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Direito Civil - Extinção das obrigações

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Extinção das obrigações
Pagamento:
Quem paga?
O devedor, mas nada impede que um terceiro pague, afinal o credor quer receber. 
Terceiro que paga com interesse jurídico (ex: fiador, avalista, herdeiro) vai se sub-rogar nos direitos do credor. 
Terceiro que paga sem interesse jurídico (ex: pai, inimigo, etc) vai poder cobrar do devedor original, mas sem eventuais privilégios ou vantagens (ex: hipoteca, penhor)
A quem eu pago?
Ao credor, ou a seu representante, sob pena do pagamento ser feito outra vez, pois quem paga mal paga duas vezes (308). Se o credor é menor ou louco, pague a seu pai ou curador, sob pena de anulabilidade (310). 
Credor putativo: é aquele que parece o credor mas não o é (ex: A deve a B, mas B morre e deixa um testamento nomeando C seu herdeiro, então A paga a C, mas depois o Juiz anula o testamento, A não vai precisar pagar novamente pois pagou a um credor putativo; C é que vai ter que devolver o dinheiro ao verdadeiro herdeiro de B, 309)
Como se prova o pagamento? 
Quitação: documento escrito em que o credor reconhece ter recebido o pagamento e exonera o devedor da obrigação.
Onde eu pago?
A doutrina classifica as dívidas em quesível (querable) e portável (portable): nesta, cabe ao devedor ir pagar no domicílio do credor, sob pena de juros e multa ( = mora, assunto do final do semestre, 395). Já na dívida querable cabe ao credor ir exigir o pagamento no domicílio do devedor, a iniciativa é do credor, sob pena de mora do credor (394, 400, bom, veremos mora mais adiante).
Dívida querable: cabe ao credor ir exigir o pagamento no domicílio do devedor.
Dívida portable: cabe ao devedor ir pagar no domicílio do credor, sob pena de juros e multa
Imputação de pagamento: é a operação pela qual o devedor de mais de uma dívida vencida da mesma natureza a um só credor, indica qual das dívidas está pagando por ser tal pagamento inferior ao total das dívidas (352). Se o devedor não imputar, o credor poderá fazê-lo (art 353), orientado a pedir a quitação na divida de juro menor e na divida quirografaria (sem garantia). Imputação legal: se o devedor e o credor não fizerem a imputação, a lei fará na dívida mais onerosa (art. 355).
Pagamento por consignação: consiste no depósito judicial da coisa devida, realizada pelo devedor nas hipóteses do art. 335 do CC. ROL TAXATIVO. Só existe consignação nas obrigações de dar.
Admite-se também depósito de imóveis, gado, colheita, etc (341), e o Juiz vai ter que arranjar um depositário para cuidar dessas coisas até o credor aparecer (343). Quando o depósito é de pecúnia (dinheiro) coloca-se em banco oficial: Banco do Brasil ou Caixa Econômica Federal, em conta à disposição do Juiz.
Pagamento por sub-rogação: ocorre quando a dívida de alguém é paga por um terceiro que adquire o crédito e satisfaz o credor, mas não extingue a dívida e nem libera o devedor, que passa a dever a esse terceiro. Ex: A deve cem a B, mas C resolve pagar essa dívida, então B vai se satisfazer e A vai passar a dever a C.
Se o terceiro solvens tem interesse jurídico vai adquirir todas as eventuais vantagens, privilégios, garantias e preferências do credor primitivo, além de,é óbvio, exigir o reembolso. Ex: A deve cem a B com uma garantia de fiança ou hipoteca; se C pagar essa dívida terá direito a cobrar os cem de A, mas só terá direito à garantia da fiança ou da hipoteca caso C possua interesse jurídico (346, III).
Pagamento em dação: acordo liberatório em que o credor concorda em receber do devedor prestação diversa da ajustada. Requisitos: consentimento do credor; prestação diversa da ajustada.
Evicção: imaginem que A deve 100 e paga com um objeto furtado, que não era dele, então o verdadeiro dono vai exigir a devolução da coisa e a obrigação vai renascer (359). Ser “evicto” é ser afastado da coisa recebida em pagamento.
Pagamento em compensação: extingue as obrigações do mesmo gênero de pessoas que são, reciprocamente, credoras e devedores entre si, até onde as dívidas se compensem. A compensação pode ser parcial. Vedações: caráter alimentar e tributário
Cláusula penal: cláusula acessória em que se pretende estipular uma consequência de ressarcimento de cunho econômica. O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o da obrigação principal. (art. 412)
Compensatória: quando verifica-se a total inexecução da obrigação. 
Moratória: quando a obrigação for cumprida, mas desrespeitando critérios pré-estipulados. Tem como objetivo punir o retardamento na execução da obrigação ou a quebra de determinada cláusula.
Cessão de crédito: é o negócio jurídico onde o credor de uma obrigação, chamado cedente, transfere a um terceiro, chamado cessionário, sua posição ativa na relação obrigacional, independentemente da autorização do devedor, que se chama cedido. Tal transferência pode ser onerosa ou gratuita, ou seja, o terceiro pode comprar o crédito ou simplesmente ganhá-lo (= doação) do cedente.
Assunção de dívida: contrato onde um terceiro assume a posição do devedor, responsabilizando-se pela dívida e pela obrigação que permanece íntegra, com autorização expressa do credor.

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