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O texto Sequestro Interparental: Princípio da residência habitual apresenta a Convenção Sobre os Aspectos Civis do Sequestro Internacional de Haia de 1980 e sua importância diante dos direitos das crianças e definição do princípio utilizado pelos países membros. O Sequestro Interparental ocorre quando um dos genitores resolve voltar ao seu país de origem, sem informar ao cônjuge abandonado que está levando ilegalmente a criança do casal. Considerando que por mais que a Convenção de Haia ofereça proteção aos pais a sua aplicabilidade dependerá da vontade do país onde ela se encontra. Embora regulamentada no Brasil através do Decreto nº. 3951/01, para os países signatários da Convenção de Haia, a justiça brasileira muitas vezes vem negando o pedido considerando que as crianças tornaram-se adaptadas para a cultura brasileira, e que mesmo de forma ilegal a criança sequestrada ao ingressar no Brasil torna-se cidadã brasileira, entendendo que ela não deva sair do país. Em alguns casos de sequestro Internacional de crianças, ela é submetida a Síndrome da Alienação parental, quando um dos genitores faz uma “lavagem cerebral” para denegrir a imagem do outro genitor à criança. No Brasil a lei nº 12.318/2010 (Art. 2º, paragrafo único, I), entende esse tipo de alienação, um ato de campanha de desqualificação contra o pai ou a mãe. Dessa forma é importante a realização de um tramite em caráter de urgência e extrema rapidez do processo, a fim de evitar prejuízo à criança. A ponderação entre os princípios do melhor interesse da criança e o da residência habitual mostra que há diversos modos de valoração e uma incomensurabilidade de consequências para os processos correntes sobre o que é apropriado como fundamentação legal. Nos casos de Sequestro Internacional, onde a subtração forçada que impede qualquer oportunidade de escolha da criança será a determinação de sua residência habitual o fator preponderante para a escolha do foro onde serão discutidas as pendências relacionadas a ela. A criança que tenha sua residência habitual em um estado contratante é protegida pela Convenção de Haia, mesmo antes que ocorra a quebra da guarda ou o impedimento ao direito de visita, desde que ela não tenha atingido ainda a idade de 16 anos. Uma condição essencial para a devolução da criança é a segurança de que o país para o qual ela esta sendo restituída não esteja em guerra ou sob claros desrespeitos aos direitos civis, bem como, a criança não seja exposta a danos físicos ou psicológicos, ou numa situação intolerável. A Convenção tem sido uma das melhores alternativas que impera nos casos desta natureza, mesmo não sendo perfeita.
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