar um desnível h no fluido. Aplicando a Equação da Energia entre (1) e (2): Como D 1 = D 2 , tem-se V 1 = V 2 e como o conduto é horizontal z 1 = z 2 . Além disso, em um trecho de conduto reto de seção constante, a perda de carga é denominada distribuída, logo: Pela Equação Manométrica: Por meio de uma válvula na instalação, varia-se a vazão, observando-se a variação de h e, consequentemente, de h f = f (Q). Os valores de h f e Q lançados em um gráfico deverão mostrar uma variação parabólica. Por outro lado, por análise dimensional, Como já obtivemos h f = f (Q) = f (V), é possível obter f = f (Re), lembrando que a rugosidade K do conduto é um valor fixo. É possível, portanto, construir um gráfico f = f (Re), com K = cte. Passo a passo: Primeiramente ligamos a bomba, Abrimos totalmente o registro na saída da bomba estabelecendo a máxima vazão na instalação. Após esse procedimento, medimos a vazão no reservatório através da leitura da cota Δh e do tempo t, conforme orientação em relatórios anteriores. Medimos o valor de h no piezômetro, respectivo ao valor de vazão medido e variamos a altura o h até o próximo valor desejado, fechando o registro de controle da vazão, e medindo a próxima vazão e assim sucessivamente. Abaixo os dados obtidos através do processo descrito acima: Gráficos obtidos com dados da experiência: Gráfico f = f (Re) Gráfico h f = f (Q) 0,018 0,019 0,02 0,021 0,022 0,023 0,024 0,025 0 20000 40000 60000 80000 100000 120000 1 2 3 4 5 Re f 0 0,0002 0,0004 0,0006 0,0008 0,001 0,0012 0,0014 0,0016 0,018 0,019 0,02 0,021 0,022 0,023 0,024 0,025 1 2 3 4 5 f Q (L/s) Conclusão Podemos concluir através dos testes realizados em laboratório que um dos objetivos desta experiência é verificar parcialmente esta expressão, isto é, verificar que h f = f (V 2 ). Para isto, lembrando que V = Q/A, varia-se Q na tubulação e determina-se h f = f(Q). O gráfico forma uma parábola, a partir de vazões relativamente altas. O outro objetivo é verificar que f (coeficiente da perda de carga distribuída) é função de Re (n o de Reynolds). O gráfico f = f (Re) corresponde a um trecho do diagrama de Moody-Rouse, para umacurva de rugosidade K = cte., já que no laboratório ficaria complicado variar o K da tubulação. Resumindo, o objetivo da experiência, além da observação do fenômeno, é da construção dos gráficos: h f = f (Q) e f = f (Re). Bibliografia http://www3.fsa.br/localuser/barral/Op_unit/Perda_de_carga.pdf https://www.google.com.br/search?q=perda+de+carga+distribu%C3%ADda&bi w=1366&bih=667&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=0CCgQsARqFQo TCNjF0sm29McCFcSNkAoduHAMSA&dpr=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Perda_de_carga http://sites.poli.usp.br/d/pme2230/Arquivos/PME2230-RL- Escoamento_Turbulento-Medidores_Vazao-site.pdf http://www.escoladavida.eng.br/mecflubasica/Apostila/Unidade%206/Terceira% 20aula%20un%206.pdf http://www.sp.senai.br/portal/refrigeracao/conteudo/perda%20de%20carga%20- valterv.1.pdf http://www.ebah.com.br/search?q=perda+de+carga+distribuida Mais aulas ministradas em laboratorio
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